quarta-feira, 14 de julho de 2010

A Tarde On Line




CIDADES
13/07/2010 às 21:35
Congresso discutirá doenças que acometem o fígado
Egi Santana l A TARDE

O médico Raymundo Paraná diz que falta hepatologista

A hepatologia é o estudo do fígado, órgão responsável por mais de 200 funções na manutenção do corpo humano.

Para discutir este assunto, Salvador sediará, desta quarta-feira, 14, até 17 deste mês, o Congresso de Hepatologia do Milênio, evento nacional que reunirá especialistas de vários países, inclusive brasileiros.
Durante o evento, serão discutidas, por exemplo, as doenças do fígado, bastante comuns no Brasil. O médico Edison Roberto Parise, presidente da Associação Paulista para Estudo do Fígado, explica que estudos apontam que cerca de 4 milhões de brasileiros estão infectados pelo verme da esquistossomose, responsável por problemas no órgão. Bahia, Minas Gerais e Pernambuco, por exemplo, concentram 70% dos casos.
“Já a hepatite C acomete cerca de 1,5% da população brasileira, e a hepatite B, quase 1%. No caso da doença hepática gordurosa não-alcoólica, os números chegam a 20% da população adulta no País. E o câncer de fígado é atualmente a sexta causa de tumores malignos em todo o mundo e, em nosso País, uma das principais causas de transplante”, afirma.
No Brasil a profissão de hepatologista não é regulamentada como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina, sendo uma subespecialidade da gastroenterologia. Como a demanda desses profissionais é muito alta, o diagnóstico e o tratamento destas doenças são prejudicados, afirma o médico Raymundo Paraná, presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia.
“A maioria dos médicos brasileiros é refém do SUS ou dos planos de saúde, recebendo entre R$ 10 e R$ 40 por consulta. Esta realidade está retirando do mercado especialistas como os hepatologistas, endocrinologistas e reumatologistas”, lamenta Paraná.
Congresso - O médico explica que o congresso pretende chamar a atenção do poder público para a necessidade de aumentar o acesso a hepatologistas no serviço público. “Necessitamos de, pelo menos, 10 vezes mais hepatologistas em todo o Brasil”, afirma o médico.
Sobre o fomento à doação de órgãos, Paraná explica que “na Bahia temos uma pífia taxa de doação de fígado, estimada em três doações por um milhão de habitantes. No Rio Grande do Sul, esta taxa chega a 13 doações, enquanto que países europeus, como a Espanha, possuem taxas entre 18 e 22 doações”.
Serviço
Congresso Hepatologia do Milênio/ Bahia Othon Hotel /Inscrições no local.
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=4737053

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