segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Agência ECCLECIA

É necessária mais divulgação para doação de órgãos em vida

A coordenadora nacional das Unidades de Colheita da Autoridade para os Serviços de Sangue e de Transplantação defendeu hoje mais divulgação da doação de órgãos em vida e uma maior protecção aos dadores.
“É preciso mais divulgação, principalmente da doação em vida”, afirmou à agência Lusa Maria João Aguiar, no âmbito do XXII Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, em Fátima, ue tem como tema “Transplante de órgãos, doação para a vida”.
A responsável lembrou que “a doação em vida é possível”, podendo as pessoas “contribuir para aliviar o sofrimento dos seus familiares ou dos seus amigos”.
“Já não é preciso ter laços consanguíneos para ser solidário”, frisou Maria João Aguiar, referindo que qualquer pessoa que tenha saúde suficiente para ser dadora não é prejudicada.
Além da doação em vida, Maria João Aguiar preconizou mais divulgação do Registo Nacional de Não Dadores (RENNDA), “para que cada um tome em vida a decisão sobre o destino que quer dar aos seus despojos depois da sua morte”.
A propósito do “baixo número de pessoas que estão inscritas no RENNDA” e do número de pessoas inscritas no Centro Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão, Maria João Aguiar reconheceu que “a população portuguesa é extremamente solidária”.
A coordenadora nacional das Unidades de Colheita disse acreditar que no final do ano se atinja em Portugal os 30 dadores por milhão de habitantes, quando em 2006 esse número se situava entre 18, 19 dadores por milhão de habitantes, salientando que o desequilíbrio entre o número de doentes em lista de espera e os órgãos possíveis de detectar é um problema global.
“No dia em que nós conseguirmos não desperdiçar nenhum potencial dador, nenhuma oferta de vida, aí cumprimos a nossa missão”, afirmou.
Redacção/Lusa