sexta-feira, 30 de abril de 2010

A Tarde On Line

CIDADES

29/04/2010 às 22:46

Transplantados de rim ficam sem remédios em 19 cidades do sudoeste
Juscelino Souza l Sucursal Vitória da Conquista


Joselito está usando medicação com validade vencida

Dez anos depois de um bem-sucedido transplante de rim, o vigilante aposentado Joselito dos Santos, de 42 anos, pode voltar à rotina da hemodiálise, em três sessões semanais com quatro horas de duração. O drama não é exclusivo do paciente. Por falta da medicação, pelo menos outros 50 transplantados, que a exemplo de Santos já receberam um rim novo, podem retornar a qualquer momento às salas de hemodiálise, correndo o risco de perder o órgão que lhes foi doado.

O principal motivo para a reversão do quadro estável é a falta, na rede pública de saúde, de medicamentos, como o myfortic, nome fantasia para a substância ativa micofenolato de sódio. O medicamento, que deve ser distribuído gratuitamente pela 20ª Diretoria Regional de Saúde (Dires), é fundamental para os transplantados no controle das funções do organismo. Também está em falta o prograf (tacrolimo), que custa R$ 998,31 na rede farmacêutica privada. Santos ainda tem que fazer uso de outras dez substâncias, mas sem o produto, o transplantado começa a apresentar alterações no corpo, como inchaço de braços, perna e rosto, além de retenção da urina, podendo até comprometer o rim de forma irreversível.

A farmacêutica Cinara Andrade Amaral, da 20ª Diretoria Regional de Saúde (Dires), em Vitória da Conquista, informou que a chegada dos medicamentos consta no relatório da Diretoria de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF), ligada à Superintendência de Assistência Farmacêutica, Ciência e Tecnologia em Saúde da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab). “Mas houve atraso no envio da remessa dos medicamentos, o que geralmente deveria ocorrer até o dia 25 do mês”, assinalou Cinara. Além de Vitória da Conquista, a 20ª Dires atende pacientes de outros 18 municípios da região sudoeste.

A TARDE apurou que os medicamentos em falta no interior já estão no almoxarifado da DAF, em Salvador, em volume suficiente para suprir a demanda por até três meses. Ainda conforme apuração, a falta dos produtos deve-se a uma ação judicial movida por uma das empresas participantes do pregão. Com o ato impugnado, o processo de compra foi prejudicado e somente agora houve a liberação dos lotes.

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde desta sexta-feira, 30, ou, se você é assinante, acesse aqui a versão digital.
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=2273841
Comentário ATX-BA: a falta do fornecimento do imunossupressor (medicamento que evita a rejeição do órgão) para o paciente transplantado vem se repetindo, fato este de extrema gravidade, haja vista que são medicamentos indispensáveis na manutenção do transplante.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

ATX-BA

Salvador, 29.04.2010

FALTAM MEDICAMENTOS PARA OS TRANSPLANTADOS DA BAHIA

Como Presidente da Associação de Pacientes Transplantados da Bahia (ATX-BA) venho fazer um apelo às autoridades competentes no sentido de que não deixem faltar os medicamentos (imunossupressores) que evitam a rejeição do órgão transplantado.

Mais uma vez, desde quinta feira passada (22.10.2010), os transplantados da Bahia estão sem a medicação tracolimus de 1mg e 5mg (Prograff) distribuída no Hospital Ana Neri.

Hoje vários pacientes transplantados ligaram para a ATX-BA pedindo socorro, pois, disseram que ao chegarem à farmácia do Hospital Ana Neri para pegar a medicação do mês ouviram que não tinha a medicação e que não havia previsão de chegar.

São pessoas que esperaram anos numa fila para receber um órgão (coração, rim, fígado, pâncreas, etc.) e que na falta destes medicamentos podem retornar para hemodiálise no caso do rim ou mesmo vir a falecer no caso de outros órgãos.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Terra Tecnologia

Garota canadense narra em blog "o fim da vida"

Quarta, 28 de abril de 2010, 12h35

Na foto, uma garota frágil com o cabelo amassado, uma menina que já foi rainha de concurso de beleza, mostra um sorriso fraco para a câmera. "Olá mundo", diz Eva Markvoort no vídeo. "Para o meu blog, aos meus amigos, a todos. Tenho uma notícia. É meio difícil de ouvir, mas eu posso contar com um sorriso". Em uma cama de hospital, Eva aparecia sentada, cercada por sua família. "Minha vida está acabando". Eva Markvoort tinha fibrose cística, uma doença incurável que provoca o acúmulo de muco nos pulmões. Ela narrou em um blog ("65_RedRoses") a vida de uma pessoa com uma doença terminal, entre fotos engraçadas com os amigos e com a família.

Eva chegou a receber um transplante em 2007 - há um documentário, também chamado "65 Red Roses", exibido internacionalmente, que fala de sua história, da doença e do transplante - mas menos de dois anos depois seu corpo começou a rejeitar o órgão. Após o documentário - que também foi premiado - ser veiculado, o número de doadores de órgãos aumentou consideravelmente, de acordo com artigo no jornal Vancouver Sun.

E até o fim ela lutou para informar as pessoas sobre a doença e a importância da doação de órgãos. Recebeu inclusive prêmios, entre eles o Summerhayes Award 2010, da Fundação Canadense para a Fibrose Cística no Canadá.

Morte e a era da internet
Médicos especialistas que trabalham com doentes terminais dizem que compartilhar os últimos pensamentos é uma forma de reconhecer que o fim está próximo, mas também desmistifica a morte para os outros. E na era da internet, muitas pessoas aproveitam as redes sociais para refletir online sobre suas vidas.

"O que estamos vendo nesta última década é uma mudança de cultura, que fala abertamente sobre a morte", disse o Dr. Chris Feudtner, diretor de pesquisa do Serviço de Cuidados Paliativos do Hospital Infantil da Filadélfia, na Pensilvânia, em reportagem no site da CNN.

"A linha de pensamento é 'Eu ainda estou vivo. Não quero ficar fechado. Quero poder dividir o que estou aprendendo nesta jornada'", afirmou.

Outro médico, David Cassarett, diz que "muitos destes blogs contam o dia a dia das pessoas e são bem honestos, sem mascarar as dificuldades e medos". Trazem desespero, "trazem o que precisamos ouvir", ele diz, mas também falam de esperança.

Eva Markvoort começou seu blog em 2006. Sozinha no quarto - os portadores de fibrose cística ficavam isolados por causa da infecção - ela começou a conversar online com outros pacientes. Quando estava muito frágil, ela ditava para que algum amigo ou familiar escrevesse. "A atividade online, o retorno que ela recebia, tudo tornou-se um foco muito importante para ela", disse sua mãe Janet Brine.

O blog se chama "65_RedRoses" porque, quando criança, Eva não conseguia pronunciar o nome certo da doença (em inglês "cystic fibrosis"). Então fez um trocadilho com 65 ("sixty five", em inglês) e adicionou "red roses" (vermelho era sua cor predileta, e rosa sua flor preferida).

Nos últimos dois anos, o blog conectou-a a mais de um milhão de internautas do mundo todo. O vídeo em que ela aparecia cercada pela família, dizendo estar perto de morrer (gravado cerca de um mês antes da morte), atraiu imediatamente mais de 150 mil page views, e dezenas de milhares nos dias seguintes.

Celebrando a vida
Mas para além da dor, do desconforto e da doença, o tema recorrente do blog era o amor. No vídeo em que fala sobre a morte iminente, ela diz: "Acho que sou muito afortunada, porque eu amei mais do que vocês poderiam pensar, mais do que vocês poderiam imaginar. Então, eu estou comemorando isso: celebrando minha vida".

A menina cresceu em um subúrbio de Vancouver, no Canadá. Gostava de moda e chegou a frequentar a Universidade de Victoria. Usava os cabelos vermelhos e queria ser atriz, mas a doença impediu a continuação da carreira. "Eva encontrou outras maneiras de utilizar essa veia artística, como escrever o blog, por exemplo", afirmou a mãe.

A triste realidade das últimas seis semanas era exposta em seu blog, em posts que falavam de "episódios de horas ofegantes, ondas de náuseas e falta de sono". "Eu estou me afogando nas medicações", ditou ela para que a irmã escrevesse no dia 25 de março último. "Não consigo respirar".

"Este é o fim da minha vida, mas não é o fim do meu amor", disse. Eva Dien Brine Markvoort morreu na manhã de 27 de março, aos 25 anos.

No endereço http://65redroses.livejournal.com/ encontram-se vídeos, os posts de Eva, fotos e relatos da família e amigos sobre o trabalho e a vida da garota. Nesta sexta-feira, dia 30, família e amigos farão uma "Celebração do Amor", um memorial para Eva, em Vancouver, que será transmitido também em seu blog.

Redação Terra
Leia esta notícia no original em:
Terra - Tecnologia
http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI4404694-EI4802,00.html

terça-feira, 27 de abril de 2010

SESAB

SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

26 de abril de 2010
BAHIA GANHA UNIDADE DE REFERÊNCIA PARA DOENÇAS HEPÁTICAS

O governador Jaques Wagner, o secretário da Saúde, Jorge Solla e o reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Naomar de Almeida Filho, inauguraram, na manhã de hoje (26), a Unidade de Alta Complexidade em Hepatologia Professor Gilberto Rebouças (UNACOH), centro de excelência para o tratamento de doenças do fígado, localizada no Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hospital das Clínicas). Na oportunidade, foi assinado o contrato para financiamento de serviços de hepatologia e onco-hematologia, esse último para transplante de medula óssea. O governo do Estado investiu R$ 4,2 milhões para garantir o funcionamento dos serviços por um período de seis meses, até que sejam disponibilizados os recursos do cadastramento do Ministério da Saúde.

O novo centro vai proporcionar atendimento ambulatorial e uma enfermaria para internação de casos de alta complexidade, como transplante de fígado. Os recursos viabilizados de mais de R$ 2 milhões em reforma e aquisição de materiais e equipamentos (pelo Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Saúde, e do Ministério da Saúde (MS), através do Fundo Nacional de Saúde) permitiram que fossem implantados 22 leitos, sendo seis semi-intensivos, para pacientes com doenças hepáticas graves ou pós-operatórios de cirurgias hepáticas.

Segundo o secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Eduardo Hage, que participou da solenidade representando o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, foram investidos R$ 900 mil, pelo MS, em cursos de formação na área de hepatologia para médicos de toda a região nordeste. "A unidade vai ampliar o acesso ao atendimento e diagnóstico, além de preparar profissionais na área. A região precisava dessa unidade", declarou Eduardo Hage.

LACUNA PREENCHIDA
O médico hepatologista Raymundo Paraná, coordenador do Serviço de Hepatologia da UFBa e responsável pela criação da UNACOH, lembrou que até pouco tempo, os usuários do SUS na Bahia tinham sérias dificuldades para o acompanhamento clínico e cirúrgico, uma vez que o único centro de referência em hepatologia, localizado no Hospital Universitário, não possuía uma unidade consolidada. "A implantação do serviço não só preencherá uma lacuna na assistência no Estado da Bahia, como permitirá o treinamento de profissionais, com forte atuação na formação acadêmica," afirmou Paraná, que disse estar realizando "um sonho, depois de muitos anos de luta".

Ainda de acordo com o hepatologista, embora o estado se destaque como um dos pólos mais produtivos do país na área da hepatologia, havia uma grande dificuldade no atendimento a pacientes portadores de doenças do fígado na rede pública, e praticamente só o Hospital das Clínicas presta atendimento a alta complexidade em hepatologia, o que inclui não só os pacientes crônicos com doença hepática avançada, o câncer de fígado, como também o transplante hepático, procedimento realizado nos hospitais Português e São Rafael. O Grupo de Transplante Hepático do HUPES, coordenado pelo médico cirurgião Jorge Bastos, já realizou mais de 128 transplantes, com taxa de sobrevida superior a 80%.

"Pelas dificuldades de infra-estrutura, os pacientes acompanhados pelo grupo necessitam realizar o procedimento em hospitais privados conveniados ao SUS. Atualmente, há um convênio entre o HUPES e o Hospital Português, e os pacientes acompanhados no ambulatório do HUPES realizam o transplante e o acompanhamento pós-transplante naquela unidade. O novo serviço possibilitará que todo o acompanhamento até o transplante hepático, possa ser realizado no próprio Hospital das Clínicas", detalhou Paraná, acrescentando que existem, atualmente, cerca de 350 pacientes em fila de espera para transplante de fígado.




A.G. Mtb 696/Ba
Hepatites/entrega

Estadão.Com.Br

Governo do Rio cria central para transplantes
27 de abril de 2010 0h 00
Bruno Boghossian / RIO - O Estado de S.Paulo

Com o objetivo de recuperar o quadro do sistema de transplantes no Estado, o governo do Rio lançou um programa que pretende aumentar em 127% o número de doadores de órgãos e contornar as falhas dos hospitais da rede pública. Entre as medidas anunciadas pelo governador Sérgio Cabral e pelo secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, estão a criação de uma central para coordenar os procedimentos de transplante, a remuneração suplementar dos profissionais que realizam as operações e o credenciamento de cinco hospitais privados, que passam a atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Atualmente, o Rio tem uma média de 4,4 doadores de órgãos por milhão de habitantes - quase metade da média nacional, de 8,7 por milhão. A meta é chegar ao fim do ano com 10 doadores por milhão de habitantes.

Uma nova central vai coordenar a lista única de transplantes do Estado. A partir de agora, os hospitais particulares São Vicente de Paulo, Quinta D"Or , Barra D"Or , Hospital Adventista Silvestre e Hospital de Clínicas de Niterói passam a receber pacientes da fila de transplantes que não puderem ser operados na rede pública.

"Caso haja problemas no centro cirúrgico ou na equipe, por exemplo, o paciente poderá ser operado num desses hospitais privados", disse Côrtes. "No passado, se o hospital público não tinha condições de operar, o órgão era oferecido ao paciente de um hospital privado. Isso acabou", acrescentou.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Estadão.Com.Br

Composto é eficaz contra hepatite C
Ciência. A substância, descrita na última edição da Nature, impede a replicação do vírus e poderá compor um futuro coquetel contra a doença, que dispõe de terapia ineficiente e com muitos efeitos adversos. No mundo há 200 milhões de pessoas infectadas
22 de abril de 2010 0h 00
Alexandre Gonçalves - O Estado de S.Paulo

Uma substância descrita na última edição da revista científica Nature apresentou grande eficácia contra o vírus da hepatite C. O composto, batizado de BMS-790052, impede a replicação do microrganismo e poderá ser um dos principais ingredientes de um futuro coquetel contra a doença.

Cerca de 200 milhões de pessoas estão infectadas com o vírus da hepatite C no mundo. Um porcentual significativo - de 30% a 40% - pode desenvolver doenças hepáticas como cirrose e câncer. Estima-se que 70% dos pacientes na fila de transplante de fígado carreguem o vírus.

O único protocolo terapêutico disponível prevê injeções de interferon alfa e comprimidos de ribavirina. Os remédios não agem diretamente sobre o vírus, mas melhoram a resposta do sistema imunológico. Contudo, têm efeitos adversos sérios, que vão de dor de cabeça e náusea a alterações comportamentais
.

Como o calvário dura de 24 a 72 semanas, muita gente desiste no meio do caminho. A eficácia também não é boa. Nas pessoas infectadas com o genótipo 1 do vírus - o mais comum no País -, menos de 50% dos pacientes respondem de forma satisfatória.

No Brasil, os doentes precisam assinar um termo de consentimento informado para ter acesso aos remédios pelo Sistema Único de Saúde (mais informações nesta página). O documento avisa que a medicação é "contraindicada durante a gestação por causar graves defeitos nos bebês". Além disso, o tratamento é caro: só o interferon alfa pode custar R$ 18 mil, sem contar a ribavirina e exames para verificar a resposta à terapia.

Tal cenário criou uma verdadeira corrida das indústrias farmacêuticas para identificar substâncias que poderiam combater diretamente o vírus. Uma revisão de estudos publicada na revista Viruses há três semanas enumera 28 compostos que já estão na mira dos fabricantes.

Estratégia. Como o HIV, o vírus da hepatite C apresenta alta taxa de mutação. Qualquer terapia vai exigir um coquetel de drogas para explorar mais de um ponto fraco do vírus. Assim, uma única mutação não será suficiente para que o microrganismo se torne imune ao tratamento.

Apenas dois candidatos estão na fase 3 de testes em seres humanos (a última etapa antes da aprovação para venda): o telaprevir - da Vertex Pharmaceuticals - e o boceprevir - da MSD. O telaprevir e o boceprevir agem sobre uma proteína que o vírus utiliza para coordenar seu processo de replicação: a NS3.

O BMS-790052, descrito na Nature, desativa outra proteína - a NS5A. Ainda está na fase 2 de testes em seres humanos, mas já traz resultados promissores: de todas as substâncias estudadas apresentou a mais alta eficácia na menor concentração.

Os testes envolveram 16 pacientes com, no mínimo, 100 mil vírus por mililitro de sangue analisado. Cerca de 100 microgramas do BMS-790052, administrado por via oral, derrubaram a carga viral para até 18 vírus por mililitro de sangue, no limiar do que os testes mais avançados conseguem detectar (aproximadamente 10 vírus por amostra). O efeito persistiu por seis dias após o tratamento.

Espera. Carlos Varaldo, presidente do Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite, participou há alguns dias de um congresso mundial em Viena sobre a doença. Varaldo conta que há perspectivas promissoras para as novas drogas, mas "são medicamentos para daqui a dois, três ou mais anos".

Mesmo assim, os autores do trabalho publicado na Nature apontam que o BMS-790052, associado a drogas similares, constitui "um componente valioso de uma provável (futura) terapia que não utilize interferona". E, portanto, sem os efeitos adversos associados.

O BMS-790052 foi descoberto pela indústria farmacêutica Bristol-Myers, utilizando uma técnica computacional para desenvolvimento de novos medicamentos. Os pesquisadores usam um modelo matemático que projeta várias substâncias com potencial de neutralizar as proteínas essenciais para a replicação do vírus. Depois, sintetizam cada um dos compostos e testam sua eficiência in vitro. O novo candidato emergiu de um banco de dados com cerca de um milhão de concorrentes.

Perfil. "São resultados muito interessantes", afirmou a pesquisadora brasileira Elisabeth Lampe, chefe do Laboratório de Hepatites Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC-Fiocruz), no Rio.
Ela coordena um grupo de pesquisa que investiga o genoma das cepas de vírus da hepatite C que circulam no Brasil.
Um dos principais objetivos de seu laboratório é determinar o perfil da epidemia no País e, no futuro, identificar o surgimento de cepas resistentes aos tratamentos. As informações servirão como subsídio para determinar quais drogas devem ser incluídas no futuro coquetel do programa de combate à doença.
Análises genéticas preliminares já mostraram que cerca de 5% dos vírus do genótipo 1 no Brasil já possuem alguma resistência às drogas em teste que atuam sobre a proteína NS3.

Para entender
1. O que é a hepatite C?
Doença causada por um vírus que ataca as células do fígado. Em 15% dos casos, provoca uma infecção aguda que acaba sendo curada pelo organismo. Mas, em 85% dos infectados, evolui para uma forma crônica que pode levar a doenças hepáticas como cirrose e câncer.
2. Como é transmitida?
A doença é transmitida por sangue contaminado. Em circunstâncias raras ocorre a transmissão por via sexual e a transmissão vertical (da gestante para o filho).

CRONOLOGIA
1989
Pesquisadores descobrem o vírus da hepatite C, o mais novo patógeno com grande impacto na saúde pública. Foi estabelecido seu papel na origem de muitas doenças hepáticas.
1993
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu a obrigatoriedade de testes para verificar a presença do vírus da hepatite C em todos os bancos de sangue do País.
2002
Criação do Programa Nacional de Controle de Hepatites Virais. Na época, o governo estimava que havia de 1 a 2 milhões de pessoas infectadas no País. Apenas 5 mil recebiam tratamento.
2009
Incorporação do Programa Nacional de Controle de Hepatites Virais no Programa Nacional de DST/Aids, que passou a se chamar Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Pe360graus.com

Segunda - 19/04/10 07h39, atualizado em 19/04/10 07h04
Mais de 200 pessoas esperam por transplante de fígado

O recadastramento promovido para quem está na fila para fazer um transplante em Pernambuco começou nesta segunda-feira (19). A medida é necessária porque o Ministério da Saúde iniciou o processo de mudança do sistema de informação responsável pela lista de espera por doador de órgão para transplante. O novo sistema, criado em São Paulo, estará disponível para acesso de profissionais de saúde, pacientes e centrais de transplante via Internet.

O paciente que está em lista deve procurar o médico que o inscreveu, com a cópia do CPF e comprovante de endereço, para que o médico faça uma reavaliação e o recadastramento. O novo sistema traz o benefício da transparência, porque estará disponível na internet. Vai ter recursos de informática para conferir o pós-transplante, e vai otimizar e facilitar muito a rapidez e a garantia da informação. Em, aproximadamente, 30 dias poderemos estar rodando o novo sistema”, falou a coordenadora da Central de Transplantes em Pernambuco, Zilda Cavalcanti .

Para que cada paciente da lista tenha acesso a informações sobre sua posição, basta acessar à página do sistema com o seu número de registro no Sistema Nacional de Transplantes e o número do seu CPF. De acordo com a Central, a nova ferramenta aumenta o controle social sobre os transplantes no País e dá mais credibilidade ao sistema.

Atualmente, mais de 200 pessoas estão na fila do transplante à espera de um fígado em Pernambuco. Nos últimos 10 anos, foram realizados 400 transplantes de fígado no hospital Oswaldo Cruz e no Jayme da Fonte, no Recife, mas o objetivo da equipe médica é aumentar ainda mais o número de cirurgias.

Há um ano e oito meses, Samira Pereira vive com um novo fígado. O transplante foi a única saída para recuperar a saúde abalada por causa de uma hepatite. “Você tem uma qualidade de vida. Agora eu me alimento bem, respiro bem”, disse.

Ela foi uma das pacientes da unidade de transplantes de fígado que funciona há 10 anos no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no bairro de Santo Amaro. No início, eram feitos apenas 10 transplantes por ano.

O médico que coordena a equipe responsável pelo serviço, Cláudio Lacerda, diz que em 2010 a meta é chegar a 100 transplantes. De acordo com ele, o aumento das cirurgias foi possível graças à melhoria do esquema montado para captar os órgãos em vários estados do país. “Com alguma frequência, o governo do Estado tem disponibilizado um avião para a gente ir buscar fígados. Também já há toda uma experiência adquirida”, falou.

A ordem de chamada é feita com base em um índice de gravidade da doença, ou seja: quanto maior o risco de morte mais adiantada se torna a posição na fila. ”Não existe a menor chance de qualquer forma de privilégio na fila”, afirmou Cláudio.

José Divino sofre de hepatite B e está há nove meses a espera de um transplante. Ele tem crises constantes por causa do mau funcionamento do fígado e precisa vir de Maceió para ficar internado no Recife. “Não tem coisa mais ansiosa do que esperar um fígado novo”, contou.

A dificuldade é que, no Brasil, a cada ano, são feitas, em média, oito doações de fígado para cada um milhão de habitantes. Na Espanha, por exemplo, são 35 doadores por milhão de habitantes. Quem precisa ou já precisou da doação sabe a falta que faz esse gesto de solidariedade. “Eu agradeço a Deus, em segundo ao meu doador, e terceiro aos médicos”, concluiu Samira.

De acordo com a Central de Transplantes, 272 pessoas estão aguardando a doação. Também existem os pacientes que precisam de outros órgãos como coração, rins, córneas e medula. E nesta fila de espera, existem 3.277 pessoas, atualmente. O telefone da Central, para outras informações, é o 0800 281 21 85.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

ATX-BA


PODE ENTRAR, NOSSO CORAÇÃO ESTÁ ABERTO...

Associação de Pacientes Transplantados da Bahia (ATX-BA) é uma entidade sem fins lucrativos que desenvolve várias atividades para oferecer qualidade de vida aos associados transplantados de coração, rim, fígado, pâncreas, medula óssea, córnea. Para isso oferece assistência social, jurídica, orientação psicológica, noções de higiene e hábitos saudáveis para que possam reintegrar-se socialmente após a cirurgia, doação de medicamentos e alimentos aos transplantados carentes.

A ATX-BA atende mais de quatrocentos transplantados, além de pacientes portadores de hepatites B e C que procuram o apoio da entidade.

A associação orienta os transplantados sobre direitos previdenciários tais como: auxílio doença, aposentadoria, passagens para tratamento fora do domicilio. Orienta os pacientes que necessitam de transplantes no estado da Bahia e quando necessário em outros estados, realiza constantes campanhas para conscientização da sociedade sobre a importância da doação de órgãos e tecidos com o objetivo de salvar vidas.

Você, cidadão, tem um papel muito importante nessa história e pode nos ajudar de diversas maneiras:
• Divulgando, junto à sua comunidade, nossa entidade, nosso ciclo de palestras sobre doação de órgãos e transplantes, de orientação a respeito das hepatites, em especial as virais. Nossas palestras são realizadas em empresas, escolas, igrejas, associações de bairros, etc. E importante, sem ônus algum para a comunidade;
• Participando de nossos projetos. Nosso trabalho é todo voluntário;
• Se você for empresário poderá “nos ajudar a continuar ajudando” sendo um mantenedor da nossa organização ou realizando doações pontuais para dar suporte ao custeio da atividade, já que os dirigentes são todos voluntários, mas há custos mensais como aluguel, telefone, impostos, internet, impressos, material de divulgação, etc.;
• Além de tudo isso, temos à sua disposição no nosso site HTTP://www.atxbahia.com.br uma ficha de sócio contribuinte que você pode preencher com seus dados e nos enviar e a nossa conta bancária n. 100465-4 no BRADESCO, agência n. 0592-4, para que, se de todas as maneiras esta for a mais viável ou prática no momento, você não deixe de nos ajudar.
• Qualquer dúvida entre em contato conosco através do e-mail: atxba@hotmail.com ou pelos telefones (71) 32621334 / 9125-8581.

Como e porque participar?
Seja um cidadão engajado a esta causa.
Quantas vezes reclamamos de muitas coisas, sem nunca avaliarmos o que poderíamos ter feito? Por que, sempre, nos permitimos criticar, nos abstendo de nos sentirmos parte do problema?
Integre-se a causa social, ao terceiro setor, e valorize-se como ser humano e descubra a grandiosidade e satisfação de poder ajudar aos que precisam de ajuda.
Revele seu espírito de cidadania
Por isso, venha! Junte-se a nós.

Seja MANTENEDOR, BENEMÉRITO ou VOLUNTÁRIO
e ajude-nos a ajudar. Entre nessa luta conosco! Salve vidas.



sábado, 17 de abril de 2010

Gazeta online

Células-tronco ajudam a tratar diabetes e esclerose múltipla
16/04/2010 - 22h34 ( - G1)

"Ele não calçava a sandália, não amarrava o tênis, não calçava meia. Mesmo a roupa, ele Não vestia, não tomava banho sozinho. Agora, não. Agora, ele fala: ?não, mãe. Agora, não. Eu já posso fazer sozinho?", conta Maria de Lurdes Marques, mãe de Diego.

O jovem não conseguia mais andar sozinho. Já a estudante de economia Tatiana Acar, quanto mais comia, mais emagrecia. "Eu estava com muita sede. Eu saía no meio da rua, tinha que parar para beber água, tomar um suco. Eu nem reparava, não sabia nada desses sintomas. Só reparava que estava emagrecendo muito."

No caso de Tatiana, era diabetes tipo 1. Diego desenvolveu esclerose múltipla, de uma hora para outra. O que os dois têm em comum é a equipe médica, um grupo de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, pioneiro na pesquisa de células-tronco para o tratamento de doenças auto-imunes.

O hematologista Júlio Voltarelli, da Universidade de São Paulo (USP), comanda vários grupos de pesquisa que os cientistas chamam de protocolos. O de Diego é desenvolvido em parceria com duas universidades fora do país: uma do Canadá e outra dos Estados Unidos.

"O Diego foi sorteado para o transplante, fez o transplante e faz dois meses e ele não está tendo surto. Vejo esse resultado extremamente positivo. É claro que a gente tem que seguir o paciente durante vários anos, mas inicialmente um paciente que está tendo surtos a cada 15 dias, faz o procedimento e para de ter surtos, a gente fica otimista", afirma Júlio Voltarelli.

Depois de muita pesquisa, os médicos já sabem que o efeito das células-tronco é mais promissor, quando a doença ainda está no começo.

"Aqueles outros que já estão na fase progressiva já têm sequelas. E esses pacientes na fase precoce não têm sequelas. Então, o transplante interrompendo o surto, leva o paciente a ter uma vida praticamente normal. Esse é o objetivo desse projeto novo", explica o hematologista.

Diego e Tatiana estão muito contentes com o resultado, mas, nem por isso esquecem como foi difícil aceitar a idéia de se tornar uma ?cobaia? humana. "Eu ficava na dúvida, mas ao mesmo tempo eu falava: ?já não tenho mais injeção, já estou na última, não tive melhora nenhuma. Então, melhor eu fazer o transplante mesmo?", declara Diego.

Para Tatiana também, era arriscar ou passar a vida sofrendo restrições alimentares e tomando altas doses de insulina diariamente. "Minha cabeça ficou fervendo. Eu não conseguia pensar em mais nada. Eu fui à minha médica de novo para saber o que ela achava, mas ninguém podia falar nada, é uma coisa muito séria para você dar uma opinião que pode mudar a sua vida completamente", conta a jovem.

E ainda tinha que escolher entre dois protocolos de pesquisa: o mais usado, com quimioterapia para zerar o sistema imunológico - o que sempre representa um risco para o paciente - e a novíssima experiência com células-tronco mesenquimais, que acabou sendo a opção de Tatiana.

"O protocolo são oito infusões, e eu já fiz essas oito. Então, eu estou em avaliação, mas eles também querem que eu faça mais, porque eles estão vendo que está tendo resultado, porque está baixando a dose. Então, se eu fizer mais, de repente vou poder baixar ainda mais as doses e parar de tomar a insulina", revela a jovem.

As células-tronco mesenquimais existem em vários tecidos como na gordura e na parede dos vasos. Além do poder de regeneração, os médicos também pesquisam a capacidade que elas teriam de regular o sistema imunológico a ponto de evitar a rejeição.

"O que nós fazemos é retirar da medula óssea e pode ser retirada de outros tecidos, mas no nosso projeto é da medula óssea. E a gente injeta a célula no paciente sem a quimioterapia. Essa que é a grande vantagem", explica o hematologista Júlio Voltarelli, USP.

A irmã gêmea de Tatiana, que doou a medula para a irmã, acabou ganhando destaque no grupo de pesquisa, porque a quantidade de células mesenquimais que se reproduziram em laboratório surpreendeu os médicos.

"Geralmente, quem doava era pai. Como eu sou uma pessoa mais nova, a tendência é ela se reproduzir mais. Então, a minha irmã fez oito infusões e, como sobraram bastantes células, eles pediram para eu doar para outro paciente", diz Juliana que aceitou doar mais células

É uma revolução em curso. Para ver o que acontecia no organismo de Tatiana, os médicos fizeram uma cintilografia, e essa imagem rara entrou para a história. A expectativa era ver as células-tronco concentradas no pâncreas, o órgão que mais sofre com o diabetes.

Mas elas aparecem mais nos rins e principalmente nos pulmões. É que Tatiana tem asma e a inflamação provocada pela doença pode ter atraído as células-tronco que tem uma vocação anti-inflamatória.

"É isso o que a gente está fazendo: tentando entender esses mecanismos de como a célula mesenquimal estimula outra célula para ela se diferenciar e ter a capacidade de regenerar o tecido", aponta a bióloga Maristela Orellana, da USP.

"Isso agora vai demandar um estudo muito grande, onde nós vamos comparar células-tronco de diferentes fontes, de cordão umbilical, de tecido adiposo, de polpa dentária, de sangue menstrual, e ver qual é a vocação de cada uma para formar tecido. E isso vai ser um passo importante para a gente poder usar em futuras terapias", declara a geneticista Mayana Zatz, da USP.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Portal Hosp

Atualidades
06/04/2010
Nefrologistas fazem apelo ao Ministério da Saúde para garantir sobrevivência dos doentes renais crônicos

Associações reúnem-se com representante do Governo em prol de soluções para a atual crise no atendimento aos pacientes

Nesta terça-feira, 06 de abril, o presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Dr. Emmanuel A. Burdmann, e o presidente da Associação Brasileira de Clínicas de Diálise e Transplante (ABCDT), Dr. Paulo Luconi, reúnem-se com o Secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame. O objetivo do encontro é buscar soluções para reverter a crise que compromete o tratamento e a sobrevivência dos pacientes renais crônicos no Brasil.

A doença renal crônica acomete 13 milhões de brasileiros. Considerando-se os dados mundiais, mais de 100 mil pacientes com doença renal crônica deveriam estar em tratamento de diálise no Brasil. No entanto, dados do Censo 2009 da SBN demonstram que, atualmente, apenas 77 mil pacientes fazem diálise, cerca de 10 mil a menos do que em 2008. O levantamento também constatou que os índices de mortalidade vêm aumentando em torno de 1% por ano nos últimos quatro anos, chegando a 17,1%, um índice que preocupa os nefrologistas de todo o país.

Segundo Dr. Burdmann, muitos pacientes provavelmente estão morrendo sem mesmo terem acesso a serviços de diálise. A falta de investimento do Governo no setor não estimula a abertura de novas unidades e leva a deterioração das existentes. "Muitas clínicas estão em estado de pré-falência. Se nada for feito urgentemente pessoas vão morrer por falta de tratamento", ressalta Burdmann.

"Além disso, os dados da SBN sugerem que, em 2009, no mínimo 30 mil brasileiros podem ter morrido sem ao menos ter tido acesso ao tratamento", afirma. Finalmente, o presidente da SBN pondera que "Nos últimos quatro anos não houve modificação significativa no perfil dos pacientes, dos médicos e profissionais que deles cuidam. Este aumento da mortalidade reflete a situação crescente de penúria enfrentada pelas clínicas que atendem aos pacientes pelo SUS".

A situação é tão preocupante que a ABCDT entregou ao Ministério da Saúde uma relação de custos e gastos com diálise que demonstra a escassez de investimentos públicos no setor. Para o Dr. Luconi, a solução do problema está na resolução da asfixia financeira das clínicas, o que permitiria a continuidade do tratamento e a sobrevivência dos pacientes em diálise.

Entre os temas abordados na reunião estão a viabilização econômica dos procedimentos de diálise, incluindo a readequação dos valores de 2009, o aumento dos honorários médicos em Diálise Peritoneal e Hemodiálise e o problema do atraso no repasse dos pagamentos, e a realização de campanha nacional para detecção e tratamento precoce da DRC, para diminuir a necessidade de diálise e transplante renal.

Sobre a doença Renal Crônica: Segundo a SBN - Sociedade Brasileira de Nefrologia, 1 em cada 10 brasileiros apresenta algum grau de doença renal e 90% dos pacientes não sabem que estão doentes, porque os sintomas só aparecem quando o rim já perdeu grande parte da sua função. Nos últimos 8 anos, os casos de pacientes que precisam de diálise no país aumentaram em 84%.


Fonte: Burson-Marsteller



O Tempo online

Cidades

Decisão. Mãe teve a iniciativa assim que soube que o filho levou tiro na cabeça e não sobreviveria

Cabeleireira dá exemplo de solidariedade e doa órgãos
O TEMPO lança hoje, em parceria com o MG Transplantes, a campanha Viver Mais

Andréa Silva
Os projetos e sonhos do operador de máquinas Roger Nascimento Perdigão, 23, foram interrompidos. O rapaz, mais uma vítima da violência, foi baleado na cabeça anteontem e teve o diagnóstico de morte cerebral. Mesmo diante da dor, a mãe dele, a cabeleireira Valéria Correia da Silva, 46, tomou uma importante decisão. Ela vai doar todos os órgãos do filho. Perdigão está internado no Hospital João XXIII.

Essa é a segunda vez que Valéria, moradora do bairro Olaria, na região do Barreiro, em Belo Horizonte, perde um filho. Em 2008, o caçula, de 19 anos, foi assassinado. O crime, motivado por vingança, ocorreu dentro de um ônibus. Na época, a cabeleireira - que também presta serviço voluntário como comissária de menor em áreas de risco e nos fins de semana em uma creche e um asilo - não pôde optar pela doação.

Agora, com mais informações, ela tomou a decisão que, acredita, irá ajudá-la a diminuir o sofrimento de não ter mais a companhia do filho. "É uma forma de mantê-lo vivo", diz.
Iniciativa como a de Valéria da Silva é o que muitas famílias esperam para mudar o rumo da história de quem está na fila à espera de doação de órgãos.


Com o objetivo de chamar a atenção da sociedade sobre a importância do ato, o jornal O TEMPO e o MG Transplantes lançam, hoje à noite, a campanha "Viver mais". A solenidade terá a presença do ministro da Saúde José Gomes Temporão.

"Essa é uma iniciativa de extrema importância em Minas Gerais, porque existe em nosso Estado uma fila imensa de pessoas que dependem apenas de um doador. Os órgãos que são desperdiçados poderiam dar mais vida e alegria para essas pessoas e suas famílias", destaca Vittorio Medioli, fundador da Sempre Editora. A campanha constará de uma série de reportagens especiais, que serão publicadas semanalmente, a partir do próximo domingo, dia 18.

Ontem, ainda muito abalada com a notícia de que o filho não teria chances de sobreviver, a cabeleireira contou que não teve dúvidas sobre fazer a doação. O resultado dos exames que irão confirmar a transferência dos órgãos será liberado hoje. De acordo com a assessoria da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), o corpo do jovem permanece ligado a um respirador.

"Sei que não terei meu filho de volta, mas com certeza os órgãos dele poderão dar uma vida melhor a outras pessoas. Isso alivia um pouco a minha dor", disse a mulher, que agora só terá a companhia da filha Paula, de 25 anos.

Roger Perdigão participava de uma festa de rua com os amigos quando foi baleado. O evento ocorreu perto de onde ele morava.

Minientrevista

"Doar é uma forma de mantê-lo vivo"
Valéria Correia da Silva Cabeleireira, 46, Mãe de Roger Perdigão

A cabeleireira Valéria Correia da Silva decidiu doar todos os órgãos do filho, logo depois de ter sido informada pelos médicos do HPS da possibilidade de morte encefálica. Na entrevista abaixo, ela conta por que tomou a decisão.

Onde você estava quando seu filho foi baleado? Estava prestando serviço em uma creche em Betim, onde sou voluntária. Me ligaram, dizendo que meu filho havia tomado um tiro na perna.

Quando você recebeu a informação de que ele havia sido atingido na cabeça?
Informei o nome do meu filho na recepção e a funcionária do HPS confirmou que ele estava na unidade, mas que ele havia tomado um tiro na cabeça.

Qual foi a sua reação?
Não conseguia acreditar naquilo. Mas quando vi o estado do meu filho, tive a certeza de que ele não iria sobreviver. Pela segunda vez, perco um filho para a violência.
Foi nesse momento que você decidiu pela doação dos órgãos?
Foi. Mesmo muito abalada, não quis esperar. Procurei a assistente social do hospital e comuniquei minha decisão de doar todos os órgãos.

A senhora acredita que a decisão vai diminuir seu sofrimento?
Muito. Me dá um conforto saber que as pessoas com órgãos doentes poderão ter uma vida melhor por meio do meu filho. É uma forma de mantê-lo vivo também.
A senhora deseja falar algo para outras mães? Quero dizer para elas educarem bem os filhos. Continuarem lutando para eles não se envolverem com a violência e não perderem suas vidas e nem tirar a de outros.

Transplantes
63.866 pessoas estão na fila de espera de transplante de órgão no país
2.077 pacientes em Minas aguardam na fila de transplante de órgão
2.057 cirurgias de transplantes foram realizadas no Estado 2009

Doador passa por exames

Assim como outros doadores de órgãos, Roger Perdigão foi submetido a exames que confirmaram a morte encefálica. O procedimento foi realizado por um o médico intensivista e um neurologista e comunicado à central de transplante.
Se houver condições favoráveis à doação, o que deve se confirmar hoje, outros exames serão feitos para liberação dos órgãos. (AS)

Publicado em: 13/04/2010


Desafios ainda são grandes
Redução da fila foi de apenas 1% no ano passado. 64 mil aguardam por órgão
14/04/2010 00h00
CRISTIANO MARTINS
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Doze anos se passaram desde que Darli Machado, 38, descobriu que tinha doença de Chagas. Durante o período, testemunhou o nascimento de seus dois filhos e conviveu diariamente com o drama de não saber se seu coração o manteria vivo o suficiente para vê-los crescer. Até que, no ano passado, a espera na fila do transplante chegou ao fim. Ele foi um dos 20.253 brasileiros que receberam novos órgãos e tecidos em 2009. "Agora é só felicidade. É outra vida", comemora.

Com o aumento de 5% no número de transplantes realizados em relação a 2008, o Brasil alcançou o melhor resultado de sua história no setor. A taxa de doadores efetivos - cujos órgãos captados são, de fato, transplantados - subiu de 7,2 para 8,7 por milhão da população (pmp), superando a meta da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), que era 8,5. "Se considerarmos que os transplantes são o processo mais complexo do sistema, o aumento é muito expressivo", avalia Rosana Nothen, coordenadora do Sistema Nacional de Transplantes.

Mas, apesar dos avanços, ainda foram poucos os que puderam comemorar. 63.866 pessoas tiveram que adiar para 2010 o sonho de deixar as listas de espera, que apresentaram redução de apenas 1%. E, infelizmente, para muitos deles esse momento pode não chegar: dois a cada três pacientes na fila por um fígado, por exemplo, morrem antes de conseguir o transplante.

No ano passado, 49,2% das equipes cadastradas no país não realizaram nenhuma operação. A falta de conscientização e a baixa identificação de potenciais doadores continuam sendo os principais desafios. Cerca de 21% das captações não foram concretizadas devido à recusa familiar, e a efetivação das doações foi de 25,5%, taxa ainda distante da meta da ABTO, de 40%.

As discrepâncias regionais representam outro grande problema. Santa Catarina e São Paulo foram os únicos Estados a alcançar níveis próximos aos de países desenvolvidos - 19,8 e 16,9 doadores pmp, respectivamente. Enquanto isso, em toda a região Norte, apenas Acre e Pará efetivaram doações com falecidos, e a taxa média de doadores pmp foi de 1%.

"Somos o segundo país em número absoluto de transplantes, mas, no relativo, estamos atrasados. Há possibilidade de melhorias, mas existem problemas sérios para solucionar", alerta Ben-Hur Ferraz Neto, presidente da ABTO.




terça-feira, 13 de abril de 2010

SAÚDE BUSINESS WEB

Anvisa suspende fabricação de medicamentos por não atender exigências

por Christina Machado (Agência Brasil)

Anvisa decreta suspensão da fabricação, distribuição, comércio e uso dos medicamentos Lifaltracolimus (tracolimo) e Lifalclozapina


Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada no Diário Oficial da União determinou como medida de interesse sanitário a suspensão da fabricação, distribuição, comércio e uso dos medicamentos Lifaltracolimus (tracolimo) e Lifalclozapina (clozapina). Os produtos fabricados por Lifal Laboratório Farmacêutico de Alagoas S.A. estão sem registro no país.

De acordo com a resolução, o fabricante deve recolher todos os lotes dos produtos. A proibição vale para todo o país, a partir de hoje. O tracolimo é usado para evitar a rejeição de órgãos transplantados, e a clozapina é um antipsicótico, indicado no tratamento de transtornos como a esquizofrenia. Os pacientes que fazem uso dos medicamentos devem procurar seus médicos para efetuar a substituição do tratamento.

Os dois medicamentos foram fabricados legalmente no país até dezembro de 2009, quando a Anvisa indeferiu o pedido de renovação de registro para os dois produtos. A empresa recorreu da decisão, mas a Anvisa optou por manter o indeferimento.

Durante o processo de renovação do registro, a empresa não apresentou documentos suficientes que comprovassem a segurança, eficácia e qualidade dos produtos. Problemas com a validação dos métodos analíticos do medicamento Lifaltacrolimus, por exemplo, resultaram na não aceitação de diversos estudos apresentados pelo laboratório

HCNET

13/04/2010
HE faz ação para detectar hepatite

Desde ontem até o próximo sábado, dia 17, o Hospital Estadual (HE) Bauru promove a “3ª Campanha de Diagnóstico de Hepatite por Vírus B e C”. A ação é realizada das 8h às 17h até sexta-feira e das 8h às 12h no sábado.

Durante toda a semana, médicos especialistas e funcionários do HE estarão no estacionamento da instituição à disposição de pacientes e público em geral para aplicar testes gratuitamente nos interessados após triagem no local.

A triagem é feita por meio de um questionário que ajudará a identificar quem possui fatores de risco. As questões dizem respeito a comportamento e contato com agentes transmissores da hepatite B e C. Quem recebeu transfusão de sangue antes de 1993, trabalhadores da saúde, usuários de drogas e profissionais do sexo, por exemplo, fazem parte desses grupos.

Cerca de 3 mil kits, fornecidos por laboratório especializado, estarão à disposição dos interessados para realização dos testes. A coordenação dos trabalhos é dos médicos Gustavo Kawanami (infectologista), Fernando Gomes Romeiro (gastroenterologista) e Renata Silveira da Rocha (infectologista), integrantes do corpo clínico do HE.


quarta-feira, 7 de abril de 2010

ESTADÃO.COM.BR

Remédio para paciente com aids está em falta
Documentação falha causa escassez do abacavir há 4 meses;[br]prazo para a resolução do problema foi adiado
07 de abril de 2010 0h 00
Lígia Formenti, BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

O abacavir, medicamento usado por cerca de 3,7 mil pacientes com aids, está em falta no Brasil. O problema teve início em dezembro, quando o Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais informou ter havido dificuldade na aquisição do remédio. Naquela época, o programa aconselhou que médicos substituíssem temporariamente a indicação do remédio até que a situação se normalizasse - o que estava previsto para fevereiro.

"Nem todos os médicos e pacientes aceitaram fazer a substituição, por considerá-la inadequada. O problema também não foi resolvido no prazo previsto e agora a situação é esta: em todo o País encontramos casos de pacientes sem remédio", afirmou o presidente do Forum de ONG/Aids do Estado de São Paulo, Rodrigo Pinheiro.

O fórum recomendou aos pacientes que procurassem a Justiça. Anteontem, a organização divulgou comunicado com críticas à condução do problema. "É inadmissível que um programa até então exemplar no tratamento da aids, que investe cada vez mais recursos na produção nacional, a exemplo do que é destinado a Farmanguinhos para a fabricação de antirretrovirais, nos faça viver com o fantasma do racionamento e do desabastecimento", diz a nota.

A diretora do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Mariangela Simão, admitiu que a falta do medicamento s é lamentável.
Ela informou que o desabastecimento é fruto de um problema na apresentação de documentos pela empresa fornecedora do genérico, a indiana Aurobindo. A empresa já havia fornecido o medicamento, mas, dessa vez, documentos exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária não foram apresentados no tempo correto. A expectativa, disse a diretora, é de que o remédio chegue ao País até dia 20 de abril.

"O acesso universal à terapia antirretroviral é a espinha dorsal do programa de aids. Entendemos o acesso como um direito humano e cabe ao governo fornecer os medicamentos na sua plenitude", afirmou. Mas ela acrescentou que a compra de medicamentos às vezes apresenta variáveis que nem sempre é possível se controlar. "Não quero com isso reduzir o problema. Mas posso garantir que a logística é bastante detalhada e que fazemos todos os esforços necessários para evitar desabastecimento."

Mudança arriscada
Nair Brito, uma das pacientes que sofrem com a falta do abacavir, não quer mudar o tratamento porque ele está funcionando. Nair teme que a troca desperdice a última alternativa de terapia.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Jornal O Dia - RJ

07 DE ABRIL
Dia Mundial da Saúde

Só esqueceram de avisar aos nossos gestores...





Sem transplante, sem remédio

Além de enfrentarem a paralisação de médicos do Hospital de Bonsucesso, que não estão recebendo pagamento, pacientes que precisam de doação de fígado só conseguem medicamento do SUS se entrarem na Justiça


Rio - Não é só a paralisação da equipe de transplantes de fígado do Hospital Geral de Bonsucesso (HGB) que põe em risco a vida de quem está na fila por um órgão. A falta de medicamentos na grade de distribuição gratuita do Sistema Único de Saúde (SUS) também é uma dificuldade para os que estão em tratamento. Quem necessita dos medicamentos para sobreviver deve entrar na Justiça para obtê-los. Mesmo assim, não é garantido que vá realmente receber o produto.

É o caso de Raphael do Amaral, 16, que, desde setembro de 2009, não recebe os remédios para seu tratamento. A mãe do rapaz, Maria da Penha, que é deficiente visual, conta que entrou na Justiça em fevereiro de 2008, pouco depois de receber a notícia de que o filho sofria de colangite esclerosante e teria que aguardar por um transplante de fígado.

Na sentença, foi definido que governos do estado e do município deveriam fornecer os remédios para o tratamento: Ursacol 300mg, Propanolol 10mg, Sulfato Ferroso 109mg, Omeoprazol 20mg e ácido fólico 5mg. Juntos, eles custam cerca de R$ 460 por mês.

“Pior é quando falta o Ursacol, que custa R$ 130 a caixa. Raphael precisa de três por mês. Já gastei R$ 2.730. Não tenho esse dinheiro, peço emprestado. A última vez que fui na central, dia 25, disseram para aguardar um telefonema, e, até hoje, nada”, lamentou.

O desespero de Raphael e de mais 358 pacientes que aguardam por transplante de fígado não para por aí.

Como O DIA noticiou dia 26/03, transplantes de fígado do HGB estão parados: médicos deixaram de fazer as cirurgias fora do horário de expediente por não receberem o Adicional por Plantão Hospitalar (APH) do Ministério da Saúde, previsto por lei em vigor desde fevereiro de 2009. Para a lei funcionar, falta um decreto ser assinado e regulamentado. Até lá, transplantes só serão realizados no horário do expediente.

O Ministério da Saúde informou que o decreto que regulamenta o APH passa por análise do Ministério do Planejamento e será encaminhado à Casa Civil essa semana. Mas o assessor de imprensa do Planejamento, Orestino Amurim, informou ontem, por telefone, que não há prazo para o decreto ser encaminhado à Casa Civil. Ele recusou-se a explicar o assunto a O DIA por nota e disse ser ‘comum’ a demora para assinatura de decretos.

A Secretaria estadual de Saúde informou que os medicamentos estão à disposição do paciente na Central de Mandados. Já a municipal afirmou que a entrega está agendada para quarta-feira.

Sindicância para apurar perda de R$ 15,6 milhões

O estado abriu sindicância ontem para apurar o desperdício de R$ 15,6 milhões em medicamentos, insumos e materiais médico-hospitalares. Conforme O DIA mostrou com exclusividade em 1º de março, o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) constatou que os produtos perderam a validade entre julho e novembro do ano passado na Central Geral de Abastecimento (CGA), em Niterói.

A sindicância deve ser concluída em 30 dias, mas pode ser prorrogada por mais 30 dias, segundo publicação do Diário Oficial que cita as matérias de O DIA.

O desperdício noticiado deixou doentes e parlamentares indignados. O Ministério Pública Federal decidiu dar prosseguimento à ação civil pública contra a Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil para que o órgão normalize o fornecimento dos remédios. Há dois anos, a ação havia sido suspensa porque o estado assinara Termo de Ajustamento de Conduta se comprometendo a regularizar o fornecimento e inaugurar farmácia com condições de armazenar remédios. O termo, no entanto, não foi cumprido.

Jornal O Dia - Pâmela Oliveira e Clarissa Mello
Roberto Pereira
Centro de Educação Sexual - CEDUS
Av. General Justo, 275 - bloco 1 - 203/ A - Castelo
20021-130 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil
Tel: (21) 2544-2866 Telefax: (21) 2517-3293

A Tarde On Line

BRASIL

05/04/2010 às 07:37 ATUALIZADA às 10:10

Doenças crônicas que devem ser observadas para vacinação contra gripe A
A TARDE On Line

Os pacientes idosos portadores de enfermidades crônicas também devem se vacinar durante a campanha do Ministério de Saúde em datas definidas em cronograma. No entanto, devem ter atenção e consultar o médico antes de tomar a vacina contra a gripe A para esclarecer dúvidas e receber orientações. Confira quais são as doenças crônicas listadas pelo Ministério da Saúde.
- Pessoas com grande obesidade (Grau III), incluídas atualmente nos seguintes parâmetros:
crianças com idade igual ou maior que 10 anos com índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 25;
criança e adolescente com idade maior de 10 anos e menor de 18 anos com IMC igual ou maior que 35;
adolescentes e adultos com idade igual ou maior que 18 anos, com IMC maior de 40 ;
Indivíduos com doença respiratória crônica desde a infância (ex: fibrose cística, displasia broncopulmonar);
Indivíduos asmáticos (portadores das formas graves, conforme definições do protocolo da Sociedade Brasileira de Pneumologia);
Indivíduos com doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (ex: distrofia neuromuscular);
Pessoas com imunodepressão por uso de medicação ou relacionada às doenças crônicas;
Pessoas com diabetes;
Pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e outras doenças respiratórias crônicas com insuficiência respiratória crônica (ex: fibrose pulmonar, sequelas de tuberculose, pneumoconioses);
Pessoas com doença hepática: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral;
Pessoas com doença renal: insuficiência renal crônica, principalmente em doentes em diálise;
Pessoas com doença hematológica: hemoglobinopatias;
Pessoas com terapêutica contínua com salicilatos, especialmente indivíduos com idade igual ou menor que 18 anos (ex: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki);
Pessoas portadoras da síndrome clínica de insuficiência cardíaca;
Pessoas portadoras de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica: Hipertensão arterial pulmonar, Valvulopatia;
Pessoas com cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular (fração de ejeção do ventrículo esquerdo [FEVE] menor do que 0.40);
Pessoa com cardiopatia hipertensiva com disfunção ventricular [FEVE] menor do que 0.40;
Pessoa com cardiopatias congênitas cianóticas;
Pessoas com cardiopatias congênitas acianóticas, não corrigidas cirurgicamente ou por intervenção percutânea;
Pessoas com miocardiopatias
(Dilatada, Hipertrófica ou Restritiva);
Pessoas com pericardiopatias.

CRONOGRAMA DE VACINAÇÃO DOS GRUPOS PRIORITÁRIOS

22/03 a 23/04 - Doentes crônicos (Idosos com doenças crônicas serão vacinados em data diferente, durante a campanha anual de vacinação contra a gripe sazonal)

22/03 a 23/04 - Crianças de seis meses a menores de dois anos

05/04 a 23/04 - População de 20 a 29 anos

CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO DO IDOSO

24/04 a 07/05 - Pessoas com mais de 60 anos vacinam-se contra a gripe comum. Aqueles com doenças crônicas também serão vacinados contra a gripe pandêmica

10/05 a 21/05 - População de 30 a 39 anos




sexta-feira, 2 de abril de 2010

Agência Senado

Comissões
31/03/2010 - 15h14
Projeto que visa inibir tráfico de órgãos passa na CAS

O projeto (PLC 84/04) que visa inibir o tráfico de órgãos foi aprovado com alterações pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) nesta quarta-feira, 31. Essa matéria, agora, terá de passar por votação no Plenário do Senado.

Apresentado em 2002 pelo então deputado federal Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), o projeto original acrescentava alguns dispositivos à Lei nº 9.434/97 - que trata, entre outros itens, da autorização judicial para doação de órgãos e tecidos.

O texto aprovado nesta quarta, modificado pelo senador Mão Santa (PSC-PI), determina que, "no caso de doação dependente de provimento judicial, poderá o juiz, convencendo-se da voluntariedade da doação e do atendimento dos requisitos legais, conhecer diretamente do pedido e conceder a autorização, proferindo sentença após a manifestação do Ministério Público".


Também fica determinado que "quando a matéria não lhe parecer suficientemente esclarecida, o juiz poderá nomear perito para examinar o caso, bem assim designar audiência para o esclarecimento da matéria, no prazo máximo de dez dias".

Modificações

Em seu relatório, Mão Santa justifica porque excluiu do projeto alguns itens - como o que previa, em alguns casos, a apresentação de laudo assinado por dois médicos com pós-graduação ou título de especialista reconhecido no Brasil. O senador argumenta que o laudo médico não é suficiente para afastar possíveis ilegalidades na doação de órgãos e tecidos, pois, segundo ele, os médicos se limitam a analisar as questões técnicas do transplante ("se há necessidade do transplante, se há compatibilidade entre doador e receptor, se há riscos elevados no procedimento etc.").

Mão Santa afirmou que "não cabe ao médico avaliar e, principalmente, atestar a ausência de interesses obscuros e ilegais na doação" e que "não se pode transferir a responsabilidade do juiz para o médico". Ele também disse que "o laudo médico de que trata o PLC nº 84, de 2004, não acrescenta salvaguardas ao procedimento judicial, mas poderia constranger médicos a atestar a legalidade de um ato sobre o qual eles não têm controle total".

No Senado, antes de tramitar na CAS, o projeto foi analisado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde teve como relatores o senador Tião Viana (PT-AC) e, em seguida, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).


Koiti Koshimizu / Repórter da Agência Senado