terça-feira, 12 de abril de 2011

Planeta Osasco - Portal Planeta

Falta de remédio coloca em risco pacientes transplantados na Bahia
Seg, 11 de Abril de 2011 07:52

Escrito por Redação
por Conceição Lemes

Os rins são os filtros do nosso organismo. A produção de urina a partir da “limpeza do sangue” é uma das suas principais funções.

Explico. O sangue do corpo (cerca de 5 litros num adulto) passa pelos rins uma vez e meia por hora. Ao final de 24 horas, cerca de 180 litros são “lavados”, resultando diariamente em 1 a 1,5 litro de urina, que é composta de água e resíduos. É através dela que o organismo elimina as toxinas, ou seja, o “lixo” resultante da depuração do sangue. Uma dessas substâncias é a ureia, que resulta do metabolismo das proteínas, e cujo acúmulo envenena as células. Outras: ácido úrico, creatinina, excesso de sódio, cálcio, potássio, fósforo. Tudo junto, o “lixo” corresponde a 5% do volume de urina. Os 95% restantes são água.

Acontece que certas doenças – diabetes e hipertensão arterial não controladas são as principais — lesam os rins, reduzindo progressivamente a sua função, até incapacitá-los de vez. O tempo para isso ocorrer varia de meses a anos. Aí, é preciso diálise – filtragem artificial do sangue – ou transplante renal.

Em cada 1 milhão de pessoas, aproximadamente 144 entram em diálise por ano no Brasil”, informa o médico Emmanuel Burdmann, professor associado da disciplina de de Nefrologia da Faculdade de Medicina da USP. “Em 2009, estima-se que 27.612 brasileiros iniciaram diálise. Nesse mesmo ano, calcula-se que havia ao redor de 77.589 pacientes em diálise e 30.419 pacientes em lista de espera para transplante renal no Brasil.”

A jornalista Aleksandra Pinheiro, 33 anos, residente em Salvador (BA), passou por tudo isso.

Ainda bebê tive câncer nos rins. Perdi todo o rim esquerdo e parte do direito. Fiz cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Vivi bem até os 25 anos. Aos 26, começei a fazer a diálise”, conta. “Um inferno, mas encarei todas as sessões ao longo de três anos, quando recebi o rim de minha mãe. Sou transplantada renal há quatro anos, tenho vida normal, estou muito bem. Apenas preciso tomar diariamente imunossupressor, para evitar rejeição do órgão.”

“Mas, desde o início de março, a azatioprina [nome do princípio ativo do imunossupressor] está em falta na Bahia”, denuncia Aleksandra. “Quem toma imunossupressor, não pode ‘pular’ a dose. Precisa também cumprir direitinho os horários. Tomar fora de hora e principalmente não tomá-lo, como agora, pode levar o meu organismo a rejeitar o órgão transplantado.”

“Um transplantado renal, se não tem imunossupressor, pode voltar para diálise. Mas para os transplantados de coração, fígado ou pulmão, que também precisam desse remédio, não têm terapia substitutiva”, observa. “São casos ainda mais graves. Na Bahia, há cerca de 6 mil transplantados, a maioria transplantado renal. Os pacientes renais em diálise também ficaram sem a eritropoetina.”

“Antes, quando faltava um ou outro remédio, eu ia à Sesab [Secretaria de Saúde do Estado da Bahia], falava no setor de Medicamentos de Alto Custo, em até cinco dias, a gente tinha o problema resolvido. Agora, não”, diz, indignada. “A Sesab nada explicou nem atendeu a mim nem aos outros pacientes. A Sesab não dialoga com a gente, ficou em silêncio. No dia 5, a soltou uma nota que os remédios para pacientes renais já haviam sido distribuídos. Um engodo, fui ao hospital pegar, não tinha.”

SESAB CULPA MS PELA FALTA DA ERITROPOETINA; AZATIOPRINA, O FORNECEDOR

Uma das funções dos rins é a fabricação de eritropoetina — hormônio que estimula a produção de glóbulos vermelhos pela medula óssea. A doença renal acarreta a sua falta, provocando anemia. Daí a indicação de injeções periódicas de eritropoetina para uma parte dos doentes renais crônicos.

A eritropoetina é produzida em várias apresentações: 1.000 UI (Unidades Internacionais), 2.000, 3.000, 4.000 e 10.000 UI. Em geral, se recomenda para pacientes adultos 100 a 150 UI por quilo de peso três vezes por semana. Isso significa que alguém pesando 60 kg, recebe 6 mil a 9 mil UI, três vezes por semana. Uma ampola de 4 mil UI custa cerca de R$ 170. Portanto, um tratamento caro, totalmente custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Desde 2010, o Ministério da Saúde centraliza a compra de eritropoetina de 2 mil UI e 4 mil UI, que são as mais usadas. O ministério não entregou no prazo. Daí a falta”, justifica Lindenberg Assunção, diretor do setor de Farmácia da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. “Inicialmente passamos para 3 mil UI [o estado compra a medicação nas apresentações de 3 mil e 10 mil UI] os pacientes nos quais era possível fazer a alteração. Mas logo o que tínhamos acabou. A minha hipótese pessoal para o atraso do ministério se deve a problemas de fim de ano, fechamento do orçamento, férias coletivas nos laboratórios farmacêuticos e à eritropoetina não poder ser estocada por longos períodos; como é medicamento biológico, a fabricação só é feita após a formalização da compra.”

Já a azatioprina é um remédio barato. Cada comprimido custa menos de R$ 1. Mas não existe em farmácias. Só pode ser adquirido pelo ministério e secretarias de Saúde.

“As compras são por licitação, vence quem oferece o menor preço”, diz Lindenberg Assunção. “No caso da azatioprina, o fornecedor, a Vidafarma falhou na entrega. Na verdade, um atravessador, pois o medicamento é fabricado pelo laboratório EMS. Já entramos com ação contra ambos e fizemos uma compra de emergência. Só que esse processo demora cerca de um mês, já que os laboratórios normalmente se localizam nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.”

Para os medicamentos de alto custo, normalmente nós temos estoques para 2 a 3 meses; já os de baixo impacto financeiro, como a azatioprina, para 4 a 6 meses. No final de 2010, nós tínhamos azatioprina para 4 meses. Em fevereiro, quando fomos comprar, o laboratório não entregou”, expõe Lindenberg Assunção, que promete. “Até quarta-feira, 13 de abril, a distribuição da azatioprina na rede pública da Bahia de saúde estará normalizada, a da eritropoetina já se regularizou durante a semana passada.”

MAIS TRANFUSÕES DE SANGUE, RISCO DE REJEIÇÃO E PERDA DO TRANSPLANTE

Em 2007, o governo da Bahia garantia a 20 mil pacientes, via SUS, acesso gratuito a medicamentos de ponta, que custam muito caro. Atualmente, somam 60 mil. São portadores de várias doenças, como hepatite C, artrite reumatoide, enfisema pulmonar, câncer e insuficiência renal crônica. Isso representa, segundo a Sesab, um custo de R$ 8 mil por paciente/ano.

Sem dúvida, um salto de qualidade importante, infelizmente comprometido pela falta desses dois medicamentos.

“O não uso da eritropoetina, quando indicada, piora a anemia, consequentemente a qualidade de vida dos pacientes [surgem ou pioram sintomas como cansaço, fraqueza, desânimo], obrigando a maior número de transfusões sanguíneas”, alerta o professor Burdmann. “Já a administração inadequada ou a falta de azatioprina [deve ser tomada diariamente] pode provocar rejeição e até a perda do órgão transplantado.”

Independentemente do culpado e da causa, o desabastecimento é lamentável. Um planejamento mais rigoroso do Ministério da Saúde e da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia provavelmente teria evitado isso.

“Se a Sesab tivesse sido transparente, já teria nos ajudado”, insiste Aleksandra. “O problema é que optou pelo silêncio. E quando soltou uma nota, não era exatamente a verdade. Por isso, repito. A Sesab não dialogou nem comigo nem com os outros pacientes.”

Lindenberg Assunção nega: “Nós estamos sempre à disposição. Basta nos procurar.”

Pois Aleksandra vá à Sesab. É um direito seu cobrar explicações e os remédios. Um dever da Sesab fornecê-los. Se a distribuição não estiver regularizada até quarta-feira, denuncie de novo. É o transplante de 6 mil pacientes que está em risco.

Leia mais na fonte! >> As opiniões expressas nos artigos são de responsabilidade pessoal do autor e não representam necessariamente a posição do Portal Planeta ou de seus colaboradores diretos.

domingo, 10 de abril de 2011

www.aponarte.com.br

domingo, 10 de abril de 2011

Transplantados da Bahia no "corredor da morte" por falta de medicamentos


Postado por Antonio Pereira (Apon) às 18:44:00 "A ATX-BA ligou para farmácia do hospital Ana Neri neste sábado (09.04.2011) e foi informado que ainda está em falta a azatioprina". Tudo isto já passou do limite. Basta de explicações burocráticas , os pacientes transplantados do Estado da Bahia exigem respeito com suas vidas.

Tem soluções imediatas que poderiam ser tomadas. A azatioprina tem um custo baixo e não é comprada pelo Ministério da Saúde. É o Estado da Bahia que compra.

Senhor governador Jacques Wagner nos apoie. Apoie a "VIDA"

Reproduzimos acima, mais um dos incontáveis apelos dos Transplantados da Bahia por uma solução para essa arriscada falta de medicamentos indispensáveis para a manutenção de suas vidas. Já foram extrapolados todos os limites do razoável. Será descaso? Negligência? Ou mera incompetência de quem parece desconhecer o mínimo de respeito à vida? Estarão esperando um óbito para aparecerem na mídia os "Salvadores" com uma resolução (tardia para alguém)? ... ...


O Ministério Público com grande alarde, acionou a Justiça para tirar os jegues da Lavagem do Bonfim e outras manifestações populares. Quem vai retirar os Transplantados da Bahia desse "corredor da morte"?
Leia mais: http://www.aponarte.com.br/2011/04/transplantados-da-bahia-no-da-morte-por.html#ixzz1JAXejzts

Notícias ATX-BA

A ATX-BA ligou para farmácia do hospital Ana Neri neste sábado (09.04.2011) e foi informado que ainda está em falta a azatioprina. Tudo isto já passou do limite. Basta de explicações burocráticas , os pacientes transplantados do Estado da Bahia exigem respeito com suas vidas.

Tem soluções imediatas que poderiam ser tomadas. A azatioprina tem um custo baixo e não é comprada pelo Ministério da Saúde. É o Estado da Bahia que compra.

Senhor governador Jacques Wagner nos apoie. Apoie a "VIDA"

sexta-feira, 8 de abril de 2011

RBR Notícia

Famílias doam córneas de crianças que morreram em ataque à escola



Em meio ao sofrimento de perder seus filhos no ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, na manhã desta quinta-feira (7), famílias das vítimas do atirador decidiram doar as córneas das crianças para que possam ajudar outras pessoas. A informação é da coordenadora do Banco de Olhos de Volta Redonda, Mara Miranda.

Quatro famílias doaram córneas que vão beneficiar oito pessoas que estão na fila de transplante”, disse a coordenadora da unidade, no Sul Fluminense, para onde as córneas foram encaminhadas.

No início da tarde, a comoção tomou conta dos parentes que chegaram ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer a identificação das vítimas.

“Ela era muito carinhosa. Estava toda animada, tinha acabado de começar a praticar atletismo na Escola Militar, em Sulacap”, disse Ana Paula Oliveira dos Santos, tia de Karine Chagas de Oliveira, de 14 anos, após receber a notícia da morte da menina, que foi uma das doadoras das córneas.

Segundo Ana Paula, a sobrinha vivia com a avó desde pequena. “Minha mãe está em estado de choque. Ela cria a Karine desde dois anos de idade”, contou a tia da menina.

“Vimos o que tinha acontecido pela TV. Meu irmão me ligou e foi ao colégio, mas não encontrou minha sobrinha. Um coleguinha achou o celular dela e corremos para o hospital”, completou.

(Correio*)

Política Livre

07.04.2011 às 19:58


Ministro pede informações a jornalista baiana sobre transplantados


O ministro da Saúde Alexandre Padilha pediu agora há pouco, através do seu twitter, que a jornalista Aleksandra Pinheiro mande informações sobre a situação da distribuição de medicamentos para transplantados na Bahia. Desde que abordou a situação em seu perfil – denúncias reproduzidas por este Política Livre (veja aqui) -, a jornalista diz que a situação ainda não foi resolvida pelo secretário estadual de Saúde Jorge Solla e pediu para Padilha intervir na resolução do problema. A situação tem sido mostrada por outros meios de comunicação locais que repercutem a denúncia. (Thiago Ferreira)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Blog do Denilton

terça-feira, 5 de abril de 2011
Comissão de Saúde e Saneamento abraça causa dos transplantados da Bahia


Comissão de Saúde e Saneamento da Assembleia Legislativa recebeu, em sua quinta reunião deste ano, a presidente da Associação de Pacientes Transplantados da Bahia, senhora Márcia Chaves.

A entidade – que há doze anos oferece apoio social, jurídico e psicológico, acompanhando casos antes e depois do transplante – apresentou a denúncia que, desde o dia 14 de março, 1.300 transplantados que dependem do Governo Estadual só receberam metade da dose prescrita do remédio Azatioprina (um imunossupressor que inibe a rejeição do corpo ao novo órgão). A partir do dia 21 de março, os transplantados deixaram de receber totalmente a medicação.

“Como o Secretário de Saúde Jorge Solla estará aqui na Assembleia para o Dia Mundial da Saúde na quinta-feira, vamos abordar a questão, uma vez que há tantas pessoas precisando tomar essa medicação todos os dias, em horário pré-estabelecido, havendo o risco de perda do órgão transplantado”, destacou o Deputado Estadual José de Arimatéia (PRB), presidente da comissão.

Segundo dados da Associação, com mais de 2 mil transplantados, a Bahia é um dos piores Estados em captação de órgãos, o que leva os baianos a procurarem o tratamento que pode lhes garantir o direito à vida em outros Estados.

No entanto, ao retornarem, muitos pacientes, a maioria de baixo poder aquisitivo, encontram dificuldade em manter o tratamento que se estende por toda a sua vida.

“Para nós, o que interessa é que o transplantado de Salvador ou de qualquer cidade do interior encontre a medicação ao chegar à Farmácia”, declarou Márcia.

Na ocasião, Márcia Chaves também apresentou a reinvindicação dos transplantados de que seja criado “um projeto de lei que equipare os transplantados aos portadores de deficiência, pois é isso que somos” – ela recebeu um rim de seu pai há mais de 12 anos –, pois “não estamos amparados pela legislação”.

O argumento é que o tratamento impõe ao transplantado limitações e efeitos colaterais dos medicamentos e está embasado na Lei: o Estado de São Paulo, através da Lei 811/09, incluiu os transplantados dentro da Lei Federal que regulamenta os Portadores de Necessidades Especiais (ou Portadores de Deficiência Física – 12.907/08), de forma que os transplantados passam a ter os mesmos direitos, como passe livre e ajuda à saúde. “Iremos trabalhar para que haja política pública voltada para o transplantado na instância estadual, em consonância com o que já ocorre nacionalmente”, finalizou José de Arimatéia.

Postado por BLOG DO DENILTON às 15:05

http://twitter.com/alepinheiro/status/56124193443545088

Transplantados querem uma solução para falta de medicamentos na Bahia

.@padilhando Pode me enviar seu e-mail por DM? Reúno 1 mês de denúncias e envio pro sr entender o tamanho do descaso c/ os transplantados.



about 2 hours ago via TweetDeck

@padilhando Desde 14/março, ministro, NÃO tem remédios em toda a Bahia. Ñ tem imunossupressor p/ transplantados. Sesab tb ñ dá explicação.

about 2 hours ago via TweetDeck in reply to padilhando

O @minsaude, a Ouvidoria do SUS e o Min @padilhando seguem sem intervir na falta de imunossupressores na BA. #EscândaloNacional

about 2 hours ago via TweetDeck
 
7/abr é Dia do Jornalista e Dia Mundial da Saúde. Ñ tem medicação de alto custo na BA, mas o dia foi de comemorações. #NewJournalism, né?

about 3 hours ago via TweetDeck

.alepinheiro
Aleksandra Pinheiro

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Notícias ATX-BA

A ATX-BA tem lutado em todas as frentes para resolver a freqüente falta de medicamentos para os transplantados da Bahia.

Na última sexta feira (01.04.2011) protocolamos um ofício no Ministério Público Federal e no Ministério Público Estadual.

Enviamos um ofício para o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (CREMEB). (04.04.2011).

Dia 05.04.2011 na Assembléia Legislativa do Estado da Bahia a convite do Presidente da Comissão de Saúde e Saneamento, Deputado Estadual José Arimatéia,falamos da falta de medicamentos para os transplantados, o que vem ocorrendo há mais de dez anos, em vários períodos de cada ano.

Temos colocado na mídia,vários transplantados têm falado da falta dos medicamentos: TV Aratu, TVE, TV BAHIA, Jornal Tribuna da Bahia, etc

Vídeos:

Enviamos um e-mail para o Ministro da Saúde e colocamos a questão junto a Ouvidoria do SUS.

Vários blogs e sites tem publicado sobre o assunto, no entanto até hoje falta a azatioprina para os transplantados da Bahia.

A azatioprina é comprada pelo Governo do Estado da Bahia via Secretaria de Saúde e não pelo Ministério da Saúde.

Um medicamento que evita a rejeição do órgão transplantado, que tem um custo pequeno e nada até hoje foi feito para salvar as nossas vidas.

Uma falta de respeito pela vida de alguém que ficou anos esperando pela doação de um órgão para ter "VIDA e QUALIDADE DE VIDA".

A ATX-BA gostaria de contar com apoio de todos associados ou não para continuar lutando como pudermos.

Peçam apoio a quem puder ajudar falem que vocês precisam viver.

Toda sociedade precisa saber e participar.

terça-feira, 5 de abril de 2011

PRINCESA NEWS

Comissão de Saúde e Saneamento discute questão dos transplantados da Bahia


• abr 5, 2011
• Posted by Rutembergue in Politica


A Comissão de Saúde e Saneamento da Assembleia Legislativa, recebeu em sua quinta reunião deste ano, a presidente da Associação de Pacientes Transplantados da Bahia, Márcia Chaves. A entidade – que há doze anos oferece apoio social, jurídico e psicológico, acompanhando casos antes e depois do transplante – apresentou a denúncia que, desde o dia 14 de março, 1.300 transplantados que dependem do governo estadual só receberam metade da dose prescrita do remédio Azatioprina (um imunossupressor que inibe a rejeição do corpo ao novo órgão). A partir do dia 21 de março, os transplantados deixaram de receber totalmente a medicação. “Como o Secretário de Saúde Jorge Solla estará aqui na Assembleia para o Dia Mundial da Saúde na quinta-feira, vamos abordar a questão, uma vez que há tantas pessoas precisando tomar essa medicação todos os dias, em horário pré-estabelecido, havendo o risco de perda do órgão transplantado”, destacou o deputado estadual José de Arimatéia (PRB), presidente da comissão. Na ocasião, Márcia Chaves também apresentou a reinvindicação dos transplantados de que seja criado “um projeto de lei que equipare os transplantados aos portadores de deficiência”. O caso da falta de medicamentos para transplantados foi publicado por este Política Livre no último dia 1º quando relatou a denúncia sobre a situação feita pela jornalista Aleksandra Pinheiro em seu twitter.
1. Ref: Comissão de Saúde e Saneamento discute questão dos transplantados da Bahia
www.princesanews.com/.../106251-comissao-de-saude-e-saneamento-discute-questao-dos-transplantados-da-bahia

domingo, 3 de abril de 2011

APON

sábado, 2 de abril de 2011

Transplantados da Bahia pedem socorro



Postado por Antonio Pereira (Apon) às 08:43:00

Como bem vaticinou o Governador Otavio Mangabeira: "Pense num absurdo. Na Bahia tem precedente". Absurdamente, mais uma vez, faltam medicamentos indispensáveis Á saúde e sobrevivência dos transplantados do Estado da Bahia. Pessoas que por anos esperaram na fila por um transplante, gente que sofreu nas hemodiálises, seres humanos que receberam de doadores a dadiva de continuarem vivos... Veem-se ameaçados outra vez pela falta dos imunossupressores que evitam a rejeição do órgão transplantado.

Os transplantados não podem ficar a mercê dos hiatos governamentais e o assunto sério da distribuição desses medicamentos, não cabe na política instituída nesse governo de "se fazer de morto" e ir "empurrando com a barriga". Os cidadãos transplantados estão expostos a eminente e literal risco de morte.



sábado, 2 de abril de 2011

Jornal Tribuna da Bahia - Online

A saúde e o estado

Publicada: 02/04/2011
Atualizada: 02/04/2011

Ivan de Carvalho

Isso de faltarem na Bahia – suponho que também faltem em outros estados, ainda que não dê para afirmar que faltam em todos – remédios que deveriam ser fornecidos pelo SUS, por intermédio e sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Saúde, não é, de modo algum, uma novidade. Ora faltam uns, ora faltam outros, um sufoco para os pacientes que precisam deles.

Alguns são medicamentos caros, que os pacientes não têm condições de comprar. Outros são remédios que simplesmente não são encontrados no mercado, nas farmácias, porque de consumo restrito, não havendo interesse para essas casas comerciais tê-los em estoque. Outros ainda, embora em limitadíssimo número, são remédios importados (porque não produzidos no Brasil), geralmente muito caros e quase impossíveis de serem importados por um particular, mesmo que este tenha o dinheiro para pagar o preço.

Nesse contexto, é de esperar que, obedientes à Constituição da República, à lei e às normas regulatórias do Sistema Único de Saúde, a autoridade responsável – no caso, a Secretaria Estadual de Saúde, na sua função de integrante e executora do SUS para o fornecimento de medicamentos – tenha um estudo completo dos medicamentos de que precisa ter em estoque e da frequência com que é necessária a renovação de estoque e se guie por esse estudo para não deixar que faltem medicamentos para pacientes que precisam deles para continuar vivos.

É o caso de medicamentos para quem tem órgão ou outros tecidos transplantados. Há o problema básico da rejeição, a ser evitada por imunossupressores, bem como outros problemas, que podem exigir outros remédios.

A propósito, a jornalista Aleksandra Pinheiro fez, na quinta-feira, em seu twitter, como relatou ontem com destaque o site Política Livre, um relato emocionado sobre o drama experimentado por transplantados na Bahia, acrescentando um apelo ao governador Jaques Wagner e ao secretário da Saúde, Jorge Solla, para que determinem imediatamente a compra de azatioprina, medicação indispensável e que o estado não tem fornecido há muitos dias.

“Denúncias feitas, matérias de TVs, jornais, etc. e o secretário Jorge Solla não tem a dignidade de mandar comprar a azatioprina”, desabafa, no limite da contenção de linguagem, a jornalista em seu twitter. E direciona a denúncia para o microblog do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Aparentemente, o que desencadeou a indignação da jornalista Aleksandra foi o anúncio do governo de que vai criar uma “organização de procura de tecidos e órgãos” para transplantes.

“Eu leio nisto uma palhaçada sem igual. São Paulo transplanta órgãos, restabelece a vida das pessoas e o governo da Bahia deixa pacientes perderem transplantes por falta de medicação”, comentou ela no seu microblog. E disse mais: dirigiu um desaforo ao ministro:

“Se é este o Ministério da Saúde que o senhor pretende liderar, @padilhando, comece a contar os mortos”; lamentou que o Ministério Público baiano “só dorme” e que, portanto, iria ao Ministério Público Federal para ver se este aciona o Ministério da Saúde para resolver a falta de remédios na Bahia.

Ontem, a presidente da Associação dos Transplantados da Bahia, Márcia Chaves, confirmou a denúncia da jornalista Aleksandra Pinheiro, afirmando que a azatioprina falta na farmácia do estado em Salvador desde o dia 14. Segundo Márcia Chaves, na Bahia, cerca de duas mil pessoas precisam usar o medicamento.

É. Não dá para deixar como está.

Política Livre

02.04.2011 às 07:22


Aleluia cobra do governo medicação para transplantados

“A estratégia do silêncio usada pelo governo estadual como forma de deixar cair no esquecimento as inúmeras irregularidades denunciadas pela oposição, não deve e não pode servir à grave situação em que se encontram mais de dois mil transplantados no estado. Desde o dia 14 de março, essas pessoas estão sem a indispensável medicação Azatioprina, fornecida exclusivamente pela secretaria estadual de saúde (Sesab). É um problema que precisa ser resolvido urgentemente para não prejudicar vidas humanas”, reclama o presidente da Fundação Liberdade e Cidadania, José Carlos Aleluia. Para Aleluia, a indiferença irresponsável do governo com o problema está levando ao desespero milhares de baianos que dependem dessa medicação. “Onde estão o governador Jaques Wagner e o secretário Jorge Solla, que não se sensibilizaram ainda com o emocionado apelo da jornalista Aleksandra Pinheiro que vem usando as redes sociais para denunciar esse drama social?”.


Política Livre

01.04.2011 às 16:37
Presidente de Associação confirma denúncia de jornalista contra Jorge Solla

Em conversa agora há pouco com o Política Livre, a presidente da Associação dos Transplantados da Bahia, Márcia Chaves, confirmou a denúncia da jornalista Alekssandra Pinheiro de que há dias falta o remédio azatioprina, que é distribuído gratuitamente pela rede de saúde do Estado a pacientes com o problema. Segundo ela, a medicação falta na farmácia do Estado em Salvador desde o último dia 14. No interior, a situação seria ainda pior. Chaves calcula a existência de pelo menos cerca de dois mil transplantados na Bahia que já deixaram de tomar o medicamento ou estão em vias de não poder administrá-lo por dificuldade em encontrá-lo. A associação reúne 450 transplantados. A jornalista Alekssandra Pinheiro fez um apelo entre indignado e emocionado ontem em seu twitter pela solução do problema (veja aqui).

Política Livre

01.04.2011 às 11:38


EXCLUSIVO: Jornalista baiana denuncia insensibilidade de Solla com transplantados
 

Trechos do relato de Aleksandra Pinheiro

Num relato apaixonado sobre o drama vivido por transplantados na Bahia, a jornalista Aleksandra Pinheiro fez ontem à noite, em seu twitter, um apelo ao secretário Jorge Solla (Saúde) e ao governador Jaques Wagner (PT) para que determinem imediatamente a compra do azatioprina, medicação necessária aos pacientes que tem faltado há dias nos postos de saúde do Estado.

“Denúncias feitas, matérias de TVs, jornais, etc. e o secretário Jorge Solla não tem a dignidade de mandar comprar Azatioprina”, desabafou a jornalista no twitter, direcionando a denúncia para o microblog do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Pinheiro tomou a iniciativa, aparentemente, irritada com a iniciativa do governo de anunciar a criação de uma “Organização de procura de órgãos e tecidos”.

“Eu leio nisto uma PALHAÇADA sem igual. São Paulo transplanta orgãos, restabelece a vida das pessoas e o Gov da BA deixa pacts perderem transplantes por FALTA de medicação. Ñ montem “organização de procura de Orgãos e Tecidos” enquanto ñ conseguirem cumprir o básico, a medicação do transplantado na BA”, comentou a jornalista no microblog.

Visivelmente irritada, ela também dirigiu uma mensagem dura ao ministro: “Se é este o Ministério da Saúde q o sr pretende liderar, @padilhando, comece a contar os mortos”. Dando a entender que conhece os meandros obscuros da Sesab, a jornalista ainda ofereceu uma dica aos colegas que, por ventura, se interessem em produzir algum noticiário sobre o assunto.

“Um aviso à imprensa: coord da Central de Transplantes na BA, Eraldo Salustiano, é craque em negar denúncias… O (ir)responsável q há anos está à frente do inexistente “Programa de Transplantes” na BA e os pcts continua…”, denunciou, pedindo ao governador que dialogue, “sem engodo”, com a associação de transplantados de Salvador, que atende a pacientes de todo o Estado.

Revelando cansaço e estresse, a jornalista ainda revelou que o Ministério Público baiano faz vistas grossas ao problema. “Amanhã tou indo ao MP Federal. Já q o MP Bahia SÓ dorme, vejamos se o Federal aciona o @minsaude p/ resolver a falta de remédios na BA”, prometeu

quinta-feira, 31 de março de 2011

PARAÍBA 1

MP entra com ação e Estado libera compra de remédios excepcionais


30-03-2011 10:05:00
Da Redação
Com MPPB

A Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde da Capital ingressou, esta semana, com uma ação civil pública na Justiça para obrigar o Governo do Estado a regularizar o fornecimento de medicamentos de alto custo e de uso excepcional aos pacientes portadores de doenças renais e transplantados. Além de pedir a antecipação de tutela, o Ministério Público solicita na ação que, em caso de descumprimento da decisão judicial, o Estado seja punido com multa diária de R$ 10 mil.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde informou que o Estado já liberou a autorização para a compra dos medicamentos que estavam em falta, inclusive aqueles destinos ao tratamento de alguns tipos de câncer. A expectativa é de que o estoque esteja totalmente normalizado dentro de uma semana, até o dia 8 de abril.

Ainda de acordo com a assessoria, 85% do estoque do Centro Especializado de Dispensação de Medicamentos Excepcional (Cedmex), em Campina Grande, foi reposto.

O motivo para a ação impetrada pelo Ministério Público foi uma série de reclamações de pessoas que precisam dos medicamentos para o tratamento de suas doenças.

“De outubro de 2010 até a presente data ocorreu a interrupção do fornecimento dos medicamentos, sem que se tenha uma previsão da regularização dessa obrigação que é do Estado. Todos os pacientes que nos procuraram registraram o risco que correm de perderem a vida ou de terem complicações graves na sua saúde com danos irreparáveis, o que é enfatizado nos laudos médicos”, explicou o promotor de Justiça João Geraldo Barbosa.

G1.GBLOBO.COM


30/03/2011 18h02 - Atualizado em 30/03/2011 18h02


Tratamentos são interrompidos na BA por falta de remédios para distribuição



Pacientes entram na justiça para garantir que terão remédios necessários.
Mesmo ganhando a causa, não recebem o remédio que não é encontrado.

Da TV Bahia

Pacientes que dependem de medicamentos caros para o controle de doenças como o câncer e diabetes estão sem poder fazer o tratamento porque faltam remédios nas unidades de distribuição na Bahia.

Ana Paula Soares fez transplante de rim há quase dois anos e precisa tomar um remédio todos os dias para evitar a rejeição do órgão. A assistente social, que mora em Feira de Santana, tem o direito de receber a medicação de graça, mas conta que, muitas vezes, há atraso na entrega.

O atraso também é problema para pacientes de Salvador. O estudante Geovani Monteiro, de 14 anos, descobriu que tinha diabetes tipo 1 no ano passado.

Geovani conta que desde novembro de 2010 o Cedeba - Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia - não tem fornecido material para medição da glicose nem insulina. O tratamento, que não pode ser interrompido, custa cerca R$ 450 por mês. Os pais do garoto estão desempregados.

Briga na justiça

O drama de Geovani é parecido com o da enfermeira Emilene dos Santos, que precisou brigar na justiça para ter direito ao remédio que complementa um tratamento contra um tipo grave de câncer de mama.

O medicamento é importante porque aumenta as chances de cura atacando somente as células doentes. O Herceptim não é encontrado em farmácias comuns, e custa entre R$ 5 mil e R$ 11 mil. Quando a entrega do medicamento foi garantida pela justiça, Emilene descobriu que ele estava em falta.

A Secretaria da Saúde de Salvador disse, através de uma nota, que houve um atraso na entrega do medicamento para o tratamento de diabetes por causa do fornecedor, mas garante que a entrega de medicamentos e materiais esta sendo regularizada.
A Secretaria Estadual da Saúde disse que Emilene já está recebendo o remédio para controle do câncer regularmente e que a previsão para entrega da próxima ampola é no dia 13 de abril. A Secretaria da Saúde de Salvador disse que houve falta dos medicamentos para diabetes por causa do fornecedor, mas a entrega deve ser regularizada até maio.


Já em Feira de Santana, começou hoje a distribuição dos remédios que evitam a rejeição do transplante. Uma caixa custa, em média, R$ 1.700.

g1.globo.com/.../tratamentos-sao-interrompidos-na-ba-por-falta-de-remedios-para-distribuicao.html

terça-feira, 29 de março de 2011

CAMPO MAIOR EM FOCO

ABSURDO: Falta medicamento para transplantados renais no Piauí


Qua, 23 de Março de 2011 18:28

Campo Maior é um dos centros de distribuição do medicamento fundamental para recumperação dos doentes renais.

Durante entrevista no Jornal Rádio Notícia 1ª Edição da Rede de Rádios Verdes Campos Sat, a diretora da Unidade de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Saúde do Piauí, Natália Ayres, confirmou a falta de medicamento utilizado pelos transplantados renais.

“Realmente existe a falta do medicamento Micofenolato de Mofetila, que é utilizado por transplantados renais, mas esperamos que até o final do mês de março esta situação esteja regularizada”, disse a diretora.

De acordo com Natália Ayres, a falta de medicamentos acontece devido ao atraso dos fornecedores. “Houve atraso por parte do fornecedor para entrega da medicação. No mês de fevereiro, quando já estava próximo de acabar entramos em contato com o fornecedor que acabou renovando o prazo de entrega”, explicou.

No estado do Piauí existem cerca de nove mil usuários de medicamentos excepcionais, o que gera uma despesa de R$ 2 a 3 milhões de reais por mês na receita do governo. E diante disso a diretora da Unidade de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Saúde do Piauí, disse que a secretaria já está fazendo um planejamento para evitar a falta de medicamentos.

“Essas faltas de medicamentos foram freqüentes no ano passado e agora o nosso objetivo é fazer um levantamento e um planejamento para que não haja essa falta”, disse Natália.

Natália Ayres acrescentou ainda que a entrega dos medicamentos pode ser feita em um dos oito centros de distribuição que existem no estado. “Ate 2008 só haviam 3 centros e hoje existem 8 centros, sendo em Oeiras, Parnaíba ,Picos, Piripiri, São Raimundo, Bom Jesus, Floriano e Campo Maior e essas farmácias ficam no hospital regional da cidade”.

TV Canal 13

www.consciencia.net

Amapá


MP: falta de remédios matou 70 pessoas em hospitais

MACAPÁ. Um levantamento feito pelo Ministério Público do Amapá aponta que 70 pessoas morreram de janeiro a setembro do ano passado por falta de medicamentos e de equipamentos nos hospitais públicos. "Fizemos vistorias nas principais unidades de saúde e constatamos o caos em que se encontra a saúde no Amapá", disse o promotor Marcelo Moreira. Os mais prejudicados com esta situação, segundo Moreira, são os transplantados cardíacos, doentes renais e portadores de câncer.

"Não foi constatado que estas pessoas morreram por falta de medicamento", rebateu o secretário estadual da Saúde, médico Uilton Tavares. O presidente do Conselho Regional de Medicina no Amapá, Dardeg Aleixo, insiste que as mortes foram por falta de medicamento. "Vamos apresentar relatórios, dados verídicos que comprovam as mortes por falta de medicamentos e pedir medidas federais", disse ele, que está em Brasília tentando uma audiência com o ministro da Saúde.

Em 2 de dezembro, os médicos de plantão no Hospital de Especialidades receberam o paciente Jorge de Azevedo Picanço em estado grave. Sua salvação estava num leito de UTI, mas não havia nenhum disponível. Dos cinco leitos na UTI do Hospital de Especialidades, apenas um tinha aparelhos funcionando, mas já estava ocupado. Jorge Picanço morreu. Os próprios médicos plantonistas denunciaram a situação ao Ministério Público.

No fim de dezembro, o presidente da Assembléia Legislativa, Lucas Barreto, nomeou uma comissão de deputados para visitar as principais unidades de saúde da rede pública. Os parlamentares pediram a presença da Comissão de Direitos Humanos da OAB-AP e do Ministério Público.

Nesta visita ao Hospital de Especialidades constataram que apenas uma das salas do centro cirúrgico funcionava, os banheiros estavam interditados, havia apenas uma lâmpada em todo o centro cirúrgico e a maioria dos equipamentos foram adquiridos há mais de uma década e estão enferrujados; na sala de esterilização, não havia material para fazer a esterilização; os equipamentos estão sucatados ou precisando de manutenção e nem gaze existia e faltava remédio para tudo.

Medicamentos comprados são insuficientes


O Ministério Público federal deu prazo de 24 horas para o governo comprar os medicamentos. O que foi feito, em caráter de urgência, com dispensa de licitação. Mas a quantidade comprada ainda não supre a necessidade, principalmente dos portadores do vírus HIV. "A falta de remédios não é um problema só do Amapá, isso acontece em todo o País", argumenta o secretário de Saúde.

De acordo com o secretário de saúde, hoje apenas uma das salas cirúrgicas não está funcionando e os aparelhos de esterelização estão sendo recuperados. Ele diz que a situação da saúde no Amapá tem como causa a falta de dinheiro. "Precisamos de pelo menos R$ 15 milhões para equipar o hospital. Já temos emenda no Orçamento da União de R$ 6 milhões, recurso que deve ser liberado no próximo ano".

Para o deputado Lucas Barreto, o problema é "má gestão do dinheiro público". O promotor Marcelo Moreira diz que o que há é "negligência criminosa". Segundo ele, há indícios de desvio de verbas. Está sendo feita uma auditoria no Sistema Único de Saúde (SUS) que deverá ou não confirmar as suspeitas do promotor. "Essa auditoria é um procedimento rotineiro, não tem nada de mais", garante o secretário de Saúde.

Em dezembro, o senador João Capiberibe (PSB-AP) denunciou duas vezes o caos em que se encontra a saúde no Amapá e pediu intervenção federal. Outro que também pediu intervenção federal foi o deputado estadual Randolph Rodrigues (PT). "Enviamos em dezembro um ofício ao Ministério da Saúde e até agora não recebemos resposta", disse.

UOL Ciência e Saúde

UOL Ciência e Saúde > Notícias

25/10/2010 - 09h50

Faltam medicamentos de alto custo no SUS

Um ano após União, Estados e municípios terem acordado um novo esquema de compra e distribuição dos medicamentos mais caros fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), houve aumento do atendimento e economia de recursos, mas nas últimas semanas ocorreu racionamento ou falta de ao menos sete tipos de remédios. O problema foi registrado principalmente no Estado de São Paulo, onde está cerca de metade dos 900 mil pacientes beneficiados - e onde os governos federal e estadual vivem uma queda de braço sobre a causa dos desabastecimentos recentes.

Nas últimas semanas, São Paulo enfrentou a falta de drogas como adalimumabe (artrite reumatoide), tracolimo, sirolimo e micofenolato de mofetila (transplantados), acetato de glatirâmer e betainterferona (esclerose múltipla) e leuprolide (terapia hormonal), segundo relato de pacientes colhido pelo Estado. Pessoas que não têm outra alternativa para adquirir o medicamento - um remédio pode custar até R$ 8 mil ao mês - são submetidas a burocracia e longas filas.

Há um ano, o Ministério da Saúde decidiu, em conjunto com as secretarias estaduais e municipais, centralizar a compra de 43 medicamentos para melhorar o poder de compra estatal e economizar. Outros remédios ficaram sob responsabilidade dos governos estaduais e municipais. A pasta estima que a medida já poupou R$ 220 milhões, suficientes para aumentar a quantidade adquirida dos remédios. A compra de algumas drogas quase dobrou.

O diretor de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento Júnior, disse que São Paulo é o único Estado que apresentou problemas na distribuição de drogas de alto custo nas últimas semanas. "A própria secretaria estadual reconheceu que teve dificuldade para que os remédios chegassem aos centros de distribuição. A Fundação para o Remédio Popular (órgão do governo paulista que recebe as drogas) ficou em greve por dois meses e por 15 dias o Estado não recebeu nada do que enviamos", afirmou.

Em nota oficial, a Secretaria da Saúde de São Paulo destacou que, da lista de drogas em falta, havia desabastecimento pontual do leuprolide e da betainterferona. Segundo a pasta, a betainterferona chegou na quinta-feira. Em relação ao leuprolide, a secretaria diz que o laboratório Sandoz teve a comercialização da droga suspensa temporariamente pela Anvisa. "Só em 22 de setembro foi publicada a liberação de comercialização dos lotes", apontou, destacando que a regularização está em processo. Segundo a secretaria, o desabastecimento ocorreu porque o ministério considerou o consumo médio mensal em São Paulo, sem levar em conta novos pacientes. As informações são do Jornal da Tarde.


TV VERDES MARES

Pacientes precisam de medicamentos


Estão sem medicamento para hepatite necessário há 90 dias

26/03/11

Pacientes que estão sendo submetidos ao tratamento da hepatite estão sem o medicamento necessário há 90 dias.

Quase 90 pessoas dependem do medicamento no Ceará. Segundo a Secretaria de Saúde do estado, o medicamento está sendo distribuído normalmente pelo Ministério da Saúde e os pacientes que não estão recebendo os medicamentos são aqueles que não atendem aos protocolos clínicos indicados pelo Ministério da Saúde.

Para o presidente da Associação Cearense dos Pacientes Hepáticos e Transplantados, a vida destes pacientes depende do medicamento. A comissão de saúde da OAB foi acionada pelo presidente da associação.

http://tvverdesmares.com.br/cetv2aedicao/pacientes-precisam-de-transplante/