quarta-feira, 28 de setembro de 2011

NOTÍCIAS ATX-BA - COMUNICADO

A ATX-BA VEM COMUNICAR QUE O EVENTO PROGRAMADO PARA OS DIAS 29 E 30.09.2011, PUBLICADO EM NOSSO BLOG SERÁ TRANSFERIDO PARA OUTRA DATA, POR MOTIVO DE FORÇA MAIOR.
 

CAMPANHA DE INCENTIVO À DOAÇÃO DE ÓRGÃO E TECIDOS DA ASSOCIAÇÃO DE PACIENTES TRANSPLANTADOS DA BAHIA -ATX-BA


A ATX-BA convida a todos pra comparecer dias 29 e 30.09.2011 na Praça Municipal onde estará fazendo campanha em parceria com a Fundação HEMOBA.

No local estará o ônibus da HEMOBA coletando sangue e cadastrando aqueles que solidariamente quiserem fazer parte da lista de doadores de medula óssea.

Contaremos com a apresentação da Banda A Mulherada.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Notícias ATX-BA - Informando

27 de Setembro

De cada 8 (oito) potenciais doadores de órgãos, apenas 1 (um) é notificado. Ainda assim o Brasil é o segundo país do mundo em número de transplantes realizados por ano, sendo mais de 90% pelo sistema público de Saúde. O resultado positivo é devido, principalmente, a três fatores:

1. O programa nacional de transplantes tem organização exemplar. Cada Estado tem uma Central de Notificação, Captação e distribuição de Órgãos que coordena a captação e a alocação dos dos órgãos, baseada na fila única, estadual ou regional.

2. Para realizar transplante é necessário credenciamento de equipe no Ministério da Saúde. A maioria destas equipes é liderada por médico com especialização no exterior, obtido graças ao investimento público na formação de profissionais em terapia de alta complexidade.

3. Hoje mais de 80% dos transplantes são realizados com sucesso, reintegrando o paciente à sociedade produtiva.

O potencial doador cadáver


Considera-se como potencial doador todo paciente em morte encefálica. No Brasil, o diagnóstico de morte encefálica é definido pela Resolução CFM n° 1480/97, devendo ser registrado, em prontuário, um Termo de Declaração de Morte Encefálica que descreva todos os elementos do exame neurológico que demonstrem ausência dos reflexos do tronco cerebral, bem como o relatório de um exame complementar que assegure esse diagnóstico.

Morte encefálica


Morte encefálica e coma não são sinônimos. No estado de coma o encéfalo está vivo, executando suas funções de manutenção da vida. Na morte encefálica, apenas o coração pode continuar batendo, em razão de seu marcapasso próprio, e por pouco tempo, o suficiente para o aproveitamento de órgãos saudáveis para transplante. O diagnóstico definitivo da morte encefálica é corroborado por exames que demonstrem a ausência de fluxo sangüíneo intracraniano.

Quem pode ser doador de órgãos após a morte?


Para ser doador após a morte não é necessário portar nenhuma documentação, mas é fundamental comunicar à própria família o desejo da doação posto que, após o diagnóstico de morte encefálica, a doação só se concretiza após a autorização dos familiares, por escrito, o que, na dependência do órgão a ser transplantado, exige, por vezes, rapidez. Coração, pulmões, fígado e pâncreas só podem ser transplantados se removidos após a morte encefálica e antes da parada cardíaca; a retirada de córneas e ossos pode ser feita até 6 horas após a parada cardíaca; e, no caso dos rins, o limite é de um máximo de 30 minutos após a parada cardíaca.

Quem pode ser doador vivo?


Em princípio, o doador vivo é uma pessoa, em boas condições de saúde, capaz juridicamente, ou seja, maior de 21 anos e que concorde com a doação, não existindo um limite superior de idade. Por lei, pais, irmãos, filhos, avós, tios, primos de primeiro grau e cônjuges podem ser doadores, desde que haja compatibilidade entre o sistema ABO do receptor e dos possíveis doadores. Os doadores não parentes só podem doar em condições especiais, após liberação judicial, conforme dita a lei n° 10211.

Fonte: UFGNet

Semana de incentivo à doação de órgãos começa sexta-feira, no Salvador Shopping

admin
Numa iniciativa da Secretaria da Saúde do Estado, através do Sistema Estadual de Transplantes, e da Universidade Federal da Bahia, através do Núcleo de Transplante do Hospital Universitário Professor Edgar Santos (HUPES), acontece a partir de sexta-feira, dia 22, no Salvador Shopping (L1/expansão), a Semana de Mobilização pela Vida, com atividades diárias relacionadas com a doação e transplante de órgãos.
O evento, que será aberto oficialmente às 18 horas, com a presença do coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, o médico Eraldo Moura, tem como principal objetivo difundir informações sobre o assunto, a fim de ampliar o número de doações e, consequentemente, de transplantes de órgãos. Exposição de painéis, distribuição de materiais educativos, palestras, depoimentos de pacientes transplantados e projeção integram a programação da semana, que tem o apoio da Faculdade Maurício de Nassau.
A Semana de Mobilização pela Vida integra a campanha nacional pelo Dia Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos, comemorado em 27 de setembro, dia dos santos gêmeos, Cosme e Damião, considerados patronos dos transplantes. Segundo o médico Eraldo Moura, na última de setembro, há mais de 10 anos, são promovidos eventos relacionados ao tema em todos os estados brasileiros.
Além das atividades previstas para o Salvador Shopping, onde a população poderá manifestar seu desejo de ser um doador voluntário no “Transplantômetro”, equipamento que será instalado no local, outras ações serão desenvolvidas durante esta semana, em Salvador e diversos municípios do interior.

Imagem ATX-BA - Coordenador Projetos Sociais Salvador Shoping - Fabiano Mehmeri
Hupes comemora Dia Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos

26/09/2011 - 17h05

Hospital da UFBA é referência em transplantes na Bahia

Nesta terça-feria (27 de setembro) é comemorado o Dia Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos e o Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos/UFBA (Hospital das Clínicas) é referência na Bahia em Transplantes de Córnea e Medula Óssea. Possui a única unidade de saúde a realizar transplantes de Medula e o maior Hospital em número de Transplantes de Córnea do Estado. Desde o primeiro transplante realizado no Centro de Transplante de Medula Óssea (CTMO), em agosto de 2010, já foram realizados 42 transplantes. Só no ano passado, foram feitos 86 Transplantes de Córnea e até este mês mais de 40 pacientes foram beneficiados. Cerca de 200 pessoas aguardam na fila de espera pelo Transplante de Córnea.

Segundo dados da Central Nacional de Doação de Órgãos, no Brasil, são mais de 70 mil pessoas esperando por doações. Na Bahia, de acordo com o Sistema Estadual de Transplantes, há cerca de 3.740 pessoas em fila de espera para transplantes. Esse ano, entre janeiro e setembro, foram registrados 50 doações de múltiplos órgãos, enquanto em 2010, 57.

Como forma de sensibilizar à sociedade, o Hospital das Clínicas, juntamente com a Secretaria da Saúde do Estado, com o apoio da Faculdade Maurício de Nassau, promovem até o dia 30 de setembro a Semana de Mobilização pela Vida, no Salvador Shopping (L1/expansão), onde a população pode manifestar seu desejo de ser doador voluntário no "Transplantômetro", equipamento instalado no local. Nesta terça (27) ainda será realizada uma caminhada no Campo Grande, a partir das 9h.

Para atendimento à população, as pessoas deverão ser encaminhadas para os serviços de Oftalmologia (córnea) ou Oncohematologia (medula óssea) através de encaminhamento/relatório médico. Para o transplante de córnea, a marcação de consulta e avaliação clínica dos pacientes são realizadas nas terças, pela manhã, no Ambulatório Magalhães Neto. Os pacientes de Oncohematologia devem entrar em contato com o Serviço Social, pelo telefone 3283-8249.

CONVITE ATX-BA COMEMORAÇÂO DIA NACIONAL DO DOADOR DE ÓRGÃOS E TECIDOS


CAMPANHA DE INCENTIVO À DOAÇÃO DE ÓRGÃO E TECIDOS DA ASSOCIAÇÃO DE PACIENTES TRANSPLANTADOS DA BAHIA -ATX-BA

A ATX-BA convida a todos pra comparecer dias 29 e 30.09.2011 na Praça Municipal onde estará fazendo campanha em parceria com a Fundação HEMOBA.

No local estará o ônibus da HEMOBA coletando sangue e cadastrando aqueles que solidariamente quiserem fazer parte da lista de doadores de medula óssea.

Contaremos com a apresentação da Banda A Mulherada.

Informando:

Transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na substituição de um órgão ou tecido, irremediavelmente doente, que compromete a vida de uma pessoa (RECEPTOR) por outro órgão ou tecido de outra pessoa chamada de DOADOR(A), com órgãos ou tecidos sadios. Doador e Receptor devem compartilhar uma série de características biológicas comuns, como grupo sanguíneo e tamanho do órgão, por exemplo. No momento atual o transplante é a melhor alternativa de tratamento - quando não é a única - em muitos casos de doenças irreversíveis de pulmão, coração, fígado, rim

Os transplantes podem ser realizados com órgãos ou tecidos provenientes de doadores vivos relacionados (pai, mãe, irmãos, filhos), não relacionados (cônjuge, por exemplo) ou de cadáveres. Os transplantes de órgãos ímpares (coração, fígado, pâncreas, intestino, etc.) somente podem ser realizados com enxertos provenientes de cadáveres.

Entretanto, essa regra já foi e continua sendo quebrada para o caso do fígado e de pulmão, pois já estão sendo realizados transplantes hepáticos e pulmonares intervivos, nos quais são retiradas apenas pequenas partes do fígado ou do pulmão de um adulto para o implante em uma criança, com resultados muito animadores. Surpreendentemente, existe também transplante de coração com doador vivo.

Ele ocorre em algumas situações em que o receptor com doença pulmonar recebe um transplante duplo de pulmão-coração e o seu próprio coração é implantado em outra pessoa. Essa modalidade de transplante é denominada de transplante dominó.

Um transplante dominó também ocorre quando uma pessoa, recebe um fígado de um doador cadáver (ou parte do fígado de um doador vivo) e o seu fígado é implantado em outra pessoa. Nessa modalidade de transplante pode ocorrer que mais de uma pessoas sejam beneficiada com o fígado do doador/receptor, já que o fígado pode ser dividido em mais de uma parte para ser implantado. O que possibilita esse tipo de transplante é que a doença que promoveu a necessidade do transplante da pessoa que também fez a doação do fígado somente se desenvolverá no(s) outro(s) receptor(es) 15 ou 20 anos mais tarde.      

Transplantes como de medula óssea são sempre realizados com doadores vivos, mesmo que em alguns casos sejam também realizados com células provenientes do cordão umbilical. A medula óssea tem a capacidade de rápida regeneração, o que não causa nenhum problema para o doador.

Os transplantes têm o objetivo de salvar vidas (coração, fígado, pulmão e medula óssea) e/ou de melhorar a qualidade de vida de pessoas com doenças terminais ou crônicas incapacitantes. O transplante de rim, por exemplo, retira a pessoa do martírio da diálise, que interfere profundamente em sua vida emocional e produtiva, enquanto os transplantes de pâncreas, ou de rim/pâncreas combinado, podem salvar os pacientes diabéticos da insuficiência renal e da cegueira.

Acrescente-se a isso os benefícios agregados com o fim da constante injeção de insulina e do rígido e estressante controle da dieta alimentar. É possível imaginar que nesse momento alguém esteja vendo esta página graças a um transplante de córneas.       

A indicação para um transplante é feita com muito critério. Embora os portadores de determinadas doenças sejam potenciais candidatos a um transplante, nem todos preenchem os requisitos para serem incluídos em uma lista de espera. Além de vários aspectos médicos, são ainda levados em consideração possíveis problemas que, eventualmente, dependentes das condições de vida, possam ter influência nos resultados.

SEJA UM DOADOR. IINFORME A SUA FAMILIA. 

sábado, 24 de setembro de 2011

AMEO

Como me tornar um doador de medula óssea?

O que é medula óssea?

A medula óssea é o tecido encontrado no interior dos ossos, também conhecido popularmente por "tutano", que tem a função de produzir as células sanguíneas: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.

Tudo seria muito simples e fácil, se não fosse o problema da compatibilidade entre as medulas do doador e do receptor. Para a realização de um transplante de medula óssea é necessário que a compatibilidade entre o doador e receptor seja 100%. A chance de encontrar uma medula compatível no registro brasileiro é em média 1:100.000!

Mais de 60% dos pacientes não possuem doadores na família e quando não há um doador aparentado a solução para o transplante é fazer a busca deste doador compatível entre os grupos étnicos representados na população( brancos/caucasianos, mulatos, cafuzos, índios, negros, orientais) cadastrada no banco de doadores de medula óssea. As chances de acharmos um doador não aparentado dependem do grau de miscigenação dos indivíduos na população.


Portanto, quanto maior o número de representantes brasileiros cadastrados no banco, maiores serão as chances dos pacientes que aguardam seus doadores compatíveis!Cadastre-se como um doador voluntário, esses pacientes dependem de nossa solidariedade!
PROCEDIMENTOS NECESSÁRIOS PARA SE CADASTRAR COMO DOADOR VOLUNTÁRIO DE MEDULA ÓSSEA:
Você precisa ter entre 18 e 54 anos e estar em bom estado de saúde;
Não precisa estar em jejum e nem agendar o cadastro.
Procure na sua cidade um hemocentro ou hemonúcleo autorizado e CADASTRE-SE !

Endereço para se cadastrar na Bahia:

Centro de Hematologia e Hemoterapia da Bahia - HEMOBA
Av. Vasco da Gama, s/nº Rio Vermelho - Salvador- BA
CEP: 40.240-090 Telefone: (71) 3116-5600 / 3116-5661
O CADASTRO consiste no preenchimento de uma ficha de identificação e na COLETA de um simples exame de sangue para o teste de compatibilidade (tipagem HLA);


Seus dados e sua tipagem HLA serão cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME); Quando aparecer um paciente com a medula compatível com a sua, você será chamado; Novos testes sanguíneos serão necessários para a confirmação da compatibilidade; Se  a compatibilidade for confirmada, você será consultado para decidir a doação; Seu atual estado de saúde será então avaliado.


Vídeo Institucional da AMEO:


ATENÇÃO: Ao se inscrever no REDOME, você não doará a medula de imediato. A amostra de sangue serve somente para identificar sua genética. Apenas quando surgir um paciente compatível, você será chamado para a realização de novos exames.
Obs: Quando houver mudança de telefone ou endereço, é necessário comunicar a alteração, pois essa atitude facilitará sua localização em caso de compatibilidade com algum paciente.
Instituto Nacional de Câncer (INCA) é o responsável pelo REDOME - Registro de Doadores de Medula Óssea. O registro brasileiro foi criado em 1993 e centraliza todas as informações( nome, endereço, telefones para contato e resultados de exames) de pessoas que se dispõem a doar a medula óssea para pacientes que não possuem doadores na família. Quando um paciente necessita de transplante, esse cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação.

Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro. Para o doente, será a diferença entre a vida e a morte. A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade e de amor ao próximo!

Orientações para pacientes

Indicação de transplante : é necessário compreender qual é a indicação do transplante para cada caso. Existem casos em que o transplante é uma das opções de tratamento, outros em que o transplante é a melhor opção. Alguns pacientes terão resultados melhores com outras terapêuticas. Para cada paciente o melhor tratamento será orientado pelo médico e discutido com o paciente. Quando indicado o transplante, o paciente deverá estar em condições clínicas de realizar o tratamento e será necessário encontrar um doador compatível com o paciente.

Busca do doador: O doador compatível deve ser procurado em primeiro lugar, na família. Entre irmãos do mesmo pai e da mesma mãe, a chance de encontrar um irmão idêntico é de 25%. As chances serão maiores,quanto maior o número de irmãos. Quando não há doador compatível entre os irmãos ainda há chance de encontrar um doador na família . Esta chance existe principalmente em casos de casamentos consangüíneos na família e quando existem tipagens HLA mais freqüentes na família.
Entretanto, aproximadamente 60% dos pacientes não encontram doador na família. Na ausência deste, o médico do paciente deverá inscrevê-lo no banco nacional de receptores de medula óssea (REREME) para realização da busca de um doador compatível voluntário cadastrado no registro brasileiro de doadores de medula óssea (REDOME).

sábado, 10 de setembro de 2011

DIÁRIO DO NORDESTE

SOLIDARIEDADE
CE é o 1º do Nordeste em transplantes de rim
Publicado em 8 de setembro de 2011
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Carlos Malheiros e seus funcionários, há nove anos, vestem a camisa da Campanha Doe de Coração
WALESKA SANTIAGO
No Brasil, o Estado ocupa a 4ª colocação, perdendo para Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São PauloQuando o assunto é transplante de órgãos, logo imagina-se uma fila de espera por um doador falecido. Entretanto, esse ato de solidariedade vai muito mais além, pois uma pessoa saudável também pode ser doadora e proporcionar uma nova vida para aqueles que esperam.Essa ato de amor foi o que salvou o empresário Carlos Malheiros. Portador de uma doença hereditária chamada rins policísticos, ele passou dois anos à procura de um doador. A cada dia de espera a ansiedade e o medo eram sentimentos que aumentavam na vida do empresário, pois ele já havia perdido o pai e o único irmão devido à mesma doença renal.Diante da situação, Carlos Malheiros conta que a família e os amigos se mobilizaram para encontrar um doador vivo compatível. Foi então, que 16 funcionários da sua empresa se disponibilizaram a fazer o teste de compatibilidade, e a funcionária Maria de Fátima do Amor Divido doou seu rim para o empresário. O transplante aconteceu em 1999 e em 2002 Malheiros se engajou na campanha Doe de Coração, da Fundação Edson Queiroz. "Hoje me sinto com 12 anos de idade, pois a partir desse ato de amor adquiri uma nova vida. A doação é um dos atos mais nobres de solidariedade", destaca.Diante das campanhas de doação de órgãos, o transplante de rim vem se destacando no Ceará. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Estado se encontra em 1º lugar no Nordeste, tanto em dados absolutos, quanto por milhão de habitantes. Foram 131 procedimentos realizados nos seis primeiros meses do ano, sendo 110 de doadores falecidos e 21 de doadores vivos.No Brasil, o Ceará se encontra no 4ª lugar, perdendo apenas para o Paraná com 170 transplantes, Rio Grande do Sul e Minas Gerais ambos com 228 procedimentos, e São Paulo com 1.012. E os números continuam crescendo. Segundo dados da Central de Transplantes, até a último segunda-feira, dia cinco de setembro, já tinham sido realizados 170 transplantes de rim no Ceará. Se compararmos com a pesquisa da ABTO, finalizada em junho deste ano, foram realizados 39 procedimentos em dois meses.Vale destacar que o Estado ocupa o primeiro lugar do Brasil em transplantes de fígado a cada milhão de habitantes, segundo o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) da ABTO.Processo
Segundo a coordenadora da Central de Transplantes, Eliana Barbosa, para que seja realizado o transplante com o doador vivo, a lei Brasileira permite com mais facilidade se o ato for feito por parentes de até quarto grau ou o cônjuge.Ainda segundo ela, para que o processo ocorra entre aqueles que não têm vínculo familiar, é necessário cumprir um sério protocolo, que começa com os exames de compatibilidade sanguínea, passa por uma autorização judicial e termina com entrevistas realizadas por um comitê de ética formado por médicos. "É um processo importante para salvar vidas, mas ao mesmo tempo bastante delicado, pois temos que tomar cuidado para evitar que haja tráfico de órgãos", diz.Conforme Eliana Barbosa, em alguns países, já existe um cadastro de "doador samaritano", ou seja, voluntários que estão aptos a qualquer momento fazer doações. Contudo, segundo ela, essa discussão ainda não se iniciou no Brasil, salvo em doação de tecidos como é o caso da medula óssea. Ela explica, que os órgãos que podem ser doados em vida são: rim, em primeiro lugar, parte do fígado e até pulmão. Por outro lado, alerta que a doação de uma pessoa falecida é bem mais recomendada pelos médicos. "As complicações do doador vivo são pequenas, mas existem.
KARLA CAMILAESPECIAL PARA CIDADE

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Charlie Brown Junior

31.ago.2011

Por Diego Sheik

O Charlie Brown Jr se apresenta em Salvador em um show que marcará a volta da formação original da banda. Com preços populares, o evento que acontece no próximo dia 10 de setembro, a partir das 17h, também terá a apresentação das bandas Diamba, Yow, Baiana System e Mensageiros do Vento. A vinda da Charlie Brown Jr reunirá novamente o vocalista Chorão, os guitarristas Thiago e Marcão e o baixista Champignon no mesmo palco, montado na orla de Piatã, em frente ao posto Plakinha.

Charlie Brown Jr reunirá Chorão, Thiago, Marcão e Champignon no mesmo palco
Promoção
Quer ganhar ingressos para curtir o show de Charlie Brown Jr? Siga o @Correio24Horas no Twitter e participe da promoção enviando um email para concorra@correio24horas.com.br respondendo a pergunta “Porque você deve ganhar ingressos para curtir o show de Charlie Brown Jr?”. Não esqueça que no corpo do email devem constar RG, nome completo e telefone para contato. As respostas mais criativas ganham convites para o show.
O ingresso será solidário e nele já está embutida a doação de uma lata de leite em pó para o Nacci (Núcleo de Apoio ao Combate do Câncer Infantil), Cobem (Casa de Oração Bezerra de Menezes) e ATX BA (Associação de Pacientes Transplantados da Bahia). As vendas acontecem na Ticketmix e Loja Billabong (Salvador Shopping). O preço da pista solidária é R$ 20 e do camarote solidário de R$ 40. Há também a opção do passaporte solidário, em que a pessoa paga R$ 30 (pista) e R$ 70 (camarote) e tem direito ao show do Surf Eco Festival, no sábado anterior, e ao do Bahia Bodyboarding Show. A classificação dos shows é 16 anos.
O show marca o encerramento do Radical Wave apresenta Bahia Bodyboard Show, evento que marcará a segunda etapa do Circuito Brasileiro de Bodyboard, de 7 a 10 de setembro. Em quatro dias de competição, mais de 150 atletas, entre eles campeões brasileiros, disputarão nas categorias Sub-16 masculino, Open Masculino, Pro Girls (Pro Feminino), Pro Trials e Super Top, que conta com a elite do esporte.
Serviço:
Show de encerramento Radical Wave Bahia Bodyboarding Show
Atrações: Charlie Brown Jr., Diamba, BaianaSystem, Yow e Mensageiros do Vento
Local: Orla de Piatã (em frente ao Posto Plakinha)
Data: 10 de setembro (sábado)
Hora: 17h
Ingresso: Pista Solidária R$ 20, Camarote Solidário R$ 40 / Passaporte Solidário R$ 30 (pista) e R$ 70 (camarote) – direito ao show do Surf Eco Festival e ao do BodyBoarding Show, no dia 10 de setembro.
Vendas: Ticketmix
Classificação: 16 anos
Realização: Dendê Produções e Axé Mix

Globo.com

31/08/2011 21h45 - Atualizado em 31/08/2011 22h20
Família doa orgãos de vítima de derrame e salva quatro vidas na Bahia
Paciente que recebeu um dos rins agradece gesto de solidariedade. Profissionais se envolvem para conseguir entregar os órgãos em tempo.
Do G1 BA
Uma corrida contra o tempo para salvar vidas. No sul da Bahia, uma família doa os órgãos de uma comerciante vítima de derrame. Médicos, enfermeiros e até piloto de avião são chamados para fazer os órgãos doados chegarem o mais rápido possível aos pacientes para transplante.

Uma comerciante de 48 anos que morava no sul da Bahia teve derrame e a morte cerebral foi confirmada na tarde da ultima segunda feira (29). Após a confirmação da morte da comerciante, uma verdadeira corrida contra o tempo foi realizada para manter os órgãos em boas condições para ser transplantados. Uma equipe da central de doação de órgãos saiu de Salvador e foi para Itabuna no sul do estado, retirar o coração, o fígado, as córneas e os rins da doadora. Os órgãos da comerciante foram trazidos de avião para Salvador e o fígado foi o primeiro órgão a ser transplantado.

O fígado da comerciante foi enviado para o Hospital Português, em Salvador, e encaminhado para uma sala cirúrgica da unidade. No local, o órgão foi preparado para a operação por dois médicos que realizaram a limpeza do órgão e em um procedimento que durou uma hora, retirou gordura e limpou os vasos para serem religados. Enquanto isso no quarto hospital, o publicitário Eduardo Silva, de 55 anos, aguardava ansioso, ao lado da família, o momento do transplante. “Se não houvesse essa possibilidade meu tempo aqui seria mais curto. Então, é agradecer muito a essa família”, ressaltou Eduardo Silva.

Atualmente, 113 baianos aguardam na fila de transplantes por um novo fígado, outros 2600 pessoas esperam por um ruim e 1017 estão à espera de um transplante de córnea.

No final da tarde desta quarta-feira (31), o publicitário foi encaminhado para a sala cirúrgica para um procedimento que teve duração média de 4 horas. De acordo com o coordenador de transplantes, Jorge Bastos, o funcionamento do fígado transplantado é muito rápido. “O funcionamento do fígado é imediato. Cinco a sete minutos após religar os vasos sanguíneos o órgão começa a funcionar”. Segundo a irmã da doadora, Sirlene Matos, está era a vontade da comerciante, e que apesar do momento triste, a atitude ajuda a salvar vidas.

Os órgãos doados irão pelo menos, salvar quatro vidas. Duas pessoas vão receber os rins e outras duas, as córneas, além das válvulas do coração que também serão aproveitadas.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Zero Hora

A distância que nos separa
Por José J. Camargo


Existem várias escalas para medir a distância que nos separa dos países desenvolvidos, mas certamente a maneira com que encaramos a doação de órgãos é uma das mais reveladoras.
Se um terço dos casos de morte cerebral, e são milhares por ano, resultassem em doação de órgãos, não teríamos mais lista de espera para transplantes, e acabaria a agonia dos que ficam taquicárdicos cada vez que toca o telefone e têm a consciência de que cada dia que passa, sem um doador, encurta o caminho inexorável para a morte.
Desapareceria também a angústia do médico responsável pelos candidatos ao transplante, vendo que o tempo se extingue, e sendo mil vezes implorado para que não lhes permita morrer.
E não sentiríamos mais a dor de um pai ainda jovem, pendurado em um tubo de oxigênio, refugiado numa pensão barata, tentando encontrar na foto dos filhos distantes a força para a espera, que, ele sabe muito bem, pode ser inútil.
E não teríamos que suportar o sofrimento de uma mãe, que tentou de todas as formas sensibilizar a comunidade e um dia recebeu o chamado do colégio avisando que sua filha adolescente, que tentava desesperadamente manter uma vida normal, morrera na sala de aula.
Quando nossos governos são pressionados a tomar alguma medida, tudo se restringe a normas e decretos, como se por lei pudéssemos nos tornar mais cidadãos. Ignora-se que a doação de órgãos é, antes de tudo, uma manifestação de consciência social que nasce com a educação, e esta, infelizmente, não se impõe.
Precisamos ensinar às nossas crianças o significado de morte cerebral, e de como órgãos condenados a apodrecer podem salvar pessoas iguais aos seus pais e irmãos, e elas intuirão, sem conhecer a lei, que preservar a vida é uma imposição, pelo menos para quem está de bem com ela.
Necessitamos, e muito, sensibilizar os médicos que não trabalham com transplantes e nem conhecem ninguém que precise deles, para que todos os casos de morte cerebral sejam imediatamente notificados à coordenadoria, para que se deflagre o processo de doação. Nós médicos, compreensivelmente frustrados porque nosso paciente apresentou morte cerebral, precisamos entender que nossa missão transcende a esta perda lamentável, e se continua no esforço de tentar salvar pessoas que nem conhecemos, e que provavelmente nunca terão a oportunidade de nos agradecer.
Precisamos todos de um choque de generosidade, este que é um sentimento indispensável para que a comunidade, através da doação, cumpra o seu papel, na única forma de tratamento médico que depende da sociedade, para que ela própria seja beneficiada.
E se os nossos legisladores, tão ávidos da proposição de emendas, quiserem ser úteis, que proponham a obrigatoriedade deste tema nas escolas de primeiro e segundo graus. Com isso estaríamos a caminho de produzir cidadãos com a noção da solidariedade, mesmo que isso não esteja escrito em lugar nenhum.
Porque só seremos uma sociedade realmente civilizada quando tivermos a grandeza de oferecer espontaneamente os órgãos dos nossos mortos queridos, simplesmente para poupar famílias desconhecidas da mesma dor que nos mutilou!
 

sábado, 27 de agosto de 2011

Notícias da Bahia

Reggae à beira mar com In Natura e Scambo no Surf Eco Festival
Publicada em 24/08/2011 ás 19:21

Marcelo Santana
O fim de tarde à beira mar na Praia de Jaguaribe vai compor o clima perfeito para os fãs de boa música. No dia 3 de setembro, sábado, depois de um show de surfe nas ondas, o Billabong apresenta Surf Eco Festival oferece aos fãs de reggae um espetáculo no palco. As bandas In Natura, Scambo e Manospreto vão animar a festa na orla de Piatã, em frente ao Posto Plakinha, a partir das 17h. Em 2006, depois de 11 anos no Natiruts, Izabella Rocha e Bruno Dourado resolveram seguir carreiras em separado e se reuniram ao antigo guitarrista que havia deixado a banda em 2002, Kiko Peres, para formar a In Natura.No palco, os fãs soteropolitanos terão, além do reggae, que segue como referência dos músicos, folk, soul, samba-rock e até jazz, em um formato mais acústico. Em Salvador, a banda faz o lançamento de Bossa Ragga, seu mais novo trabalho gravado em 2010. Entre os destaques do grupo, chama atenção a música “Sorriso de Flor”, composição do parceiro baiano Rafael Pondé, que é destaque nas rádios de todo o país.

No mesmo clima, a velha conhecida dos apaixonados pelo ritmo em Salvador, Scambo volta a se apresentar com o cantor Pedro Pondé. A banda marca pela presença de palco inconfundível do cantor e pelos sucessos que estão na boca do público baiano há mais de dez anos, como Carcará, Mergulhar, Ocê e Eu, Sol de Ninguém.

No mesmo palco, se apresenta ainda a grande atração da noite, a banda Raimundos, que retorna à ativa também com novo trabalho. Completam a programação o rock da Massa Sonora e o reggae pop da Manospreto. O ingresso será solidário e nele já está embutida a doação de uma lata de leite em pó para Nacci (Núcleo de Apoio ao Combate do Câncer Infantil), Cobem (Casa de Oração Bezerra de Menezes) e ATX-BA (Associação de Pacientes Transplantados da Bahia). As vendas acontecem na Ticketmix e Loja Billabong (Salvador Shopping). Há também a opção do Passaporte solidário, em que a pessoa paga R$ 30 (pista) e R$ 70 (camarote) e tem direito ao show do Surf Eco Festival e ao do BodyBoarding Show, que acontece no dia 10 de setembro com as bandas Charlie Brown Jr., Diamba, Baiana System, Yow e Mensageiros do Vento. A classificação dos shows é 16 anos.

Serviço:
Show Billabong Surf Eco Festival
Atrações: Raimundos, In Natura, Scambo, Massa Sonora, Manospreto
Local: Orla de Piatã (em frente ao Posto Plakinha)
Data: 3 de setembro (sexta-feira)
Hora: 17h
Ingresso: Pista Solidária R$ 20/ Camarote Solidário R$ 40 // Passaporte Solidário R$ 30 (pista) e R$ 70 (camarote) [dá direito ao show do Surf Eco Festival e ao do BodyBoarding Show, que acontece no dia 10 de setembro]Vendas: Ticketmix e Loja Billabong (Salvador Shopping)Classificação: 16 anos
Realização: Dendê Produções e Axé Mix
Informações: www.surfecofestival.com.br
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terça-feira, 23 de agosto de 2011

SESAB/COSET

Transplantes no Norte e Nordeste é tema de encontro
Com o objetivo de discutir a política de transplantes das regiões Norte e Nordeste, começa amanhã (23), a partir das 9h, no Grande Hotel da Barra, o 1º Encontro dos Coordenadores das Centrais de Transplantes Norte e Nordeste. O encontro, que contará com a presença do coordenador geral do Sistema Nacional de Transplantes, Heder Morari, será aberto pela diretora de Atenção Especializada (DAE) da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), Ledívia Espinheira.
De acordo com o coordenador do Sistema Estadual de Transplantes (Coset), da Sesab, Eraldo Moura, o evento, que prossegue durante o dia 24, vai traçar estratégias para o desenvolvimento dos transplantes, além de promover um intercambio entre os coordenadores dessas regiões. "Faremos uma avaliação do regulamento técnico desenvolvido para os transplantes", explicou o coordenador da Coset.
L.S./M.Tb.909-Ba
/coset/encontro

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

NOTÍCIAS ATX-BA

INCLUSÃO SOCIAL E GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA

A luta em prol da dignidade sobrepuja, muitas vezes, a própria luta pela existência. Sentindo-se úteis, com a auto-estima preservada, a qualidade de vida melhora consideravelmente aumentando a perspectiva de sobrevivência.

A necessidade de participar produtivamente da sociedade é característica inerente à índole humana. Desse modo, ainda que os pacientes sejam possuidores de uma confortável situação econômica, necessitam de atividades que lhes permitam o sentimento de compartilhamento social.

Ainda sabemos que em grande parte os pacientes transplantados não dispõem de uma condição econômica sequer razoável. Desempregada, uma boa parcela desse contingente sofre as agruras dos que precisam da alta soma necessária à manutenção dos custosos tratamentos anteriores e posteriores aos transplantes.

Para minimizar esses problemas, a Associação de Pacientes Transplantados da Bahia (ATX-BA) resolveu buscar alternativas ocupacionais e de geração de renda com um amplo componente social de mobilização e organização dos associados e seus familiares.

A ATX-BA com objetivos específicos de apoio às necessidades básicas do paciente transplantado ou em filas de espera de transplantes, engajada na luta pela melhoria de vida dos associados e seus familiares, ajuda-os na busca de alternativas que contribuam para o seu desenvolvimento sócio-econômico. Sensível a esses fatos, busca implantar através desses projetos a reintegração sócio-econômica, gerando emprego e renda.

Na maioria das vezes as pessoas mais carentes são excluídas do acesso ao crédito por não poderem apresentar as garantias que lhe são exigidas ou por não possuírem a documentação necessária (CPF, Identidade, comprovante de endereço e renda, dentre outros). A ATX-BA pode suprir essa necessidade dos associados representando-os junto aos órgãos e empresas competentes.

É preciso colocar mercadorias em circulação, satisfazendo necessidades e gerando ocupação e renda.

Melhorar as condições de atendimento aos pacientes transplantados e seus familiares, oferecendo cursos profissionalizantes.

Sensibilizar para a necessidade de políticas públicas voltados para as comunidades mais pobres.

Potencializar o cooperativismo, o associativismo e a economia solidária das comunidades como instrumento de superação da pobreza.

Conscientizar a comunidade sobre a importância do respeito e o devido apoio aos portadores de necessidades especiais para preservar sua dignidade e a sobrevida.

A ATX-BA participou do edital da 4ª Chamada Pública de Empreendimentos Econômicos Solidários (SETRE/BA) sendo selecionada juntamente com mais 13 entidades.

CONVITE:

A ATX-BA convida toda sociedade a comparecer e apoiar este empreendimento no qual estamos comercializando as bijuterias confeccionadas com pedras semipreciosas pelos associados e familiares da entidade que participaram do Projeto de Artesanato Mineral em convênio com a Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM) / Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM).
    

LOCAL: Cesol Comércio
Rua Álvares Cabral, n°16, Ed. Oscar Cordeiro - Bairro Comércio - CEP: 40015-330 - Salvador (BA)
Tel.: (71) 3117-1577/ 3117-1589



                                                        
   
    


                      
                                                   
O QUE É O CESOL?  
                                                                                 
O Centro Publico Estadual de Economia Solidária está funcionado no bairro do Comercio na Rua Álvares Cabral, nº 16 prédio Oscar Cordeiro, (antiga Junta Comercial da Bahia). A inauguração deste espaço aconteceu em dezembro de 2008, com a presença do Governador do Estado, a Ministra do Trabalho de Moçambique, autoridades do Estado e representantes do movimento de Economia Solidária da Bahia e do Brasil. Este Centro-piloto além de ser a principal vitrine da economia solidária do Estado, fará a coordenação da implementação e funcionamento dos demais Centros (territoriais). Juntamente com os oitos Centros Territoriais. Este Centro Estadual comporá uma rede de estruturas de desenvolvimento da economia solidária e atendimento aos seus trabalhadores e trabalhadoras.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

INSTITUTO RESSOAR - RECORD

Organizações auxiliam pessoas no processo de transplante de fígado










Por Diogo Silva


Ajudar as pessoas que recebem a notícia da necessidade de um transplante de fígado e aquelas que já receberam um novo órgão. Este é o trabalho de algumas organizações, que dedicam esforços para a superação de doenças e a promoção de uma melhor qualidade de vida para transplantados e para quem ainda aguarda pela operação.

De acordo com o doutor Carlos Baia, médico hepatologista e coordenador de transplante de fígado do Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini, no estado de São Paulo, o transplante hepático é indicado quando o fígado encontra-se acometido por doença aguda ou crônica que cause sua insuficiência de forma irreversível, em alguns casos de câncer e quando ocorrem doenças “metabólicas”, nas quais a pessoa acometida tem uma alteração que impede o metabolismo de algumas substâncias, o que causa alterações no próprio fígado e em outros órgãos.
“Metade dos transplantes de fígado são realizados em pessoas com hepatites, principalmente a hepatite C, na fase de cirrose. A cirrose por álcool corresponde a cerca de 10% a 15% dos transplantes”, diz Baia.
 
O doutor aponta o tempo de espera e a falta de equipes especializadas fora dos grandes centros urbanos como as principais dificuldades enfrentadas pelas pessoas que precisam de um transplante. “Para quem já foi avaliado por uma dessas equipes e teve seu nome colocado numa lista de espera, soma-se a dificuldade de lidar com esse tempo, que é imprevisível”, comenta Baia.

Após analisar o caso de muitos pacientes que vinham de outras regiões do país para São Paulo a procura de tratamento e depois o abandonava pela falta de condições para se manter na cidade, aliado ao caso de uma garota que, após receber um transplante, foi para um albergue da prefeitura, onde contraiu uma tuberculose que quase custou a perda do enxerto, os médicos da equipe HEPATO, especializada no estudo e tratamento clínico e cirúrgico de doenças do fígado, pâncreas e demais afecções do aparelho digestivo, criou, no ano de 2003, a APAT (Associação para a Pesquisa e Assistência em Transplante).

“A equipe constatou que o problema social era um fator impeditivo para o tratamento destes pacientes. Assim sendo, resolveram reunir as famílias, que já ajudavam a outras entidades assistenciais, e propuseram alugar um imóvel que pudesse abrigar estes pacientes e seus acompanhantes durante o período pré e pós-transplante. Assim nascia a APAT”, diz Andrea Soares, gerente administrativa da APAT. Na casa de apoio mantida pela associação, no bairro do Cambuci, os pacientes, junto com seus acompanhantes, recebem acolhimento, alimentação, acompanhamento médico e psicológico no período pré e pós-transplante de fígado.

Além da atuação na APAT, Andrea Soares é presidente da Transpática - Associação Brasileira de Transplantados de Fígado e Portadores de Doenças Hepáticas. Além de palestras de orientação e campanhas públicas de prevenção às doenças hepáticas e pró-doação de órgãos, a instituição atua representando os transplantados de fígado perante autoridades na articulação das demandas dessas pessoas na área de saúde. “A Transpática foi uma das responsáveis pela mudança de critério da alocação de fígado para transplantes de “cronológico” (ordem de chegada do pedido) para “gravidade”, possibilitando, assim, uma chance para aqueles pacientes que descobriam sua doença tardiamente e que não tinham a menor chance de realizar a cirurgia”, diz Soares.

Outros bons exemplos de organizações que atuam prestando auxílio a quem precisa de um transplante e promovendo ações de conscientização para a doação de órgãos se encontram espalhados pelo país. É o caso da ViaVida. A organização localizada na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, foi fundada no ano 2000 por Lúcia Elbern, após o seu filho precisar de um transplante de rins sem que houvesse um doador familiar. “Ao começar a luta pela causa da doação de órgãos e tecidos, com a proposta de mudança cultural no Estado, a entidade sempre teve como foco a diminuição da lista de espera”, diz Elbern. O trabalho realizado por familiares de outras pessoas que aguardavam por um transplante e voluntários logo surtiu efeito, com o aumento de 30% no número de doadores no mesmo ano, o que elevou para 664 o número de transplantes no Rio Grande do Sul.

 Entre as ações desenvolvidas pela ViaVida estão cursos para capacitar professores a trabalharem questões que envolvem as patologias que levam a diversos tipos de transplantes e a distribuição de material informativo em pedágios e estádios de futebol. Além disso, a organização mantém a Pousada ViaVida, um espaço onde pacientes de baixa renda, em lista de espera ou já transplantados tem acesso a alimentação, apoio psicológico e atividades de recreação.

 Na Bahia, A ATX-BA, Associação de Pacientes Transplantados da Bahia, atua desde 1999 prestando assistência aos transplantados em situação de risco social. Também mantém um grupo de apoio ao pré-transplante para quem necessita de uma operação. A entidade foi criada por Márcia Chaves, após a receber um rim doado pelo seu pai. “Desenvolvemos programas de geração de emprego e renda para os transplantados por meio do artesanato mineral, apoio psicológico, orientação dos direitos junto à Previdência Social e campanhas educativas sobre doação de órgãos e prevenção das hepatites”, diz Márcia Chaves, presidente da ATX-BA. 

Organizações auxiliam pessoas no processo de transplante de fígado

O que fazer para aumentar as doações de órgãos?




 





Por Diogo Silva

O Instituto Ressoar questionou profissionais da área da saúde e representantes de organizações que apoiam pessoas que precisam ou já receberam um transplante sobre o que é necessário fazer para aumentar as doações de órgãos no país. Confira abaixo a resposta de cada entrevistado.

Dr. Carlos Baia, médico hepatologista e coordenador do transplante de fígado do Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini. “Ao longo dos últimos anos, várias ações foram tomadas em todo o Brasil para aumentar o número de doadores. Dentre as principais, devem ser citadas a formação/capacitação de equipes que detectam potenciais doadores e conversam com as famílias a respeito da doação. Um doador pode gerar uma nova vida para várias pessoas (dois rins, fígado, pâncreas, pulmões, coração, córneas, pele, ossos, vasos, e intestino). Uma das atitudes mais importantes é a conversa, entre as pessoas das famílias, a respeito da permissão da doação. Atualmente, cartas de motorista ou documentos de identidade com o carimbo "doador de órgãos" não tem valor legal. Pessoas que tenham sofrido acidentes com traumas graves na cabeça, ou outras situações nas quais a circulação de sangue para o cérebro foi comprometida, como derrames cerebrais extensos, podem se tornar doadores de órgãos, desde que seus familiares concordem com a doação. É uma decisão difícil, mas pode ser menos dolorosa se o assunto tiver sido conversado num outro momento”.

Andrea Soares, gerente administrativa da APAT - Associação para Pesquisa e Assistência em Transplante e presidente da Transpática - Associação Brasileira de Transplantados de Fígado e Portadores de Doenças Hepáticas. “Pela realização de campanhas permanentes e não somente pontuais, como as realizadas durante a semana da doação de órgãos. Educar e informar a população de como se dá o processo da doação de órgãos. Muitas pessoas não consentem na doação por não saberem como funciona este processo. A maioria das pessoas não sabe a diferença entre o coma (que pode ser reversível) e a morte encefálica (que é irreversível). A maioria associa a morte à parada cardíaca e acreditam que enquanto o coração estiver batendo a pessoa ainda está viva. Desconhecem que uma pessoa em morte encefálica pode ser mantida "viva, com o coração batendo", durante algum tempo com o auxílio de máquinas e drogas.

Este assunto deveria fazer parte da grade escolar. Não só a doação de órgãos como também a prevenção de algumas doenças que podem levar ao transplante como as hepatites virais, no caso do transplante de fígado, a hipertensão, que pode levar ao transplante renal e o diabetes, que podem ser evitados com a prevenção.

Outra questão de suma importância para o aumento dos transplantes de uma maneira geral é o investimento na melhoria da captação de órgãos, capacitando profissionais, fiscalizando e cobrando resultados das comissões intra-hospitalares de captação de órgãos, como também equipando e melhorando as condições dos hospitais da rede pública”.

Márcia Chaves, presidente da ATX-BA - Associação de Pacientes Transplantados da Bahia. “Para aumentar o número de doações tanto do fígado como demais órgãos e tecidos é preciso:

- criar uma cultura sobre a doação de órgãos, abordando a temática nas escolas de ensino fundamental (como o Projeto Educar para Doar, da ATX-BA), onde o estudante levará o tema para dentro de casa, envolvendo toda a família.

- as comissões intra-hospitalares de captação e doação de órgãos (de acordo com a legislação do SNT (Sistema Nacional de Transplantes), todo hospital com 80 leitos deve ter esta comissão atuante) devem abordar a família não só no momento da ME (morte encefálica), e sim, acompanhar aquela pessoa que deu entrada no hospital por causa de um trauma ou outro motivo qualquer durante seu atendimento e possível recuperação, interagindo com o médico e familiares, se interessando pelo paciente e, se for o caso dele entrar em ME, os familiares já teriam sido acompanhados e teriam tempo de entender o processo da doação de órgãos e tecidos;

- os médicos intensivistas devem notificar compulsoriamente a ME de acordo com a lei vigente. No entanto, menos de 50% o fazem, devido à falta de informação sobre a doação de órgãos;

- são necessárias campanhas institucionais falando do tema, com freqüência semanal ou mensal, seja através da mídia falada ou escrita. Não adianta falar da doação de órgãos só no dia 27 de Setembro, que é o Dia Nacional do Doador de Órgãos. O transplante é uma evolução da medicina que dá vida e qualidade de vida, mas só acontece com a participação de toda sociedade.

- no caso específico da Bahia os pacientes que necessitam de transplantes de rim e fígado devem ser informados do transplante inter-vivos. Aqui na Bahia só é realizado o transplante inter-vivos de rim, mesmo assim, com muita restrição por parte das equipes médicas. O transplante de fígado só é realizado com doador falecido, porém, em outros estados, é possível doar uma parte do fígado em vida para um familiar ou não. Temos na associação diversas crianças que já receberam uma parte do fígado das mães ou pais, assim como adultos.

- o número reduzido de equipes médicas também acarreta um pequeno número de transplantes, assim como o déficit de leitos hospitalares”.

 Lúcia Elbern, presidente e fundadora da ViaVida. “O cerne do problema continua nos Hospitais e nas Comissões Intra-hospitalares para Captação, onde causas variadas impedem que aconteça a elevação no número de notificações e de efetivação de doador, além da falta de neurologista ou de equipamento para o diagnóstico complementar, a manutenção inadequada do doador, entrevistas inadequadas com a família e a falta de equipes para remoção.

Há muito trabalho a fazer. Temos, no Rio Grande do Sul, um índice de recusa familiar em torno de 30%, o que não muda faz tempo, apesar de todas as campanhas e esclarecimentos feitos por esta e outras OSCs. Porém, há os fatores que trabalham contra, como a péssima assistência à saúde que a população recebe nos Postos e nas emergências dos Hospitais.

Quanto às notificações de morte encefálica (ME), elas acontecem em torno de 50%, embora dessas, apenas uma média de 21% no Rio Grande do Sul tornam-se efetivos doadores.

Isso tudo assusta se pensarmos que cada um de nós tem mais de 40% de possibilidade de vir a precisar de um transplante, que é o índice de elevação anual da lista de espera por esse tipo de operação.

Acreditamos que é preciso utilizar o que outros estados tem feito, como, por exemplo, Santa Catarina, que fez um planejamento estratégico para aumentar o número de doadores, remunerar melhor os profissionais dos hospitais e promover cursos de motivação, ou como São Paulo, que treinou 500 médicos em diagnóstico de ME – morte encefálica - e enfermeiras para realizarem as entrevistas familiares, também colocando equipes itinerantes para diagnóstico de ME e remoção de órgãos”.

http://www.ressoar.org.br/dicas_saude_organizacoes_auxiliam_transplante_figado_
aumentar_doacoes.asp

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O ESTADO DE SÃO PAULO

Metade das famílias abordadas ainda se recusa a doar órgãos no Brasil

Fonte: O Estado de S. Paulo
Notícia publicada em: 04/08/2011
Autor: Fernanda Bassette


Apesar das inúmeras campanhas de incentivo à doação de órgãos no Brasil, metade das 1.736 famílias abordadas no primeiro semestre deste ano se recusou a efetivar a doação, segundo dados mais recentes da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

Segundo a ABTO, o número reforça a importância de programas educacionais para a população e de treinamento para os entrevistadores. Essa é a primeira vez que a associação analisa os casos de negativa familiar levando em consideração o número exato de entrevistas feitas e não o número de potenciais doadores - já que nem todas as famílias chegam a ser consultadas.

Por exemplo: no ano passado, a Bahia registrou 346 potenciais doadores e 107 famílias negaram a doação: 30,9%. Se for considerado o número de entrevistas feitas, o porcentual aumenta. No primeiro semestre de 2011, foram registrados 174 potenciais doadores, mas apenas 102 entrevistas foram feitas. Houve 66 recusas familiares - 64,7%.

O Maranhão é outro exemplo. Em 2010, eram 111 potenciais doadores e 37 negaram a doação, o que gerou 33,3% de recusa. Nos primeiros seis meses de 2011, foram identificados 40 potenciais doadores, mas apenas 14 famílias foram entrevistadas. Dessas, 11 negaram a doação - o que elevou a negativa para 78,6%.

Segundo Ben-Hur Ferraz Neto, a ABTO mudou a forma de avaliar as negativas familiares para não gerar porcentuais falsos. "Às vezes não há tempo hábil para a equipe abordar a família porque o paciente tem uma parada cardíaca antes, o órgão piora ou o paciente tem outra contraindicação. Essa família não pode entrar na estatística", diz.

Ainda segundo Ferraz Neto, esse número de negativas é "aceitável" para o Brasil. Segundo ele, a falta de informação dos familiares sobre o que realmente é a morte cerebral, o despreparo da equipe no momento de abordar a família e até a cultura brasileira são fatores que interferem.



Heder Murari Borba, coordenador nacional da Central de Transplantes do Ministério da Saúde, diz que o número de entrevistas familiares têm aumentado e as negativas oscilam de acordo com o atendimento que a família recebeu enquanto o paciente estava vivo.

"Se a família foi mal atendida durante a internação daquele paciente, isso reflete diretamente na recusa em doar. É um dado subjetivo, que varia muito."

Doador efetivo. Apesar de as negativas familiares ainda serem altas, o número de doadores efetivos atingiu o recorde dos últimos oito anos. Pela primeira vez o Brasil superou a marca de 10 doadores por milhão.

No primeiro semestre deste ano, 983 doadores tiveram seus órgãos transplantados (o que representa 10,3 doadores por milhão de pessoas). No mesmo período de 2010, foram 936 doadores efetivos com órgãos transplantados (9,9 por milhão).

Segundo Borba, a meta é chegar a 15 doadores efetivos com órgãos transplantados por milhão de pessoas. A Espanha, referência no assunto, registra 35 doadores por milhão.

"Com capacitação e treinamento, a meta do ministério é dobrar o número absoluto de transplantes até o fim de 2015", afirmou.