sexta-feira, 20 de setembro de 2013

ATX-BA - CONVITE - " DIA NACIONAL DO DOADOR DE ÓRGÃOS"

CONVITE
 
A ATX-BA solicitou à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa da Bahia que fizesse uma homenagem ao "Dia Nacional do Doador de Órgãos" (27/09). Vai ser uma Audiência Pública para podermos nos expressar.
 
DIA: 24/09/2013 (próxima terça)
HORARIO: DAS 09:00 AS 12:00 HORAS
LOCAL: SALÃO ELIEL MARTINS DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA (NO CAB)

Vamos homenagear a quem nos deu a "VIDA" pela segunda vez.

Compareçam e divulguem. Levem seus familiares e doadores vivos, amigos.


Márcia Chaves
Presidente ATX-BA
 
VISTA ESTA CAMISA.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

ATX-BA - INFORMANDO: ONG de combate à hepatite C faz 10 anos pedindo mais medicamentos.

7/09/2013

ONG de combate à hepatite C faz 10 anos pedindo mais medicamentos

                                                                
Ao entregar relatório de atividades, ONG "C Tem que Saber, C Tem que Curar" diz que pacientes têm dois grandes empecilhos na luta contra a doença: falta de informação e burocracias na liberação dos medicamentos.
Burocracias na liberação dos medicamentos é um dos problemas para pacientes com o virús da hepatite. Foto: OMS
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A organização não-governamental de combate à hepatite "C Tem que Saber, C Tem que Curar" divulgou um relatório de atividades para marcar os 10 anos da entidade, comemorados neste mês de setembro.
Segundo a ONG, 300 mil pessoas com o vírus da hepatite já foram encaminhadas à rede pública de saúde para tratamento e procedimentos médicos. A maioria destes pacientes não sabia que tinha o vírus.
Prevenção e Controle
De acordo com Chico Martucci, presidente da ONG "C Tem que Saber C Tem que Curar", a hepatite é uma doença silenciosa, e os pacientes têm que estar atentos para fazer a prevenção e o controle, uma vez que o tempo é fundamental na luta contra a doença.
"Quem pertence ao grupo de risco? Aquelas pessoas que receberam o sangue até 1993. Quem compartilhou pelo menos uma vez na vida de substância lícita ou ilícita na veia. Quem vai à manicure sem levar seu estojo próprio. Quem tem antecedente de outras hepatites. Quem teve acidente com material pérfuro-cortante. Lembrando que a rota do vírus C sempre passa pelo sangue contaminado. O contato é sangue, sangue."
Prateleira
Martucci contou à Rádio ONU que os pacientes de hepatite enfrentam dois grandes empecilhos na hora de combater a doença: a falta de informação e casos de burocracia que impedem que os remédios cheguem a quem precisa, com a urgência necessária.
"Os desafios de hoje são que muitas pessoas têm o tratamento negado pelo Estado aqui no Brasil. Eles precisam da terapia tripla que é um remédio novo que chegou que são os inibidores de protease. Eles estão na prateleira do Ministério da Saúde desde fevereiro. O Ministério efetuou uma compra tem o remédio lá. Chamas-se inibidor de protease."
De acordo com a ONG, a hepatite C é uma doença que mata, na maioria dos casos, pessoas com 50 anos ou um pouco mais, que convivem com o vírus há várias décadas e não sabiam da existência do problema até as complicações começarem.
Um outro desafio é a fila do transplante no Brasil. Segundo a ONG, há quatro fígados por milhão de habitante. E 95% dos pacientes falecem à espera do fígado.
 
FONTE: Notícias e Mídia - Rádio ONU
 
A ATX-BA parabeniza a C Tem que Saber, C Tem que Curar",  na pessoa de seu presidente, Chico Matucci, pelo belo trabalho que eme desenvolvendo nestes 10 anos.
 
Márcia Chaves
Presidente ATX-BA

terça-feira, 10 de setembro de 2013

ATX-BA - INFORMANDO - DIREITO DOS IDOSOS

A ATX-BA convida a todos para audiência pública promovida pelo Deputado José de Arimatéia na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) para cuja temática são os idosos e seus direitos.
Local : Plenário da ALBA (CAB)
Dia: 03/10/2013
Hora: 09:30 horas.

CARTA ABERTA

O COMPROMISSO DE TODOS POR UM ENVELHECIMENTO DIGNO NO
BRASIL E NA BAHIA

A última pesquisa do IBGE, em 2010, revelou um dado importante quanto ao envelhecimento do povo brasileiro, apontando para uma população de mais de 67 por cento de idosos, daqui a menos de 30 anos, sendo que o Estado da Bahia aparece em 1° lugar no índice de pessoas centenárias, notadamente na cidade de Piatã, na Chapada Diamantina. E já somos um milhão e meio de pessoas idosas em Salvador estima-se em 300 mil. O Brasil é signatário de pactos internacionais em favor do envelhecimento, como o pacto de Madri (2000), que reconhece o envelhecimento da população como um macro positivo, e o Plano que alguma noticia demora a chegar ou são as pessoas que apresentam certa dificuldade para escutar...

Uma Questão de Direitos Humanos, Saúde Pública e Responsabilidade
Social

Após pesquisas e constatação das várias formas de violência sofridas pelas pessoas idosas em nosso estado, que perduram até os dias de hoje, tornando-se uma grave violação dos direitos e saúde pública. Por conta dessa preocupante e atordoante preocupação, o Movimento Social das Pessoas Idosas da Bahia vem a público Denunciar que, após muitas lutas da sociedade civil organizada, foi instalada, através da lei 9,277/2004, a Deati – Delegacia Especializada de Atendimento de Atendimento ao Idoso, localizada na Rua Salete, 19 – Barris, para servir de instrumento efetivo de ação preventiva, repressiva e investigativa em cumprimento dos artigos 4º e 46º do Estatuto do Idoso. Trata-se de uma unidade projetada para um atendimento especial ao idoso, em face do aumento da violência contra ele, inclusive dentro da própria família. Para tanto, foi formada uma equipe interdisciplinar capacitada pelo Fórum Permanente das Questões do Idoso da Bahia (custo zero para o Governo), dentro dos padrões e conhecimento exigidos pela Gerontologia e Geriatria e do Estatuto do Idoso, composta de delegadas, agentes policias, assistentes sociais, pessoal de apoio, veículo para deligência, alojamento dentro dos padrões da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para acolher temporariamente o idoso em risco de morte após denúncia.
Num trabalho conjunto com o Ministério Público, a Deati vinha desempenhando suas funções com qualidade, em plantões de 24 horas, até que começou o desmanche dessa delegacia com a retirada de quase todo pessoal preparado para atendimento diferenciado. E o mais grave, a delegacia não funciona no turno da noite, deixando o idoso em risco de vida, sem socorro policial durante as madrugadas, pois o atendimento só é feito no horário administrativo. Passou-se a fazer marcação de audiências com datas marcadas para o fim do ano, inobservando o atendimento prioritário e em tempo hábil, para a pessoa idosa. Esta situação se configura com UMA BÁRBARA VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL, em época de Pacto Pela Vida – “um compromisso de todos com a segurança”. E buscam-se parcerias e envolvimento com a sociedade civil organizada. O que é mesmo pacto pela vida?

O PACTO PELA VIDA COMEÇA COM A PESSOA IDOSA – a população idosa tem o direito de viver, de envelhecer e de ter sua delegacia funcionando certo para garantir o tratamento digno aos idosos. Eles são a memória viva de uma sociedade e de um povo, como mostra a história das civilizações.

MOVIMENTO DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA: REDE NIAPI – Núcleo Interinstitucional de Ação Pró Idosos (53 instituições do idoso), Fórum Permanente das Questões do Idoso na Bahia.


ATX-BA.

domingo, 8 de setembro de 2013

ATX-BA - Campanha Doação de Órgãos - Bahia

Sesab recebe apoio da Agerba para campanha de doação de órgãos

O Terminal Rodoviário de Salvador é o mais novo ponto de divulgação da campanha “Doe Órgãos, Doe Vida”. A iniciativa da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), por meio da Coordenação do Sistema Estadual de Transplantes (Coset) é desenvolvida, no local, com apoio da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba).

Além dos dois painéis afixados nesta terça-feira (30), no terminal, a parceria prevê a realização de palestras informativas, no mês de setembro, para cerca de 400 colaboradores que atuam na rodoviária.A informação foi confirmada pela técnica da Coset, Margarete Mascarenhas que, durante a ação, esteve reunida com o gerente de operações da Organização Sinart, Adevaldo Santos e o coordenador da Agerba – polo Salvador, Abdul Ramid.

J.G. DRT/BA 4362
 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

ATX-BA - PARABÉNS PELOS 15 ANOS DO HOSPITAL DO RIM (SP)

HISTÓRIA DO HOSPITAL DO RIM DE SÃO PAULO. Em 1983 os componentes da Disciplina de Nefrologia do Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM), criaram o Instituto Paulista de Estudos e Pesquisas em Nefrologia e Hipertensão (IPEPENHI), entidade de direto privado, de fins filantrópicos e não lucrativos - declarada de utilidade pública pelo Decreto Federal em 1988.
O objetivo permanece sendo a manutenção de um instituto de pesquisa, ensino e assistência com o intuito de expandir estas atividades dentro do complexo Escola Paulista de Medicina – UNIFESP e Hospital São Paulo.
Em 1993, o IPEPENHI foi transformado em FUNDAÇÃO OSWALDO RAMOS, pessoa jurídica de direto privado, de fins não lucrativos e com autonomia administrativa e financeira. A Fundação inaugurou o Hospital do Rim e Hipertensão em 1998, concluindo anos de projetos liderados pelos professores Oswaldo Ramos e Horácio Ajzen. O Hospital do Rim ocupa terreno cedido pela Prefeitura de São Paulo foi construído com recursos do Governo Estadual, e equipado pelo Governo Federal. É voltado a atendimento de pacientes, com doenças nefro-urologicos e cardiovascular (transplante renal, diálise, nefrites, nefroses, doenças de auto-agressão, afecções urológicas doenças cardiovasculares). Sua concepção foi fundamentada na assistência à saúde, ensino de graduação, pós-graduação, pesquisa clinica, e capacitação e atualização permanente de profissionais da área.
A instituição faz parte do complexo da UNIFESP/EPM, sendo dirigida por um Conselho Curador composto por 14 membros, com representantes da Secretaria da Saúde do Estado, do município, do Governo Federal, representantes da sociedade e do corpo docente da disciplina de Nefrologia. Este Conselho Curador escolhe uma Diretoria executiva que estabelece o modelo administrativo com profissionais especializados na área.

Captação de órgãos para transplante
O Hospital do Rim e Hospital São Paulo são responsáveis pela captação em uma região de 7 milhões de habitantes (região Sul da grande São Paulo + Santos e baixada santista) correspondendo a 110 hospitais

Resultados Transplante
O transplante renal é a principal atividade do hospital do Rim por 10 anos consecutivos é o hospital que mais faz transplante renal no mundo. Além do programa assistencial, é a instituição que mais capacita profissionais para a área de transplantes e também participa de quase todos os estudos multicêntricos relacionados a imunossupressão. Os resultados do programa saem permanentemente auditados por analises do CTS de Heildelberg - Alemanha.

Fonte:
http://www.hrim.com.br/historico.php
 
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Deputado Fernando Capez, na sede do Hospital do Rim para tomar um café com os amigos, Dr. Flavio Flores Bierrenbach, Dr. Medina, Dr. Arthur Beltrame e Dr. Ulisses Fagundes. Eles aproveitaram para agradecer a emenda parlamentar que indiquei para compra de aparelhos. Um abraço e obrigado pelo delicioso café.
 
Amanhã 06.09.2013 o HRIM completa 15 anos com uma homenagem que será realizada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
 
Fui transplantada no HRIM e acompanhada por 20 anos por Dr. Medina, até hoje. Graças ao meu pai que com 75 anos me doou um rim. Este amor imensurável do meu pai que me deu a vida pela segunda vez e de toda equipe do HRIM e de meus médicos possibilitou que eu comemorasse 14 anos de transplante neste ano. Aderi à causa e fundei a ATX-BA para atender aos transplantados não só de rim (fígado, coração, medula óssea, córnea, pâncreas) e seus familiares além de apoiar as pessoas que necessitam de um transplante. Defendendo os direitos de toda comunidade de transplantados da Bahia. PARABÉNS PARA TODA EQUIPE DO HOSPITAL DO RIM.
 
Márcia Chaves
Presidente ATX-BA
 
 

terça-feira, 3 de setembro de 2013

ATX-BA - " DIA 27 DE SETEMBRO "DIA NACIONAL DO DOADOR DE ÓRGÃOS".

TRIBUNA DA BAHIA

Mais de 3 mil estão na fila de transplante de órgãos na Bahia

por Kelly Cerqueira
Publicada em 03/09/2013 00:33:17
Indicado apenas quando todos os métodos convencionais de cura não apresentam resultado, o transplante de órgãos e tecidos continua lotando as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente, por falta de doadores.  Setembro é o mês nacional de incentivo à ação e, no Brasil, apenas 30% das pessoas permitem o reaproveitamento de coração, pulmão, córneas, ossos, rins, fígado, partes do corpo humano que, a depender da causa da morte, podem ser transplantadas em outras pessoas. No país 95% dos transplantes são realizados pelo SUS, divididos em unidades públicas e particulares.
 
Na Bahia, a maior fila de espera é pelo transplante de rim, assim como em todo o país. Até meados do mês de agosto, 1.110 pessoas sofriam com a espera angustiante em todo o estado, dependendo apenas da boa ação de familiares que permitissem o reaproveitamento dos rins de seus entes queridos falecidos, já que, pela lei, apenas parentes de 1º e 2º grau podem consentir a doação de órgãos e tecidos de pessoas vítimas de parada cardíaca ou morte encefálica. 
 
No caso do transplante de rins, outro fator agravante é a necessidade de compatibilidade entre os tecidos do órgão do doador e da pessoa implantada e esta é uma dos responsáveis pela enorme fila para este tipo de cirurgia, conforme informou Eraldo Moura, coordenador do Sistema Estadual de Transplantes da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (Sesab). “Este é um problema enfrentado em todo o país, não só pela falta de doadores, mas pela complexidade que envolve as condições para a realização da cirurgia”, explicou.
 
Este é o problema enfrentado pela aposentada Marenize de Jesus, que desde 2004 foi diagnosticada com insuficiência renal crônica e até hoje não conseguiu um rim compatível. Na fila de espera desde 2008, ela já foi chamada sete vezes, mas, em todas as tentativas, os rins dos doadores não foram adequados ao seu. “Nem mesmo minha família pode ajudar, já que todos têm problemas de saúde”, contou Marenize que, pela falta de órgão compatível, realiza hemodiálise três vezes por semana, sem perder a esperança de que ainda conseguirá encontrar um doador de acordo com as especificidades do seu organismo.
 
No total, mais de três mil pessoas aguardam transplantes no estado, apenas uma pequena parcela das 45 mil que passam pela mesma situação em todo o país.
 
O transplante de córneas é o mais realizado na Bahia, segundo Moura. Por se tratar de um tecido, o procedimento não depende de compatibilidade entre os doadores para a realização da cirurgia, mas ainda assim, existe uma fila com quase 800 pessoas à espera de doação. Ele explica que a retirada do tecido a ser reaproveitado deve ser feita com até seis horas após a parada cardíaca do doador. “Apenas mortes causadas por tumores no globo ocular, linfomas e leucemia impedem o aproveitamento da córnea”, continuou.
 
Um dos beneficiados com este tipo de cirurgia foi o jovem Fagner dos Santos Silva, 24 anos, que desde criança apresentava problemas nos olhos, causados por uma alergia. “Eu coçava muito os olhos e isso acabou evoluindo para uma doença chamada de ceratocone, que deixa a córnea mais fina”, explicou. Com a doença, Fagner passou a perder boa parte da visão e precisou passar pelo transplante. “Eu já havia esperado dois anos e meio em Feira de Santana e estava decidido a ir para São Paulo porque a oferta de córnea lá é maior, quando meu pai viu uma reportagem na TV falando sobre a cirurgia em Salvador. Depois daí fiquei só seis meses na fila e consegui o transplante”, contou o industriário que recebeu o tecido em Salvador, nos Hospital das Clínicas, em maio de 2012.
 
Ele diz que, embora não conheça a família do doador que permitiu que hoje ele enxergue bem, agradece todos os dias pela ação. “Eu mudei completamente meu pensamento sobre doação de órgãos. A gente só passa a ser doador, a pensar nestas coisas, quando passa por uma situação destas.”, comentou.
 
Desinformação
Para o coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, o grande problema na doação de órgãos gira em torno da desinformação. “A pergunta que devemos fazer é: Se você necessitasse receber um órgão para sobreviver, aceitaria a ajuda de um estranho? Se a resposta for sim, porque não permitir a liberação dos órgãos de familiares para a salvação de muitas vidas?”, questiona o coordenador do sistema. Ele explica que muitas vezes os familiares não sabem se o parente falecido queria ou não ter seus órgãos doados e que por isso o assunto gera dúvidas.
Segundo ele, a incerteza diária enfrentada por pessoas que aguardam as longas filas é angustiante. “Elas vivem sem saber se vão ver o dia novamente, porque são casos graves, que não podem esperar por muito tempo. As pessoas que podem ajudar precisam refletir mais sobre isso”, continuou.
 
E foi pensando apenas no bem estar de quem continua lutando pela vida que o aposentado Edinho Costa Almeida, 58 anos, permitiu que os órgãos do seu filho Fabrício Soares de Almeida, que teve o diagnóstico de morte encefálica em maio do ano passado. “Se a gente não consegue manter a pessoa aqui, do nosso lado, por que não ajudar alguém que está passando por dificuldade, lutando pela vida?” questionou o aposentado, que com a permissão conseguiu ajudar quatro pessoas, através da doação do coração, fígado, rins e córneas de Fabrício.
Terceiro maior banco de medula óssea.
 
Mais rápido e fácil de fazer a doação, a retirada de parte da medula óssea, realizada apenas em pessoas vivas, também pode ajudar a salvar vidas. O transplante pode ajudar na reconstituição de outros órgãos deficientes e no tratamento de leucemia, linfomas, mielomas, entre outros problemas no sangue. Para este tipo de procedimento também é necessária a compatibilidade genética entre doador e receptor e por isso os bancos de coleta realizam inicialmente o recolhimento de 5 a 10 ml de sangue do doador para a análise de suas características genéticas. Essas informações ficam armazenadas em um banco de dados, aguardando o surgimento de demanda, e caso haja paciente compatível a espera de transplante, o doador é chamado para realizar a coleta definitiva.
 
De acordo com Eraldo, o Brasil tem o terceiro maior banco de medula óssea do mundo, perdendo apenas para os EUA e a Alemanha. “Existe um intercâmbio de medula muito forte entre os países, os bancos trocam informações e material, conforme a demanda e a compatibilidade que surgem”, afirmou.
 
Outra novidade na área de doação deste órgão é a disposição do cordão umbilical por partes das mulheres no pós parto, já que esta parte do corpo humano contém células da medula óssea. “O Hospital das Clínicas está construindo um Banco de Cordão Umbilical para que este tipo de material fique a disposição de quem precisa”, anunciou.
 
Embora algumas mães estejam optando por congelar o cordão umbilical para recorrer a ele, futuramente, caso a criança apresente algum problema de saúde e precise de tratamento com células da medula óssea, Moura diz que a doação deste material para pacientes que realmente estejam necessitando é a melhor opção. “A probabilidade de uma pessoa desenvolver um problema que dependa destas células e quase nula”, garantiu.
 
COMENTÁRIOS SOB A TEMÁTICA:
 
O estigma de uma fila de 45.000 pessoas à espera de órgãos, de acordo com dados mais recentes do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que só vão até junho de 2013.; a subnotificação no registro de captação de órgãos e tecidos; e a disparidade de cobertura regional são considerados os principais obstáculos para que o sistema funcione de forma eficiente.
 
"A média de espera, de acordo com o órgão a ser doado, varia de 5, 5 a onze anos. Muitos pacientes morrem antes disso", constata o economista Alexandre Marinho, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e responsável por estudos desenvolvidos sobre a eficiência do SNT, subordinado ao Ministério da Saúde (MS)."
 
Custo-benefício: Na análise do economista Marinho, do Ipea, o elevado número de transplantes realizados no Brasil e de pacientes na lista de espera também reflete outro questionamento. "É um sinal de que as atividades de prevenção e promoção da saúde, que poderiam diminuir a necessidade de transplantes, precisam ser incrementadas", avalia. Segundo Marinho, a grande prevalência na população de doenças crônicas não transmissíveis que levam aos transplantes, como diabetes, hipertensão, hepatite e alcoolismo, deveriam estar sendo evitadas ou controladas no SUS de modo mais efetivo. "As ações deveriam ser realizadas preferencialmente na Atenção Básica (Unidades Básicas de Saúde e no Programa de Saúde da Família). Não será possível aprimorar o sistema sem melhorar o SUS, inclusive com a melhoria das emergências e das UTIs", diz o pesquisador da Diretoria de Estudos Macroeconômicos do Ipea.
 
"Para o presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), e diretor do Unifesp, o médico José Osmar Medina Pestana, é preciso ainda analisar que o paciente transplantado terá condições de retornar ao mercado de trabalho e melhorar sua qualidade de vida."Diante das estatísticas que mostram o baixo nível de oferta, não há como negar que a subnotificação é grave", afirma José Osmar Medina Pestana, presidente da Sociedade Latino-Americana de Transplantes e diretor do Programa de Transplantes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ao mencionar a subnotificação, Pestana quer dizer que há inúmeros casos de morte encefálica que não são notificados nos hospitais brasileiros, o que inviabiliza a doação. "Estatisticamente, nos hospitais com potencial de atendimento de urgência e emergência, de cada oito mortes encefálicas apenas uma é notificada à central de transplantes. Mas, quando a temática da doação é bem abordada com os familiares, 60% deles aceitam realizar o procedimento", diz. De acordo com Pestana, o preparo das equipes das comissões intrahospitalares é hoje o melhor caminho para a solução desse problema."
 
O SNT (SISTEMA NACIONAL DE TRANSPLANTES), entretanto, não mantém um controle de registro sistematizado desses óbitos. "Muitas vezes, descobre-se que o paciente faleceu quando ele é chamado para o transplante.O ideal seria haver softwares específicos e analistas que pesquisassem os levantamentos para apontar alternativas viáveis para melhorar a sobrevida dos pacientes", considera" afirma a ex-presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), a nefrologista Maria Cristina Ribeiro de Castro. Os dados, segundo ela, seriam importantes para melhorar os procedimentos adotados para a própria fila. "O ideal seria haver softwares específicos e analistas que pesquisassem os levantamentos para apontar alternativas viáveis para melhorar a sobrevida dos pacientes".
 
O Instituto Ressoar questionou profissionais da área da saúde e representantes de organizações que apoiam pessoas que precisam ou já receberam um transplante sobre o que é necessário fazer para aumentar as doações de órgãos no país.
Márcia Chaves, presidente da ATX-BA - Associação de Pacientes Transplantados da Bahia:"Para aumentar o número de doações tanto do fígado como demais órgãos e tecidos é preciso:
- criar uma cultura sobre a doação de órgãos, abordando a temática nas escolas de ensino fundamental (como o Projeto Educar para Doar, da ATX-BA), onde o estudante levará o tema para dentro de casa, envolvendo toda a família;
- as comissões intra hospitalares de captação e doação de órgãos (de acordo com a legislação do SNT (Sistema Nacional de Transplantes), todo hospital com 80 leitos deve ter esta comissão atuante) devem abordar a família não só no momento da ME (morte encefálica), e sim, acompanhar aquela pessoa que deu entrada no hospital por causa de um trauma ou outro motivo qualquer durante seu atendimento e possível recuperação, interagindo com o médico e familiares, se interessando pelo paciente e, se for o caso dele entrar em ME, os familiares já teriam sido acompanhados e teriam tempo de entender o processo da doação de órgãos e tecidos;
- os médicos intensivistas devem notificar compulsoriamente a ME (morte encefálica) de acordo com a lei vigente. No entanto, menos de 50% o fazem, devido à falta de informação sobre a doação de órgãos;
- são necessárias campanhas institucionais falando do tema, com frequência semanal ou mensal, seja através da mídia falada ou escrita. Não adianta falar da doação de órgãos só no dia 27 de Setembro, que é o Dia Nacional do Doador de Órgãos. O transplante é uma evolução da medicina que dá vida e qualidade de vida, mas só acontece com a participação de toda sociedade.
- no caso específico da Bahia os pacientes que necessitam de transplantes de rim e fígado devem ser informados do transplante intervivos. Aqui na Bahia só é realizado o transplante intervivos de rim, mesmo assim, com muita restrição por parte das equipes médicas. O transplante de fígado só é realizado com doador falecido, porém, em outros estados, é possível doar uma parte do fígado em vida para um familiar ou não. Temos na associação diversas crianças que já receberam uma parte do fígado das mães ou pais, assim como adultos.
- o número reduzido de equipes médicas também acarreta um pequeno número de transplantes, assim como o déficit de leitos hospitalares".
 
Dr. Carlos Baia, médico hepatologista e coordenador do transplante de fígado do Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini. "Ao longo dos últimos anos, várias ações foram tomadas em todo o Brasil para aumentar o número de doadores. Dentre as principais, devem ser citadas a formação/capacitação de equipes que detectam potenciais doadores e conversam com as famílias a respeito da doação. Um doador pode gerar uma nova vida para várias pessoas (dois rins, fígado, pâncreas, pulmões, coração, córneas, pele, ossos, vasos, e intestino). Uma das atitudes mais importantes é a conversa, entre as pessoas das famílias, a respeito da permissão da doação. Atualmente, cartas de motorista ou documentos de identidade com o carimbo "doador de órgãos" não tem valor legal. Pessoas que tenham sofrido acidentes com traumas graves na cabeça, ou outras situações nas quais a circulação de sangue para o cérebro foi comprometida, como derrames cerebrais extensos, podem se tornar doadores de órgãos, desde que seus familiares concordem com a doação. É uma decisão difícil, mas pode ser menos dolorosa se o assunto tiver sido conversado num outro momento".
 
Andrea Soares, gerente administrativa da APAT - Associação para Pesquisa e Assistência em Transplante e presidente da Transpática - Associação Brasileira de Transplantados de Fígado e Portadores de Doenças Hepáticas. "Pela realização de campanhas permanentes e não somente pontuais, como as realizadas durante a semana da doação de órgãos. Educar e informar a população de como se dá o processo da doação de órgãos. Muitas pessoas não consentem na doação por não saberem como funciona este processo. A maioria das pessoas não sabe a diferença entre o coma (que pode ser reversível) e a morte encefálica (que é irreversível). A maioria associa a morte à parada cardíaca e acreditam que enquanto o coração estiver batendo a pessoa ainda está viva. Desconhecem que uma pessoa em morte encefálica pode ser mantida "viva, com o coração batendo", durante algum tempo com o auxílio de máquinas e drogas.
 
Lúcia Elbern, presidente e fundadora da ViaVida. "O cerne do problema continua nos Hospitais e nas Comissões Intra-hospitalares para Captação, onde causas variadas impedem que aconteça a elevação no número de notificações e de efetivação de doador, além da falta de neurologista ou de equipamento para o diagnóstico complementar, a manutenção inadequada do doador, entrevistas inadequadas com a família e a falta de equipes para remoção.
 
O transplante é um ato médico social que depende de toda sociedade. Seja um doador de órgãos e tecidos. Informe à sua família.
 
 
 
VISTA ESTA CAMISA.
        ATX-BA