quarta-feira, 21 de julho de 2010

ESTADÃO.COM.BR

SUS expande vacina contra hepatite B


Grávidas a partir do 3º mês de gestação, podólogos e caminhoneiros são novos beneficiados; imunizante agora está em todos os postos
21 de julho de 2010 0h 00
Fabiane Leite - O Estado de S.Paulo


O Ministério da Saúde aumentou o número de grupos prioritários para a vacinação gratuita contra a hepatite B e o total de unidades públicas onde o imunizante pode ser aplicado.


Gestantes após o terceiro mês de gravidez, manicures, pedicures, podólogos, mulheres que fazem sexo com mulheres, travestis, portadores de doenças sexualmente transmissíveis e do sangue e populações de assentamentos e acampamentos são os novos beneficiados pela cobertura do imunizante via Sistema Único de Saúde (SUS).


Antes restrita, a vacina pode ser tomada agora em qualquer posto de saúde - são 60 mil novos locais.

Para dar conta da nova demanda, foram compradas mais 18 milhões de doses da vacina do Instituto Butantã, do Estado de São Paulo, além das 15 milhões que eram usadas todos os anos, segundo informações da pasta.
"Estamos aumentando gradativamente a população atendida e a ideia é tornar a vacinação universal", afirmou Ricardo Gadelha, coordenador de hepatites virais do Ministério da Saúde.

A hepatite B é uma doença que pode levar a lesões e câncer de fígado. Transmitida pelo sangue, esperma e secreção vaginal, atinge quem faz sexo sem camisinha ou compartilha objetos contaminados por sangue, como lâminas de barbear e alicates de unha.


A doença, que também pode ser transmitida da mãe para o bebê, é o único tipo de hepatite para o qual existe vacina específica. Mas a imunização também protege contra o vírus da hepatite D, que parasita o B. Existem ainda as hepatites causadas pelos vírus A (transmitido por água e alimentos contaminados), C (pelo sangue, como a B, mas raramente por via sexual) e E (por alimentos e água contaminados), que não têm vacina e também geram danos ao fígado.


O imunizante contra a hepatite B fazia parte do calendário de vacinação dos recém-nascidos e das crianças e adolescentes entre 1 e 19 anos, além de outros grupos vulneráveis, como homens que fazem sexo com homens.


Segundo Gadelha, no entanto, a vacina estava disponível somente em centros de referência, o que dificultava, por exemplo, o acesso à vacina nos pequenos municípios que não têm essas unidades. Agora ela estará disponível em todas as salas de vacina do Sistema Único de Saúde, promete a pasta.


A reportagem contatou postos de saúde na capital paulista nas últimas semanas e não teve dificuldade para encontrar a vacina disponível.


Cobertura baixa. O Ministério da Saúde registra, porém, coberturas ainda inadequadas da vacina entre adolescentes, população que deveria estar com a imunização em dia.


Segundo dados da própria pasta, apenas 71% estão imunizados contra a doença na faixa dos 11 aos 14 anos e somente 52% na dos 15 aos 19. Enquanto isso, entre crianças, as taxas são todas acima de 94%.


Questionado se não deveria ser priorizada a correção das coberturas atuais antes de se expandir os grupos prioritários, o Ministério da Saúde informou que a taxa ideal é difícil de ser atendida porque a aplicação da vacina ocorre em três doses.
"Por isso a estratégia de campanha (em massa) não é adequada para esse tipo de vacina. No entanto, os municípios têm buscado adotar medidas para intensificar a vacinação ", afirmou o ministério.


Ainda segundo a pasta, a ampliação dos grupos prioritários poderá auxiliar a melhora dos índices também nos grupos deficitários.
"Essa ampliação dos grupos atende uma solicitação que tínhamos feito", diz Raymundo Paraná Filho, presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia (que trata das doenças do fígado). De acordo com ele, a vacina é oferecida gratuitamente somente em cerca de 40% dos países, entre eles o Brasil.


"No entanto, a cobertura em determinadas faixas ainda é um desastre. Até na classe médica há desconhecimento sobre a necessidade da vacina. Faltam grandes campanhas na mídia", diz Paraná Filho, que enfatiza que é possível aumentar a cobertura com investimentos e vontade política dos gestores da saúde pública. "Era de se esperar mais esforços. Na gripe suína houve investimento e se conseguiu atingir as coberturas." / COLABOROU LUCIANA ALVAREZ

Cobertura

Crianças e adolescentes Ao nascer e com 1 e 6 meses.

E três doses, dos 11 aos 19 anos.

Públicos cobertos

Abusados sexualmente e acidentados com material infectado; pessoas que fizeram sexo com portador da doença; pessoal da saúde; doentes crônicos do fígado e rins; imunodeprimidos, doadores de sangue e receptores de muitas doações; transplantados e doadores; pessoas que vivem com portadores; pacientes com fibrose cística, doença autoimune, indígenas; usuários de drogas injetáveis; presidiários, reclusos em hospitais; carcereiros; homens que fazem sexo com homens; profissionais do sexo; coletores de lixo; atuantes emresgates; policiais; pessoas sem baço.


Novos públicos

Gestantes após o 3º mês; manicures, pedicures, podólogos; mulheres que fazem sexo com mulheres; transgêneros; caminhoneiros; portadores de DSTs, doenças no sangue, hemofílicos,assentados e acampados.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Jornal da Mídia

Bahia

Parceria
Saúde intensifica ações para aumentar transplante de órgãos
Quinta-feira, 15/07/2010 - 18:24

Salvador - Discutir a situação dos transplantes na Bahia e definir estratégias que possibilitem ampliar o número de doações e transplantes de órgãos no estado. Com esse objetivo, a Secretaria da Saúde do Estado, por meio do Sistema Estadual de Transplantes e em parceria com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), realiza de sexta-feira a domingo (16 a 18), no Catussaba Resort, em Stella Maris, um curso de atualização em transplantes de órgãos.

A iniciativa, coordenada pelo presidente da ABTO, Ben-Hur Ferraz, é destinada a 32 médicos intensivistas, coordenadores de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de hospitais públicos e privados de Salvador e municípios do interior.

O coordenador do Sistema Estadual de Transplantes da Sesab, Eraldo Moura, explica que o encontro terá atividades teóricas, enfocando questões como o diagnóstico de morte encefálica, manutenção do potencial doador e funcionamento do sistema de transplantes no Brasil.

Haverá ainda trabalhos de grupo, com a finalidade de avaliar os entraves e as possíveis soluções para impulsionar as atividades de transplantes nas unidades hospitalares representadas no evento. Entre os palestrantes convidados, o coordenador de Cursos Educacionais da ABTO, Valter Duro Garcia.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A Tarde On Line




CIDADES
13/07/2010 às 21:35
Congresso discutirá doenças que acometem o fígado
Egi Santana l A TARDE

O médico Raymundo Paraná diz que falta hepatologista

A hepatologia é o estudo do fígado, órgão responsável por mais de 200 funções na manutenção do corpo humano.

Para discutir este assunto, Salvador sediará, desta quarta-feira, 14, até 17 deste mês, o Congresso de Hepatologia do Milênio, evento nacional que reunirá especialistas de vários países, inclusive brasileiros.
Durante o evento, serão discutidas, por exemplo, as doenças do fígado, bastante comuns no Brasil. O médico Edison Roberto Parise, presidente da Associação Paulista para Estudo do Fígado, explica que estudos apontam que cerca de 4 milhões de brasileiros estão infectados pelo verme da esquistossomose, responsável por problemas no órgão. Bahia, Minas Gerais e Pernambuco, por exemplo, concentram 70% dos casos.
“Já a hepatite C acomete cerca de 1,5% da população brasileira, e a hepatite B, quase 1%. No caso da doença hepática gordurosa não-alcoólica, os números chegam a 20% da população adulta no País. E o câncer de fígado é atualmente a sexta causa de tumores malignos em todo o mundo e, em nosso País, uma das principais causas de transplante”, afirma.
No Brasil a profissão de hepatologista não é regulamentada como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina, sendo uma subespecialidade da gastroenterologia. Como a demanda desses profissionais é muito alta, o diagnóstico e o tratamento destas doenças são prejudicados, afirma o médico Raymundo Paraná, presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia.
“A maioria dos médicos brasileiros é refém do SUS ou dos planos de saúde, recebendo entre R$ 10 e R$ 40 por consulta. Esta realidade está retirando do mercado especialistas como os hepatologistas, endocrinologistas e reumatologistas”, lamenta Paraná.
Congresso - O médico explica que o congresso pretende chamar a atenção do poder público para a necessidade de aumentar o acesso a hepatologistas no serviço público. “Necessitamos de, pelo menos, 10 vezes mais hepatologistas em todo o Brasil”, afirma o médico.
Sobre o fomento à doação de órgãos, Paraná explica que “na Bahia temos uma pífia taxa de doação de fígado, estimada em três doações por um milhão de habitantes. No Rio Grande do Sul, esta taxa chega a 13 doações, enquanto que países europeus, como a Espanha, possuem taxas entre 18 e 22 doações”.
Serviço
Congresso Hepatologia do Milênio/ Bahia Othon Hotel /Inscrições no local.
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=4737053

segunda-feira, 5 de julho de 2010

ZERO HORA

04 de julho de 2010
BATALHA PELA VIDA
No front pela doação de órgãos
Enquanto a Alemanha faz campanha para mobilizar população a se cadastrar como doador, Israel se prepara para nova lei.
Diversos países lutam, à sua maneira, contra um inimigo comum: o baixo número de doações de órgãos, uma prática que é a única saída para diversas doenças. Na Alemanha, por exemplo, embora 60% da população seja a favor das doações, apenas 14% a 17% se tornam efetivamente doadores. Incrementar esse número é a meta de uma grande campanha em vigor no país.

Lá, há 12 mil pessoas à espera de um transplante e entre 2 mil e 3 mil morrem a cada ano, aguardando uma doação, de acordo com dados do governo alemão. Grupos pró-doação da Alemanha, como o Pro Organspende, tentam conscientizar sobre o problema. Cartazes com personalidades alemãs como o diretor de cinema Roland Emmerich, o boxeador Arthur Abraham ou o ator Til Schweiger (que fez o papel do ex-nazista Stiglitz no filme Bastardos Inglórios) estão espalhados por Berlim, com um apelo pela solidariedade dos alemães: “Você recebe tudo de mim. E eu, de você?”.

Os índices de doação vêm caindo nesse país, apesar de uma lei relativa aos transplantes de órgãos que entrou em vigor em 1997. Nem todos os hospitais atuam da forma ideal, deixando que alguns casos de morte cerebral de potenciais doadores não sejam aproveitados, afirmou, em entrevista à rede alemã Deutsche Welle, Roland Hetzer, diretor do Instituto Alemão de Cardiologia, em Berlim.

Mas a legislação nem sempre é o principal fator na luta pelo aumento no doação de órgãos. Quem assegura isso é Rafael Matesanz, fundador e diretor da Organização Nacional de Transplantes (ONT) da Espanha, órgão ligado ao Ministério da Saúde espanhol. A Espanha é a campeã mundial de doações por manter profissionais exclusivamente encarregados de lidar com a disponibilidade e logística dos órgãos.

A figura do coordenador de transplantes nos hospitais, um escritório central que apoie todo o processo de doação de órgãos, grande esforço em treinamento e educação caracterizam o modelo espanhol.

– Graças a esse sistema de organização das estruturas e de pessoal, o número de doadores de órgãos saltou de 550 em 1989 para 1.607 em 2009. A proporção atual de 34,4 doadores por milhão de pessoas é, de longe, a mais alta do mundo – diz Matesanz.

Princípio olho por olho será usado em Israel

Em toda a União Europeia, por exemplo, essa taxa é de 16, nos Estados Unidos, 26. No Brasil, a proporção é quatro vezes menor do que a da Espanha: a taxa é de 8,7 doadores por milhão.

Israel é um dos países que se espelharam no modelo espanhol para aprimorar suas políticas nesse setor. Mas inovou por uma lei que deve entrar em vigor a partir de outubro. Quem tiver familiares doadores ou se registrar como doador ganhará prioridade na fila de espera por um órgão. A legislação olho por olho reflete uma situação particular de Israel em relação aos judeus ultraortodoxos, que são contra a doação porque não aceitam a morte encefálica pelo fato de ela não ser mencionada no Talmud (livro religioso), mas aceitam receber órgãos, explica seu idealizador, Jacob Lavee (confira entrevista).

zerohora.com
Qual forma de consentimento para doação lhe parece mais adequada?
laura.schenkel@zerohora.com.br
LAURA SCHENKEL
Formas de consentimento para doação
Consentimento informado:
- Necessita autorização expressa da pessoa em vida ou dos familiares após a sua morte. É utilizado em vários países, como Brasil (exige consentimento do cônjuge ou dos familiares de 1º ou 2º grau), EUA, Canadá, Grã-Bretanha, entre outros.

Consentimento presumido:
- Se a pessoa em vida não se registrou como “não doador” (registro informatizado de não doador), o Estado presume que seja doadora. Há dois tipos de consentimento presumido:
- 1. Forte: se não está registrado como “não doador”, o Estado o considera como doador e os órgãos podem ser removidos após a sua morte, sem comunicar previamente a família. Utilizado com sucesso na Áustria.
- 2. Fraco: se não está registrado como “não doador”, o Estado o considera como doador, e os familiares são comunicados e podem negar a doação, devendo assinar um documento. Utilizado em vários países da Europa (Portugal, Itália, França, Bélgica) e da América Latina (Argentina, Costa Rica).
Qual forma de consentimento para doação lhe parece mais adequada?
- pine em zerohora.com

terça-feira, 22 de junho de 2010

ADOTE IMPRENSA

A atriz Drica Moraes vai se submeter a um transplante de medula óssea

22.06.2010
Drica Moraes fará transplante de medula amanhã

A atriz Drica Moraes, 40, será submetida amanhã a um transplante de medula óssea, informou o hospital Israelita Albert Einstein, na zona sul de São Paulo. O procedimento estava previsto para hoje, mas foi adiado.

A atriz, que sofre de leucemia, está internada no hospital desde o dia 14 passado.
Segundo o hospital, o transplante em Moraes irá curá-la definitivamente.

Foto: Renato Rocha Miranda/TV Globo/Divulgação
Leia mais no link http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/755188-drica-moraes-fara-transplante-de-medula-amanha.shtml

Notícias ATX-BA

Você não faz parte do problema, mas pode fazer parte da solução. Doe Órgãos.

A Associação de Pacientes Transplantados da Bahia tem desenvolvido um programa de trabalho representado pela doação de alimentos, doação de medicamentos, cursos profissionalizantes, grupo de artesanato, apoio psicológico e jurídico, encaminhamento e orientação do paciente para realização de transplante aqui e em outro Estado, quando necessário, orientação dos direitos do transplantado junto a Previdência Social (auxílio doença, aposentadoria, amparo assistencial, tratamento fora de domicílio), campanhas educativas sobre doação de órgãos/tecidos, transplantes e prevenção das hepatites, na mídia escrita e falada, através de outdoor, palestras em escolas, empresas, universidades, igrejas, hospitais, etc., geração de emprego e renda para os transplantados e seus familiares através do artesanato mineral.
A Associação Brasileira de Transplantadores de Órgãos (ABTO) publicou no Registro Brasileiro de Transplantes (veículo oficial da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos), estatísticas sobre a captação de órgãos e transplantes, em cada estado. A meta estabelecida para captação de órgãos por milhão de pessoas em 2009 foi de 8,7 doadores pmp.

Nesse ano, o RBT aparece com duas novidades, a primeira, muito importante e dependente da informação das equipes de transplante, é a apresentação sucinta dos resultados, através da medida da sobrevida. A outra, mais pontual, é a utilização da nomenclatura que será recomendada pela organização Mundial de Saúde, para as categorias de doador: potencial (quando abre o protocolo de morte encefálica e comunica à Central de Transplante), elegível (quando o protocolo de morte encefálica é completado), efetivo (quando inicia a cirurgia de remoção) e com órgãos utilizados.

Nesse primeiro trimestre, novamente, foram atingidos os objetivos propostos pela ABTO para a taxa de doação no país (10 doadores pmp). Destacando-se São Paulo (22,6 pmp), Ceará (19,1 pmp), Distrito Federal (18,0 pmp) e Espírito Santo (17,0 pmp), com elevadas taxas de doação e, também, Paraíba e Rio Grande do Norte pelo importante crescimento. Entretanto, devemos estar alertas, pois em apenas oito estados e no Distrito Federal houve aumento nas taxas de doação, em treze houve diminuição e em quatro nunca foram obtidos órgãos de doadores falecidos. As situações comentadas no editorial anterior agravaram-se neste trimestre. Praticamente não se obteve doadores na região norte (um doador no Pará) e houve diminuição nas taxas de doação do Rio de Janeiro (2,8 pmp) e Bahia (2,0 pmp).

Transplantes realizados no período de janeiro/maio 2010 na Bahia de acordo com a Coordenação de Transplantes (COSET)



segunda-feira, 21 de junho de 2010

Procura-se um coração

FTD

Romance Procura-se um Coração, editado pela FTD, trata acerca da doação e transplantes de órgãos
Parte dos direitos autorais da autora Lucia Seixas será revertida à ONG Adote


A jornalista e escritora Lucia Seixas desmistifica de forma sensível e brilhante a doação de órgãos no seu mais novo romance Procura-se um Coração, dedicado ao público juvenil. O tratamento gráfico da capa faz um trocadilho com o título e leva o leitor atento à outra leitura: Cura-se coração. Uma solução simples e eficiente para passar uma mensagem, já que o assunto só se torna a bola da vez na vida das pessoas quando passam pela situação.
“Não é necessário viver o problema para depois se tomar uma posição”, comenta o professor Vitor, um dos personagens da obra que coloca o assunto como tema de pesquisa e discussão para que os alunos desenvolvam uma redação. O que Vitor não sabia é que Manuela, uma de suas alunas, anda angustiada desde que descobriu que sua mãe precisará de um transplante de coração e a única coisa que aparentemente pode fazer por ela é animá-la até que a fila do transplante ande e possa então receber o novo órgão.
Também lhe resta torcer para que a doença não se agrave e o transplante seja feito a tempo.
Até descobrir o problema, Manuela e Pedro eram somente dois irmãos adolescentes que não levavam mais a sério o papo de que os pais iriam se separar, uma vez que o vai e volta dos dois era interminável. Com esta família como pano de fundo para a obra, Lucia também discorre sobre os desafios, preocupações e a força dos adolescentes. Pedro, de 15 anos, queria ficar com Dani, amiga de Lela, um ano mais velha. Mas será que Dani ia querer um pirralho? Lela e sua amiga Júlia, por sua vez, só falavam da paixão de Júlia por Biel, um cara prá lá de convencido e cujo investimento da amiga era pura perda de tempo na visão de Manuela.
Se não bastassem os problemas conjugais, a escola e as dificuldades de relacionamento de cada um, a dupla de irmãos se deparou com um problema que não tinham como lidar ou mudar. Bateu um sentimento de impotência, mas a reação de Lela foi contrária.
Ela quis saber tudo sobre doação de órgãos e transplantes e fez altas pesquisas na internet com sua avó. Descobriu a importância dos grupos sanguíneos na hora de doar um órgão e que nos países desenvolvidos há 40 doadores por milhão de habitantes contra 3,7 doadores por milhão de habitantes no Brasil. O país não alcança nem 10% dos doadores de outras potências. Soube inclusive que no Sudeste e Sul do país é mais fácil ter hospitais especializados e que o Norte e Nordeste do país estão bem carentes de infra-estrutura para doações.
Lela também conheceu melhor uma colega de classe que era desprezada pela turma e graças à nova amiga ampliou muito sua visão sobre o assunto. Das descobertas nasceu algo muito maior: a sala de aula se envolve no assunto e promove uma campanha pela doação de órgãos. Preparam camisetas, criam frases, vão para a rua, distribuem panfletos e conscientizam pessoas. Se Lela e Pedro poderão fazer algo por sua mãe eles ainda não tem certeza, mas se muitas vidas poderão ser poupadas com a iniciativa, tudo valerá a pena.
Apesar da dureza do tema, a autora consegue nesse romance tratar o problema de frente, de forma leve e direta e aproveita para mostrar que as relações podem ficar mais estreitas, o carinho aflorar, as prioridades da vida são revistas e muita coisa boa pode acontecer quando uma família e amigos se unem para driblar um problema e curar corações.
Sobre a autora
Lucia Seixas é jornalista, com atuação nas áreas de cultura, meio ambiente e comportamento. Publicou cinco livros de temática médica em parceria com especialistas. Uma carreira que já tem mais de 25 anos, iniciada no jornal O Fluminense, de Niterói, onde nasceu e vive até hoje. Este é seu primeiro romance. Por sua decisão, parte dos direitos autorais pelas vendas desta obra será destinada à ONG Adote.
A Ilustradora
Sônia Magalhães nasceu em Araçatuba, interior de São Paulo. Hoje, vive na capital paulista. Faz ilustrações para livros e revistas e está começando a escrever histórias para crianças e adultos. Desde pequena, é fascinada por tesouras, e assim não demorou para se identificar com a colagem. E é com essa técnica que realiza seus trabalhos, de forma manual ou digital.
Serviço

Procura-se um coração
Autora: Lucia Seixas
Ilustradora: Sônia Magalhães
Páginas: 128
Preço sugerido: sob consulta
Editora FTD – SAC 0800-158555

Mais Informações à imprensa:
Jô Ribes Comunicação
Kelly Queiroz - kelly@joribes.com.br
Caroline Canazart – carol@joribes.com.br
55 (11) 3721-3232
www.joribes.com.br

sábado, 19 de junho de 2010

Agência de Notícias da Aids

Ao som de vuvuzelas, manifestantes protestam contra problemas na distribuição de medicamentos durante abertura dos Congressos sobre DST, Aids e Hepatites Virais em Brasília

16/06/2010 - 22h30

O evento de abertura do VIII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids e I Congresso Brasileiro de Prevenção das Hepatites Virais corria conforme manda o protocolo.
Representantes dos movimentos sociais que lutam contra essas doenças falaram.
O representante da Unesco no Brasil, Vincent Defourny, reforçou a importância do encontro. Membros do governo, entre eles a ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nicéia Freire, destacaram os esforços políticos contra a doença.
Mas quando o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, pegou o microfone para se pronunciar, vários ativistas levantaram e, ao som de vuvuzelas – as populares cornetas usadas pelos torcedores na Copa – chamaram a atenção das cerca de 3 mil pessoas presentes no local sobre os recentes desabastecimentos de medicamentos antirerretrovirais na rede pública.

“Desculpe-nos, sr. Ministro, desrespeitá-lo nesse momento, mas é também desrespeitados que nós, pessoas vivendo com HIV e aids e que precisamos dos medicamentos antirretroviais, estamos nos sentindo”, disse Beto Volpe, do Grupo Hipupiara, de São Vicente, litoral de São Paulo.

Um dos principais líderes do ato, Beto acrescentou ao Ministro que a “atual gestão nacional de distribuição de medicamentos contra a aids é desastrosa.”

Nos primeiros meses deste ano, um problema na documentação da compra do antirretroviral abacavir provocou a falta nacional do produto. Outros importantes medicamentos contra a aids, como o tenofovir, o biovir e a lamivudina também foram distribuídos em menor quantidade por conta de atrasos dos fabricantes.

Segundo Beto, a distribuição fracionada dos medicamentos, ou seja, quando são distribuidos aos poucos para evitar a falta do produto, fez com que alguns remédios fossem entregues aos pacientes, pelos técnicos das farmácias dispensadoras, em saquinhos de chup-chup.

Ele ressaltou ao Ministro que o tema do evento “Viver Direitos” (Acesso, equidade e cidadania) não tem sentido, já que as pessoas com HIV e aids não sabem "nem direito se irão viver", devido ao recente desabastecimento de medicamentos.

Com faixas que traziam frases como “Tolerência Zero para a falta de medicamentos", os manifestantes deixaram o local do evento em protesto.

Temporão ouviu todas as críticas e disse que os manifestantes “exerceram seus direitos”, mas lamentou a saída dos ativistas, porque, segundo ele, na democracia é preciso também saber ouvir. O chefe da pasta da Saúde continuou seu discurso, ainda quando os manifestantes estavam saindo, com uma homenagem ao trabalho feito pela Diretora do Programa de DST, Aids e Hepatites Virais, Mariângela Simão, nas áreas de assistência e prevenção.

Quando foi chamada para compor a mesa de abertura, Mariângela foi uma das mais aplaudidas.

Fora da cerimônia de abertura dos congressos, o Presidente do Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo, Rodrigo Pinheiro, disse que a sociedade civil organizada não vai mais aceitar desculpas para o desabastecimento de medicamentos. “Vamos protestar e ir às ruas sempre que necessário”, comentou.

O Presidente do Fórum de ONG/Aids do Rio Grande do Sul, Rubens Raffo, ressaltou que a falta de medicamentos ocorreu porque não há um bom estoque do produto por parte do Ministério da Saúde.

Abertura do evento

Antes da manifestação, a ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nicéia Freire, pediu para que durante os três dias de evento não deixassem de ser discutidas ações para que as mulheres vivendo com HIV possam ter mais autonomia nos seus direitos sexuais e reprodutivos.

Ela ressaltou que “das 400 pessoas que participaram do primeiro Congresso Brasileiro de Aids, em Salvador, no ano de 1986, passamos hoje para mais de 4 mil”. Segundo Nicéia, isso representa uma multiplicidade de intervenções que estão sendo feitas nacionalmente contra a doença.

O representante da sociedade civil de luta contra as hepatites virais, Jeová Pessin Fragoso, elogiou a iniciativa de unir, num mesmo Departamento do Ministério da Saúde, as DST/Aids e as hepatites. “Esse evento que estamos aqui, hoje, é a prova de que toda a experiência obtida no combate da aids no Brasil pode ser usada também para o combate das hepatites”, comentou.

Antônio Lisboa, representante das pessoas vivendo com HIV, criticou o mau uso do dinheiro destinado ao enfrentamento da aids por parte de algumas secretarias municipais de saúde. “Sabemos que ainda é comum em muitas cidades a aplicação de fundos contra o HIV e aids no mercado financeiro”, finalizou.

Os Congressos Brasileiros de Prevenção das DST, Aids e das Hepatites Virais ocorrem até sábado, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

Lucas Bonanno, de Brasília

A Agência Aids cobre o evento com apoio da Female Health Company / SUPPORT

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Globo

São Paulo ganha primeiro hospital público do país especializado em transplantes
Plantão Publicada em 15/06/2010 às 21h32m
Agência Brasil

Comentários
SÃO PAULO - A partir desta terça-feira, o estado de São Paulo passou a contar com o primeiro hospital público do país especializado em transplantes de tecidos e órgãos. Com capacidade para realizar até 636 cirurgias anuais, a unidade contará com 80 médicos que realizarão transplantes de córnea, rim, pâncreas, fígado e medula óssea.

Além disso, o antigo Hospital Brigadeiro - agora rebatizado como Hospital Dr. Euryclides de Jesus Zerbini - também irá atender casos de alta complexidade em áreas como hematologia, oftalmologia, urologia e neurocirurgia. A reforma do antigo hospital consumiu quase dois anos e exigiu cerca de R$ 37 milhões de investimentos em obras e equipamentos.

Além do valor inicial, a Secretaria estadual de Saúde garante que, somente este ano, irá destinar cerca de R$ 45 milhões para custear as atividades hospitalares e o Centro de Referência em Saúde do Homem, que funcionará no prédio anexo. Está prevista também a instalação de um laboratório de anatomia patológica que, de acordo com a secretaria, se tornará referência nacional para biópsia de rim, capaz de avaliar a qualidade dos órgãos doados e realizar o acompanhamento dos pacientes transplantados.

Embora afirme não ser possível precisar o tempo em que os pacientes à espera de um órgão compatível serão atendidos, o superintendente do hospital, o médico Nacime Salomão Mansur, garante que as novas instalações terão um "impacto brutal para a população".

- Queremos ser [em breve] o principal transplantador de fígado, córnea, medula óssea e pâncreas e, em curto espaço de tempo, esperamos fazer praticamente a metade do número de transplantes renais que o Hospital do Rim faz hoje. Agora, a queda no tempo de espera vai depender dos doadores e do aumento da captação de órgãos - disse Mansur durante a inauguração do hospital.

O superintendente afirmou que o hospital continuará atendendo a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) de outros estados (hoje, um em cada cinco tranplantados nos hospitais paulistas é morador de outros estados) e que a triagem e o encaminhamento dos pacientes continuará sendo feito pelos ambulatórios especializados. Constatada a necessidade de transplante, o paciente é inscrito em uma lista de espera, cujo tempo de atendimento depende do órgão necessário e do estágio da doença.

Segundo Mansur, em São Paulo já não há mais fila para o transplante de córneas e a pior situação seria a dos que necessitam de um novo fígado.

- É um procedimento muito complexo e há poucas equipes especializadas, além de haver poucos doadores.

sábado, 5 de junho de 2010

Planeta Universitário

PUCRS lança Campanha para incentivar a doação de sangue, órgãos e medula óssea
Sex, 04 de Junho de 2010 12:55

A PUCRS lança na próxima segunda-feira, 7 de junho, a campanha "Doe Esperança", iniciativa permanente para mobilizar a comunidade acadêmica para a doação de sangue, órgãos e medula óssea. Um show com a dupla Claus e Vanessa marcará a data, a partir das 19h, no Largo da Solidariedade, em frente ao prédio 15 do Campus (avenida Ipiranga, 6681- Porto Alegre), com entrada franca.

Serão três eventos anuais, relativos a cada um dos temas, aproveitando as mais de 30 mil pessoas que interagem diretamente com o Campus, entre alunos, professores, técnicos administrativos e fornecedores. A primeira ação será no dia 18 de junho.

Entre os prédios 11 e 30, das 9h às 12h e das 13h30min às 16h, o ônibus do hemocentro do Rio Grande do Sul fará coleta de amostra de sangue para o cadastro de doadores de medula óssea. A promoção é da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários, Gerência de Recursos Humanos e Hospital São Lucas da Universidade.

Programação:
18/6 - Enfoque: Doação de Medula Óssea - Ação: Coleta de amostra de sangue para cadastro
25/9 - Enfoque: Doação de Órgãos e Tecidos - Ação: Entrega de folder explicativo
25/11 - Enfoque: Doação de Sangue - Ação: Entrega de folder explicativo

Saiba mais sobre a doação de medula óssea

O que é Medula Óssea?
A medula óssea é o tecido encontrado no interior dos ossos, também conhecido popularmente por "tutano", que tem a função de produzir as células sanguíneas: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.

Quem precisa de Transplante de Medula Óssea?
O Transplante de Medula Óssea é indicado principalmente para o tratamento de doenças que comprometem o funcionamento da medula óssea, como doenças hematológicas, onco-hematológicas, imunodeficiências, doenças genéticas hereditárias, alguns tumores sólidos e doenças autoimunes.

Como se tornar um doador?
A pessoa precisa ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante). Ela deve cadastrar-se em um dos centros habilitados para isso, onde será feito um cadastro com dados pessoais e realizada a coleta de uma pequena amostra de sangue. A partir disso, seus dados constarão do Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome). Se, um dia, houver algum paciente no Brasil (e mesmo em outros países) com características genéticas semelhantes às suas, o doador será convidado a realizar novos testes e doar efetivamente a medula se houver compatibilidade.

Como é feita a doação de medula óssea?
Esta é retirada do interior de ossos da bacia por meio de punções com agulhas e seringas. Além dessa, existe outra forma de doar as células progenitoras ou células-mãe da medula óssea: é a aférese, em que o doador é ligado a uma máquina pela qual o sangue de suas veias circula enquanto as células progenitoras vão sendo separadas. O material colhido pode ser utilizado imediatamente ou ser congelado para utilização posterior.

Existe risco para o doador?
Os riscos para o doador são praticamente inexistentes. A medula se recompõe em apenas 15 dias. Até hoje não há relato de nenhum acidente grave devido a esse procedimento.

Como é feito o transplante?
O transplante só será realizado quando o paciente estiver pronto para recebê-lo, resolução que cabe ao médico que o está acompanhando. O procedimento é simples: após um tratamento que elimina todas as células da medula óssea do paciente, aquelas colhidas do doador são infundidas em uma veia, como se fossem uma transfusão de sangue. Com o passar do tempo, essas células vão se fixar na medula óssea vazia e se multiplicar até recomporem-na novamente.

Como são feitas as buscas do doador?
O doador compatível deve ser procurado em primeiro lugar, na família, entre irmãos do mesmo pai e da mesma mãe. Esse não sendo encontrado, o médico do paciente deverá inscrevê-lo no banco nacional de receptores de medula óssea (Rereme) para realização da busca de um doador compatível voluntário cadastrado no registro brasileiro de doadores de medula óssea (Redome).
Assessoria de Comunicação Social - PUCRS / ASCOM

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Zero Hora

01 de junho de 2010 N° 16353
SEJA SOLIDÁRIO
Por que diminuem as doações
Ministério Público lança campanha de conscientização para reverter queda no número de órgãos oferecidos para transplante.

O Rio Grande do Sul, que já foi o número um em transplantes no país – respeitada a proporção em relação à população –, está agora em terceiro lugar nessa delicada modalidade de cirurgia, atrás de São Paulo e do Paraná. E esta não é a pior notícia do momento. O número de doações de órgãos concretizadas vem caindo ano a ano, desde 2007, no Estado. Neste período, a redução foi de 8,5% no número de doadores e 14% no de transplantes concretizados.

Enquanto em 2007 ocorreram 147 doações efetivamente transformadas em transplantes, no ano passado apenas 126 foram bem-sucedidas. E a tendência continua de queda nos procedimentos, a se julgar pelos 34 transplantes concretizados no primeiro trimestre no Rio Grande do Sul – a se manter o ritmo, o número ao final de 2010 vai no máximo empatar com o do ano passado.

Mas o que está provocando a redução? Um estudo da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, integrada pelas centrais de doações espalhadas pelo Brasil afora, aponta que mais da metade das doações no Rio Grande do Sul (60%) não se concretizou porque os familiares do doador em potencial não autorizaram a cirurgia. Os 40% restantes de doações não efetuadas ocorreram porque havia contraindicação médica.

– Aumentou o número de UTIs no Interior e isso talvez salve vidas e diminua o número de doadores. Mas, se agilizarmos o treinamento dessas equipes para diagnosticar mortes, voltaremos a ter mais doações – aposta o coordenador da Central de Transplantes-RS, Eduardo Elsade.

É para reverter essa redução no número de transplantes que o Ministério Público Estadual lançou ontem o programa Abra as Portas do seu Coração, Doe +, Doação de Órgãos e Tecidos + Vidas. Os promotores assinaram um termo de cooperação com a Federação das Associações dos Municípios do RS (Famurs) e a Fundação de Economia e Estastística (FEE) para levantar dados relativos à captação e à doação de órgãos. A ideia é verificar as causas da redução no número de doações.

Há 22 mil gaúchos à espera de um transplante

Para dar exemplo, a própria procuradora-geral de Justiça, Simone Mariano da Rocha, doou sangue que será cadastrado num banco de transplantes de medula óssea. A doação foi feita no saguão da sede do MP em Porto Alegre. A iniciativa deu certo. Apenas ontem, 108 pessoas doaram sangue no mesmo local.

– Existem em torno de 2,2 mil gaúchos aguardando por um transplante e, ao mesmo tempo, uma redução no número de doadores. Temos de agir de forma coordenada, articulando ações públicas – justificou a procuradora.

No país, o quadro é oposto. O número de doações aumenta a cada ano. Cresceu 18%, enquanto o de transplantes aumentou 44%. Mesmo assim, a performance média do Estado é melhor. Em território gaúcho, uma em cada três doações em potencial de órgãos se concretiza. No país, apenas uma em cada quatro vira realidade.

humberto.trezzi@zerohora.com.br
HUMBERTO TREZZI

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Folha Online

20/05/2010 - 07h05
Número de doadores de órgãos cresce no primeiro trimestre de 2010 no Brasil
MARIANA PASTORE
Colaboração para a Folha

A ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos) divulgou um balanço dos transplantes de órgãos realizados no primeiro trimestre de 2010 que indica que o número de doadores aumentou no Brasil, atingindo 10,2 por milhão de população (pmp).

Segundo a ABTO, em números absolutos foram 485 doadores com órgãos transplantados entre janeiro e março de 2010 (projeção de 1.940 para o ano), contra 378 (8 pmp) no mesmo período do ano passado e 1.658 (8,7 pmp) no total de 2009.

Em entrevista à Folha por telefone, o presidente da ABTO, Ben-Hur Ferraz Neto, explicou que o crescimento se deve a várias ações, entre elas, "a formação de pessoas especializadas nos cuidados com o doador de múltiplos órgãos e na abordagem da família. As equipes são treinada para lidar com todas as etapas do transplante".

Entre os Estados que registraram aumento de doadores neste ano está São Paulo, que cresceu de 15,4 pmp para 22,6 pmp (236 em números absolutos); Ceará, de 11,2 pmp para 19,1 pmp; Distrito Federal, de 9,8 pmp para 18 pmp; Espírito Santo, de 10,2 pmp para 17 pmp; e Paraíba, de 3 pmp para 10,9 pmp.

A meta para o resto do ano é atingir 10 doadores com órgãos transplantados por milhão de população. "Para o próximo trimestre, queremos no mínimo manter essa taxa. Para 2010, esperamos superar a expectativa de 10 pmp", informou o presidente.

O destaque da publicação é a inclusão das estatísticas de sobrevida dos pacientes e enxertos. Para Ferraz Neto, "o mais importante é que a novidade vai permitir análises futuras, onde nos basearemos para promover ações de impacto."

A intenção é que, a médio e longo prazo, seja possível fazer um estudo consolidado dos transplantes realizados em todo o Brasil, promovendo ações que possam resultar em melhorias, de acordo com a ABTO.

Segundo dados fornecidos pelas equipes transplantadoras que atualizaram 100% dos seus transplantes, a sobrevida dos pacientes e enxertos por órgãos foi maior em cirurgias no pâncreas após rim, seguida por rim, fígado, coração e pâncreas/rim.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

ABTO - RBT 2010

DADOS DA ABTO - RBT - TRIMESTRE JAN/MAR/2010



ESTADÃO.COM.BR

Doação de órgãos bate recorde; em 3 meses foram 485 doadores
20 de maio de 2010 0h 00
Karina Toledo - O Estado de S.Paulo


O Brasil registrou no primeiro trimestre de 2010 um novo recorde de doação de órgãos e atingiu o índice de 10,2 doadores por milhão de habitantes (ppm), revela relatório que será divulgado hoje pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

Em números absolutos, foram 485 doadores com órgãos transplantados entre janeiro e março de 2010, contra 378 (8 ppm) no mesmo período do ano passado. Em todo o ano de 2009, foram 1.658 doadores efetivos (8,7 ppm). A meta da ABTO é terminar 2010 com 1.940 (10 ppm).

Segundo a entidade, o aumento de doadores em São Paulo é uma das razões para o crescimento das estatísticas brasileiras. Entre janeiro e março de 2010, o Estado registrou taxa de 22,6 ppm, contra 15,4 no mesmo período do ano passado.

A versão 2010 do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) traz também, pela primeira vez, estatísticas de sobrevida dos transplantados.

O documento revela, por exemplo, que 77% de todas as pessoas submetidas a transplante de coração sobreviveram. Entre aqueles que receberam um rim, o índice foi de 98%.






quarta-feira, 19 de maio de 2010

Correio Braziliense

País precisa melhorar serviço de recebimento de órgãos, diz diretor de hospital
Agência Brasil
Publicação: 18/05/2010 21:00

O Brasil precisa melhorar a captação de órgãos para suprir a necessidade crescente de pessoas que aguardam por doações, afirmou nesta terça-feira (18) o diretor do Serviço de Transplantes de Órgãos do Aparelho Digestivo do Hospital das Clínicas de São Paulo, Luiz Augusto D'Albuquerque, durante audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados.

De acordo com ele, o Congresso Nacional pode ajudar a fazer com que a captação aumente. “O Congresso poderia viabilizar nos hospitais de grande movimento que houvesse uma organização de procura de órgãos que pudesse reconhecer os doadores e assim conseguir a doação desses órgãos.”

Ele disse ainda que um único doador pode chegar a fazer 16 doações para pessoas que estão na fila de transplante de órgãos.

Outra necessidade na área de transplantes foi apontada pelo presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, Ben-Hur Ferraz Neto, que também participou da audiência. Para ele, é preciso maior aperfeiçoamento e reconhecimento dos profissionais que trabalham com transplantes de órgãos.

Ferraz Neto afirmou que essa é uma área que necessita de dedicação quase que exclusiva por parte do profissional.
Por isso, acrescentou, ele deve ter, além de uma boa capacidade técnica, boa remuneração. “Para atingirmos o que precisamos, precisa ser reconhecido e profissionalizado.”

Ele disse ainda que não há em todos os estados profissionais especializados na área de transplante. Mesmo nas unidades da Federação onde há esses profissionais, o número é insuficiente para atender à procura.

A coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, Rosana Reis Nothen, afirmou que o programa brasileiro de transplantes é sustentável e tem conseguido aumentar a cada ano o número de transplantes feitos no país. “Desde 2001 e 2002 praticamente dobraram os transplantes feitos no Brasil e também tivemos um aumento no número de tecidos transplantados.”

Ela afirmou ainda que no ano passado houve um aumento de 25% no número de doadores e foram feitos só em 2009 quase 6 mil transplantes.

ATX-BA - Notícias

Campanha Dia Mundial das Hepatites - Grupo Otimismo

terça-feira, 18 de maio de 2010

ATX-BA - NOTÍCIAS




Av. Brigadeiro Faria Lima, 2391 cj. 102
São Paulo - SP - CEP 01452-000
Telefone (11) 3812.3253
secretaria@sbhepatologia.org.br
www.sbhepatologia.org.br





Amanhã, 19/05, é o Dia Mundial das Hepatites e o presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, Dr. Raymundo Paraná, estará ao vivo no programa Sem Censura da Tv Brasil, às 16h.

O convidado falará dos diversos tipos da doença, tratamentos, campanhas, cuidados, mitos entre outros temas de interesse da população. Não deixem de assistir.


Ana Paula Ap. Firmino
anapaula@sbhepatologia.org.br

SESAB

SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
12 de maio de 2010

SEMANA ESTADUAL DAS HEPATITES VIRAIS COMEÇA NESTE DOMINGO

As hepatites virais constituem-se um grave problema de saúde pública pela sua distribuição geográfica em todo o mundo, de prevalência variável nas diversas regiões do país. São doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário pelo fígado, que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais semelhantes, porém com importantes peculiaridades. No Brasil há grande variação regional na prevalência de cada um dos agentes etiológicos.

Para marcar a Semana Estadual das Hepatites Virais, no período de 16 a 21 deste mês, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), através do Programa Estadual das Hepatites Virais, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador e membros do Comitê Estadual de Prevenção e Controle das Hepatites Virais promovem extensa programação que será iniciada no domingo (16), com duas caminhadas, das 8h30 às 10h30: a primeira do Farol da Barra ao Cristo, e a segunda do Jardim de Alah ao Aeroclube.

De acordo com a coordenadora do Programa de Hepatites Virais da Sesab, Maria Helena Macedo, o vírus da hepatite B é 100 vezes mais infectivo que o HIV (Aids) e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem cerca de 350 milhões de portadores crônicos da Hepatite B, 2 bilhões já tiveram contato com o vírus, aproximadamente 2 milhões de infectados no Brasil e 1milhão de mortes/ano no mundo. "O vírus da hepatite C tem cerca de 200 milhões de portadores. É a maior causa de cirrose e câncer de fígado e, na Bahia, apesar das sub-notificações, foram registrados 28.406 casos de hepatites virais no período de 2003 a 2009, com 8.016 casos de hepatite A, 2.939 de hepatite B, 2.171 de hepatite C, 242 de B+C e 117 de A+C", explicou a coordenadora.

Durante a programação, de 17 a 21, a população poderá realizar teste rápido para hepatite B e C
nas seguintes unidades de saúde: 6º. Centro Rodrigo Argolo - Cabula; 7º. Centro Hélio Machado - Itapoã; Centro de Saúde Adroaldo Albergaria - Periperi. Nas unidades do 15º. Centro de Saúde - Vale das Pedrinhas, 18º. Centro de Saúde - Fazenda Grande, Centro de Saúde 7 de Abril e Centro de Saúde Carlos Gomes, serão coletadas amostras para serem encaminhadas ao Laboratório Central (Lacen). No interior, ações serão desenvolvidas pelos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), Serviços de Assistência Especializada (SAE) e Centros de Referência de Hepatites Virais dos municípios.
L.S./M.Tb.909-Ba
/hepatite/semana

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Agência de Notícias da Aids

NOTÍCIAS


Departamento de Aids divulga nota explicando a atual situação da distribuição dos antirretrovirais no país
04/05/2010 - 17h45

O Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira, 4 de maio, uma nota de esclarecimento sobre a atual situação dos medicamentos antirretrovirais que compõem o coquetel antiaids. Leia a seguir a nota na íntegra assinada pela diretora do Departamento, Mariângela Simão.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Sobre a situação de antirretrovirais no país, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais informa:

. O medicamento importado abacavir 300 mg foi liberado pela Receita Federal e já está no almoxarifado do Ministério da Saúde em Brasília. O envio para as unidades da Federação se inicia ainda hoje, via aérea. A quantidade total dessa entrega é de 600 mil comprimidos (10 mil frascos), o equivalente a três meses de tratamento para os pacientes em uso desse medicamento no país. Adiantamos, ainda, que até o fim de maio chega ao Brasil uma nova remessa de 1,8 milhão de comprimidos (30 mil frascos), quantidade suficiente para atender à demanda nacional por mais oito meses. Um terceiro lote de entrega totalizará 5,1milhões de comprimidos, que atenderá o consumo de 2010 e parte de 2011.

. O consumo médio mensal de abacavir 300mg no Brasil é de 222 mil comprimidos. O país possui cerca de 3.700 pacientes em tratamento com esse medicamento.

. Em relação ao estoque de abacavir solução oral, cabe informar que 2.500 frascos estão nesse mesmo lote de entrega. O consumo médio mensal é de 680 frascos. A compra total de abacavir solução oral para atender o ano de 2010 foi de 6.500 frascos.

. Cabe informar que o cronograma de entregas dos medicamentos de produção nacional, a combinação zidovudina + lamivudina (AZT+3TC) e lamivudina 150mg (divulgada na reunião da CNAIDS) foi cumprido integralmente no último dia 30 de abril, regularizando o abastecimento desses produtos. Novas entregas estão programadas mensalmente pelos laboratórios FURP, Farmanguinhos, FUNED, LAFEPE e IQUEDO até o final do ano, o que garante o abastecimento mensal, bem como a recomposição dos estoques de segurança.

. A compra de medicamentos no país segue uma rotina de aquisição estabelecida pelo Ministério da Saúde, cujos contratos da rede de abastecimento para 2011 serão firmados entre setembro e novembro de 2010. Apesar disso, as compras realizadas nos contratos de 2010 incluem a manutenção de estoque estratégico suficiente para atendimento da demanda até junho de 2011.

O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais coloca-se à disposição para mais esclarecimentos.


Mariângela Simão

Diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais

Ministério da Saúde

sexta-feira, 30 de abril de 2010

A Tarde On Line

CIDADES

29/04/2010 às 22:46

Transplantados de rim ficam sem remédios em 19 cidades do sudoeste
Juscelino Souza l Sucursal Vitória da Conquista


Joselito está usando medicação com validade vencida

Dez anos depois de um bem-sucedido transplante de rim, o vigilante aposentado Joselito dos Santos, de 42 anos, pode voltar à rotina da hemodiálise, em três sessões semanais com quatro horas de duração. O drama não é exclusivo do paciente. Por falta da medicação, pelo menos outros 50 transplantados, que a exemplo de Santos já receberam um rim novo, podem retornar a qualquer momento às salas de hemodiálise, correndo o risco de perder o órgão que lhes foi doado.

O principal motivo para a reversão do quadro estável é a falta, na rede pública de saúde, de medicamentos, como o myfortic, nome fantasia para a substância ativa micofenolato de sódio. O medicamento, que deve ser distribuído gratuitamente pela 20ª Diretoria Regional de Saúde (Dires), é fundamental para os transplantados no controle das funções do organismo. Também está em falta o prograf (tacrolimo), que custa R$ 998,31 na rede farmacêutica privada. Santos ainda tem que fazer uso de outras dez substâncias, mas sem o produto, o transplantado começa a apresentar alterações no corpo, como inchaço de braços, perna e rosto, além de retenção da urina, podendo até comprometer o rim de forma irreversível.

A farmacêutica Cinara Andrade Amaral, da 20ª Diretoria Regional de Saúde (Dires), em Vitória da Conquista, informou que a chegada dos medicamentos consta no relatório da Diretoria de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF), ligada à Superintendência de Assistência Farmacêutica, Ciência e Tecnologia em Saúde da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab). “Mas houve atraso no envio da remessa dos medicamentos, o que geralmente deveria ocorrer até o dia 25 do mês”, assinalou Cinara. Além de Vitória da Conquista, a 20ª Dires atende pacientes de outros 18 municípios da região sudoeste.

A TARDE apurou que os medicamentos em falta no interior já estão no almoxarifado da DAF, em Salvador, em volume suficiente para suprir a demanda por até três meses. Ainda conforme apuração, a falta dos produtos deve-se a uma ação judicial movida por uma das empresas participantes do pregão. Com o ato impugnado, o processo de compra foi prejudicado e somente agora houve a liberação dos lotes.

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde desta sexta-feira, 30, ou, se você é assinante, acesse aqui a versão digital.
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=2273841
Comentário ATX-BA: a falta do fornecimento do imunossupressor (medicamento que evita a rejeição do órgão) para o paciente transplantado vem se repetindo, fato este de extrema gravidade, haja vista que são medicamentos indispensáveis na manutenção do transplante.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

ATX-BA

Salvador, 29.04.2010

FALTAM MEDICAMENTOS PARA OS TRANSPLANTADOS DA BAHIA

Como Presidente da Associação de Pacientes Transplantados da Bahia (ATX-BA) venho fazer um apelo às autoridades competentes no sentido de que não deixem faltar os medicamentos (imunossupressores) que evitam a rejeição do órgão transplantado.

Mais uma vez, desde quinta feira passada (22.10.2010), os transplantados da Bahia estão sem a medicação tracolimus de 1mg e 5mg (Prograff) distribuída no Hospital Ana Neri.

Hoje vários pacientes transplantados ligaram para a ATX-BA pedindo socorro, pois, disseram que ao chegarem à farmácia do Hospital Ana Neri para pegar a medicação do mês ouviram que não tinha a medicação e que não havia previsão de chegar.

São pessoas que esperaram anos numa fila para receber um órgão (coração, rim, fígado, pâncreas, etc.) e que na falta destes medicamentos podem retornar para hemodiálise no caso do rim ou mesmo vir a falecer no caso de outros órgãos.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Terra Tecnologia

Garota canadense narra em blog "o fim da vida"

Quarta, 28 de abril de 2010, 12h35

Na foto, uma garota frágil com o cabelo amassado, uma menina que já foi rainha de concurso de beleza, mostra um sorriso fraco para a câmera. "Olá mundo", diz Eva Markvoort no vídeo. "Para o meu blog, aos meus amigos, a todos. Tenho uma notícia. É meio difícil de ouvir, mas eu posso contar com um sorriso". Em uma cama de hospital, Eva aparecia sentada, cercada por sua família. "Minha vida está acabando". Eva Markvoort tinha fibrose cística, uma doença incurável que provoca o acúmulo de muco nos pulmões. Ela narrou em um blog ("65_RedRoses") a vida de uma pessoa com uma doença terminal, entre fotos engraçadas com os amigos e com a família.

Eva chegou a receber um transplante em 2007 - há um documentário, também chamado "65 Red Roses", exibido internacionalmente, que fala de sua história, da doença e do transplante - mas menos de dois anos depois seu corpo começou a rejeitar o órgão. Após o documentário - que também foi premiado - ser veiculado, o número de doadores de órgãos aumentou consideravelmente, de acordo com artigo no jornal Vancouver Sun.

E até o fim ela lutou para informar as pessoas sobre a doença e a importância da doação de órgãos. Recebeu inclusive prêmios, entre eles o Summerhayes Award 2010, da Fundação Canadense para a Fibrose Cística no Canadá.

Morte e a era da internet
Médicos especialistas que trabalham com doentes terminais dizem que compartilhar os últimos pensamentos é uma forma de reconhecer que o fim está próximo, mas também desmistifica a morte para os outros. E na era da internet, muitas pessoas aproveitam as redes sociais para refletir online sobre suas vidas.

"O que estamos vendo nesta última década é uma mudança de cultura, que fala abertamente sobre a morte", disse o Dr. Chris Feudtner, diretor de pesquisa do Serviço de Cuidados Paliativos do Hospital Infantil da Filadélfia, na Pensilvânia, em reportagem no site da CNN.

"A linha de pensamento é 'Eu ainda estou vivo. Não quero ficar fechado. Quero poder dividir o que estou aprendendo nesta jornada'", afirmou.

Outro médico, David Cassarett, diz que "muitos destes blogs contam o dia a dia das pessoas e são bem honestos, sem mascarar as dificuldades e medos". Trazem desespero, "trazem o que precisamos ouvir", ele diz, mas também falam de esperança.

Eva Markvoort começou seu blog em 2006. Sozinha no quarto - os portadores de fibrose cística ficavam isolados por causa da infecção - ela começou a conversar online com outros pacientes. Quando estava muito frágil, ela ditava para que algum amigo ou familiar escrevesse. "A atividade online, o retorno que ela recebia, tudo tornou-se um foco muito importante para ela", disse sua mãe Janet Brine.

O blog se chama "65_RedRoses" porque, quando criança, Eva não conseguia pronunciar o nome certo da doença (em inglês "cystic fibrosis"). Então fez um trocadilho com 65 ("sixty five", em inglês) e adicionou "red roses" (vermelho era sua cor predileta, e rosa sua flor preferida).

Nos últimos dois anos, o blog conectou-a a mais de um milhão de internautas do mundo todo. O vídeo em que ela aparecia cercada pela família, dizendo estar perto de morrer (gravado cerca de um mês antes da morte), atraiu imediatamente mais de 150 mil page views, e dezenas de milhares nos dias seguintes.

Celebrando a vida
Mas para além da dor, do desconforto e da doença, o tema recorrente do blog era o amor. No vídeo em que fala sobre a morte iminente, ela diz: "Acho que sou muito afortunada, porque eu amei mais do que vocês poderiam pensar, mais do que vocês poderiam imaginar. Então, eu estou comemorando isso: celebrando minha vida".

A menina cresceu em um subúrbio de Vancouver, no Canadá. Gostava de moda e chegou a frequentar a Universidade de Victoria. Usava os cabelos vermelhos e queria ser atriz, mas a doença impediu a continuação da carreira. "Eva encontrou outras maneiras de utilizar essa veia artística, como escrever o blog, por exemplo", afirmou a mãe.

A triste realidade das últimas seis semanas era exposta em seu blog, em posts que falavam de "episódios de horas ofegantes, ondas de náuseas e falta de sono". "Eu estou me afogando nas medicações", ditou ela para que a irmã escrevesse no dia 25 de março último. "Não consigo respirar".

"Este é o fim da minha vida, mas não é o fim do meu amor", disse. Eva Dien Brine Markvoort morreu na manhã de 27 de março, aos 25 anos.

No endereço http://65redroses.livejournal.com/ encontram-se vídeos, os posts de Eva, fotos e relatos da família e amigos sobre o trabalho e a vida da garota. Nesta sexta-feira, dia 30, família e amigos farão uma "Celebração do Amor", um memorial para Eva, em Vancouver, que será transmitido também em seu blog.

Redação Terra
Leia esta notícia no original em:
Terra - Tecnologia
http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI4404694-EI4802,00.html

terça-feira, 27 de abril de 2010

SESAB

SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

26 de abril de 2010
BAHIA GANHA UNIDADE DE REFERÊNCIA PARA DOENÇAS HEPÁTICAS

O governador Jaques Wagner, o secretário da Saúde, Jorge Solla e o reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Naomar de Almeida Filho, inauguraram, na manhã de hoje (26), a Unidade de Alta Complexidade em Hepatologia Professor Gilberto Rebouças (UNACOH), centro de excelência para o tratamento de doenças do fígado, localizada no Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hospital das Clínicas). Na oportunidade, foi assinado o contrato para financiamento de serviços de hepatologia e onco-hematologia, esse último para transplante de medula óssea. O governo do Estado investiu R$ 4,2 milhões para garantir o funcionamento dos serviços por um período de seis meses, até que sejam disponibilizados os recursos do cadastramento do Ministério da Saúde.

O novo centro vai proporcionar atendimento ambulatorial e uma enfermaria para internação de casos de alta complexidade, como transplante de fígado. Os recursos viabilizados de mais de R$ 2 milhões em reforma e aquisição de materiais e equipamentos (pelo Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Saúde, e do Ministério da Saúde (MS), através do Fundo Nacional de Saúde) permitiram que fossem implantados 22 leitos, sendo seis semi-intensivos, para pacientes com doenças hepáticas graves ou pós-operatórios de cirurgias hepáticas.

Segundo o secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Eduardo Hage, que participou da solenidade representando o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, foram investidos R$ 900 mil, pelo MS, em cursos de formação na área de hepatologia para médicos de toda a região nordeste. "A unidade vai ampliar o acesso ao atendimento e diagnóstico, além de preparar profissionais na área. A região precisava dessa unidade", declarou Eduardo Hage.

LACUNA PREENCHIDA
O médico hepatologista Raymundo Paraná, coordenador do Serviço de Hepatologia da UFBa e responsável pela criação da UNACOH, lembrou que até pouco tempo, os usuários do SUS na Bahia tinham sérias dificuldades para o acompanhamento clínico e cirúrgico, uma vez que o único centro de referência em hepatologia, localizado no Hospital Universitário, não possuía uma unidade consolidada. "A implantação do serviço não só preencherá uma lacuna na assistência no Estado da Bahia, como permitirá o treinamento de profissionais, com forte atuação na formação acadêmica," afirmou Paraná, que disse estar realizando "um sonho, depois de muitos anos de luta".

Ainda de acordo com o hepatologista, embora o estado se destaque como um dos pólos mais produtivos do país na área da hepatologia, havia uma grande dificuldade no atendimento a pacientes portadores de doenças do fígado na rede pública, e praticamente só o Hospital das Clínicas presta atendimento a alta complexidade em hepatologia, o que inclui não só os pacientes crônicos com doença hepática avançada, o câncer de fígado, como também o transplante hepático, procedimento realizado nos hospitais Português e São Rafael. O Grupo de Transplante Hepático do HUPES, coordenado pelo médico cirurgião Jorge Bastos, já realizou mais de 128 transplantes, com taxa de sobrevida superior a 80%.

"Pelas dificuldades de infra-estrutura, os pacientes acompanhados pelo grupo necessitam realizar o procedimento em hospitais privados conveniados ao SUS. Atualmente, há um convênio entre o HUPES e o Hospital Português, e os pacientes acompanhados no ambulatório do HUPES realizam o transplante e o acompanhamento pós-transplante naquela unidade. O novo serviço possibilitará que todo o acompanhamento até o transplante hepático, possa ser realizado no próprio Hospital das Clínicas", detalhou Paraná, acrescentando que existem, atualmente, cerca de 350 pacientes em fila de espera para transplante de fígado.




A.G. Mtb 696/Ba
Hepatites/entrega

Estadão.Com.Br

Governo do Rio cria central para transplantes
27 de abril de 2010 0h 00
Bruno Boghossian / RIO - O Estado de S.Paulo

Com o objetivo de recuperar o quadro do sistema de transplantes no Estado, o governo do Rio lançou um programa que pretende aumentar em 127% o número de doadores de órgãos e contornar as falhas dos hospitais da rede pública. Entre as medidas anunciadas pelo governador Sérgio Cabral e pelo secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, estão a criação de uma central para coordenar os procedimentos de transplante, a remuneração suplementar dos profissionais que realizam as operações e o credenciamento de cinco hospitais privados, que passam a atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Atualmente, o Rio tem uma média de 4,4 doadores de órgãos por milhão de habitantes - quase metade da média nacional, de 8,7 por milhão. A meta é chegar ao fim do ano com 10 doadores por milhão de habitantes.

Uma nova central vai coordenar a lista única de transplantes do Estado. A partir de agora, os hospitais particulares São Vicente de Paulo, Quinta D"Or , Barra D"Or , Hospital Adventista Silvestre e Hospital de Clínicas de Niterói passam a receber pacientes da fila de transplantes que não puderem ser operados na rede pública.

"Caso haja problemas no centro cirúrgico ou na equipe, por exemplo, o paciente poderá ser operado num desses hospitais privados", disse Côrtes. "No passado, se o hospital público não tinha condições de operar, o órgão era oferecido ao paciente de um hospital privado. Isso acabou", acrescentou.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Estadão.Com.Br

Composto é eficaz contra hepatite C
Ciência. A substância, descrita na última edição da Nature, impede a replicação do vírus e poderá compor um futuro coquetel contra a doença, que dispõe de terapia ineficiente e com muitos efeitos adversos. No mundo há 200 milhões de pessoas infectadas
22 de abril de 2010 0h 00
Alexandre Gonçalves - O Estado de S.Paulo

Uma substância descrita na última edição da revista científica Nature apresentou grande eficácia contra o vírus da hepatite C. O composto, batizado de BMS-790052, impede a replicação do microrganismo e poderá ser um dos principais ingredientes de um futuro coquetel contra a doença.

Cerca de 200 milhões de pessoas estão infectadas com o vírus da hepatite C no mundo. Um porcentual significativo - de 30% a 40% - pode desenvolver doenças hepáticas como cirrose e câncer. Estima-se que 70% dos pacientes na fila de transplante de fígado carreguem o vírus.

O único protocolo terapêutico disponível prevê injeções de interferon alfa e comprimidos de ribavirina. Os remédios não agem diretamente sobre o vírus, mas melhoram a resposta do sistema imunológico. Contudo, têm efeitos adversos sérios, que vão de dor de cabeça e náusea a alterações comportamentais
.

Como o calvário dura de 24 a 72 semanas, muita gente desiste no meio do caminho. A eficácia também não é boa. Nas pessoas infectadas com o genótipo 1 do vírus - o mais comum no País -, menos de 50% dos pacientes respondem de forma satisfatória.

No Brasil, os doentes precisam assinar um termo de consentimento informado para ter acesso aos remédios pelo Sistema Único de Saúde (mais informações nesta página). O documento avisa que a medicação é "contraindicada durante a gestação por causar graves defeitos nos bebês". Além disso, o tratamento é caro: só o interferon alfa pode custar R$ 18 mil, sem contar a ribavirina e exames para verificar a resposta à terapia.

Tal cenário criou uma verdadeira corrida das indústrias farmacêuticas para identificar substâncias que poderiam combater diretamente o vírus. Uma revisão de estudos publicada na revista Viruses há três semanas enumera 28 compostos que já estão na mira dos fabricantes.

Estratégia. Como o HIV, o vírus da hepatite C apresenta alta taxa de mutação. Qualquer terapia vai exigir um coquetel de drogas para explorar mais de um ponto fraco do vírus. Assim, uma única mutação não será suficiente para que o microrganismo se torne imune ao tratamento.

Apenas dois candidatos estão na fase 3 de testes em seres humanos (a última etapa antes da aprovação para venda): o telaprevir - da Vertex Pharmaceuticals - e o boceprevir - da MSD. O telaprevir e o boceprevir agem sobre uma proteína que o vírus utiliza para coordenar seu processo de replicação: a NS3.

O BMS-790052, descrito na Nature, desativa outra proteína - a NS5A. Ainda está na fase 2 de testes em seres humanos, mas já traz resultados promissores: de todas as substâncias estudadas apresentou a mais alta eficácia na menor concentração.

Os testes envolveram 16 pacientes com, no mínimo, 100 mil vírus por mililitro de sangue analisado. Cerca de 100 microgramas do BMS-790052, administrado por via oral, derrubaram a carga viral para até 18 vírus por mililitro de sangue, no limiar do que os testes mais avançados conseguem detectar (aproximadamente 10 vírus por amostra). O efeito persistiu por seis dias após o tratamento.

Espera. Carlos Varaldo, presidente do Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite, participou há alguns dias de um congresso mundial em Viena sobre a doença. Varaldo conta que há perspectivas promissoras para as novas drogas, mas "são medicamentos para daqui a dois, três ou mais anos".

Mesmo assim, os autores do trabalho publicado na Nature apontam que o BMS-790052, associado a drogas similares, constitui "um componente valioso de uma provável (futura) terapia que não utilize interferona". E, portanto, sem os efeitos adversos associados.

O BMS-790052 foi descoberto pela indústria farmacêutica Bristol-Myers, utilizando uma técnica computacional para desenvolvimento de novos medicamentos. Os pesquisadores usam um modelo matemático que projeta várias substâncias com potencial de neutralizar as proteínas essenciais para a replicação do vírus. Depois, sintetizam cada um dos compostos e testam sua eficiência in vitro. O novo candidato emergiu de um banco de dados com cerca de um milhão de concorrentes.

Perfil. "São resultados muito interessantes", afirmou a pesquisadora brasileira Elisabeth Lampe, chefe do Laboratório de Hepatites Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC-Fiocruz), no Rio.
Ela coordena um grupo de pesquisa que investiga o genoma das cepas de vírus da hepatite C que circulam no Brasil.
Um dos principais objetivos de seu laboratório é determinar o perfil da epidemia no País e, no futuro, identificar o surgimento de cepas resistentes aos tratamentos. As informações servirão como subsídio para determinar quais drogas devem ser incluídas no futuro coquetel do programa de combate à doença.
Análises genéticas preliminares já mostraram que cerca de 5% dos vírus do genótipo 1 no Brasil já possuem alguma resistência às drogas em teste que atuam sobre a proteína NS3.

Para entender
1. O que é a hepatite C?
Doença causada por um vírus que ataca as células do fígado. Em 15% dos casos, provoca uma infecção aguda que acaba sendo curada pelo organismo. Mas, em 85% dos infectados, evolui para uma forma crônica que pode levar a doenças hepáticas como cirrose e câncer.
2. Como é transmitida?
A doença é transmitida por sangue contaminado. Em circunstâncias raras ocorre a transmissão por via sexual e a transmissão vertical (da gestante para o filho).

CRONOLOGIA
1989
Pesquisadores descobrem o vírus da hepatite C, o mais novo patógeno com grande impacto na saúde pública. Foi estabelecido seu papel na origem de muitas doenças hepáticas.
1993
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu a obrigatoriedade de testes para verificar a presença do vírus da hepatite C em todos os bancos de sangue do País.
2002
Criação do Programa Nacional de Controle de Hepatites Virais. Na época, o governo estimava que havia de 1 a 2 milhões de pessoas infectadas no País. Apenas 5 mil recebiam tratamento.
2009
Incorporação do Programa Nacional de Controle de Hepatites Virais no Programa Nacional de DST/Aids, que passou a se chamar Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Pe360graus.com

Segunda - 19/04/10 07h39, atualizado em 19/04/10 07h04
Mais de 200 pessoas esperam por transplante de fígado

O recadastramento promovido para quem está na fila para fazer um transplante em Pernambuco começou nesta segunda-feira (19). A medida é necessária porque o Ministério da Saúde iniciou o processo de mudança do sistema de informação responsável pela lista de espera por doador de órgão para transplante. O novo sistema, criado em São Paulo, estará disponível para acesso de profissionais de saúde, pacientes e centrais de transplante via Internet.

O paciente que está em lista deve procurar o médico que o inscreveu, com a cópia do CPF e comprovante de endereço, para que o médico faça uma reavaliação e o recadastramento. O novo sistema traz o benefício da transparência, porque estará disponível na internet. Vai ter recursos de informática para conferir o pós-transplante, e vai otimizar e facilitar muito a rapidez e a garantia da informação. Em, aproximadamente, 30 dias poderemos estar rodando o novo sistema”, falou a coordenadora da Central de Transplantes em Pernambuco, Zilda Cavalcanti .

Para que cada paciente da lista tenha acesso a informações sobre sua posição, basta acessar à página do sistema com o seu número de registro no Sistema Nacional de Transplantes e o número do seu CPF. De acordo com a Central, a nova ferramenta aumenta o controle social sobre os transplantes no País e dá mais credibilidade ao sistema.

Atualmente, mais de 200 pessoas estão na fila do transplante à espera de um fígado em Pernambuco. Nos últimos 10 anos, foram realizados 400 transplantes de fígado no hospital Oswaldo Cruz e no Jayme da Fonte, no Recife, mas o objetivo da equipe médica é aumentar ainda mais o número de cirurgias.

Há um ano e oito meses, Samira Pereira vive com um novo fígado. O transplante foi a única saída para recuperar a saúde abalada por causa de uma hepatite. “Você tem uma qualidade de vida. Agora eu me alimento bem, respiro bem”, disse.

Ela foi uma das pacientes da unidade de transplantes de fígado que funciona há 10 anos no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no bairro de Santo Amaro. No início, eram feitos apenas 10 transplantes por ano.

O médico que coordena a equipe responsável pelo serviço, Cláudio Lacerda, diz que em 2010 a meta é chegar a 100 transplantes. De acordo com ele, o aumento das cirurgias foi possível graças à melhoria do esquema montado para captar os órgãos em vários estados do país. “Com alguma frequência, o governo do Estado tem disponibilizado um avião para a gente ir buscar fígados. Também já há toda uma experiência adquirida”, falou.

A ordem de chamada é feita com base em um índice de gravidade da doença, ou seja: quanto maior o risco de morte mais adiantada se torna a posição na fila. ”Não existe a menor chance de qualquer forma de privilégio na fila”, afirmou Cláudio.

José Divino sofre de hepatite B e está há nove meses a espera de um transplante. Ele tem crises constantes por causa do mau funcionamento do fígado e precisa vir de Maceió para ficar internado no Recife. “Não tem coisa mais ansiosa do que esperar um fígado novo”, contou.

A dificuldade é que, no Brasil, a cada ano, são feitas, em média, oito doações de fígado para cada um milhão de habitantes. Na Espanha, por exemplo, são 35 doadores por milhão de habitantes. Quem precisa ou já precisou da doação sabe a falta que faz esse gesto de solidariedade. “Eu agradeço a Deus, em segundo ao meu doador, e terceiro aos médicos”, concluiu Samira.

De acordo com a Central de Transplantes, 272 pessoas estão aguardando a doação. Também existem os pacientes que precisam de outros órgãos como coração, rins, córneas e medula. E nesta fila de espera, existem 3.277 pessoas, atualmente. O telefone da Central, para outras informações, é o 0800 281 21 85.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

ATX-BA


PODE ENTRAR, NOSSO CORAÇÃO ESTÁ ABERTO...

Associação de Pacientes Transplantados da Bahia (ATX-BA) é uma entidade sem fins lucrativos que desenvolve várias atividades para oferecer qualidade de vida aos associados transplantados de coração, rim, fígado, pâncreas, medula óssea, córnea. Para isso oferece assistência social, jurídica, orientação psicológica, noções de higiene e hábitos saudáveis para que possam reintegrar-se socialmente após a cirurgia, doação de medicamentos e alimentos aos transplantados carentes.

A ATX-BA atende mais de quatrocentos transplantados, além de pacientes portadores de hepatites B e C que procuram o apoio da entidade.

A associação orienta os transplantados sobre direitos previdenciários tais como: auxílio doença, aposentadoria, passagens para tratamento fora do domicilio. Orienta os pacientes que necessitam de transplantes no estado da Bahia e quando necessário em outros estados, realiza constantes campanhas para conscientização da sociedade sobre a importância da doação de órgãos e tecidos com o objetivo de salvar vidas.

Você, cidadão, tem um papel muito importante nessa história e pode nos ajudar de diversas maneiras:
• Divulgando, junto à sua comunidade, nossa entidade, nosso ciclo de palestras sobre doação de órgãos e transplantes, de orientação a respeito das hepatites, em especial as virais. Nossas palestras são realizadas em empresas, escolas, igrejas, associações de bairros, etc. E importante, sem ônus algum para a comunidade;
• Participando de nossos projetos. Nosso trabalho é todo voluntário;
• Se você for empresário poderá “nos ajudar a continuar ajudando” sendo um mantenedor da nossa organização ou realizando doações pontuais para dar suporte ao custeio da atividade, já que os dirigentes são todos voluntários, mas há custos mensais como aluguel, telefone, impostos, internet, impressos, material de divulgação, etc.;
• Além de tudo isso, temos à sua disposição no nosso site HTTP://www.atxbahia.com.br uma ficha de sócio contribuinte que você pode preencher com seus dados e nos enviar e a nossa conta bancária n. 100465-4 no BRADESCO, agência n. 0592-4, para que, se de todas as maneiras esta for a mais viável ou prática no momento, você não deixe de nos ajudar.
• Qualquer dúvida entre em contato conosco através do e-mail: atxba@hotmail.com ou pelos telefones (71) 32621334 / 9125-8581.

Como e porque participar?
Seja um cidadão engajado a esta causa.
Quantas vezes reclamamos de muitas coisas, sem nunca avaliarmos o que poderíamos ter feito? Por que, sempre, nos permitimos criticar, nos abstendo de nos sentirmos parte do problema?
Integre-se a causa social, ao terceiro setor, e valorize-se como ser humano e descubra a grandiosidade e satisfação de poder ajudar aos que precisam de ajuda.
Revele seu espírito de cidadania
Por isso, venha! Junte-se a nós.

Seja MANTENEDOR, BENEMÉRITO ou VOLUNTÁRIO
e ajude-nos a ajudar. Entre nessa luta conosco! Salve vidas.