terça-feira, 27 de abril de 2010

SESAB

SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

26 de abril de 2010
BAHIA GANHA UNIDADE DE REFERÊNCIA PARA DOENÇAS HEPÁTICAS

O governador Jaques Wagner, o secretário da Saúde, Jorge Solla e o reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Naomar de Almeida Filho, inauguraram, na manhã de hoje (26), a Unidade de Alta Complexidade em Hepatologia Professor Gilberto Rebouças (UNACOH), centro de excelência para o tratamento de doenças do fígado, localizada no Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hospital das Clínicas). Na oportunidade, foi assinado o contrato para financiamento de serviços de hepatologia e onco-hematologia, esse último para transplante de medula óssea. O governo do Estado investiu R$ 4,2 milhões para garantir o funcionamento dos serviços por um período de seis meses, até que sejam disponibilizados os recursos do cadastramento do Ministério da Saúde.

O novo centro vai proporcionar atendimento ambulatorial e uma enfermaria para internação de casos de alta complexidade, como transplante de fígado. Os recursos viabilizados de mais de R$ 2 milhões em reforma e aquisição de materiais e equipamentos (pelo Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Saúde, e do Ministério da Saúde (MS), através do Fundo Nacional de Saúde) permitiram que fossem implantados 22 leitos, sendo seis semi-intensivos, para pacientes com doenças hepáticas graves ou pós-operatórios de cirurgias hepáticas.

Segundo o secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Eduardo Hage, que participou da solenidade representando o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, foram investidos R$ 900 mil, pelo MS, em cursos de formação na área de hepatologia para médicos de toda a região nordeste. "A unidade vai ampliar o acesso ao atendimento e diagnóstico, além de preparar profissionais na área. A região precisava dessa unidade", declarou Eduardo Hage.

LACUNA PREENCHIDA
O médico hepatologista Raymundo Paraná, coordenador do Serviço de Hepatologia da UFBa e responsável pela criação da UNACOH, lembrou que até pouco tempo, os usuários do SUS na Bahia tinham sérias dificuldades para o acompanhamento clínico e cirúrgico, uma vez que o único centro de referência em hepatologia, localizado no Hospital Universitário, não possuía uma unidade consolidada. "A implantação do serviço não só preencherá uma lacuna na assistência no Estado da Bahia, como permitirá o treinamento de profissionais, com forte atuação na formação acadêmica," afirmou Paraná, que disse estar realizando "um sonho, depois de muitos anos de luta".

Ainda de acordo com o hepatologista, embora o estado se destaque como um dos pólos mais produtivos do país na área da hepatologia, havia uma grande dificuldade no atendimento a pacientes portadores de doenças do fígado na rede pública, e praticamente só o Hospital das Clínicas presta atendimento a alta complexidade em hepatologia, o que inclui não só os pacientes crônicos com doença hepática avançada, o câncer de fígado, como também o transplante hepático, procedimento realizado nos hospitais Português e São Rafael. O Grupo de Transplante Hepático do HUPES, coordenado pelo médico cirurgião Jorge Bastos, já realizou mais de 128 transplantes, com taxa de sobrevida superior a 80%.

"Pelas dificuldades de infra-estrutura, os pacientes acompanhados pelo grupo necessitam realizar o procedimento em hospitais privados conveniados ao SUS. Atualmente, há um convênio entre o HUPES e o Hospital Português, e os pacientes acompanhados no ambulatório do HUPES realizam o transplante e o acompanhamento pós-transplante naquela unidade. O novo serviço possibilitará que todo o acompanhamento até o transplante hepático, possa ser realizado no próprio Hospital das Clínicas", detalhou Paraná, acrescentando que existem, atualmente, cerca de 350 pacientes em fila de espera para transplante de fígado.




A.G. Mtb 696/Ba
Hepatites/entrega

Estadão.Com.Br

Governo do Rio cria central para transplantes
27 de abril de 2010 0h 00
Bruno Boghossian / RIO - O Estado de S.Paulo

Com o objetivo de recuperar o quadro do sistema de transplantes no Estado, o governo do Rio lançou um programa que pretende aumentar em 127% o número de doadores de órgãos e contornar as falhas dos hospitais da rede pública. Entre as medidas anunciadas pelo governador Sérgio Cabral e pelo secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, estão a criação de uma central para coordenar os procedimentos de transplante, a remuneração suplementar dos profissionais que realizam as operações e o credenciamento de cinco hospitais privados, que passam a atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Atualmente, o Rio tem uma média de 4,4 doadores de órgãos por milhão de habitantes - quase metade da média nacional, de 8,7 por milhão. A meta é chegar ao fim do ano com 10 doadores por milhão de habitantes.

Uma nova central vai coordenar a lista única de transplantes do Estado. A partir de agora, os hospitais particulares São Vicente de Paulo, Quinta D"Or , Barra D"Or , Hospital Adventista Silvestre e Hospital de Clínicas de Niterói passam a receber pacientes da fila de transplantes que não puderem ser operados na rede pública.

"Caso haja problemas no centro cirúrgico ou na equipe, por exemplo, o paciente poderá ser operado num desses hospitais privados", disse Côrtes. "No passado, se o hospital público não tinha condições de operar, o órgão era oferecido ao paciente de um hospital privado. Isso acabou", acrescentou.