quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

ATX-BA - UTILIDADE PÚBLICA - Laçamento da Campanha Hepatites Virais Carnaval 2013 - Ministério da Saúde


MINISTÉRIO DA SAÚDE
SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
DEPARTAMENTO DE DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
SAF Sul Trecho 02, Bloco F, Torre 1, Edifício Premium, Sala 12 
70070-600 – Brasília
Hepatites Virais - 23/01/2013
 http://www.aids.gov.br/mediacenter/index_a.asp
lasso\\ Hepatites Virais - 23/01/2013 - \\ CAMS - 25/01/2013 -\\ Lanç. Camp Carnaval - 01/02/2013

Clique no link  assista agora ao vivo o Lançamento da Campanha de prevenção das Hepatites Virais para o carnaval de 2013. 

 Reunião Nacional para Organização da Rede de Atenção às Hepatites Virais

  http://sistemas.aids.gov.br/mediacenter.
                                                                    ATX-BA

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

ATX-BA - UTILIDADE PÚBLICA - SWISSINFO.CH: Doações e transplantes estão melhorando no Brasil

ATX-BA - TRANSPLANTE DA FLORA INTESTINAL PODE COMBATER OBESIDADE

Estudos sugerem que transplante de flora intestinal pode combater a obesidade

Márcia Moreno
Do UOL, em São Paulo
Cientistas acreditam que certas bactérias que colonizam o intestino podem contribuir para a obesidade
  • Cientistas acreditam que certas bactérias que colonizam o intestino podem contribuir para a obesidade
Em nosso corpo, temos dez vezes mais bactérias do que células. Grande parte delas vive em nosso sistema gastrointestinal. O fato já é conhecido, mas só recentemente passou a despertar interesse da ciência e da medicina. Por um longo período, especialistas acreditaram que a relação era simplesmente comensal.
"Achávamos que cada um tirava proveito da situação sem prejudicar qualquer um dos lados", diz o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Mario José Abdalla Saad.
Os médicos, ele explica, pensavam no organismo humano sem a influência direta desta flora intestinal e um dos motivos era a dificuldade de estudá-la. As pesquisas eram realizadas por meio da cultura de fezes, um método rudimentar que não traz todas as informações de forma precisa.
Na última década, a medicina conseguiu identificar, por meio do sequenciamento do DNA, algumas das principais bactérias que existem no organismo. Em 2006, um estudo publicado pela revista Nature mostrou que obesos e magros tinham floras intestinais diferentes. O estudo chamou a atenção de pesquisadores do Laboratório de Investigação Clínica em Resistência à Insulina (Licre), da Faculdade de Medicina da Unicamp.
"Começamos a investigar esta relação para saber se a flora intestinal pode induzir à obesidade e se havia um tipo de flora que protegesse contra ela", conta Saad. A equipe brasileira publicou um artigo em 2011 na revista PLoS Biology, que evidencia uma situação em que as bactérias da flora intestinal podem originar prejuízos para o organismo humano.
Em certas situações, um grupo de bactérias intestinais causa um desequilíbrio metabólico que leva ao desenvolvimento de obesidade e diabetes, problemas que afeta milhões de pessoas no mundo. "Entendemos que a obesidade é uma doença complexa, não há uma causa comum para todos", afirma o médico.
Estudos com camundongos
Em um primeiro experimento em camundongos, a equipe da Unicamp reduziu a flora intestinal drasticamente, de 60% a 90% - aplicando antibióticos por uma semana em animais com obesidade. Nestes animais, alterações metabólicas como glicemia elevada, resistência à insulina, processo inflamatório subclínico - malefícios consequentes da obesidade e que levam ao diabetes e a arteriosclerose - foram reduzidas.

"Este experimento nos levou a entender que a flora intestinal deve, sim, contribuir para as consequências da obesidade", concluiu Saad. O experimento provou que existe uma influência da microbiota gastrointestinal na obesidade, mas não indica o uso de antibióticos para tratamento da doença. "Não estamos propondo o uso de antibióticos para tratar obesidade. No estudo, os medicamentos serviram para provar o conceito", explica Saad.
Com a prova de que a flora intestinal contribui para as más consequências da obesidade, a equipe da Unicamp decidiu, então, estudar a correlação entre a microbiota intestinal, a inflamação e a resistência à insulina. Receberam da Universidade Federal de Minas Gerais animais modificados geneticamente para não expressar na membrana de suas células uma proteína: o receptor Toll-Like 2 ou TLR2, que faz parte do sistema imunológico e identifica componentes estranhos ao organismo e, como consequência, dispara uma inflamação.
Na mesma época, alguns pesquisadores do Canadá e da Suíça haviam demonstrado que os camundongos sem esta mesma proteína eram protegidos da obesidade e do diabetes, mesmo alimentados com uma dieta com dez vezes mais gordura que a usual. "Para a nossa surpresa, aqui no Brasil aconteceu o contrário. O animal submetido a este experimento ficou obeso e diabético, mesmo recebendo uma dieta comum", afirma Saad.
Com os resultados conflitantes, decidiram investigar a microbiota destes animais e notaram que a flora dos camundongos brasileiros era muito diferente da flora intestinal dos animais do exterior. "Este estudo mostrou que, embora o animal fosse geneticamente protegido contra a obesidade e o diabetes, sua flora intestinal pode desenvolver essas doenças", conta.
A bactéria capaz de desencadear essa diferença é da família Firmicutes. O aumento da proporção deste tipo de bactéria na microbiota parece influenciar o surgimento de obesidade.
Os mecanismos de ação destas bactérias são vários: por exemplo, ao metabolizar a celulose, presente em alimentos de fibras - a bactéria a transforma em calorias que a pessoa pode absorver em forma de ácido graxo. Ou seja, ela pode engordar mesmo comendo alface. Elas também podem interferir no aproveitamento da insulina, dificultando o uso da glicose, que acaba sendo convertida em gordura e estocada.
Há, também, na membrana celular das bactérias, lipídios que podem ativar receptores no organismo. Assim, mesmo quando a bactéria morre, o organismo absorve seus restos mortais e os mesmos podem ativar o crescimento de tecido adiposo.
Às vezes não é a própria bactéria que causa a reação, mas sua interação com a parede do intestino, fazendo com que a inter-relação das células do intestino mude a capacidade de absorver uma ou outra substância. "O estudo mostrou que o fator ambiental pode se sobrepujar à proteção genética contra obesidade e diabetes. Ou seja, o ambiente em que a pessoa vive propicia a uma flora diferente que causa isso", avalia Saad.
Transplante de flora intestinal
Outro experimento da equipe da Unicamp foi transplantar em um camundongo estéril - protegido de contato com bactérias em uma bolha - uma flora intestinal de animal magro e segui-lo por oito semanas. Notaram que este animal engordou pouco. Em outro, também estéril, transplantaram uma flora intestinal de animal obeso, e este engordou bem mais do que o primeiro.
Centros de estudos na Europa e nos Estados Unidos já fazem transplante de microbiota em seres humanos, mas de modo experimental, para tratar infecções graves. "Pode ser que o transplante da flora intestinal possa ser um dos tratamentos contra obesidade, mas ainda temos muitos estudos a fazer para que isso realmente seja proposto", disse Saad.
Para ele, o ideal seria conseguir identificar entre os trilhões de bactérias da nossa microbiota quais são deletérias e nos livrar delas, substituindo-as por bactérias do bem. "Estamos aprendendo esta abordagem de modular a flora intestinal, mas já sabemos que podemos ajudar o nossos sistemas imunológico e metabólico por meio dela", conclui Saad.
Origem complexa
As descobertas ajudam os profissionais a repensarem  programas de emagrecimento.  "Com pesquisas como esta podemos afirmar que a obesidade é capaz de desencadear uma série de alterações hormonais que agravam o quadro. É uma doença séria, multifatorial e deve ser tratada com seriedade e respeito, não apenas como algo que aconteça a pessoas sem falta de vontade ou indisciplinadas nutricionalmente", afirma a nutricionista Alessandra Rodrigues, também colaboradora do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).  Para ela, a modulação da microbiota ajudará no tratamento de obesidade.
Para a nutricionista e docente do curso de Nutrição do Centro Universitário São Camilo, Cinthia Roman Monteiro, pesquisas assim mostram a complexidade da origem da obesidade. "Deve ser tratada em conjunto com uma alimentação saudável e prática de exercícios físicos", afirma.
http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/01/20/estudos-sugerem-que-transplante-de-flora-intestinal-pode-combater-a-obesidade.htm

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

ATX-BA - INFORMANDO - SISTEMA DE LISTA ÚNICA PARA TRANSPLANTES

SISTEMA DE LISTA ÚNICA
De acordo com a Portaria N.º 3.407 de 05 de agosto de 1998, o sistema de lista única é constituído por um conjunto de critérios específicos de distribuição para cada tipo de órgão ou tecido, selecionando, assim, o receptor adequado.
Todos os órgãos ou tecidos obtidos de doador cadáver, para que sejam destinados aos receptores em regime de espera, deverão ser distribuídos segundo o sistema de lista única.
A inscrição dos pacientes no Sistema de Lista Única dar-se-á na CNCDO (Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos) com atuação na área de sua residência pelo estabelecimento de saúde ou pela equipe responsável pelo seu atendimento. Se o estado não possuir uma CNCDO, o paciente poderá inscrever-se em qualquer Unidade da Federação que possua uma CNCDO e que este estado faça o referido transplante.
O paciente ao ser inscrito, deve receber o comprovante de sua inscrição expedido pela CNCDO, bem como as explicações específicas sobre os critérios de distribuição de órgão ou tecido ao qual se relaciona como possível receptor.
Para a constituição de uma lista única para determinado órgão ou tecido, a CNCDO deverá possuir, no território de sua atuação, estabelecimento de saúde e equipe técnica autorizados pelo SNT (Sistema Nacional de Transplantes) para a realização do transplante ou enxerto correspondente.
            Na ocorrência das condições clínicas de urgência para a realização de transplantes, a CNCDO estadual deve ser comunicada pela equipe para a indicação de precedência do paciente em relação a Lista Única, e, caso seja necessário, comunicar à Central Nacional de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos, a qual tentará disponibilizar o órgão necessário para o transplante junto às outras CNCDOs estaduais.
            Segundo a mesma portaria (3.407), a seleção de pacientes para a distribuição de cada tipo de órgão, parte e tecido captado deve ser feita empregando-se os critérios mínimos, relacionados a seguir:
I - para rins:
        a) critérios excludentes: 
        1. amostra do soro do receptor fora do prazo de validade;
       2. incompatibilidade sangüínea entre o doador e receptor, em relação ao sistema ABO.
        b) critérios de classificação:
                          1. compatibilidade em relação aos Antígenos Leucocitários Humanos, "HLA";
                          2. idade do receptor;
                          3. tempo decorrido da inscrição na lista única;
                          4. indicação de transplante combinado de rim e pâncreas;
II - para fígado:
        a) critérios de classificação:
        1. identidade sangüínea, em relação ao sistema ABO, entre o doador e receptor;
      2. precedência quando doador e receptor tiverem o peso corporal abaixo de quarenta quilogramas;
         3. tempo decorrido da inscrição na lista única;
III - para pulmão:
        a) critérios excludentes:
        1. incompatibilidade sangüínea, em relação ao sistema ABO, entre o doador e receptor.
        2. reatividade contra painel em percentual igual ou maior que dez por cento;
        3. relação, entre o peso corporal do doador e do receptor, excedendo vinte por cento.
        b) critérios de classificação:
                          1. indicação de transplante bilateral;
                          2. idade do receptor;
                          3. tempo decorrido da inscrição na lista única;
IV - para coração:
        a) critérios excludentes:
      1. incompatibilidade sangüínea, em relação ao sistema ABO, entre o doador e receptor, exceto em casos de urgências;
         2. incompatibilidade de peso corporal entre o doador e receptor.
        b) critérios de classificação:
                          1. compatibilidade de peso corporal entre o doador e receptor;
                          2. idade do receptor;
                          3. tempo decorrido da inscrição na lista única;
V - para córnea, critérios de classificação:
        a) tempo decorrido da inscrição na lista única;
        b) compatibilidade de idade entre o doador e receptor.
 
Estes são os critérios de distribuição dos órgãos para pacientes inscritos em Lista Única de receptores, vigente atualmente. No entanto, estes critérios podem ser ignorados, nos casos considerados de Urgentes. A seguir estão especificados os casos considerados de Urgência, determinados pela Portaria 3.407:
I - rim – A falta de acesso para a realização das modalidades de diálise.
II - fígado:
a) hepatite fulminante;
          b) retransplante indicado no período de quarenta e oito horas após o transplante anterior;
III - pulmão, retransplante indicado no período de quarenta e oito horas após o transplante anterior;
IV - coração:
a) retransplante indicado no período de quarenta e oito horas após o transplante anterior.
b) choque cardiogênico;
c) necessidade de internação em unidade de terapia intensiva e medicação vasopressora;
 d) necessidade de auxílio mecânico à atividade cardíaca.
V - córnea:
        a) falência de enxerto, estado de opacidade com duração superior a trinta dias;
        b) úlcera de córnea sem resposta a tratamento;
        c) iminência de perfuração de córnea – descementocele;
        d)  perfuração do globo ocular;
        e) receptor com idade inferior a sete anos que apresente opacidade corneana bilateral.
        Todos estes critérios são contemplados em um sistema informatizado, presente em todas as centrais estaduais, que faz o ranking dos receptores automaticamente.
FONTE: SISTEMA NACIONAL DE TRANSPLANTES/MS.
 
 TRATANDO DO ASSUNTO: SABER É VENCER 
Fila Única de transplantes? Onde? Em qual país? 
 Lembrando que a Constituição preserva nossos direitos legais: Todo cidadão tem direito a Saúde e no TFD - Tratamento Fora do Domicilio - Portaria/SAS/Nº 055 de 24 de Fevereiro de 1999.
São previstos exatamente nossos casos graves de saúde, devemos cobrar nossos direitos.
Para melhor entendimento de todos, vou explicar como funciona o Sistema de Transplantes no Brasil.
É divulgado aos quatro cantos que existe uma FILA ÚNICA para cada tipo de órgão a ser transplantado.
Isso não é verdade, justifica-se o funcionamento da FILA ÚNICA dentro de cada estado, ou seja cada Estado tem sua Fila Única, isso quando o estado oferece o serviço de transplante que é um procedimento de alta complexidade.
Porém, justifica-se a existencia de divisão da Fila Única por causa da extensão territorial, longas distâncias para um órgão percorrer ainda em estado apto para transplante.
Outra regra interessante em transplantes é que quase ninguém conhece: O paciente necessita ficar até 40 km de distancia do Hospital Transplantador.

Vou usar meu exemplo, no estado do Paraná existem centrais de transplante de fígado somente em Curitiba, eu sou de Londrina, nesse caso é o TFD municipal, porque Curitiba fica no mesmo estado que Londrina.
Para conseguirmos atendimento especializado, necessitamos viajar até Curitiba, mesmo em uma consulta simples, precisamos viajar quase 400 Km de distancia.
Como o agravo da nossa patologia é grande, os médicos da fila de transplantes exigem um acompanhante, denominado como Cuidador, e viagem aérea.
Vc pode pensar: Ah! Eles vão de avião, querem moleza!
Não é!

Para uma pessoa saudável pode ser fácil, mas para quem já tem debilitações, é bem difícil.
Isso sem contar com atrasos de voos, falta de cadeiras de rodas em aeroportos e a taxa extra que teríamos que pagar para termos pelo menos um lugar para sentarmos em dia de superlotações nos aeroportos.
Chegando a cidade destino, o paciente precisa ter um local de apoio, se for um caso de consulta, um hotel basta.
Mas para o caso de transplante, é necessário alugar um local para moradia temporária, porque além do acompanhante não poder ficar na UTI, não existe forma de saber quando chegará o órgão compatível, quanto tempo levará para voce conseguir o seu novo órgão e nenhum hospital transplantador chamará um paciente que está a mais de 40 km se tem outro paciente compativel mais perto.
O que acho justo, na dúvida, transplanta logo para não perdermos o orgão que é tão raro.
E caso você consiga o órgão e faça o transplante, os médicos te retiram o mais rápido possível de dentro do hospital para evitar infecções hospitalares.
Você recebe alta do hospital, mas não recebe alta do procedimento, necessitando ainda ficarmos no máximo há 40 km de distância do hospital e nesse caso se possivel, até menor distancia para casos de emergencia na recuperação do paciente.

Acontece que, os estados e municipios que são responsáveis pelo pagamento do TFD, na sua grande maioria, pagam diárias simbólicas para evitarem serem processados.
O municipio de Londrina tem a capacidade de pagar a diária de R$ 8,40 reais para o paciente, e mais o mesmo valor para o acompanhante cuidador, totalizando R$ 16,80 Reais.


Onde uma pessoa consegue ir com esse valor?
Todos esses fatores custam caro, somam ainda as medicações que necessitamos tomar, temos que comprar e pagar porque o SUS não oferece gratuitamente, pura negligência com nossas patologias. Até quando ficaremos a mercê da má gestão do erário publico e do SUS, dependendo de campanhas e “vaquinhas” entre os amigos para conseguirmos nos manter com dignidade e menor sofrimento?
E é válido lembrarmos que só consegue um transplante no Brasil quem tem condições financeiras para bancar tudo isso.

Telma Alcazar
MegLon
http://www.sabervencer.com.br/2011/05/fila-unica-de-transplantes-onde-em-qual.html
 
 

ATX-BA - INFORMANDO - DESMISTIFICANDO O TRANSPLANTE

Desmistificando o Transplante


A realização do transplante geralmente é cercada de muitas expectativas, sobretudo quando a pessoa está severamente doente.

Sabemos que o transplante proporciona melhora na qualidade de vida de quem o realiza, conforme já comprovado por inúmeras pesquisas. Para algumas pessoas, portadoras de certas doenças mais graves, a cirurgia representa, inclusive, a única chance de sobrevivência.

Apesar desses benefícios evidentes, queremos abordar aqui algumas questões importantes para você que é candidato ao transplante.

A idealização da cirurgia é bastante comum. O indivíduo doente muito freqüentemente atribui grande importância ao transplante, julgando que este poderá resolver boa parte de seus problemas atuais. Não é raro que alguns pacientes se voltem totalmente para a cirurgia, adiando todos os planos que têm para depois do transplante.

Enquanto você aguarda pela cirurgia, sempre que possível procure pensar em projetos de vida que possam ser colocados em prática na atualidade. Dê preferência aos planos que possam ser, de fato, concretizados, com um começo, meio e fim e que estejam dentro do seu alcance. Agindo assim, você se sentirá mais satisfeito consigo.

Tente encarar a espera pelo transplante como algo que pode lhe trazer benefícios. Lembre-se que nesse tempo você poderá se preparar melhor, não só fisicamente, mas também do ponto de vista emocional.

Outro erro a ser evitado é descuidar de seu estado físico. É comum que alguns pacientes digam que hoje em dia cometem alguns abusos, mas que depois da cirurgia “tudo vai mudar”.

Antes do transplante é essencial que você cuide de seu saúde e que colabore com o tratamento. Saiba que quanto mais seu organismo estiver equilibrado, maiores as chances de que a cirurgia seja bem sucedida.

Na fase pós-transplante é importante ter em mente que o organismo leva um tempo para se recuperar. É um momento no qual seu corpo precisará se acostumar com o novo órgão e com os remédios (imunossupressores) que você passará a usar rotineiramente. Alguns pacientes, por idealizarem demais o transplante, demonstram contrariedade e impaciência, ficam ansiosos ou deprimidos com a hospitalização e a recuperação mais prolongada.

Complicações pós-cirúrgicas podem acontecer, inclusive a rejeição do órgão, perspectiva esta que você deve também levar em consideração. É importante ressaltar, porém, que a equipe de saúde que o atende estará preparada para contornar os problemas que venham a ocorrer e que todo esforço será feito para que o transplante seja bem sucedido.

Após o transplante é importante que você evite se expor ao risco de contrair infecções que podem levar à rejeição do órgão. Você será orientado sobre isso, mas, se ainda tiver dúvidas a respeito, não se acanhe: informe-se com a equipe de saúde que o acompanha.

Aos poucos, você se sentirá em condição de retomar sua rotina e é importante que isso aconteça, logo que for possível.

O transplante deve ser encarado como algo que deve trazer benefícios em sua qualidade de vida. Evite ficar demasiadamente apegado à idéia de que, sendo transplantado, está impossibilitado de realizar coisas que, na verdade, está totalmente apto a fazer.

Isso não significa que você poderá cometer abusos. Vale lembrar que muitos casos de rejeição estão ligados à falta de colaboração do paciente com o tratamento e que este risco aumenta com o passar dos anos. Pacientes transplantados há mais tempo são os que correm maior risco de “relaxar” com o tratamento, mas isso pode também ocorrer com os recém-transplantados.

Lembre-se que o transplante é uma forma de melhorar sua saúde e sua qualidade de vida, mas que a cirurgia ou a equipe de saúde, sozinhas, n ã o poder ã o proporcionar isso a você , sem que haja sua participa çã o .

Tenha em mente que o transplante é um “ caminho ” que pode ser percorrido de diversas maneiras. Muito do que acontece nesse percurso depende exclusivamente de você !


Sandra Amorim
Psicóloga do Serviço de Nefrologia e Ambulatório de Transplante Renal
Santa Casa de São Paulo
Email: sandra-amorim@uol.com.br
Fonte: ABTO

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

ATX-BA - Doação de Órgãos Presumida - Nova LEI!!!


Projeto torna todos os cidadãos doadores presumidos de órgãos

Qui, 17 de Janeiro de 2013 05:47
Para suprir a falta de doadores de órgãos para transplantes, o senador Humberto Costa (PT-PE), que já foi ministro da Saúde, apresentou no final do ano passado um projeto de lei que institui a doação presumida. De acordo com a proposta (PLS 405/2012), todo brasileiro será doador ao falecer, a não ser que tenha manifestado o desejo contrário em seu documento de identidade - por meio do aviso “não doador de órgãos e tecidos”.
Médico, Humberto Costa lembra que o Brasil possui o maior programa público de transplantes do mundo – estima-se que 95% dos transplantes realizados no país sejam custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar disso, diz ele, “a lista de espera por um órgão ainda é muito grande e tende a crescer, em grande medida devido à falta de doadores”.

O senador assinala que há cerca de dez doadores para cada 1 milhão de habitantes no Brasil, número que ele considera reduzido quando comparado ao da Espanha, que é apontada como a líder mundial em doações e transplantes, com cerca de 32 doadores para cada 1 milhão de habitantes.

Humberto Costa também argumenta que a doação presumida vai estimular a discussão sobre o tema, pois induz as pessoas a decidirem mais cedo se desejam ou não ser doadoras de órgãos.

Decisão familiar

A iniciativa pode ser controversa, como demonstra matéria publicada em dezembro pelo Jornal do Senado. O presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), José Medina, é contra o que chama de autorização presumida absoluta, mas defende uma solução intermediária.
José Medina afirma que, em geral, os órgãos públicos que emitem documentos de identidade não estão preparados para prestar informações sobre a doação. Por isso, ele propõe a “autorização presumida fraca”: quem não se manifestar contrariamente será doador, conforme prevê o projeto de Humberto Costa, mas a doação poderá ser evitada se a família se opuser à medida. Assim, no momento em que o paciente se torna um potencial doador, a família seria consultada e, se for contra a doação, a decisão seria registrada no prontuário do paciente.
– É um processo que respeita a família e garante que ninguém terá os órgãos retirados sem de fato ter morrido – declarou Medina ao Jornal do Senado.
Lei dos Transplantes

Para instituir a doação presumida, a proposta de Humberto Costa altera o artigo 4º da Lei dos Transplantes, que é de 1997. Originalmente, essa lei previa a doação presumida, mas ela acabou revogada por uma medida provisória editada no ano seguinte.
O projeto será avaliado em três comissões do Senado: primeiramente, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), onde tramita atualmente; em seguida, na Comissão de Constituição, Justiça de Cidadania (CCJ); e, por fim, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Se passar no Senado, o texto será então analisado na Câmara dos Deputados.
Agência Senado

(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Imagem - internet
 http://www.conass.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1764&catid=3&Itemid=12#.UPft8bYCJrU.twitter
 
 
                                                               ATENÇÃO
 
A ATX-BA NÃO CONCORDA COM  O PROJETO (PLS 405/2012) DO SENADOR HUMBERTO COSTA QUE ALTERA  ART. 4º da LEI DOS TRANSPLANTES,  HAJA VISTA QUE JÁ SE TENTOU E O RESULTADO FOI NEGATIVO.
 
DÊ SUA OPINIÃO ENVIANDO EMAIL PARA O SENADOR HUMBERTO COSTA
email: humberto.costa@senador.gov.br, PARA ABTO  email: abto@abto.org.br  e para ATX-BA email: atxba@hotmail.com.

            
                                                                  ATX-BA

ATX-BA - INFORMANDO - DIAGNÓSTICO PRECOCE AUTISTA

Diagnóstico precoce é fundamental para desenvolvimento do autista

Foto: Divulgação
Muitas pesquisas ainda vêm sendo desenvolvidas sobre a real causa do autismo, mas um consenso em relação ao que caracteriza a doença já existe. Segundo especialistas, são aspectos observáveis, como a dificuldade no domínio da linguagem da comunicação, a falta de habilidade para interagir socialmente e o padrão de comportamento restritivo e repetitivo. 
No Brasil, 45,6 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dentre eles, estima-se que dois milhões sejam autistas.
Conhecido como autismo ou transtorno global do desenvolvimento, hoje, a patologia é chamada de espectro autista, devido aos vários graus e diferentes sintomas que abrange.
O psiquiatra da Infância e da Adolescência do CAPS do Grupo Hospitalar Conceição, vinculado ao Ministério da Saúde, Marcelo Borges, explica que esta é uma doença que atinge principalmente a comunicação. “O autismo se caracteriza quando a pessoa tem muita dificuldade de socialização, de interagir com outras pessoas e fica muito isolada, em uma visão de mundo só dela. Hoje se sabe que é, basicamente, uma doença genética. Talvez influenciada por uma colaboração do ambiente onde ela vive, mas com base genética”, define o médico.
A diversidade dos sintomas dificulta a conclusão do diagnóstico pelo profissional. No autismo clássico, por exemplo, os pacientes apresentam deficiência intelectual alta e dificuldade no desenvolvimento da linguagem. Nos casos moderados, ainda existe a dificuldade de expressão verbal, mas eles conseguem desenvolver outro tipo de comunicação, através de desenhos ou imagens. “Existem sintomas autistas desde muito leves até níveis gravíssimos. O autista não necessariamente vai ter dificuldade de capacidade intelectual e cognitiva. Algumas vezes, eles são pessoas extremamente competentes e brilhantes, e profissionalmente conseguem ter sucesso. O importante é identificar a doença cedo. Quanto mais cedo ela for diagnosticada, mais cedo se institui um tratamento adequado e melhor será o prognóstico”, explica Borges.
Diagnóstico – A doença não tem cura, mesmo fazendo o tratamento a pessoa não vai ter uma vida social normal. Mas o trabalho de estimulação, o uso de medicação e a interação são maneiras de desenvolvimento, desde criança até a fase adulta. “Quando descobrem que a doença não tem cura os pais acabam desanimando e não investindo em tratamentos que iriam beneficiar os filhos. Não ter cura é uma coisa e não ter o que fazer é outra completamente diferente. Tem muita coisa que pode ser feita para ajudar, e muito, essas crianças e adolescentes. Temos que investir nesses casos”, atenua o psiquiatra.
Entre os motivos mais comuns que levam os pais a buscarem ajuda médica estão o constante olhar fixo do bebê e a falta de interesse por outras crianças. O tratamento e o diagnóstico errados fazem com que a criança seja pouco estimulada e perca a capacidade de se desenvolver. “Como não são avaliados por um especialista, muitos casos acabam sendo classificados como retardo mental, e na verdade não é isso. Eles têm dificuldade de interação, mas tem a fala e a inteligência intactas”, comenta.
Tratamento – O psiquiatra Marcelo Borges acredita que a falta de informação ainda é o maior dos problemas e chama a atenção dos pais: “Se conformar acaba piorando a situação. Procurem ajuda porque existe tratamento. Procure o Sistema Único de Saúde, vá ao CAPS”, enfatiza. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são serviços de atenção à saúde mental, estão em mais de 1900 municípios, são abertos para a comunidade e oferecem atendimento diário com psiquiatria, fonoaudiólogo, terapia ocupacional, e outros.
Não existe tratamento padrão que possa ser utilizado nesses casos. Os pacientes exigem acompanhamento individual, de acordo com as necessidades e deficiências. Os tratamentos são realizados por equipes multidisciplinares e vão desde terapia ocupacional e psicoterapia, até a medicação com antipsicóticos, nos casos de pacientes mais graves. “A gente procura estimular o máximo possível nos tratamentos a questão da comunicação e da interação. O objetivo é que o paciente possa se comunicar melhor, se relacionar melhor com as pessoas”, explica Marcelo Borges.
Camilla Terra / Blog da Saúde

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

ATX-BA - Utilidade Pública - Suspenção da FILGASTRINA para pacientes portadores de HEPATITE C


14/01/2013
Falta FILGASTRINA - Pacientes interrompem o tratamento


Mal começou 2013 e os pacientes em tratamento da hepatite C que necessitam FILGASTRINA estão interrompendo o tratamento.

Em 30 de novembro a ANVISA suspendeu a comercialização e a utilização em todo o país da FILGRASTINE SOLUÇÃO INJETÁVEL do Laboratorio BLAUSIEGEL (D.O.U. n° 232 de 03/12/2012 - http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=03/12/2012&jornal=1&pagina=70&totalArquivos=156 )

Na última sexta-feira eu e a Dra. Kycia (Petrópolis-RJ) estivemos em reunião com a Subsecretária de Assistência em Saúde do Estado do Rio de Janeiro e a gerencia da Assistência Farmacêutica do Estado objetivando encontrar uma solução, mas o problema atinge todo Brasil.

Com a retirada do mercado do Filgrastine do Laboratório Blausiegel que era o medicamento distribuído pelo SUS, os estados e hospitais estão tentando comprar as outras marcas disponíveis, mas não existe estoque no Brasil para atender neste momento.

A FILGRASTINA e utilizada por pacientes que por qualquer motivo apresentam uma baixa nas defesas do organismo, situação que acontece muito na quimioterapia do câncer e em alguns pacientes em tratamento da hepatite C.

Sem a FILGRASTINA esses pacientes são obrigados a interromper o tratamento, os colocando em serio risco para o agravamento da sua saúde. Até o momento tanto a ANVISA como o MINISTÉRIO DA SAÚDE não outorgaram nenhuma informação sobre quando a situação estará normalizada ou sobre o que está sendo feito para solucionar o grave problema.
Carlos Varaldo
hepato@hepato.com
http://www.hepato.com

 
RESOLUÇÃO - RE No- 5.128, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2012

O Diretor da Diretoria Colegiada da Agência Nacional deVigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe conferem o Decretode recondução de 26 de agosto de 2010, do Presidente da República, publicado no DOU de 27 de agosto de 2010, o inciso VIII
do art. 15, e o inciso I e o § 1º do art. 55 do Regimento Internoaprovado nos termos do Anexo I da Portaria n.º 354 da ANVISA, de11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006,e a Portaria nº 498, de 29 de março de 2012,considerando os arts. 7º, 75, 76 e 67, inciso I, da Lei nº6.360, de 23 de setembro de 1976;considerando o art. 93, Parágrafo único do Decreto nº.79.094, de 05 de janeiro de 1977;considerando o memorando 389/2012/CPBIH/GGMED queinformou que a empresa não enviou os dados de estudo de estabilidadede acompanhamento para o produto acondicionado em ampola,que a empresa não enviou o certificado necessário do excipientede origem animal, que comprovasse a ausência de risco de causarEncefalopatias Espongiformes Transmissíveis-EET, que a empresanão enviou o relatório de estudo de imugenicidade para o produto Filgrastine,

Considerando que diversas outras irregularidades no estudoclínico do produto Filgrastine, que o protocolo do estudo clínico nãofoi aprovado pela ANVISA e que os resultados obtidos desse estudoapresentado não demonstram a segurança e eficácia produto;

Considerando ainda, que a matéria prima importada da empresaShandong Kexing Bio-Products Co. Ltd, a qual tem sido indeferidapela ANVISA devido a inconformidades identificadas noControle da Qualidade, resolve:

Art. 1º Determinar, como medida de interesse sanitário, asuspensão da importação e comercialização da Matéria Prima emforma de Bulk de Filgrastima, fabricado pela empresa ShandongKexing Bio-Products Co. Ltd e a suspensão da fabricação, distribuição,comércio, divulgação e uso, em todo o território nacional, doproduto FILGRASTINE SOLUÇÃO INJETÁVEL, fabricado pelaempresa BLAUSIEGEL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA, CNPJ58.430.828/0001-60, por não apresentar qualidade, segurança e eficácia.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
JOSÉ AGENOR ÁLVARES DA SILVA

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

ATX-BA - UTILIDADE PÚBLICA -RN

OAB Fernandópolis apoia campanha “Doar é Legal”
 
A iniciativa tem como meta mobilizar toda a população
 
 
 
 
Da Redação

Com o objetivo de conscientizar, sensibilizar e orientar a população sobre a importância de doar órgãos a OAB Fernandópolis aderiu à campanha “Doar é Legal” idealizada pela presidente do Comitê de Ação Social e Cidadania do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Claudia Sartori, que recentemente firmou parceria com a OAB SP com o intuito de alavancar a campanha.
Para Marco Aurélio Del Grossi, presidente da OAB Fernandópolis, a doação de órgãos é um gesto de amor ao próximo.
“O nosso apoio é muito importante para que mais pessoas participem como doadoras de órgãos, reduzindo assim, o tempo na fila de espera para transplantes. Nossa meta é sensibilizar advogados e advogadas e também todos os cidadãos que queiram expressar de maneira livre e consciente este ato de boa vontade”, afirma Del Grossi.
De acordo com o presidente do TJ-SP, o desembargador Ivan Sartori, a campanha já soma 4.500 doadores cadastrados.
Para participar da campanha “Doar é legal” basta acessar o site da OAB SP www.oabsp.org.br ou do TJ-SP www.tjsp.jus.br/doarelegal, preencher os dados e emitir a certidão de doador.
  
 http://www.regiaonoroeste.com/portal/materias.php?id=43952