sábado, 16 de janeiro de 2010

TOTAL MARKETING

Enviado por: Young & Rubicam em 07/01/2009.
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Madonna e a doação de órgãos no Brasil

Ação da Santa Casa, assinada pela Y&R, compara a fila para entrar no primeiro show da turnê "Sticky & Sweet" com a lista de espera por transplantes do Brasil


Como parte dos esforços para conscientizar a população sobre a importância de doar órgãos, a Y&R acaba de colocar no ar mais uma ação criada para o Serviço de Captação de Órgãos e Tecidos, da Santa Casa de São Paulo. A instituição depende da ajuda de voluntários para reduzir a fila de espera por transplantes no Brasil, atualmente com mais de 60 mil pessoas.

Com foco no público jovem, o filme já está disponível no YouTube e mostra imagens de milhares de pessoas, nos portões do estádio do Morumbi, aguardando o início do primeiro show da turnê "Sticky & Sweet" da Madonna em São Paulo, na quinta-feira, 18 de dezembro. A câmera mostra lentamente a extensão da fila que se formou algumas horas antes do espetáculo e encerra com o lettering: “Para quem está esperando um transplante, isso não é nada. Seja um doador.”



quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Ciência e Saúde

ciência e saúde / planos de saúdeCELULAR RSS O Portal de Notícias da Globo

12/01/10 - 13h10 - Atualizado em 12/01/10 - 16h49

Novos procedimentos não aumentarão valor do reajuste dos planos, diz ANS
Novo rol de procedimentos inclui transplante de medula óssea.
Regras valem a partir de 7 de junho deste ano.

Patrícia Kappen
Do G1, no Rio
Cresce procura por terapia alternativa na rede pública de saúde Gastos com saúde foram ‘vilões’ da inflação para a terceira idade em 2009 STF adia decisão de ação que pode deixar 250 mil servidores sem plano de saúde Justiça considera abusivo reajuste de plano de saúde por faixa etária.

O presidente em exercício da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Alfredo Cardoso, afirmou nesta terça-feira (12) que o novo rol de procedimentos obrigatórios dos planos de saúde não aumentará o valor do reajuste anual de planos de saúde induviduais. Segundo ele, o reajuste não vai incluir previsão de gastos extras com a inclusão das 70 novas coberturas médicas e odontológicas anunciadas nesta terça, já que o reajuste será anunciado em maio, e o novo rol entra em vigor no dia 7 de junho, após sua divulgação.

Alfredo lembrou que em 2008, quando a agência divulgou novos procedimentos obrigatórios que entraram em vigor em maio, o reajuste foi de 6,76%, sendo 1% referente ao rol divulgado naquele ano. No entanto, em 2008, foram anunciados 150 novos procedimentos, mais do que o dobro do anunciado nesta terça.

Planos novos e planos velhos

As mudanças anunciadas atendem cerca de 44 milhões de pessoas que tem planos de saúde contratados a partir de 2 de janeiro de 1999.

O secretário executivo da ANS, Alfredo Scaff, disse que para planos antigos, feitos antes de 99, o que vale é o que está no contrato firmado com as operadoras. Segundo ele, atualmente 8 milhões de pessoas possuem o plano antigo, mas a recomendação é para que elas adaptem o contrato, ou migrem para planos novos.

As mudanças foram discutidas em um grupo de 60 pessoas, incluindo representantes de operadoras e profissionais de saúde. A resolução, segundo Scaff, revê e revoga algumas normas antigas.

A proposta elaborada pelo grupo foi então para consulta pública, onde recebeu, segundo a ANS, mais de oito mil contribuições, a maior parte delas vindas de consumidores.

Transplantes

Um dos novos procedimentos obrigatórios a partir de junho que foi incluida na resolução normativa da ANS é o transplante de medula óssea feito por doação de outra pessoa viva. A principal indicação deste transplante é para o tratamento de leucemia. Os planos de saúde passarão a ter de cobrir o transplante para todos os seus beneficiários.
Segundo a gerente-geral da ANS, Martha Oliveira, antes os planos eram obrigados a cobrir transplantes apenas quando eram feitos de forma autóloga (quando um transplante é feito da pessoa para a mesma pessoa). Além dos transplantes autólogos, os planos cobriam também transplantes de rim e de córnea com doações de terceiros.
A inclusão apenas do transplante de medula foi explicada por Marta. "O problema hoje é a captação de órgãos. Então não adianta incorporar outros transplantes se não há captação de órgãos".
Marta disse que a cobertura do plano tem que incluir todas as consultas e procedimentos hospitalares que tiverem a ver com o transplante. O que não está coberto é o medicamento domiciliar.



sábado, 9 de janeiro de 2010

A Tarde On line


CIDADES
30/12/2009 às 19:13 ATUALIZADA EM: 30/12/2009 às 20:39

João Sereno: “Tinha nas mãos uma ferramenta de trabalho e não sabia”
Danile Rebouças - A TARDE

Thiago Texeira l Ag. A TARDE


João emociona-se quando lembra de sua história: “Hoje vivo intensamente”

A voz é poética, repleta de simpatia. O espírito é jovem, de uma pessoa disposta a viver cada segundo. Ivan Ferreira da Silva, mais conhecido como João Sereno, saiu de Juazeiro, no norte da Bahia, para o mundo. Ele está com 48 anos, tem quatro filhos. Mora em Salvador e Juazeiro, e tem o palco como a segunda casa. Mais do que músico que canta belezas nordestinas, João Sereno é um vitorioso. Fez um transplante de rim e aprendeu a valorizar as coisas simples, tendo sempre a música como ponto de apoio.

Ele recorda com alegria do tempo de criança, quando cantava nas ruas de Juazeiro e aos 11 anos virou atração de circo. Tocava com um violão que era maior do que ele – contraste que chamou a atenção dos circenses. João aprendeu sozinho a lidar com o instrumento de corda e começou a tocar em conjuntos musicais. “Mas era um curtidor, não queria saber de nada”, diz.

O valor ao instrumento foi dar somente no período que chama de escuridão da sua vida. Foi quando se viu internado no hospital, sem conseguir urinar por causa de um problema renal. No primeiro diagnóstico, não acreditou, ignorou o fato. Somente após sofrer um derrame no olho esquerdo, aos 28 anos, tomou consciência que precisava se tratar.

Do interior veio para a capital. Passou a fazer hemodiálise. Emagreceu mais de 20 quilos. Viu a renda da família reduzir. Seu avô, o mestre de caldeiraria José Ferreira (Zé Sereno), que lhe criava, vendeu os terrenos para manter o tratamento do neto. João morou com a mãe e sua esposa da época, até que toda a família se viu obrigada a vir para a capital com a suspeita de seu avô que estaria com câncer.

Nesse período de “aperto e desespero”, João resolveu dar rumo à sua vida e fazer da música profissão. “Vi que tinha nas mãos uma ferramenta de trabalho e não sabia”, diz. Foi no Bar Avarandado, no Engenho Velho da Federação, onde começou. Chegou e se ofereceu para tocar. Após mostrar seu som, foi aceito. A partir daí não parou mais. Até mesmo para a hemodiálise levava a viola e animava os colegas.

João fez hemodiálise por quatro anos quando descobriu que sua irmã tinha o rim compatível com o seu e estava disposta a lhe doar. A cirurgia foi um sucesso. “No início da hemodiálise, percebia que ele ficava muito triste, depois a música o fez ver que podia fazer as coisas que gostava mesmo doente. Ele ficou feliz demais quando lhe disse que faria a doação”, lembra a irmã Suzana Ferreira.

Hoje, João vive da música e a encara com mais responsabilidade. Emociona-se quando lembra de sua história e agradece a Deus por tudo que passou e aprendeu nesse período. “Era difícil eu olhar para o céu, hoje eu o contemplo. Vivo intensamente, com mais detalhes. Acho que todos devem fazer isso e aproveitar o máximo cada momento”, diz.

Música - João Sereno dá um show de valorização da cultura nordestina nos palcos. É também compositor. Toca violão, guitarra e o que mais for preciso: baixo, cavaquinho, triângulo, percussão. Tem parcerias com Adelmário Coelho, Virgílio, Zelito Miranda, Dominguinhos, entre outros. Tem cinco discos: Sem rótulo (gravado enquanto ainda fazia hemodiálise), Fazendo forró, Intenso, João Sereno e convidados e Somgon. Já tocou na França e na Itália, além de rodar pelo Brasil.

Atualmente, João investe em novo ritmo musical, o SomGon. Trata-se de um som advindo de um foguedo popular. “No foguedo é uma ou duas violas e dois pandeiros que fazem o som. Eu acrescentei a guitarra, baixo e bateria, dando uma batida nova, batizada de SomGon”, explica. E acrescenta: “Descobri que nasci para fazer música”.




http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1325583

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O POVOonline

Pacientes renais transplantados

Associação reclama de falta de remédio

07 Jan 2010 - 00h51min


O medicamento Micofenolato Sódico (Myfortic, no nome comercial) esteve em falta durante a última semana no Hospital Geral de Fortaleza (HGF). O comprimido é tomado diariamente por pacientes transplantados para evitar que o organismo rejeite o órgão, e não é vendido nas farmácias. A reclamação é da Associação Cearense dos Renais e Transplantados (Acret), que tem cerca de 75 associados e enviou ofícios ao gabinete do governador e ao Ministério Público informando que o atraso na entrega de remédios imunosupressores ocorreu três vezes só no ano passado.

A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) reconheceu que o Micofenolato Sódico esteve em falta por dois dias, em agosto de 2009, além de outros imunosupressores terem sido entregues com atraso; mas informou que os estoques já estão normalizados. ``O HGF recebeu 36 mil comprimidos do Micofenolato Sódico. O medicamento não está em falta. O que pode acontecer são atrasos curtos, de um ou dois dias, mas a reposição é constante``, disse o secretário executivo Arruda Bastos, sem especificar a data em que o lote chegou ao hospital.

O presidente da Acret, Agnel Conde Neto, afirmou que foi ao HGF no fim da tarde da última terça-feira (5), e foi informado que o remédio estava faltando. O POVO entrou em contato com a farmácia do hospital, por telefone, no fim da manhã de ontem (6). A funcionária explicou que o medicamento tinha ``acabado de chegar``. Agnel afirmou que vai pedir ao Ministério Público uma auditoria junto à Coordenadoria de Assistência Farmacêutica da Sesa (Coasf).

``Meu filho toma o remédio duas vezes por dia, há 14 anos, desde que fez o transplante de rim. Ele precisa ser tomado durante toda a vida, pro paciente não perder o órgão recebido``, relatou Agnel Conde. O filho Alfredo Conde recebe a cada mês uma caixa com 60 comprimidos, para um mês de tratamento. Agnel ressalta a dificuldade dos pacientes que moram no Interior e precisam viajar a Fortaleza para buscar o remédio, mas não soube informar quantos pacientes estariam aguardando a entrega.

O secretário garantiu que a programação está sendo corrigida e disse que não houve queixas de outras instituições. Ele esclarece que os medicamentos de alto custo estão sujeitos a atrasos, devido às especificidades das compras: alguns são importados, e as compras por licitação devem obedecer aos prazos.

E-MAIS

> O secretário executivo Arruda Bastos admitiu que podem ocorrer ``problemas na distribuição`` dos medicamentos para transplantados.

> Ele explica que até o ano passado era utilizado o Micofenolato Mofetil, substituído pelo Micofenolato Sódico por melhor aceitação clínica. ``Por isso o estoque (do segundo) ainda não estava programado para a demanda. O atraso pode ser devido ao período de fim de ano``.

> Arruda afirmou que a Sesa estuda meios de fazer a distribuição dos medicamentos por meio das secretarias municipais da Saúde, para que os pacientes não precisem viajar à Capital.

> Em 2009, a Sesa empregou R$ 211,416 milhões na compra de medicamentos, sendo mais de 54% desse valor usado na compra dos medicamentos excepcionais.

> Segundo o chefe do setor de transplantes do HGF, o cirurgião Ronaldo Esmeraldo, o paciente transplantado deve tomar o medicamento pelo resto da vida, para não perder o enxerto (órgão transplantado).

> Caso deixe de tomar os comprimidos, o paciente pode sentir os efeitos a partir de 15 dias, quando começam as alterações na função do órgão.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Diario de Pernanbuco


Diario Urbano // Seja você também um doador de orgãos
Marcionila teixeira - interinamailto:interinamarcionilateixeira.pe@dabr.com.br

No mundo dos transplantes de órgãos, habitado em sua maioria por pessoas que anseiam apenas continuar a viver, mesmo que seja com o pedaço de outro alguém, existem papéis fundamentais.
Enquanto o médico uteísta precisa suspeitar da morte encefálica de um possível doador, o neurologista deve confirmá-la.
O passo seguinte na luta pela sobrevivência do paciente que está na fila de espera é a aceitação da família do doador morto de ceder os órgãos.
Como nem tudo funciona como o esperado, o ciclo de buscas continua.
Pelo menos 70% das famílias não aceitam doar, por diversos motivos, inclusive religiosos.
Não é só isso. Como nem sempre os uteístas têm tempo, diante da grande demanda na saúde pública, ou mesmo disposição para protocolarem a morte encefálica, o esquema começa a desmoronar desde a ponta.
Apesar dos obstáculos do caminho, a Central de Transplantes de Pernambuco comemora, pelo segundo ano consecutivo, um aumento de 30% no número de doações realizadas ao longo do ano passado em relação ao ano anterior.
Um índice que pode melhorar com uma simples reflexão: quem sabe um de nós não estará na fila de espera um dia?

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

O Globo

BLOG DO NOBLAT
Enviado por Joaquim Falcão - 29.12.20099h04m
Artigo
O início da vida e o começo da morte
Cada ano tem sua agenda própria de debates. É nesta agenda que o país se faz e se reconhece. Escolhe seus caminhos, delineia seu futuro.
O ano que agora finda foi marcado por um debate importante: o das células tronco. Ou seja, o debate sobre o começo da vida.
Em que momento a vida é definida enquanto vida, e portanto passa a ser um direito do cidadão a ser protegido constitucionalmente?
Esse debate de conotações jurídicas, religiosas, científicas e econômicas se concretizou na questão sobre a permissão ou proibição de pesquisas com células tronco.
O ator principal do debate foi o Supremo Tribunal Federal, que deu a palavra final. Permitiu a pesquisa.
Alguns protestaram dizendo que o Supremo tinha se investido de super poderes, excessivos, capazes até de determinar o início da vida.
Nada disso. Apenas admitiu, em nome da preservação e do futuro da vida, a pesquisa científica com as células tronco. Foi uma opção de pragmática social, e não uma afirmação filosófica ou um ato religioso. Com isso o Supremo se aliou ao progresso e ao futuro.
O ano que se inicia pode vir a ser marcado por outro debate igualmente polêmico. E, no caso, um debate contrário. Em vez de quando começa a vida, quando começa a morte?
E o ator principal não será o Supremo, pelo menos por enquanto. Será o Congresso Nacional.
É o debate sobre a ortotanásias. Conforme explica Carlos Vital Lima na Folha de São Paulo da semana passada, “o processo de ortontanásia significa morte no momento certo, nem apressada como no caso da eutanásia, nem prolongada como no caso da distanásia.”
Correm no Congresso projetos de leis antagônicos. De um lado, o projeto do deputado Talmir Rodrigues que diz “É proibida a suspensão de cuidados de pacientes que apresentarem quadros de Estado Vegetativo Persistente”, sem inclusive nenhuma função cognitiva.
De outro, o projeto do senador Gérson Camata que diz não constituir mais crime “deixar de fazer uso de meios desproporcionais e extraordinários, em situação de morte iminente e inevitável”, com o consentimento do paciente ou de sua família.
Eis aí o campo da batalha, o debate da agenda.
Pode o médico deixar o paciente morrer quando com seu consentimento ou de seus responsáveis, e diante da irreversibilidade da situação, assim lhe for determinado? Ou ele terá que obrigatoriamente usar de todos os meios científicos e tecnológicos disponíveis para manter o paciente vivo?
Esse é o drama vivido por milhares de famílias no Brasil e no mundo todo.
A medicina é capaz de prolongar a vida, hoje, de uma maneira que muitos julgam artificial, impondo ao paciente e seus familiares um sofrimento imenso, tortura mesmo.
Já ouvi de doentes com câncer terminal, meses de hospital, todos os tubos e eletros possíveis, todas as cirurgias invasivas, todos os remédios de efeitos colaterais deprimentes, com dor sequencial e acumulativa; ouvi deles o pedido de "eu quero morrer". Ou o pedido de "me livre desta humilhação."
Pois nos intervalos de lucidez das agonias inevitáveis e irreversíveis, o paciente se sente humilhado e impotente diante do confronto entre a insistência tecnológica e a desesperança moral.
Na elaboração da Constituição de 1988, enquanto funcionava a Comissão Afonso Arinos, o professor Hilton Rocha, oftalmologista emérito, quis inserir um artigo que dizia: diante da falta de órgãos para transplante, inclusive os de córneas, o corpo do cidadão pertence ao Estado. Para este fim específico: transplante de órgãos para salvar vidas.
Cândido Mendes, Cristóvão Buarque e Antônio Ermírio, entre outros, foram contra. Argumentaram que há limites para a intervenção do Estado mesmo socialmente fundamentada.

Estamos diante outra vez desta questão: quais os limites para a ação do Estado?
Do ponto de vista jurídico clássico, que nesse caso muito se confunde com as opções religiosas e as estruturas de personalidade de cada um, a questão é sobre o que deve prevalecer para o apressar ou o adiar a morte.
Ou a vontade do Estado, legalizando e criminalizando a conduta, ou a conduta b.
A conduta b: o Estado nada tem a ver com a situação. Deve prevalecer a autonomia da vontade privada, a vontade do cidadão, representada por ele ou por seus responsáveis, e medicamente fundamentada.
Assim, por exemplo, sugere o artigo 3° do Projeto de Lei 3002/08: “É permitida ao médico assistente a prática da ortotanásia mediante solicitação expressa e por escrito do doente ou seu representante legal.”
Retomo a pergunta: cabe ao Estado ou ao paciente dispor de sua morte?

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

ATX-BA


Prezados transplantados, colaboradores, voluntários, amigos e, todos que estão envolvidos nesta causa tão nobre que é a doação de órgãos e tecidos, um feliz Natal e prospero Ano Novo.

"A VIDA SÓ RENASCE SE VOCÊ DOAR."


DOAR ÓRGÃOS É...
...doar-se
...reciclar-se
...salvar vidas
... um gesto de amor
...sobreviver em outros
...assumir a nossa finitude
...a resposta da esperança
...dar um presente de vida
...desprender-se desta vida
...aproximar-se do Criador
...ir, deixando alguém viver
...um gesto de solidariedade
...manter acesa a luz da vida
...fazer renascer a esperança
... nosso último gesto de amor
...a certeza de vida após a vida
...não se perder nos preconceitos
...estar presente de alguma forma
... obra de amor e desprendimento
...dar continuidade às obras de Deus
..ser a luz no final do túnel de alguém
(F. N. de Assis)

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Zero Hora

Geral 21/12/2009 22h30min
Campanha de doação de medula nos ônibus vira lei na Capital
No Brasil, cerca de três mil pacientes estão na fila pelo transplante de medula

No encerramento da Semana de Mobilização Nacional para a Doação de Medula Óssea, promovida de 14 a 21 de dezembro, o prefeito da Capital José Fogaça sancionou, nesta segunda-feira, a lei que institui a divulgação de campanha permanente de doação de sangue, medula óssea e órgãos no sistema de transporte público municipal.
A lei estabelece a divulgação de material nos ônibus, micro-ônibus e lotações para estimular as doações.
A campanha será feita no interior dos veículos, por meio de mídia eletrônica já existente ou afixação de cartazes, adesivos ou mensagens com os dizeres "Doe sangue, medula e órgãos — ajude a salvar vidas".
O Executivo terá prazo de 90 dias para regulamentação da lei. No Brasil, cerca de três mil pacientes estão na fila pelo transplante de medula.
ZERO HORA

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Agência Câmara

16/12/2009 17:30
Temer participa da abertura de campanha para doação de medula óssea

Ao participar nesta quarta-feira do lançamento da Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea (14 a 21 de dezembro), o presidente Michel Temer enfatizou que a Câmara se incorpora definitivamente nessa campanha. “Essa mobilização é uma tarefa para salvar vidas.”
Ele lembrou a aprovação da Lei Pietro (11.930/09), que criou a Semana de Mobilização Nacional. A lei é em homenagem ao filho do deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), que morreu de leucemia mieloide aguda.
Doação é simples

Beto Albuquerque agradeceu a solidariedade e assinalou que hoje cerca de 10 mil brasileiros que enfrentam essa doença. Ele enfatizou que é simples a doação, “basta preencher um cadastro com dados pessoais e doar 10 ml de sangue”.
O diretor do Centro de Transplantes de Medula Óssea do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Luis Fernando Bouzas, reforçou que a doação é indolor. “A doação é de tecido ósseo, que tem rápida regeneração para o doador.”
Segundo Bouzas, em 2003 havia entre 10 a 15 transplantes por ano no País, quando havia 35 mil cadastrados como doadores.

Hoje há 1,3 milhão de cadastrados para 150 transplantes por ano. “E só não é maior o número de transplantes devido à diversidade étnica no Brasil e a necessidade de compatibilização com o receptor.
O diretor acrescentou que, como estão aumentando os números de transplantes, é preciso aumentar também o número de leitos hospitalares.
Durante a campanha na Câmara, 40 pessoas já se cadastraram. Uma unidade avançada do Hemocentro de Brasília está instalada no hall da Taquigrafia (anexo 2 da Câmara) para cadastrar doadores.
* Matéria atualizada às 20 horas
Reportagem - Eduardo Tramarim Edição - Regina Céli Assumpção

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Abril.com

15/12/2009 - 13:00
Câmaras regionais vão analisar casos de transplante de fígado
http://www.stemcellschina.com/
Por AE
São Paulo - A coordenadora do Sistema Nacional de Transplantes, Rosana Nothen, afirma que a nova legislação do setor, divulgada parcialmente em outubro deste ano, passa a permitir que os Estados analisem, por meio de câmaras técnicas próprias, os casos não acolhidos pelo critério atual de organização da fila de fígado.
A alteração atende a reivindicações de equipes de transplantes. Antes da mudança, todos os pedidos tinham de ser analisados na Câmara Técnica Nacional de Transplante de Fígado, que reúne especialistas independentes em Brasília. No grupo, as discussões ocorriam por meio de troca de e-mails.
A expectativa é de que a análise in loco permita discussões mais aprofundadas, com base na realidade das filas locais, e evite conflitos judiciais. Depois de autorizada a inscrição do paciente na lista, todos os casos terão de ser avalizados pelo órgão central em até 30 dias ou em 48 horas para os considerados mais urgentes - nesta última circunstância, o transplante poderá ocorrer assim que autorizado pelos Estados e depois será auditado pela pasta.
No entanto, apenas alguns Estados, como São Paulo, já têm hoje alguma estrutura para fazer a análise. Atualmente, a câmara paulista é responsável por auditar todos os transplantes que ocorrem em alguns casos de câncer, por exemplo. Além disso, depois que a câmara nacional passou a autorizar numerosos transplantes em caso de tumores grandes no fígado, reduzidos via quimioterapia, o ministério incluiu uma regra para essas situações no novo marco legal. Antes, a lei vetava transplantes em caso de tumores grandes, pois há mais chance de recidiva do câncer. No entanto, a maior parte dos pedidos feitos à câmara nacional deferidos eram sobre esses casos. “Os pontos polêmicos vão existir sempre, porque estamos administrando uma situação em que as doações precisam aumentar muito para contemplar a lista”, disse Rosana. "A questão de encontrar critérios não é uma tarefa só do ministério”, continuou. “O ministério tem, ao longo dos anos, administrado essas situações de dissenso da opinião dos transplantadores, da maneira mais clara e transparente possível, e isso gerou durante muito tempo dúvida até mesmo sobre a incorporação do próprio critério do Meld (modelo que leva em conta resultados de três exames laboratoriais que expressam como estão determinadas funções do fígado)”, enfatizou. “Estamos de novo diante de um dissenso. Para os pacientes não serem prejudicados, a gente está remetendo à análise das câmaras técnicas, que são comitês de especialistas que julgam com base bastante objetiva, dentro do prontuário dos pacientes.”A coordenadora advertiu, no entanto, que mudanças nos critérios exigem cada vez mais acompanhamento. “No momento em que os critérios começam a ficar muito elásticos, a gente corre o risco de estar convivendo com situações que não são as previstas na lei.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
AE

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Jornal de Notícias

Mais de três mil pessoas à espera de transplantes
00h30m
ALEXANDRA SERÔDIO

Portugal, no topo das tabelas europeias e mundiais de transplantes, luta contra a escassez de dádivas.
Em Portugal ainda se morre à espera de um órgão. Salvar cada vez mais vidas obriga a uma maior sensibilização para a doação, numa altura em que a escassez é grande e as necessidades aumentam cada vez mais.
Estamos no topo das listas europeias e mundiais no que toca a transplantes. Mas em Portugal, onde existem mais de três mil pessoas à espera de transplantes (2253 aguardam um rim), já morreram, este ano, 11 doentes à espera de um órgão que lhes salve a vida. Os números frios foram revelados em Fátima, pela coordenadora Nacional da Unidade de Colheitas da Autoridade para os Serviços de Sangue e Transplantação, durante o XXII Encontro Nacional da Pastoral da Saúde.






Segundo Maria João Aguiar, este ano e "dos 45 pedidos urgentes de fígado, apenas foi possível responder a 30 doentes. E dos 26 pedidos de coração, apenas se conseguiram 13". Afirmando que "muitos doentes morrem em lista de espera", a médica alerta para o aumento crescente da procura.
A esperança, contudo, é grande e a sensibilização para a doação "é a melhor forma de ajudar". Em Portugal, desde 1969 - altura em que o médico Linhares Furtado fez o primeiro transplante - e até 2008, já foram transplantados 21.290 doentes, a maioria dos quais doentes renais (8139).
Domingos Machado, coordenador da Unidade de Transplantação Renal do Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, lembra que o "dever de cuidar não cessa com a morte de um doente" e defende que as famílias de um dador possam ser "agraciadas".
"Nos Estados Unidos já se pagam as despesas dos funerais ou criam-se monumentos funerários e informáticos para agradecer às famílias terem permitido a doação de órgãos", disse. Uma questão que, assume, "não é pacifica, mas que em muitos locais ajudou a colmatar a escassez de órgãos".
Os médicos continuam a apostar na sensibilização para doação de órgãos, em vida e pós-morte. Falam de "um Portugal solidário" que "quando é preciso" diz presente. É o caso dos transplantes de medula óssea, cujas campanhas a favor de crianças doentes fizeram disparar o número de dadores em Portugal.
Até ao final do ano, Helder Trindade assegura que serão 190 mil, número que "continuará a crescer em 2010". O director do Centro Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão diz que são as mulheres que lideram a lista de dadores (60%) e que a maioria tem entre 26 e 35 anos.
A recolha de sangue também tem vindo a aumentar, fruto das campanhas que se têm realizado. Neste momento existem 40 em cada mil pessoas a doar sangue.
Outra das realidades dos transplantes prende-se com a criopreservação das células do cordão umbilical. No país existe um banco publico - "importante para tratar de doenças particularmente graves da primeira infância" - mas que, segundo a bióloga Ana Sofia Carvalho, "precisa urgentemente de ser incentivado".
Segundo a directora do Instituto de Bioética da Universidade Católica, "25 amostras por ano é muito pouco para um banco público", defendendo que "tem de haver vontade política em dinamizar estes bancos públicos".
Na Europa foram feitos com sucesso 20 mil transplantes com células do cordão umbilical.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Jornal da Cidade de Bauru


08/12/2009
Família de bauruense à espera de transplante pede doações
Ieda Rodrigues

Desde que descobriu que tinha câncer, há cinco anos, a vida do bauruense Diego Gonçalves Cintra tem sido uma luta.
Passou por cirurgia, mas a doença voltou atingindo a medula óssea. Aos 27 anos, o metalúrgico e estudante de engenharia alterna dias em casa, em Taubaté (SP), onde mora e trabalha, e no hospital para sessões de quimioterapia.
A única esperança para retomar uma vida normal é o transplante de medula óssea. Mas como é raro encontrar doador compatível – a estimativa é que haja um doador compatível para cada grupo de 100 mil – a família de Diego, que mora em Bauru, está fazendo uma campanha para incentivar a doação de medula óssea.
A mãe de Diego, Zelanir Rodrigues, e o padrasto Livaldo Oliveira Mores têm visitado órgãos de imprensa de Bauru e região distribuindo cartaz da campanha “Me ajude a continuar sorrindo”, que pede às pessoas que tornem-se doadoras da medula óssea. “Tenho câncer na medula óssea. Minha única esperança de vida é que Deus coloque um doador no meu caminho”, diz trecho do cartaz.
A expectativa da família é que à medida em que aumentem os doadores, surja um compatível com Diego.
Quem se dispõe a doar medula óssea integra o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), uma lista nacional administrado pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Redome tem mais de 300 mil doadores cadastrados e responde por 70% dos doadores em casos de transplantes realizados.
Não há lista de espera por ordem de inscrição, mas é preciso encontrar doador compatível, o que é bastante difícil, explica a médica Telma Cristina de Freitas, coordenadora do Hemonúcleo de Bauru que, além de receber doações de sangue, também faz cadastro de pessoas interessadas em doar medula óssea. Funcionando desde agosto de 2006, Hemonúcleo de Bauru tem 4.128 pessoas cadastradas. Todas elas cederam amostras da medula, coletada no próprio órgão por um processo bastante simples, cujos dados foram repassados ao Ministério da Saúde, em Brasília, explica Telma. “Entre parentes diretos, como irmãos, é mais fácil encontrar doador compatível. Mas entre os não-parentes a média é de uma pessoa com medula compatível para cada 100 mil”, frisa.Familiares de Diego já fizeram o exame e nenhum deles tem medula óssea compatível, o que facilitaria o transplante. “Então, por isso, estamos fazendo esta campanha. Esperamos que aumentando o número de doadores possa surgir algum compatível”, ressalta Livaldo.
Em todo o Brasil, funcionam 42 centros para transplantes entre familiares e oito para transplantes com doadores não-aparentados, entre eles o Hospital Amaral Carvalho, de Jaú. De acordo com a médica Telma Cristina de Freitas, duas pessoas que integram o banco do Hemonúcleo de Bauru foram chamadas pelo Redome para confirmar se realmente queriam doar a medula óssea porque surgiram pacientes compatíveis com suas características.“Mas não sabemos se a doação foi efetivada porque o procedimento a partir daí é coordenado pelo Ministério da Saúde”, diz.
Como se cadastrar
Para se cadastrar, o candidato a doador deverá procurar o hemocentro, onde será agendada entrevista para esclarecer dúvidas a respeito das doações e, em seguida, será feita a coleta de uma amostra de sangue para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador).
Os dados do doador são inseridos no cadastro do o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada.
Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação. A doação da medula óssea é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana. Os pacientes que precisam de transplante de medula óssea são os com doenças de sangue, como anemia aplástica e leucemia.
• Serviço
O Hemonúcleo de Bauru, que faz cadastro de doadores de medula óssea, fica na rua Monsenhor Claro, 8-88.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Agência ECCLECIA

É necessária mais divulgação para doação de órgãos em vida

A coordenadora nacional das Unidades de Colheita da Autoridade para os Serviços de Sangue e de Transplantação defendeu hoje mais divulgação da doação de órgãos em vida e uma maior protecção aos dadores.
“É preciso mais divulgação, principalmente da doação em vida”, afirmou à agência Lusa Maria João Aguiar, no âmbito do XXII Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, em Fátima, ue tem como tema “Transplante de órgãos, doação para a vida”.
A responsável lembrou que “a doação em vida é possível”, podendo as pessoas “contribuir para aliviar o sofrimento dos seus familiares ou dos seus amigos”.
“Já não é preciso ter laços consanguíneos para ser solidário”, frisou Maria João Aguiar, referindo que qualquer pessoa que tenha saúde suficiente para ser dadora não é prejudicada.
Além da doação em vida, Maria João Aguiar preconizou mais divulgação do Registo Nacional de Não Dadores (RENNDA), “para que cada um tome em vida a decisão sobre o destino que quer dar aos seus despojos depois da sua morte”.
A propósito do “baixo número de pessoas que estão inscritas no RENNDA” e do número de pessoas inscritas no Centro Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão, Maria João Aguiar reconheceu que “a população portuguesa é extremamente solidária”.
A coordenadora nacional das Unidades de Colheita disse acreditar que no final do ano se atinja em Portugal os 30 dadores por milhão de habitantes, quando em 2006 esse número se situava entre 18, 19 dadores por milhão de habitantes, salientando que o desequilíbrio entre o número de doentes em lista de espera e os órgãos possíveis de detectar é um problema global.
“No dia em que nós conseguirmos não desperdiçar nenhum potencial dador, nenhuma oferta de vida, aí cumprimos a nossa missão”, afirmou.
Redacção/Lusa

sábado, 28 de novembro de 2009

ADMINISTRADORES.COM.BR

São Paulo se torna líder em doação de órgãos no mundo
26 de novembro de 2009 às 17:04
Por Fábio Bandeira de Mello - Administradores.com.br

Dados divulgados hoje, pela Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, revelam que a capital paulista é a cidade que tem o maior índice médio de doadores de órgão do mundo.
São Paulo ultrapassou a Espanha (considerada a melhor), registrando média de 39,4 doadores por milhão de habitantes em outubro passado, sendo que o índice espanhol é de 35.
A capital, segundo a pesquisa, registrou também aumento nesse setor de 121% nos últimos quatro anos. Em julho, o índice de doação em São Paulo atingiu o pico de 44,9 doadores para cada milhão de habitantes.
Em todo o Estado, a média atual é de 16,7 doadores por milhão de habitantes.
O crescimento do número de doadores está relacionado ao projeto de criação das coordenações de transplantes para os hospitais paulista. Essa medida fez com que esses profissionais identifiquem potenciais doadores e acompanhem o processo de realização de exames para efetivar a doação.
Com um extra de R$ 4 mil para cumprir essa função, esses funcionários mantém contato com organizações de procura de órgãos e a Central de Transplantes, melhorando, assim, a comunicação entre as entidades e aproximando os doadores de pacientes que precisam realizar transplantes.
No País
Segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, os transplantes de órgãos no País, com doador falecido, subiram 24,3% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
Foram realizadas 2.099 cirurgias em 2009, contra 1.688 em 2008. Os órgãos mais transplantados foram rim, com 30,28% do total, e fígado, com 23,17%. Em contrapartida, houve queda de 15,38% nos transplantes de pulmão, de 2,33% no de córneas e de 2,04% no de coração.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Vila Equilíbrio

Saúde
Doação de órgãos
Criado em Qui, 26/11/2009 05h00

Todo ano, o governo realiza campanhas para que as pessoas se conscientizem da importância da doação de órgãos. O problema é que as propagandas nem sempre deixam tudo muito claro, o que faz com que muitos não se interessem pela ideia.
Para maiores esclarecimentos sobre a sombra da doação de órgãos, o Vila Equilíbrio entrevistou a cirurgiã transplantadora Eloiza Quintela, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Primeiro de tudo, a médica afirma que é essencial que o desejo de se tornar um doador de órgãos seja revelado à família. Como a própria cirurgiã brinca, "você pode comentar durante um almoço de domingo, com a família reunida". Essa pequena ação pode garantir que, posteriormente, o indivíduo se torne, de fato, um doador.
O desejo só se torna concreto quando a família assina um termo por escrito. Caso contrário, se não houver essa autorização, os órgãos não podem ser retirados. "Caso ocorra uma situação de morte encefálica, a família irá lembrar e respeitar, na maioria das vezes, a opinião. Pode-se deixar expresso em documento de identidade, mas o que prevalece é a vontade da família, que é sempre respeitada", explica Eloiza. Mesmo com as autorizações necessárias, ainda assim, para todas as doações, existe a presença de duas testemunhas.
Antigamente, a lei que regia a doação era falha. "Em 1997, quando se criou a primeira lei, foi uma catástrofe. Presumia-se que a doação de órgãos era uma imposição. Quando era constatada a morte encefálica, era o governo que ficava com os órgãos. Havia muitas perdas", relata a cirurgiã, também membro da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), em São Paulo. Naquele mesmo ano, os transplantes não chegaram a 40. E era obrigatório constar na identidade ou na habilitação se a pessoa era ou não doadora. Isso só foi mudado em dezembro de 2000.
Outro fato curioso dessa antiga organização era a fila de espera. Muitas pessoas morriam esperando para serem transplantadas, pois a ordem era cronológica. O primeiro da fila era quem recebia os órgãos, independente do quadro clínico. "Antes, se havia 1000 pessoas na fila, o último era morte na certa", afirma Eloiza.
Hoje, o sistema para avaliação modificou. Os mais graves tem uma chance maior de cura e o modelo está até sendo copiado por outros países, de tão eficaz. "A pessoa espera no máximo um ano. No caso de doenças graves, como câncer no fígado, por exemplo, em seis meses o paciente tem que estar transplantado", afirma.
O que pode ser doado?
Córneas, coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas, intestino, ossos, cartilagens, pele (em partes não visíveis), medula, tendões e até veias. "Um doador, que tenha todos os seus órgãos íntegros, pode vir a salvar até 16 vidas", afirma Eloiza. E, diferente do que muitos pensam, é obrigação dos médicos transplantadores devolverem o corpo à família com a mesma aparência de antes. "As pessoas acham que a gente brinca de mecânico, mas não é bem assim. A doação de órgãos não mutila o corpo, apenas deixa duas cicatrizes - no peito e na barriga. A retirada de órgãos é uma cirurgia cuidadosa em que são observados todos os rigores de um procedimento cirúrgico rotineiro", esclarece Eloiza.
Ela afirma que, mesmo com a nova geração saúde - preocupada com ter uma melhora na qualidade de vida e prevenção de doença - há, ainda, doadores que tem órgãos descartados por problemas como obesidade e colesterol alto. "É muito triste você ter um órgão que não pode ser utilizado, por estar cheio de gordura", afirma.
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, em 2007, o número de transplantes realizados no país foi de 17.428. Já em 2009, esse número aumentou para 18.989. No primeiro semestre de 2009, o número de transplantados chegou a 8.192, o que não chega nem a 14% do número de pessoas que estão, atualmente, na fila de espera: 59.944.
A carência de doadores de órgãos é ainda um grande obstáculo para a efetivação de transplantes no Brasil. Mesmo nos casos em que o órgão pode ser obtido de um doador vivo, a quantidade de transplantes é pequena diante da demanda de pacientes que esperam pela cirurgia. "A falta de informação e o preconceito também acabam limitando o número de doações obtidas de pacientes com morte cerebral. Com a conscientização efetiva da população, o número de doações pode aumentar de forma significativa. Para muitos pacientes, o transplante de órgãos é a única forma de salvar suas vidas", encerra Eloiza.
Entenda a doação de órgãos
A lista de espera funciona assim:
cada paciente recebe um número de acordo com a gravidade do quadro clínico. Se é uma pessoa que pode esperar algum tempo, o número é menor, se não pode esperar tanto, o número é maior.
Pacientes com risco de vida imediato são passados para o começo da fila automaticamente, antes de todos. Por isso, se a doença é muito grave e precisa de um transplante rápido, o paciente não tem mais que se preocupar em esperar todos na a frente, porque ele tem prioridade.
Só pode se tornar um potencial doador aquele que receber o diagnóstico de morte encefálica - quando o encéfalo (parte responsável por coordenar o corpo) para de funcionar.
Em vida (o chamado transplante intervivo), órgãos como rim, e parte do pulmão, pâncreas e fígado podem ser transplantados entre familiares de até quarto grau e cônjuges. Fora isso, amigos e outros interessados têm que ter autorização expressa de um juiz, que analisará histórico e a relação em vida que doador e receptor possuem. Em alguns casos, mesmo feita a comprovação de proximidade, a doação é recusada. Sangue, medula óssea e veias, também podem ser doadas em vida.
A doação por menores de idade é permitida somente com autorização de ambos os pais ou responsáveis. Pessoas não identificadas e deficientes mentais não podem ser doadores. Não existe limite de idade, porém todos os casos de doação são avaliados pela equipe de transplantes quanto à viabilidade dos órgãos.
A família não é responsável por qualquer despesa com exames, cirurgias ou outro procedimento envolvido com a doação dos órgãos. O Sistema Único de Saúde (SUS) cobre todas as despesas.
Associação Brasileira de Transplante de Órgãos
(ABTO)(11)3262-3353 abto@abto.org.br
Campanha do governo - Doe Vida, doe orgãoswww.doevida.com.br
Por Tissiane Vicentin (MBPress)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

NOTÍCIAS ATX-BA

O programa "Espaço Livre" com Aureni Almeida do Canal de TV da Assembléia Legislativa do Estado da Bahia aborda o tema "Doação", onde são entrevistados o coordenador da Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos,Tecidos e Transplantes (CIHDOTT), Dr. José Roberval Ferreira, a presidente da Associação de Pacientes Transplantados da Bahia (ATX-BA), Márcia Chaves e, a coordenadora da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos da Bahia (CNCDOs/BA), América Carolina.
Para assistir acesse: www.canalassembleia.ba.gov.br

domingo, 22 de novembro de 2009

NOTÍCIAS ATX-BA

PORTAL DA CÂMARA MUNICIPAL DE SALVADOR
Notícias
6/11/2009 17:14:45
Inovações no transplante de órgãos
Encontro aborda avanços da legislação
As modificações na Lei nº 9.434/97, que rege o transplante
de órgãos, foram os destaques da palestra ocorrida na manhã de sexta-feira (6), no auditório do anexo Bahia Center. O encontro, promovido pela vereadora Eron Vasconcelos (DEM), serviu para aprofundar o debate sobre o tema, iniciado em setembro passado na sessão especial de comemoração ao Dia Nacional do Doador de Órgãos.
As recentes mudanças na legislação brasileira pretendem dar ânimo novo ao cenário atual de transplantes. A presidente da Associação de Pacientes Transplantados da Bahia (ATX-BA), Márcia Chaves, ressaltou as alterações na política de remuneração dos profissionais de saúde.
A inscrição via internet na lista de espera para transplantes é mais uma inovação. “As inscrições devem ser realizadas pelo profissional de saúde, que terá obrigação de manter os dados atualizados. Com isso, o paciente acompanhará o andamento de sua posição na lista”, explicou a palestrante Márcia Chaves.
Para dirimir dúvidas sobre a necessidade de autorização judicial para o transplante entre pessoas vivas, Márcia esclareceu que as mudanças não alteram essa obrigatoriedade. E acrescenta: “além da autorização do juiz, agora é preciso uma autorização da comissão de ética do hospital”.
Desafios
Apesar de considerar as modificações positivas, Márcia atenta para dispositivos trazidos pelo Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), assinado pelo Ministério da Saúde em outubro deste ano. “Alguns tópicos não foram levados para consulta pública. Por isso, estamos rediscutindo certas questões”, frisou.
Para que as mudanças na lei promovam avanços efetivos, a conscientização da população em torno da doação de órgãos é imprescindível. Foi o que defendeu a assessora jurídica da ATX-BA, Jane Miranda. “As pessoas têm muito medo de doar, principalmente quando se trata de caso de morte encefálica. Nessa hora, é preciso lembrar que os exames e a análise do perfil do doador são rigorosos”, afirmou.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Portal RPC.com.br

Saúde
Paraná tem queda no número de transplantes
No caso do pâncreas/rim, diminuição chegou a 81%. Gripe suína foi um dos motivos.

Publicado em 19/11/2009 Aline Peres e Jennifer Koppe

A queda do número de transplantes de coração, pâncreas/rim e medula óssea, percebida nos últimos meses pelos hospitais de Curitiba, tem causado preocupação.

Segundo registros da Associa­­ção Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), de janeiro a setembro deste ano o Paraná registrou queda de 33% no número de transplantes de coração em relação ao mesmo período do ano passado. O de pâncreas/rim caiu 81% e o de medula óssea, 43%. Os únicos procedimentos que apresentaram aumento em 2009 foram de rim (17%) e de fígado (18%).
Quatro fatores são apontados como os principais responsáveis pelo quadro:
a gripe A (H1N1), que lotou as unidades de tratamento intensivo (UTI) dos hospitais;
o baixo número de notificações de potenciais doadores pelas equipes médicas à Central Estadual de Transplantes (CET);
a falta de valorização e capacitação dos profissionais responsáveis pela captação e manejo de órgãos;
e os problemas na abordagem às famílias que, por sua vez, ainda não têm consciência da importância da doação de órgãos.
Mudanças podem aumentar a captação

A assistente social Edi Gláucia Repula, da Central de Trans­plan­tes, diz que algumas medidas estão sendo tomadas ainda este ano para melhorar o número de doações no estado.
Hora delicada
Falta informação às famílias
A intensificação de programas de conscientização da população é uma solução apresentada pelo cirurgião cardíaco Sérgio Lopes, da Santa Casa, para melhorar os números relativos aos transplantes. “Ainda não sabemos lidar muito bem com a questão da morte. A maioria das famílias não sabe se o paciente é doador de órgãos ou não. É importante conversar sobre o assunto em vida. Todo paciente é potencial doador por lei, mas nós, médicos, não podemos passar por cima da decisão da família”, lembra.
A assistente social da Central Estadual de Transplantes Edi Gláucia Repula conta que, durante uma semana, a central ficou sem receber nenhuma doação de córnea. A recusa das famílias em doar os órgãos do paciente falecido é o principal motivo apontado por ela. “Entre os meses de setembro a outubro, 40% das famílias abordadas optaram por não doar os órgãos”, conta.
O vereador Zé Maria (PPS) propôs um projeto de lei na Câmara Municipal de Curitiba para incrementar as campanhas de esclarecimento dentro das instituições de saúde. Na opinião dele, médicos e enfermeiros envolvidos diretamente com as famílias de potenciais doadores seriam mais competentes na abordagem, se fossem treinados a esclarecer dúvidas sobre como ocorre a morte encefálica, aspectos éticos da doação e sobre a troca de experiências da família do doador com a do receptor. (AP e JK)
Muito a melhorar ainda
Segundo o presidente da Associa­ção Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), Valdir Garcia Duro, o Paraná ainda não conseguiu atingir a sua meta, que é de 10 doadores ativos por milhão de habitantes até 2010 – hoje são apenas 6,4. Espírito Santo e Minas Gerais já alcançaram esse número, en­­quanto São Paulo e Santa Catarina já estão em 17 por 1 milhão.
Na opinião do médico, uma central de transplantes atuante, intensivistas motivados e treinados, equipes de captação que trabalhem 24 horas e famílias bem orientadas fazem parte deste pacote.
De acordo com o relatório apresentado pela Central Estadual de Transplantes, o estado está, lentamente, dando sinais de melhora. No último ano, o número de notificações subiu 5% e de doadores efetivos, 42%. Porém, o número de doadores de múltiplos órgãos caiu em torno de 17%. Ou seja, nem todos os órgãos dos doadores estão sendo aproveitados para os transplantes. (AP)
Enquanto isso, 4.161 pacientes aguardam na fila de espera por um órgão. Caso do assistente comercial aposentado Raimun­do Nonato de Souza, 46 anos, que sofre de insuficiência renal crônica desde 2002 e está há mais de três anos na fila dos transplantes à espera de um rim. Desde que descobriu a doença, Raimundo precisa se submeter a sessões de hemodiálise, na Santa Casa de Miseri­córdia de Curitiba, três vezes por semana. “Preciso do transplante para poder me livrar da máquina, mas, como eu não tenho nenhum doador compatível na família, o jeito é esperar. Não sei quando vou conseguir. Dizem que pode demorar 5, até 7 anos”, conta.
Em vários hospitais do estado, entre eles a Santa Casa, o númerode doações de órgãos caiu significativamente em 2009. Segundo o cirurgião cardíaco Sérgio Lopes, o número de transplantes cardíacos realizados pela instituição – que é referência neste tipo de procedimento – caiu 50%. Nos últimos onze meses, o hospital realizou 12 transplantes de coração. Durante o mesmo período do ano passado, tinha feito 24. Os transplantes de rim e de fígado também registraram queda em relação a 2008.
Lopes conta que, durante o surto da gripe suína, o hospital ficou dois meses sem realizar nenhum pro­­cedimento. “Como as UTIs es­­tavam lotadas de pacientes infectados com o vírus, não tínhamos condições de receber nenhum pa­­ciente em pré-transplante.

O surto passou, mas não houve recuperação nas doações, principalmente de coração. Acredito que o principal problema esteja na falta de profissionais capacitados para manejar os órgãos. O coração é muito mais sensível do que o fígado, o rim ou a córnea”, lembra.
Valorizar os médicos intensivistas, que em muitos casos são responsáveis por comunicar à central a existência de doadores, é fundamental, segundo ele. “Hoje, menos de 50% das notificações se tornam doações efetivas. O papel desses profissionais também é muito importante para que todo o sistema funcione”, explica.
Sem registros

Os hospitais Evangélico, das Clíni­cas e Angelina Caron também ti­ve­­ram queda no número de transplantes. No Evangélico, não há re­­gistro de transplantes desde setembro. Até agosto, apenas 16 procedimentos foram realizados. No mesmo período de 2008, foram 19.
Já o Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, fez apenas cinco transplantes de órgãos em 2009. Nos meses de se­­tembro e outubro, a instituição não recebeu nenhum órgão pela cen­­tral. O chefe da equipe da Ne­­fro­­logia do hospital, o médico Car­­los Gustavo Marmanillo, também cita problemas no processo de captação e a gripe A como os principais fatores que influenciaram a falta de órgãos para transplantes. “A gripe gerou muita fo­­bia na população. Além disso, to­­das as cirurgias entre vivos marcadas du­­rante julho e agosto tiveram de ser remarcadas para não superlotar as UTIs”, conta.

domingo, 15 de novembro de 2009

e-Band/Jornalismo

Domingo, 15 de novembro de 2009 - 10h47
Brasil estuda mudar legislação de doação de órgãos
Karina Gomes
cidades@eband.com.br

O ano de 2010 pode ser de avanço para a ampliação das doações e transplantes de órgãos no Brasil.
Técnicas de remoção depois de o doador sofrer parada cardíaca podem ser adotadas no país, de acordo com Valter Duro Garcia, presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
De acordo com o atual regulamento do Sistema Nacional de Transplantes, podem doar órgãos e tecidos apenas pacientes que sofreram morte encefálica "Para fazer o procedimento após ocorrer uma parada cardíaca, não exclusivamente pela morte encefálica, será necessária uma mudança na legislação brasileira", afirmou Garcia.
Espanha, Holanda, Inglaterra, França e Estados Unidos usam técnicas para retirar órgãos após a parada cardíaca por causa do baixo número de mortes encefálicas. "Pela qualidade de vida, há poucos derrames. Também houve queda nas mortes violentas. Geralmente, a morte encefálica ocorre em pessoas idosas, cujos órgãos não serão adequados para uma criança, por exemplo", disse.
O procedimento consiste em fazer massagem cardíaca no paciente por 40 minutos para tentar reanimá-lo. Caso não reaja, outra equipe faz nova massagem por mais cinco minutos para manter a viabilidade do funcionamento dos órgãos. No paciente, é colocada uma máquina extra-corpórea que bombeia sangue por duas horas pra todo o corpo para manter os órgãos vivos. Outra possibilidade é a implantação de um catéter no coração que joga solução gelada no organismo.
Se a família autorizar a doação, os órgãos são retirados. "Isso exige mais agilidade e equipamentos mais avançados", avaliou Garcia. "Essa discussão deve começar no ano que vem no Brasil. A implantação dessas novas técnicas seria gradual. Nos primeiros dois anos, apenas três ou quatro hospitais mais capacitados do país poderiam implantar esse método", afirmou.
Segundo Garcia, novos marcadores de doação e transplantes serão implantados um Brasil a partir de 1º de janeiro de 2010.
Para uniformizar o padrão de classificação dos doadores no mundo, a OMS (Organização Mundial da Saúde) elaborou uma nova metodologia de análise do processo de doação e deve implantá-la a partir de março de 2010 na rede de saúde mundial.