
Central Integrada de Comunicação Social
Classificação da Notícia: Saúde
11/06/2014 17:52:23
|
Redatora: Anbar - MTbBA 690
|
MP
media regularização no fornecimento
de medicamentos da assistência básica
de medicamentos da assistência básica

A falta e/ou
descontinuidade no fornecimento de medicamentos dos componentes básicos e
especializados da assistência farmacêutica na Atenção Básica, que tem provocado
inúmeros transtornos a pacientes e exigido, em muitos casos, a judicialização
para ser assegurado o direito dessas pessoas à saúde, foi tema de um proveitoso
ato público realizado no Ministério Público estadual na manhã de hoje, dia 11.
Convocado pelas promotoras de Justiça Kárita Cardim e Cláudia Elpídio, que
atuam na área da saúde e presidem um procedimento sobre o assunto, o evento,
onde inúmeros pronunciamentos ressaltaram que são problemas de gestão dos
poderes públicos que resultam na dificuldade de acesso dos medicamentos à
população, foi presidido pelo coordenador do Centro de Apoio Operacional de
Defesa da Saúde (Cesau), promotor de Justiça Rogério Queiroz.
Participaram
inúmeros pacientes e seus familiares, bem
como representantes de associações como a de transplantados, das doenças de
Parkinson e Alzheimer, hanseníase, AIDS, albinos e doenças reumáticas,
conselhos municipais e estaduais de saúde, Associação Brasileira e Associação
Baiana de Reumatologia, comissão de saúde da Ordem dos Advogados, seção Bahia,
Conselho Regional de Farmácia, Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde,
diretor e superintendente da assistência farmacêutica da Secretaria de Saúde
estadual (Dasf) entre outros, como a apoiadora do Ministério da Saúde Joceléia
Magni, que estava como observadora e foi convidada a compor a mesa. Ela
acumulou anotações dos apelos e queixas para levar em sua bagagem.

Ele
explica que o Estado não tem estrutura para atender casos leves que exigem a
prescrição de medicamento que custa R$ 26,00, deixando que a doença se agrave e
o medicamento exigido vai custar R$ 5 mil, o que está, em seu entender,
exigindo mudanças. Ele considera caótica a falta de medicação em reumatologia e
cita que em sua área um paciente portador de artrite reumatóide não pode ter
uma parada subida da utilização de remédios, vez que isso significa um prejuízo
imenso à qualidade de vida e pode provocar situações irreversíveis como a
limitação de movimentos. No caso do lúpus, que afeta mulheres jovens entre 20 e
30 anos, pode matar.

Entre
as sugestões apresentadas hoje, está a confecção de uma lista dos medicamentos
que são distribuídos para que seja encaminhada aos municípios a fim de que eles
não adquiram os remédios por preços acima do valor real, lembrando Rogério
Queiroz que deve-se pagar o preço CAP que prevê um abatimento de 24% para os
municípios. Mas, prossegue, há casos em que a venda ao usuário no balcão é
inferior ao preço CAP. Uma recomendação será expedida por ele para que os
secretários municipais de saúde estejam atentos para isso. Para o presidente do
conselho estadual dos secretários municipais de Saúde Raul Molina, “o grande
problema é que estamos na mão da indústria farmacêutica”. Por fatos dessa
natureza é que a presidente da Associação Baiana de Parkinson e Alzheimer,
Beila de Carvalho defende que as licitações possam ser acompanhadas por
associações como a que preside.
Fotos: H.F. Fotografia - Cecom/MPBA
Ministério Público do Estado da Bahia www.mpba.mp.br