quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Diário do Nordeste

Cidade
Cidade TRANSPLANTES (2/2/2010)

Doadores efetivos aumentam 26,6%
2/2/2010


No primeiro mês de 2010, o total de doações efetivas (aquelas que possibilitaram transplantes a partir do diagnóstico de morte cerebral) chegaram a 15. No mesmo período do ano passado, foram 11. Isso representa um aumento de 26,6%. A boa nova levou também a um acréscimo no número de transplantes. Em 2009, foram 72. Este ano, 80. As informações são da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa).

De acordo com os dados, o balanço positivo do primeiro mês do ano foi puxado, principalmente, por córnea e fígado. No segundo caso, 13 pessoas saíram da fila de espera por um fígado, enquanto que, em janeiro de 2009, oito pessoas receberam o órgão saudável. Com relação às córneas, foram 44 transplantes, superando os 39 realizados no ano passado.

Ranking

Os números fortalecem a posição do Ceará em relação ao Brasil. O Estado ocupa a quarta posição no ranking. Foram 11,5 doadores por um milhão de habitantes. Em primeiro lugar está Santa Catarina, com 17,1; seguido por São Paulo, com 16,6; e Rio Grande do Sul, com 12,1.

Os números colocam o Ceará na liderança em transplantes no Nordeste. Só para se ter uma ideia da diferença, Pernambuco, em segundo lugar, obteve apenas 8,4 por milhão de habitantes. Em terceira posição, a
Bahia, com 3,6.

Portal Nacional de Seguros - SEGS

Como o brasil pode melhorAR O Cenário dos Transplantes .
Ter, 02 de Fevereiro de 2010 16:39
Isadora Hofstaetter

NOTÍCIAS - Saude

Hoje, no Brasil, são mais de 63 mil pessoas na fila de espera de transplantes. Dentre os estados brasileiros, Santa Catarina é o melhor colocado quando se fala em aproveitamento de doadores efetivos: apresenta taxa de 17 doadores efetivos para cada milhão de população.

Doador efetivo é aquele cujos órgãos serão realmente transplantados e, para tal resultado, é preciso investir em diagnóstico. “Investindo em diagnóstico e com a criação de um cargo responsável por coordenar e unir os responsáveis pela efetivação do transplante, é possível conseguir atingir meta parecida com os índices europeus”, explica Marcelo Mion, biólogo da Biometrix Diagnóstica, empresa que pesquisa e comercializa produtos voltados para diagnósticos médicos.

Todo ano no Brasil aproximadamente 13 mil pessoas têm morte encefálica. São todos, a princípio, potenciais doadores, mas a falta de um diagnóstico preciso da morte encefálica e a demora na notificação de órgãos disponíveis às centrais de transplantes acaba transformando esse número em apenas 1,8 mil doações efetivas de rins, por exemplo”, completa. Exames simples podem auxiliar no desenvolvimento diagnóstico e melhorar os índices de transplantes no país.