sexta-feira, 18 de novembro de 2011

ATX-BA - notícia

A ASSOCIAÇÃO DE PACIENTES TRANSPLANTADOS DA BAHIA (ATX-BA) vem parabenizar a sua Vice Presidente, Drª. Jane Eufrasia Miranda de Souza, pela sua nomeação para compor a COMISSÃO DO BIOÉTICA, BIOTECNOLOGIA e BIODIREITO, pelo Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção da Bahia.

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
Seção do Estado da Bahia
PORTARIA nº 1354/2011 – DPG- Caderno 1

O Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção da Bahia,no uso de suas atribuições, e na forma do quanto dispõe o Regimento Interno, resolve nomear para compor a COMISSÃO DO BIOÉTICA, BIOTECNOLOGIA e BIODIREITO a advogada JANE EUFRASIA MIRANDA DE SOUZA – OAB/Ba. nº 892B – Presidente, tendo em vista o pedido de afastamento do advogado SERGIO NEESER NOGUEIRA REIS – OAB/Ba. nº 8.043.

Publique-se.
Salvador, 16 de novembro 2011.

SAUL QUADROS FILHO
Presidente

Notícias da Seccional -ARTIGO: Bioética, Biotecnologia e Biodireito
27/04/2010

É indiscutível, nos dias atuais, que a humanidade está assistindo a uma verdadeira “revolução” provocada pela biotecnologia e pela biomedicina, trazendo uma série de questionamentos jamais pensados por qualquer ramo do conhecimento.

Questões como aborto, eutanásia, ortotanásia, transplante de células tronco, a problemática do pré-embrião, do embrião, da anacefalia, da clonagem, da manipulação do genoma humano são assuntos que envolvem vida e morte de seres humanos.

O termo “bioética”, apesar de desconhecido por muitos, não é uma novidade, pois vem sendo utilizado desde o início dos anos 70 para designar o ramo da ética aplicada que discute os avanços da biomedicina e da biotecnologia, o impacto destas sobre o homem, caracterizando-se como “um conjunto de pesquisas e práticas, via de regra pluridisciplinares”, e fixando regras para possibilitar o melhor uso dessas novas tecnologias através de conselhos morais, sem poder de coerção.

Já o Direito, como ciência, através de um conjunto de normas impostas coercitivamente pelo Estado, busca normatizar e regular as condutas dos indivíduos na sociedade. Todavia, muitas vezes demora a se adaptar aos novos fatos, disso resultando que relações sociais relevantes permaneçam sem normatização na esfera jurídica.

Os caminhos da Ciência Biológica e do Direito, entrecruzados tantas vezes, coincidem agora e se encontram no desenvolvimento da engenharia genética e nos avanços da biomedicina, da biotecnologia e no impacto destas sob o homem.

Como resolver uma questão judicial, no campo da bioética, ainda não suficientemente esclarecido e regulado juridicamente, se o Juiz, que representa o próprio Estado, não pode deixar de decidir a questão que lhe é posta para julgamento?

O Direito pode e deve se valer dos princípios norteadores da Bioética como forma de operacionalizar e melhor responder às questões que tanto causam perplexidades à nossa sociedade.

Tem-se positivado que as maiores influências da Bioética no Direito encontram-se em ramos jurídicos específicos: no Direito Constitucional, no Direito Civil e no Direito Penal.

O Direito Constitucional relaciona-se com a Bioética quando, ao se deparar com as novas indagações surgidas em decorrência das novas tecnologias, deve sempre basear-se nos princípios da dignidade da pessoa humana, inviolabilidade do corpo humano e no direito absoluto à vida.

A relação do Direito Civil com a Bioética é muito grande, especialmente na área do Direito de Família. Por exemplo: no campo das novas técnicas de reprodução artificial, se o espermatozóide for do marido, mas o óvulo não for de sua esposa, teríamos um filho sendo apenas de metade do casal?

Com o Direito Penal a relação é íntima. E, para ficarmos no exemplo acima, quando da utilização da técnica de fertilização “in vitro”, sempre sobram óvulos fecundados que não são aproveitados. O que se deve fazer com eles? Jogados fora, haveria crime? Estaríamos diante do tipo penal do aborto ou estaríamos diante da hipótese da legalização indireta do crime de aborto, ou estaríamos diante de uma situação absolutamente normal?

O Direito deve, portanto, o mais rápido possível, apresentar respostas satisfatórias a essas novas situações fáticas, normatizando os efeitos da revolução biotecnológica sobre a sociedade.

Não foi por isso, senão, que surgiu um novo ramo na Ciência Jurídica: o Biodireito, uma espécie de micro sistema jurídico que vai trabalhar com os avanços da biomedicina e biotecnologia, com enfoques inovadores, “tendo por fontes imediatas a bioética e a biogenética”, e a vida POR OBJETO PRINCIPAL.

Ética e Direito, Bioética e Biodireito devem estar agindo em conjunto para assegurar bens maiores a serem tutelados não só pelo Estado, mas pelo Direito Internacional dos Direitos Humanos e da Bioética: a dignidade, a vida, a essência da pessoa humana.

Atenta e preocupada com o futuro, a OAB-BA criou a Comissão Especial para tratar dos assuntos relacionados com a bióetica, cumprindo, assim, a sua função de defender os interesses da sociedade.
Saul Quadros Filho – Advogado e Presidente da OAB-BA
Fonte: Imprensa OAB-BA

Bioética e Biodireito. De que tratam essas novas áreas do conhecimento?  


BIOÉTICA
A história da Bioética tem início ainda na década de 40, com a abertura dos campos de concentração, ao final da Segunda Grande Guerra, quando as atrocidades cometidas contra o povo judeu chegaram ao conhecimento da comunidade mundial. Sob a égide da eugenia, da segregação e do avanço científico, os nazistas comandados por Adolf Hitler, submeteram os judeus à escravidão, a todo tipo de sofrimento, humilhação, indignidade e experiências cruéis. Tais acontecimentos despertaram na sociedade os seguintes questionamentos: Até onde a ciência pode avançar em detrimento da dignidade humana e da própria manutenção da vida no planeta? Desde então, essa nova área da ciência vem se desenvolvendo com agilidade poucas vezes assistida pela comunidade científica mundial.

A palavra Bioética por sua vez, formada pela junção das palavras gregas bios-vida e ethos-ética, foi cunhada pelo cancerologista norte-americano Van Rensselaer Potter, em sua obra Bioethics: a Bridge to the Future, no ano de 1971, data que referencia historicamente essa nova área, ramo da ética aplicada. (COSTA; OSELKA e GARRAFA, 1998)

De caráter transdisciplinar, por propor a reflexão acerca da vida humana, dos grandes avanços tecnológicos, da responsabilidade com as gerações futuras, a Bioética acampa inúmeras áreas do conhecimento (KIPPER E CLOTET, 1998). Definida por Moreira Filho (2007, p.19) como “ciência multi ou transdisciplinar, que tem por objeto o estudo e o debate das conseqüências advindas ao ser humano e ao meio ambiente com o desenvolvimento e evolução das ciências biomédicas e biotecnológicas”, ela é regida, segundo Costa, Oselka e Garrafa (1998, p.15) por “quatro princípios básicos, dois deles de caráter deontológico (não maleficência e justiça) e os outros dois de caráter teleológico (beneficência e autonomia)”, como mais aprofundadamente se expõe a seguir.

O Princípio da Beneficência tem como regra norteadora a benevolência, o bem estar do ser humano, a preservação dos seus interesses individuais, pesando bens e males e respeitando a dignidade humana; na mesma linha, o Princípio da Não-Maleficência impõe o dever de evitar o dano, de não causar o dano, de promover o bem. Enquanto o primeiro envolve uma ação, fazer o bem, o segundo envolve uma abstenção, não fazer o mal. De certa forma o princípio da não-maleficência é mais amplo do que o da beneficência à medida que o engloba. (KIPPER E CLOTET, 1998)

O Princípio da Autonomia pressupõe que o ser humano por autônomo e livre, tem o direito de escolha e deve poder decidir, optar, é nesse sentido os ensinamentos de Siqueira (1998, p.57):

"Significa autogoverno, autodeterminação da pessoa de tomar decisões que afetem sua vida, sua saúde, sua integridade físico-psíquica, suas relações sociais. Refere-se à capacidade de o ser humano decidir o que é “bom”, ou o que é seu “bem-estar”. A pessoa autônoma é aquela que tem liberdade de pensamento, é livre de coações internas ou externas para escolher entre as alternativas que lhe são apresentadas. Para que exista uma ação autônoma (liberdade de decidir, de optar) é também necessária a existência de alternativas de ação ou que seja possível que o agente as crie, pois se existe apenas um único caminho a ser seguido, uma única forma de algo ser realizado, não há propriamente o exercício da autonomia".

Por último o Princípio da Justiça, que dando destaque à saúde como um bem tão fundamental e diretamente ligado à dignidade humano, propõe serviços de saúde de excelência ao alcance de todos, definindo e papel do Estado nessa promoção e distribuição da saúde e impondo “um adequado nível de assistência à saúde para todos”. (SIQUEIRA, 1998, p.78)

É dessa forma que a Bioética vem sendo estudada e desenvolvida, por teóricos das mais diversas áreas do conhecimento, no decorrer desse pouco mais de meio século de história, cada qual no intuito de aplicar os princípios bioéticos à sua área específica de atuação.

Bioética e Biodireito.: Ao final da Segunda Grande Guerra, os principais responsáveis pelas atrocidades cometidas contra os judeus, foram julgados e condenados por um tribunal supra-nacional instalado na cidade de Nuremberg, Alemanha, que deu origem ao Código de Nuremberg, e tinha por objetivo impor regras à experimentação humana.

Na seqüência do Código de Nuremberg, outros importantes diplomas relativos à proteção da vida foram elaborados, como a Declaração dos Direitos do Homem, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, constituída por um sistema de valores e princípios de aplicabilidade geral e abrangência mundial e o Relatório de Warnock que trouxe uma vasta “lista de recomendações sobre a experimentação e pesquisa relativa à fertilização humana e embriologia.” (MOREIRA FILHO, 2007, p.17)

O avanço biotecnológico, a biogenética, as técnicas de reprodução humana assistida, o projeto genoma humano provocaram uma profusão de resoluções e regulamentações, dessa forma o Biodireito é assim conceituado por Moreira Filho (2007, p. 23):

"ramo do Direito que trata da teoria, da legislação e da jurisprudência e que regula de forma positivada, os avanços da biomedicina e da biotecnologia. [...] Os princípios do Biodireito devem se submeter, por conseqüência lógica, aos princípios ordenadores do ordenamento jurídico vigente, insculpidos pela Constituição Federal do Brasil de 1988. Tais princípios compreendem, em sua maioria, os direitos fundamentais do homem e dos seus valores fundamentais, como o direito à vida, à liberdade, à dignidade da pessoa humana e à solidariedade."

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Portal Brasil - MS

 DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

O número de doadores de órgãos no Brasil cresce cada dia e, com ele, o índice de transplantes realizados no país. Atualmente, o programa público nacional de transplantes de órgãos e tecidos é um dos maiores do mundo. Para ser doador, não é necessário deixar documento por escrito. Cabe aos familiares autorizar a retirada, após a constatação da morte encefálica. Neste quadro, não há mais funções vitais e a parada cardíaca é inevitável.
 
Embora ainda haja batimentos cardíacos, a pessoa com morte cerebral não pode respirar sem ajuda de aparelhos. O processo de retirada dos órgãos pode ser acompanhado por um médico de confiança da família. É fundamental que os órgãos sejam aproveitados enquanto há circulação sangüínea para irrigá-los. Mas se o coração parar, somente as córneas poderão ser aproveitadas.

Quando um doador efetivo é reconhecido, as centrais de transplantes das secretarias estaduais de saúde são comunicadas. Apenas elas têm acesso aos cadastros técnicos de pessoas que estão na fila. Além da ordem da lista, a escolha do receptor será definida pelos exames de compatibilidade com o doador. Por isso, nem sempre o primeiro da fila é o próximo a ser beneficiado. As centrais controlam todo o processo, coibindo o comércio ilegal de órgãos.

Para ser doador é preciso:
• Ter identificação e registro hospitalar;
• Ter a causa do coma estabelecida e conhecida;
• Não apresentar hipotermia (temperatura do corpo inferior a 35ºC), hipotensão arterial ou estar sob efeitos de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central;
• Passar por dois exames neurológicos que avaliem o estado do tronco cerebral. Esses exames devem ser realizados por dois médicos não participantes das equipes de captação e de transplante;
• Submeter o paciente a exame complementar que demonstre morte encefálica, caracterizada pela ausência de fluxo sangüíneo em quantidade necessária no cérebro, além de inatividade elétrica e metabólica cerebral;
• Estar comprovada a morte encefálica. Situação bem diferente do coma, quando as células do cérebro estão vivas, respirando e se alimentando, mesmo que com dificuldade ou um pouco debilitadas.

Observação: Após diagnosticada a morte encefálica, o médico do paciente, da Unidade de Terapia Intensiva ou da equipe de captação de órgãos deve informar de forma clara e objetiva que a pessoa está morta e que, nesta situação, os órgãos podem ser doados para transplante.



Quais órgãos podem ser doados?

• Córneas (retiradas do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidas fora do corpo por até sete dias);
• Coração (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo seis horas);
• Pulmão (retirados do doador antes da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por no máximo seis horas);
• Rins (retirados do doador até 30 minutos após a parada cardíaca e mantidos fora do corpo até 48 horas);
• Fígado (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas);
• Pâncreas (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas);
• Ossos (retirados do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por até cinco anos);
• Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue);
• Pele;
• Valvas Cardíacas

Doadores vivos
A doação de órgãos também pode ser feita em vida para algum membro da família ou amigo, após avaliação clínica da pessoa. Nesse caso, a compatibilidade sangüínea é primordial e não pode haver qualquer risco para o doador. Os órgãos que podem ser retirados em vida são rim, pâncreas, medula óssea, parte do fígado e parte do pulmão.

Para doar é necessário:
• Ser um cidadão juridicamente capaz;
• Estar em condições de doar o órgão ou tecido sem comprometer a saúde e aptidões vitais;
• Apresentar condições adequadas de saúde, avaliadas por um médico que afaste a possibilidade de existir doenças que comprometam a saúde durante e após a doação;
• Querer doar um órgão ou tecido que seja duplo, como o rim, e não impeça o organismo do doador continuar funcionando;
• Ter um receptor com indicação terapêutica indispensável de transplante
• Ser parente de até quarto grau ou cônjuge. No caso de não parentes, a doação só poderá ser feita com autorização judicial.

Quem não pode doar?
• Pacientes portadores de insuficiência orgânica que comprometa o funcionamento dos órgãos e tecidos doados, como insuficiência renal, hepática, cardíaca, pulmonar, pancreática e medular;
• Portadores de doenças contagiosas transmissíveis por transplante, como soropositivos para HIV, doença de Chagas, hepatite B e C, além de todas as demais contra-indicações utilizadas para a doação de sangue e hemoderivados;
• Pacientes com infecção generalizada ou insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas;
• Pessoas com tumores malignos - com exceção daqueles restritos ao sistema nervoso central, carcinoma basocelular e câncer de útero - e doenças degenerativas crônicas.


Fonte: Ministério da Saúde
http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/atendimento/doacao-de-orgaos
<http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/atendimento/doacao-de-orgaos#nOCbED7RIpA

ESTADÃO

estadao.com.br, Atualizado: 11/11/2011 12:35

Médicos alertam para necessidade implantação de teste que reduz risco em transfusões

SÃO PAULO - Apesar de o sangue usado em transfusões no país ser considerado seguro, médicos alertam para a necessidade de acelerar o processo de implantação do teste NAT, sigla em inglês para Teste de Ácido Nucleico, na rede pública de saúde. O teste é eficaz para detectar a presença dos vírus HIV e da hepatite C antes de o organismo ter criado anticorpos contra esses vírus e, assim, evitar a transmissão de doenças nas transfusões.

O alerta foi feito no Congresso Brasileiro de Hematologia e Hemoterapia - Hemo 2011, que começou nesta quinta-feira, 10, e vai até domingo, 13, na capital paulista.

Com o NAT, o que se procura no sangue doado são partículas virais, que podem ser detectadas muito antes que os anticorpos o façam. 'Atualmente, o que procuramos no sangue doado e que será transfundido para o doente são anticorpos, que são dirigidos contra esses vírus com os quais o doador pode ter sido infectado antes da doação. A formação desses anticorpos demora alguns dias, semanas ou até meses. De modo que, se eu utilizar um sangue que demonstra a ausência do anticorpo, esse sangue poderá já conter partículas dos vírus, mas ainda o teste ser negativo porque o anticorpo não foi formado', explicou o presidente do congresso, José Orlando Bordim.

De acordo com Bordim, o teste custa caro e está em fase de implementação nos hemocentros brasileiros. O NAT, segundo o médico, pode trazer um índice de segurança de quase 100% para as transfusões. 'Nós estamos quase lá, o mundo está quase lá. Mas nem nos Estados Unidos e na Europa o sangue está isento de qualquer nível de risco. Existe um risco residual que são aquelas situações em que, fazendo todo os testes disponíveis até hoje, ainda não é possível detectar alguma infecção'.


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

AGORA O Jornal do Sul

Rio grande, terça-feira, 15 de novembro de 2011, 21:39h


Governador sanciona Lei do cadastro de doadores de órgãos

O governador Tarso Genro sancionou a Lei 13.822, proposta pelo deputado Adison Troca através do PL 25/2011. A iniciativa estabelece o registro público das pessoas que manifestarem, em vida, seu desejo de doar órgãos. O projeto determina que o Estado disponibilize em locais de atendimento ao público formulários de cadastro para quem quiser manifestar o desejo de doar seus órgãos.

A legislação federal estabelece que quem autoriza a doação em caso de uma fatalidade é a família. Neste contexto, a disponibilidade de informações em um banco de dados confiável auxiliará na tomada de decisão sobre doar ou não os órgãos da pessoa. "Atualmente, cerca de 52% das famílias negam a doação. Na maioria destes casos, o que falta é informação sobre qual era a vontade da pessoa. Temos convicção de que este projeto auxiliará mais famílias a decidirem favoravelmente", explica o deputado.

Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o Rio Grande do Sul ocupa atualmente a quinta posição entre os estados brasileiros em número de doações realizadas, com 13,9 doadores por milhão de habitantes. Em primeiro lugar, está Santa Catarina, com 25,3 doadores por milhão, seguido de São Paulo, com 20,3; Rio Grande do Norte, com 15,9, e Ceará, com 15,4.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

ATX-BA - INFORMANDO

A pedido da Associação de Pacientes Transplantados da Bahia (ATX-BA) a Vereadora Eron Vasconcelos elaborou Projeto de Indicação ao Governador do Estado da Bahia,  Jaques Wagner, de nº 3.924/2011, que equipara os pacientes transplantados aos deficientes.

O projeto foi aprovado pela Câmara Municipal de Salvador, de acordo com a Ata da 42ª Sessão Orfinária em 27.09.2011.

Em 17.10.2011 o Presidente da Câmara Municipal de  Salvador o vereador Pedro Godinho  enviou Of. Nº 402/2011 ao Governador do Estado da Bahia,  Jacques Wagner, o autógrafo da indicação nº 3.924/2011 que  "indica ao governador a extensão dos benefícios destinados aos portadores de deficiência física aos transplantados do Estado da Bahia", aprovada no dia 27.09.2011.

Toda comunidade de pacientes transplantados da Bahia (em torno de 4.000) aguarda a sanção da indicação pelo Governador do Estado da Bahia.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

SEGS

30Out2011
Qual será o próximo desafio do ministério da saúde na hepatite C?



Carlos Varaldo NOTÍCIAS - Saúde .02
Carlos Varaldo*

Conforme foi apresentado oficialmente pelo ministro da saúde a mortalidade por causa da hepatite C aumentou cinco vezes nos últimos dez anos, motivo pelo qual recomendou gritar para dar visibilidade ao problema e conseguir os recursos necessários ao enfrentamento da epidemia. A epidemia de hepatite C é uma bomba viral que, com o pavio acesso e começou a explodir!

Governo, sociedades médicas, meios de comunicação, legisladores e o judiciário devem entender que a hepatite C é considerada a grande assassina silenciosa, matando muitos mais brasileiros que a AIDS.

Não interessa se os brasileiros infectados são dois milhões como afirma o governo, ou se são 3,5 milhões como falam as ONGs ou até cinco milhões como estima a OMS. Qualquer uma das estimativas, errada ou correta, reflete um número impressionante, entre três e oito vezes maior que os infectados com HIV/AIDS.

A hepatite C desperta a cada dia maior atenção da mídia e cresce o espaço em jornais e revistas, como conseqüência um maior número de indivíduos estará procurando realizar o teste diagnostico e conseqüentemente descobrindo que está infectado, o que resultará em maior número de tratamentos.

Com a chegada de novos e revolucionários medicamentos para o tratamento da hepatite C, os inibidores de proteases já estão em uso no mundo todo e, muitos outros chegarão ainda nesta década, novos desafios deverão ser enfrentados pela saúde pública para atender a demanda crescente de tratamentos. O maior desafio será orçamentário e de infraestrutura de atendimento.

É por isso que estamos solicitando aos gestores da saúde e aos representantes do povo no legislativo que agora é o momento de concentrar esforços, não somente no desenvolvimento de ações estratégicas, mas também de incluir no orçamento de 2012 que neste momento se encontra em discussão para reservar recursos suficientes para enfrentar a maior epidemia que assola o Brasil.

No orçamento de 2011 foram disponibilizados quinhentos milhões de reais. Parece muito, mas é muito pouco se considerarmos quanto isso representa para cada infectado. Considerando o número otimista do governo vemos que para cada um dos dois milhões de infectados estão destinados duzentos e cinqüenta reais, ou cento e cinqüenta reais por infectado se for considerada a estimativa de infectados realizada pelas ONGs e diversos estudos médicos.

A título de comparação, apesar de que a hepatite C é cuidada pelo mesmo departamento do ministério da saúde, os recursos por infectado pela hepatite C representam somente 5% do reservado no orçamento para cada infectado com HIV/AIDS. Uma desigualdade sem qualquer explicação lógica.

Todos deveriam admitir publicamente que com tão magro recurso será muito difícil o diagnostico e tratamento de um número considerável de indivíduos. Não podemos aguardar muito tempo para aumentar as verbas, pois o avanço da hepatite na destruição do fígado pode ser silencioso, mas ele é inevitável, e leva o infectado a desenvolver cirrose, câncer e conseqüentemente o levará a morte. Se não diagnosticada e devidamente tratada, a cada quatro infectados um morrerá aproximadamente aos 57 anos de idade, perdendo 17 anos de vida. Um custo social e moral impossível de aceitar quando o Brasil já é uma das maiores economias do mundo.

Não enfrentar com recursos suficientes a epidemia de hepatite C no Brasil poderá resultar em até 1.000.000 de casos de cirroses na próxima década. Se detectada precocemente, até 600.000 mortes poderão ser evitadas. "Não saber é ruim, não querer saber é pior, mas não se preocupar com as conseqüências dessa omissão é imperdoável".
 
*Carlos Varaldo é presidente do Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite
http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=54301:qual-sera-o-proximo-desafio-do-ministerio-da-saude-na-hepatite-c&catid=47:cat-saude&Itemid=328




Notícias ATX-BA - Informando

               Campanha doação de sangue.

Você pode salvar vidas doando sangue.

Quais os requisitos para doação de sangue?

      ·      Estar em boas condições de saúde
·         Ter entre 16 e 67 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos).
·         Estar descansado e alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação).
·         Apresentar documento original com foto emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social).

Impedimentos temporários

·         Gripe: aguardar 7 dias.
·         Gravidez: 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana.
·         Amamentação (se o parto ocorreu há menos de 12 meses).

·         Ingestão de bebida alcoólica nas 4 horas que antecedem a doação.
·         Tatuagem nos últimos 12 meses.
·         Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis, como não usar preservativo com parceiros ocasionais ou desconhecidos: aguardar 12 meses.

Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins são estados onde há alta prevalência de malária. Quem esteve nesses estados deve aguardar 6 meses. Quem morou, aguardar 3 anos.

Impedimentos definitivos

·         Hepatite após os 10 anos de idade.
·         Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas.
·         Uso de drogas ilícitas injetáveis.
·         Malária.

Respeitar os intervalos para doação

·         Homens 60 dias: até 4 doações por ano.

·         Mulheres 90 dias: até 3 doações por ano.

Honestidade também salva vidas. Ao doar sangue, seja sincero na entrevista.


quarta-feira, 12 de outubro de 2011

CRÔNICA NET

DIA NACIONAL DO DOADOR DE ÓRGÃOS E TECIDOS (27.09)
Como você se sente quando faz uma boa ação? Feliz? É, eu também fico assim, e a maioria das pessoas também. Essa reação é inerente ao ser humano e ajudar ao próximo é algo muito gratificante.
E se você pudesse ir um pouco além? Se você tivesse a oportunidade de salvar a vida de alguma pessoa? Gostou da idéia? Pois bem – Você foi contemplado – Você tem a oportunidade em suas mãos.
Campanha para doação de órgãos desenvolvida pela Fórmula Comunicação.
Hoje, dia 27 de setembro, é o Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos.
Em geral os doadores são pacientes com morte encefálica em tratamento em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A morte cerebral indica que, em poucas horas, o coração vai parar de bater, e caso a família do paciente autorize, a retirada dos órgãos é feita enquanto ainda há circulação sangüínea.
Assim que um potencial doador é identificado, a entidade responsável pelos Transplantes é acionada. Por atuar como Central de Captação, Notificação e Distribuição de Órgãos, geralmente esta mesma entidade é responsável pela lista de espera dos receptores. Como a concretização do transplante depende de exames de compatibilidade entre doador e receptor, nem sempre o primeiro da fila será o eleito para a cirurgia.

Agora vamos a parte prática da coisa:
Como posso ser doador?
No Brasil não é necessário deixar nada por escrito. Basta comunicar a família do desejo da doação. A doação de órgãos só acontece após autorização familiar.

Que tipos de doador existem?
Doador vivo – Qualquer pessoa saudável que concorde com a doação. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea e parte do pulmão. Pela lei, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores; não-parentes, somente com autorização judicial.
Doador cadáver – São pacientes em UTI com morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo craniano ou derrame cerebral. A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico.

Quais órgãos e tecidos podem ser obtidos de um doador cadáver?
Coração, pulmão, fígado, pâncreas, intestino, rim, córnea, veia, ossos e tendão.

Para quem vão os órgãos?
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, controlada pelo Ministério Público.

Como posso ter certeza do diagnóstico de morte encefálica?
O diagnóstico da morte encefálica é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. Dois médicos de diferentes áreas examinam o paciente, sempre com a comprovação de um exame complementar.

Após a doação o corpo fica deformado?
Não. A retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra. O corpo é reconstituído após a intervenção cirúrgica e o doador poderá ser velado normalmente.
http://blog.cronicanet.com.br/dia-nacional-da-doacao-de-orgaos-e-tecidos/

 

domingo, 2 de outubro de 2011

R7 Notícias

publicado em 01/10/2011 às 15h11:
 
Norte e Nordeste “somem” do mapa de transplantes por falta de médico e equipamento
Acre e Sergipe têm número insignificante de transplantes
Camila Neumam, do R7

O Brasil comemora o aumento no número de doadores e de transplantes de órgãos a cada ano. No último balanço divulgado na semana passada pelo Ministério da Saúde, pela primeira vez o país chega a 11,1 doadores por milhão. No ano passado, a conta fechou com 9,9.

Em linhas gerais, o índice representa 13% de crescimento no número de transplantes realizados no país neste semestre, passando dos 1.896 em 2010, para 2.144. Ainda segundo o Ministério da Saúde, o país deve atingir a marca de 23 mil transplantes neste ano, contra os 21.040 do ano anterior.

No entanto, essa realidade positiva não é a mesma nos Estados do Norte e Nordeste, cuja média de doadores e de transplantes é bastante inferior, segundo o relatório semestral da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), referente aos transplantes realizados em 2011.

Nele, apenas dois Estados da região Norte - Acre e Pará - aparecem na lista, sendo que o primeiro surge com média de zero por milhão, número praticamente insignificante de transplantes.

O Pará, por sua vez, surge com uma média de 2,4 transplantes realizados por milhão de população, totalizando somente nove cirurgias no período.

Os outros cinco Estados da região – Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima e Tocantins – simplesmente não aparecem no relatório. Isto é, não possuem sequer um sistema capaz de captar órgãos e muito menos transplantá-los.

No Acre, foram realizados recentemente dois transplantes de rim de doador morto e outros dois de pacientes vivos, afirma Regiane Ferrari, coordenadora da Central Estadual de Transplantes do Acre. A pouca quantidade ocorre pela falta de um programa específico no Estado, a que a secretária afirma estar em fase de implantação.

- Não temos um grupo preparado ainda para captação. Mas a gente está em fase de implantação da OPO (Organização de Procura de Órgão), o instrumento para fortalecer a busca. Em 60 dias ele estará habilitado no Acre.

Sergipe, no Nordeste, tem exemplo semelhante. A média de zero transplante por milhão é consequência de graves problemas estruturais, como falta de equipamentos básicos e de pessoal capacitado, explica Benito Oliveira Fernandez, coordenador da central de transplantes de Sergipe.

- Foram realizados dois transplantes de múltiplos órgãos, três transplantes de rim e 99 transplantes de córnea em 2011. A dificuldade dos hospitais de conseguir fechar o protocolo de morte encefálica vem levando a essa deficiência.

Isso ocorre porque apenas o Hospital de Urgência de Sergipe possui os equipamentos necessários para detectar a morte cerebral – um eletroencefalograma e um doppler transcraniano – em todo o Estado.

A pouca estrutura obriga outros hospitais do Estado a terem de transferir o corpo de um paciente para esse hospital a fim de se fazer os exames. A maratona torna a possibilidade do transplante de pulmão e coração, por exemplo, praticamente inviável pela falta de agilidade no processo, conta.

- Apesar de o coração ter autonomia [continua batendo, mesmo num corpo morto], o próprio balançar do transporte pode acarretar uma parada cardíaca, impedindo a chance de o paciente ser um doador.

Fernandez afirma, no entanto, que a secretaria já está analisando a compra de mais equipamentos para o Estado.

Alagoas (1,3 pmp), Bahia (4,6 pmp), Maranhão (0pmp), Paraíba (2,7pmp), Pernambuco (7,5 pmp) e Piauí (2,6 pmp) são outros exemplos de Estados nordestinos que ficam bem abaixo da média nacional de doadores por milhão de população.

Saúde pública influencia na precariedade

A disparidade entre Estados se dá pela descentralização dos programas de transplante, que dependem da vontade política dos Estados para ser concluídos, explica Heder Borba, coordenador-geral do SNT (Sistema Nacional de Transplantes) do Ministério da Saúde.

- Há um acúmulo de profissionais capacitados em regiões mais desenvolvidas e uma dificuldade de fixação desses profissionais em regiões como o Acre e Tocantins.

Enquanto São Paulo possui um programa de captação de órgãos e de transplantes há mais de dez anos, Tocantins e Acre ainda estudam a implantação dos seus. Por isso, o grande objetivo do governo é levar esses programas a regiões mais remotas, afirma Borba.

- O maior desafio é conseguirmos que nesses locais de difícil acesso se desenvolva alguns transplantes. Mas não temos a pretensão de que todos os tipos sejam feitos em todos os Estados porque pode cair a qualidade.

Além da política, a capacitação de profissionais nessas regiões ainda precisa ser reforçada. Borba dá como exemplo o bem-sucedido programa do Rio Grande do Norte, que ultrapassou a média nacional, e agora fechou o semestre com 16,4 doadores por milhão, de acordo com a ABTO. A taxa de doadores praticamente triplicou no Estado em relação aos anos anteriores.

Mas é o Ceará que mais destoa da realidade nordestina. O Estado apresentou a maior média de transplantes por milhão de população da região (16,8), neste semestre. E na taxa de transplante de fígado atingiu 18,2 pmp, índice maior do que de São Paulo (16,5 pmp).

O sucesso nos dois Estados partiu de investimentos estaduais na capacitação de profissionais. No RN, por exemplo, hospitais receberam especialistas de outros Estados já treinados para trabalhar com a captação e transplantes.

Falta de capacitação e investimentos também

Os dois exemplos acima dão o tom: quanto maior o investimento em pessoal e equipamentos, maiores as chances de aumentarem as doações e os transplantes. Isso porque a pessoa capacitada para trabalhar no sistema sabe todo o trâmite necessário, desde conversar com a família, fazer o diagnóstico de morte cerebral até encaminhar o órgão para a pessoa certa, que o espera numa imensa fila.

E, no Brasil, ainda há poucas pessoas capazes de fazer tudo isso, explica Ben-Hur Ferraz Neto, presidente da ABTO.

Para suprir essa lacuna, a associação oferece cursos de capacitação até mesmo para quem não é da área médica, já que o intuito é que as pessoas tenham mais informações sobre como doar.

- Faltou investimento por muitos anos e não acontece [uma mudança] da noite para o dia. E até quem treinamos nos últimos anos fica sem trabalho por falta investimento dos Estados.

A imensa fila de pessoas que esperam um transplante é outro meio que deve ser mais bem administrado a fim de melhorar o sistema.

Filas precisam ser superadas

De acordo com ministério, até o dia 30 de setembro, mais de 31 mil pessoas esperam por um transplante no Brasil. Apesar de ter havido uma queda de 12% em relação a dezembro de 2010 (36.256), a intenção é diminuir a fila e, em casos de órgãos mais fáceis de serem captados e transplantados, como rins, e tecidos, como a córnea, extingui-la, diz Borba.

- É como enxugar gelo. Você tira a pessoa da fila, mas continua a ter doentes do coração, dos rins, da visão. A meta é zerar a fila de córnea em 2015, mas a fila do rim e do coração é muito difícil de zerar porque o número de pacientes é sempre maior do que o de órgãos à disposição para doação.

Apesar de todas as dificuldades, o Brasil se destaca em número absoluto de transplantes como o terceiro país do mundo, perdendo somente para Espanha e Estados Unidos e tem o maior sistema público de transplantes do planeta.

 
Segundo Borba, "o governo brasileiro investe R$ 1,2 bilhão por ano e aqui o paciente não paga pela cirurgia, nem pelos medicamentos, como nos Estados Unidos".

 

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

NOTÍCIAS ATX-BA - COMUNICADO

A ATX-BA VEM COMUNICAR QUE O EVENTO PROGRAMADO PARA OS DIAS 29 E 30.09.2011, PUBLICADO EM NOSSO BLOG SERÁ TRANSFERIDO PARA OUTRA DATA, POR MOTIVO DE FORÇA MAIOR.
 

CAMPANHA DE INCENTIVO À DOAÇÃO DE ÓRGÃO E TECIDOS DA ASSOCIAÇÃO DE PACIENTES TRANSPLANTADOS DA BAHIA -ATX-BA


A ATX-BA convida a todos pra comparecer dias 29 e 30.09.2011 na Praça Municipal onde estará fazendo campanha em parceria com a Fundação HEMOBA.

No local estará o ônibus da HEMOBA coletando sangue e cadastrando aqueles que solidariamente quiserem fazer parte da lista de doadores de medula óssea.

Contaremos com a apresentação da Banda A Mulherada.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Notícias ATX-BA - Informando

27 de Setembro

De cada 8 (oito) potenciais doadores de órgãos, apenas 1 (um) é notificado. Ainda assim o Brasil é o segundo país do mundo em número de transplantes realizados por ano, sendo mais de 90% pelo sistema público de Saúde. O resultado positivo é devido, principalmente, a três fatores:

1. O programa nacional de transplantes tem organização exemplar. Cada Estado tem uma Central de Notificação, Captação e distribuição de Órgãos que coordena a captação e a alocação dos dos órgãos, baseada na fila única, estadual ou regional.

2. Para realizar transplante é necessário credenciamento de equipe no Ministério da Saúde. A maioria destas equipes é liderada por médico com especialização no exterior, obtido graças ao investimento público na formação de profissionais em terapia de alta complexidade.

3. Hoje mais de 80% dos transplantes são realizados com sucesso, reintegrando o paciente à sociedade produtiva.

O potencial doador cadáver


Considera-se como potencial doador todo paciente em morte encefálica. No Brasil, o diagnóstico de morte encefálica é definido pela Resolução CFM n° 1480/97, devendo ser registrado, em prontuário, um Termo de Declaração de Morte Encefálica que descreva todos os elementos do exame neurológico que demonstrem ausência dos reflexos do tronco cerebral, bem como o relatório de um exame complementar que assegure esse diagnóstico.

Morte encefálica


Morte encefálica e coma não são sinônimos. No estado de coma o encéfalo está vivo, executando suas funções de manutenção da vida. Na morte encefálica, apenas o coração pode continuar batendo, em razão de seu marcapasso próprio, e por pouco tempo, o suficiente para o aproveitamento de órgãos saudáveis para transplante. O diagnóstico definitivo da morte encefálica é corroborado por exames que demonstrem a ausência de fluxo sangüíneo intracraniano.

Quem pode ser doador de órgãos após a morte?


Para ser doador após a morte não é necessário portar nenhuma documentação, mas é fundamental comunicar à própria família o desejo da doação posto que, após o diagnóstico de morte encefálica, a doação só se concretiza após a autorização dos familiares, por escrito, o que, na dependência do órgão a ser transplantado, exige, por vezes, rapidez. Coração, pulmões, fígado e pâncreas só podem ser transplantados se removidos após a morte encefálica e antes da parada cardíaca; a retirada de córneas e ossos pode ser feita até 6 horas após a parada cardíaca; e, no caso dos rins, o limite é de um máximo de 30 minutos após a parada cardíaca.

Quem pode ser doador vivo?


Em princípio, o doador vivo é uma pessoa, em boas condições de saúde, capaz juridicamente, ou seja, maior de 21 anos e que concorde com a doação, não existindo um limite superior de idade. Por lei, pais, irmãos, filhos, avós, tios, primos de primeiro grau e cônjuges podem ser doadores, desde que haja compatibilidade entre o sistema ABO do receptor e dos possíveis doadores. Os doadores não parentes só podem doar em condições especiais, após liberação judicial, conforme dita a lei n° 10211.

Fonte: UFGNet

Semana de incentivo à doação de órgãos começa sexta-feira, no Salvador Shopping

admin
Numa iniciativa da Secretaria da Saúde do Estado, através do Sistema Estadual de Transplantes, e da Universidade Federal da Bahia, através do Núcleo de Transplante do Hospital Universitário Professor Edgar Santos (HUPES), acontece a partir de sexta-feira, dia 22, no Salvador Shopping (L1/expansão), a Semana de Mobilização pela Vida, com atividades diárias relacionadas com a doação e transplante de órgãos.
O evento, que será aberto oficialmente às 18 horas, com a presença do coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, o médico Eraldo Moura, tem como principal objetivo difundir informações sobre o assunto, a fim de ampliar o número de doações e, consequentemente, de transplantes de órgãos. Exposição de painéis, distribuição de materiais educativos, palestras, depoimentos de pacientes transplantados e projeção integram a programação da semana, que tem o apoio da Faculdade Maurício de Nassau.
A Semana de Mobilização pela Vida integra a campanha nacional pelo Dia Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos, comemorado em 27 de setembro, dia dos santos gêmeos, Cosme e Damião, considerados patronos dos transplantes. Segundo o médico Eraldo Moura, na última de setembro, há mais de 10 anos, são promovidos eventos relacionados ao tema em todos os estados brasileiros.
Além das atividades previstas para o Salvador Shopping, onde a população poderá manifestar seu desejo de ser um doador voluntário no “Transplantômetro”, equipamento que será instalado no local, outras ações serão desenvolvidas durante esta semana, em Salvador e diversos municípios do interior.

Imagem ATX-BA - Coordenador Projetos Sociais Salvador Shoping - Fabiano Mehmeri
Hupes comemora Dia Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos

26/09/2011 - 17h05

Hospital da UFBA é referência em transplantes na Bahia

Nesta terça-feria (27 de setembro) é comemorado o Dia Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos e o Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos/UFBA (Hospital das Clínicas) é referência na Bahia em Transplantes de Córnea e Medula Óssea. Possui a única unidade de saúde a realizar transplantes de Medula e o maior Hospital em número de Transplantes de Córnea do Estado. Desde o primeiro transplante realizado no Centro de Transplante de Medula Óssea (CTMO), em agosto de 2010, já foram realizados 42 transplantes. Só no ano passado, foram feitos 86 Transplantes de Córnea e até este mês mais de 40 pacientes foram beneficiados. Cerca de 200 pessoas aguardam na fila de espera pelo Transplante de Córnea.

Segundo dados da Central Nacional de Doação de Órgãos, no Brasil, são mais de 70 mil pessoas esperando por doações. Na Bahia, de acordo com o Sistema Estadual de Transplantes, há cerca de 3.740 pessoas em fila de espera para transplantes. Esse ano, entre janeiro e setembro, foram registrados 50 doações de múltiplos órgãos, enquanto em 2010, 57.

Como forma de sensibilizar à sociedade, o Hospital das Clínicas, juntamente com a Secretaria da Saúde do Estado, com o apoio da Faculdade Maurício de Nassau, promovem até o dia 30 de setembro a Semana de Mobilização pela Vida, no Salvador Shopping (L1/expansão), onde a população pode manifestar seu desejo de ser doador voluntário no "Transplantômetro", equipamento instalado no local. Nesta terça (27) ainda será realizada uma caminhada no Campo Grande, a partir das 9h.

Para atendimento à população, as pessoas deverão ser encaminhadas para os serviços de Oftalmologia (córnea) ou Oncohematologia (medula óssea) através de encaminhamento/relatório médico. Para o transplante de córnea, a marcação de consulta e avaliação clínica dos pacientes são realizadas nas terças, pela manhã, no Ambulatório Magalhães Neto. Os pacientes de Oncohematologia devem entrar em contato com o Serviço Social, pelo telefone 3283-8249.

CONVITE ATX-BA COMEMORAÇÂO DIA NACIONAL DO DOADOR DE ÓRGÃOS E TECIDOS


CAMPANHA DE INCENTIVO À DOAÇÃO DE ÓRGÃO E TECIDOS DA ASSOCIAÇÃO DE PACIENTES TRANSPLANTADOS DA BAHIA -ATX-BA

A ATX-BA convida a todos pra comparecer dias 29 e 30.09.2011 na Praça Municipal onde estará fazendo campanha em parceria com a Fundação HEMOBA.

No local estará o ônibus da HEMOBA coletando sangue e cadastrando aqueles que solidariamente quiserem fazer parte da lista de doadores de medula óssea.

Contaremos com a apresentação da Banda A Mulherada.

Informando:

Transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na substituição de um órgão ou tecido, irremediavelmente doente, que compromete a vida de uma pessoa (RECEPTOR) por outro órgão ou tecido de outra pessoa chamada de DOADOR(A), com órgãos ou tecidos sadios. Doador e Receptor devem compartilhar uma série de características biológicas comuns, como grupo sanguíneo e tamanho do órgão, por exemplo. No momento atual o transplante é a melhor alternativa de tratamento - quando não é a única - em muitos casos de doenças irreversíveis de pulmão, coração, fígado, rim

Os transplantes podem ser realizados com órgãos ou tecidos provenientes de doadores vivos relacionados (pai, mãe, irmãos, filhos), não relacionados (cônjuge, por exemplo) ou de cadáveres. Os transplantes de órgãos ímpares (coração, fígado, pâncreas, intestino, etc.) somente podem ser realizados com enxertos provenientes de cadáveres.

Entretanto, essa regra já foi e continua sendo quebrada para o caso do fígado e de pulmão, pois já estão sendo realizados transplantes hepáticos e pulmonares intervivos, nos quais são retiradas apenas pequenas partes do fígado ou do pulmão de um adulto para o implante em uma criança, com resultados muito animadores. Surpreendentemente, existe também transplante de coração com doador vivo.

Ele ocorre em algumas situações em que o receptor com doença pulmonar recebe um transplante duplo de pulmão-coração e o seu próprio coração é implantado em outra pessoa. Essa modalidade de transplante é denominada de transplante dominó.

Um transplante dominó também ocorre quando uma pessoa, recebe um fígado de um doador cadáver (ou parte do fígado de um doador vivo) e o seu fígado é implantado em outra pessoa. Nessa modalidade de transplante pode ocorrer que mais de uma pessoas sejam beneficiada com o fígado do doador/receptor, já que o fígado pode ser dividido em mais de uma parte para ser implantado. O que possibilita esse tipo de transplante é que a doença que promoveu a necessidade do transplante da pessoa que também fez a doação do fígado somente se desenvolverá no(s) outro(s) receptor(es) 15 ou 20 anos mais tarde.      

Transplantes como de medula óssea são sempre realizados com doadores vivos, mesmo que em alguns casos sejam também realizados com células provenientes do cordão umbilical. A medula óssea tem a capacidade de rápida regeneração, o que não causa nenhum problema para o doador.

Os transplantes têm o objetivo de salvar vidas (coração, fígado, pulmão e medula óssea) e/ou de melhorar a qualidade de vida de pessoas com doenças terminais ou crônicas incapacitantes. O transplante de rim, por exemplo, retira a pessoa do martírio da diálise, que interfere profundamente em sua vida emocional e produtiva, enquanto os transplantes de pâncreas, ou de rim/pâncreas combinado, podem salvar os pacientes diabéticos da insuficiência renal e da cegueira.

Acrescente-se a isso os benefícios agregados com o fim da constante injeção de insulina e do rígido e estressante controle da dieta alimentar. É possível imaginar que nesse momento alguém esteja vendo esta página graças a um transplante de córneas.       

A indicação para um transplante é feita com muito critério. Embora os portadores de determinadas doenças sejam potenciais candidatos a um transplante, nem todos preenchem os requisitos para serem incluídos em uma lista de espera. Além de vários aspectos médicos, são ainda levados em consideração possíveis problemas que, eventualmente, dependentes das condições de vida, possam ter influência nos resultados.

SEJA UM DOADOR. IINFORME A SUA FAMILIA. 

sábado, 24 de setembro de 2011

AMEO

Como me tornar um doador de medula óssea?

O que é medula óssea?

A medula óssea é o tecido encontrado no interior dos ossos, também conhecido popularmente por "tutano", que tem a função de produzir as células sanguíneas: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.

Tudo seria muito simples e fácil, se não fosse o problema da compatibilidade entre as medulas do doador e do receptor. Para a realização de um transplante de medula óssea é necessário que a compatibilidade entre o doador e receptor seja 100%. A chance de encontrar uma medula compatível no registro brasileiro é em média 1:100.000!

Mais de 60% dos pacientes não possuem doadores na família e quando não há um doador aparentado a solução para o transplante é fazer a busca deste doador compatível entre os grupos étnicos representados na população( brancos/caucasianos, mulatos, cafuzos, índios, negros, orientais) cadastrada no banco de doadores de medula óssea. As chances de acharmos um doador não aparentado dependem do grau de miscigenação dos indivíduos na população.


Portanto, quanto maior o número de representantes brasileiros cadastrados no banco, maiores serão as chances dos pacientes que aguardam seus doadores compatíveis!Cadastre-se como um doador voluntário, esses pacientes dependem de nossa solidariedade!
PROCEDIMENTOS NECESSÁRIOS PARA SE CADASTRAR COMO DOADOR VOLUNTÁRIO DE MEDULA ÓSSEA:
Você precisa ter entre 18 e 54 anos e estar em bom estado de saúde;
Não precisa estar em jejum e nem agendar o cadastro.
Procure na sua cidade um hemocentro ou hemonúcleo autorizado e CADASTRE-SE !

Endereço para se cadastrar na Bahia:

Centro de Hematologia e Hemoterapia da Bahia - HEMOBA
Av. Vasco da Gama, s/nº Rio Vermelho - Salvador- BA
CEP: 40.240-090 Telefone: (71) 3116-5600 / 3116-5661
O CADASTRO consiste no preenchimento de uma ficha de identificação e na COLETA de um simples exame de sangue para o teste de compatibilidade (tipagem HLA);


Seus dados e sua tipagem HLA serão cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME); Quando aparecer um paciente com a medula compatível com a sua, você será chamado; Novos testes sanguíneos serão necessários para a confirmação da compatibilidade; Se  a compatibilidade for confirmada, você será consultado para decidir a doação; Seu atual estado de saúde será então avaliado.


Vídeo Institucional da AMEO:


ATENÇÃO: Ao se inscrever no REDOME, você não doará a medula de imediato. A amostra de sangue serve somente para identificar sua genética. Apenas quando surgir um paciente compatível, você será chamado para a realização de novos exames.
Obs: Quando houver mudança de telefone ou endereço, é necessário comunicar a alteração, pois essa atitude facilitará sua localização em caso de compatibilidade com algum paciente.
Instituto Nacional de Câncer (INCA) é o responsável pelo REDOME - Registro de Doadores de Medula Óssea. O registro brasileiro foi criado em 1993 e centraliza todas as informações( nome, endereço, telefones para contato e resultados de exames) de pessoas que se dispõem a doar a medula óssea para pacientes que não possuem doadores na família. Quando um paciente necessita de transplante, esse cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação.

Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro. Para o doente, será a diferença entre a vida e a morte. A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade e de amor ao próximo!

Orientações para pacientes

Indicação de transplante : é necessário compreender qual é a indicação do transplante para cada caso. Existem casos em que o transplante é uma das opções de tratamento, outros em que o transplante é a melhor opção. Alguns pacientes terão resultados melhores com outras terapêuticas. Para cada paciente o melhor tratamento será orientado pelo médico e discutido com o paciente. Quando indicado o transplante, o paciente deverá estar em condições clínicas de realizar o tratamento e será necessário encontrar um doador compatível com o paciente.

Busca do doador: O doador compatível deve ser procurado em primeiro lugar, na família. Entre irmãos do mesmo pai e da mesma mãe, a chance de encontrar um irmão idêntico é de 25%. As chances serão maiores,quanto maior o número de irmãos. Quando não há doador compatível entre os irmãos ainda há chance de encontrar um doador na família . Esta chance existe principalmente em casos de casamentos consangüíneos na família e quando existem tipagens HLA mais freqüentes na família.
Entretanto, aproximadamente 60% dos pacientes não encontram doador na família. Na ausência deste, o médico do paciente deverá inscrevê-lo no banco nacional de receptores de medula óssea (REREME) para realização da busca de um doador compatível voluntário cadastrado no registro brasileiro de doadores de medula óssea (REDOME).