domingo, 27 de março de 2011

Notícias ATX-BA

FALTAM MEDICAMENTOS PARA OS PACIENTES TRANPLANTADOS NA BAHIA

Apesar de todos os apelos que fizemos desde 21.03.2011, ainda estão faltando medicamentos para os transplantados.

No dia 22.03.2011 vários canais de TV (TV Bahia – Jornal de Meio Dia, Aratu Online – 1ª e 2ª edição Aratu Notícias e TVE Jornal da Manhã), mostraram o desespero dos transplantados ao chegarem à farmácia do Hospital Ana Neri e não encontraram a azatioprina, medicamento imunossupressor que impede a rejeição do órgão que foi transplantado.

No Ana Neri cerca de 300 pacientes transplantados pegam mensalmente esta medicação, pessoas que moram aqui e no interior do estado, muitos vêm de longe: Vitória da Conquista, Jequié, etc.

Isto não pode acontecer. Os transplantados não podem esperar, pois, não tomando a medicação diariamente e no horário certo, podem vir a perder o órgão transplantado e em alguns casos a vida.

Lutamos pela vida e qualidade de vida. Depois de esperarmos anos em uma fila pela doação de um órgão ou tecido o mínimo que esperamos é termos a medicação para continuarmos a viver.

São mais de 2.000 pessoas transplantadas no Estado da Bahia.

Em Jacobina (13ª DIRES) está faltando o tracolimus de 1mg (Prograf) há mais de dois meses e agora falta também a azatioprina, e o Myfortic (micofenolato mofetil sódico) de 360mg.

Em Feira de Santana (2ª DIRES) o tracolimus também está faltando há mais de dois meses. Já em Vitória da Conquista falta o tracolimuos há mais de dois meses e no momento também está faltando a azatioprina.

As DIRES distribuem estes medicamentos para várias cidades do interior.

Os transplantados que pegam estas medicações no interior estão vindo para Salvador desesperados a procura de uma solução. É muito triste ver o sofrimento deles e suas famílias.

É preciso um ter compromisso com estes pacientes que ficaram anos na fila esperando pela doação de um órgão, com suas famílias que acompanharam todo seu sofrimento e com os doadores mães, pais, filhos que doaram em vida um rim, uma parte do fígado para seu familiar sobreviver e ter qualidade de vida.

Toda sociedade deve se mobilizar para que isto não aconteça, pois, quem não faz parte do problema pode fazer parte da solução.

Esperamos que na próxima segunda feira (28.03.2011), os transplantados possam encontrar suas medicações e que os danos causados pela falta dos mesmos sejam mínimos.

Vídeos:
http://ibahia.globo.com/bahiameiodia/BMD_pop_video.asp?video=bmd_ter_01.wmv&ext.asx

http://aratuonline.net/videos/7055,pacientes-transplantados-sofrem-com-falta-de-medicamentos.html

Vermelho

Vermelho
www.vermelho.org.br

21/03/2011

Ceará é o Estado que mais efetiva doações de órgãos no país


De todos os potenciais doadores de órgãos e tecidos identificados pelos estados em todo o Brasil em 2010, foi no Ceará que se efetivou proporcionalmente o maior número de doações. A taxa de efetivação – o número de doações em relação aos potenciais doadores no período – atingiu os 39% no ano passado no Ceará, o Estado que mais se aproximou da meta de 40% proposta pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

Santa Catarina ficou em segundo lugar, com taxa de efetivação de 36,5%. Em termos absolutos, o Ceará identificou 325 potenciais doadores em 2010 e efetivou 127 doações que ajudaram a confirmar o recorde de 872 transplantes realizados no ano passado.

De acordo o Registro Brasileiro de Transplantes RBT 2010, da ABTO, em termos absolutos o Ceará foi o segundo estado do Nordeste que mais identificou potenciais doadores em 2010. A Bahia identificou 346 doadores. Na efetivação das doações, porém, o Ceará ficou em terceiro lugar no Brasil, atrás de São Paulo, com 872 doadores efetivos, e Minas Gerais, com 161. Em termos proporcionais, o Ceará foi o quarto dos seis estados brasileiros que superaram a meta de 10 doadores efetivos por milhão de habitantes, registrando taxa de 14,8%, atrás de São Paulo (21,2% e 872 doadores efetivos), Santa Catarina (17,7% e 109 doadores efetivos) e Distrito Federal (16,3% e 42 doadores efetivos).

Com essa taxa de efetivação de doações, o Ceará ocupa boas posições no ranking nacional de transplantes. Em 2010, foi o primeiro do Nordeste o terceiro em do país em transplante de coração, com 16 procedimentos realizados. Ficou também em primeiro lugar no Nordeste e em segundo lugar no país em transplantes de fígado, realizando no ano passado 113 transplantes. Em pâncreas, é o primeiro do Nordeste e ocupa a terceira posição em nível nacional, com seis transplantes.
Este ano, até o último dia 17 de março, o Ceará já realizou 188 transplantes. Foram 36 transplantes de rim, 121 de córneas, quatro de coração, 22 de fígado, três de medula óssea e dois de pâncreas.

Fonte: Sesa

sábado, 26 de março de 2011

Saúde IG

Pioneira em transplantes de coração



Luciana da Fonseca foi a primeira médica brasileira a realizar este tipo de cirurgia

Fernanda Aranda, iG São Paulo


Foto: Eduardo Cesar / Fotoarena

Luciana da Fonseca, em 1998, foi a primeira médica a coordenar um transplante. Na foto, ela acaba de operar um paciente cardíaco.

Em 1968, ano em que o médico Euclydes de Jesus Zerbini realizou o primeiro transplante de coração no Brasil, nasceu na zona rural de Minas Gerais a menina Luciana da Fonseca. Três décadas mais tarde, ela fez história na cardiologia brasileira, assim como seu mestre inspirador.

Luciana, aos 30 anos de idade, tornou-se a primeira mulher em território nacional a “orquestrar” um transplante cardíaco. Hoje, batalha para que o sexo feminino não seja mais exceção no comando das equipes que fazem este mesmo tipo de cirurgia.


“Eu fui a primeira em 1998 e, desde então, o mundo dos transplantes permanece majoritariamente masculino no Brasil”, diz a cirurgiã cardiovascular que atua no Hospital paulistano Beneficência Portuguesa.

Este quadro precisa mudar porque já é sabido que as mulheres são maioria nas universidades médicas” – segundo o Conselho Regional de Medicina de São Paulo elas somam 52% dos alunos.

“Se a estatística não reverter nos centros cirúrgico, podemos ter falta de mão de obra em um futuro não tão distante assim”, avalia Luciana.

Até ser um “bendito fruto” entre os médicos do transplante de coração, Luciana “flertou” com a engenharia civil, achou a medicina clínica “um pouco chatinha” e ralou muito para olhar para maca, bisturi e luzes artificiais e ter a certeza absoluta de que ali era, definitivamente, o seu lugar.

No mês da Mulher, o iG Saúde faz uma homenagem a todas as médicas do Brasil por meio da história desta cirurgiã que, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, pertence ao seleto grupo de 34 brasileiras que têm no currículo a especialização nesta área (são 815 homens).


Foto: Eduardo Cesar / Fotoarena Ampliar

Luciana já coordenou 23 transplantes. Espera realizar o 24º em um paciente de 2 anos

O início

Luciana não sonhou ser médica quando pequena, não deu injeção fictícia em suas bonecas e nem brincou de “curar” seus seis irmãos. A primeira memória que tem para justificar a escolha da profissão, na verdade, não é nada feliz.

Meu pai morreu de insuficiência cardíaca quando eu tinha 15 anos. Na época, não pensava em carreira mas acho que ali a vontade de resolver um problema de saúde e prolongar a vida de alguém nasceu em mim”, lembra a médica hoje, aos 42 anos.

Nascida na cidade Coronel Pacheco, em uma família que não tinha condições financeiras de arcar com os estudos de todos os filhos, Luciana desde sempre soube que para fazer faculdade teria de custear seus estudos. Fazia curso técnico de edificações em Juiz de Fora, amava matemática e as ciências exatas, por isso, em 1986 e aos 18 anos, achou natural prestar vestibular para engenharia civil.

Passou em 10º lugar na Universidade Federal de Juiz de Fora, mas nem bem conseguiu dar a boa notícia para a mãe e já bateu de frente com a dúvida se aquela carreira era mesmo a que iria fazer para o resto da vida. “No mesmo dia em que fui aprovada, pensei que na verdade queria ser médica.” Em vez da universidade, ela fez matrícula no cursinho. Estudou por mais um ano e, em 1987, entrou em medicina na mesma universidade de Juiz de Fora e na mesma 10ª colocação.

Realização

Os três primeiros dos seis anos da graduação de medicina trouxeram muito aprendizado para Luciana da Fonseca mas, até então, ela não tinha encontrado nada que a realizasse completamente. “Adorava a faculdade, mas não me via atendendo em consultórios. Queria algo de solução mais imediata, mais certeira. Tudo parecia a longo prazo.”

Em 1992, ainda estudante, assistiu a uma cirurgia cardíaca e foi flechada certa, amor à primeira vista. “Me encontrei naquele ambiente”, lembra. Luciana definiu ali qual seria seu habitat. Residência médica escolhida, no ano seguinte ela foi a São Paulo especializar-se nos bisturis que consertam corações.

“Ao comunicar a minha família que seria cirurgiã cardíaca, ouvi de uma prima querida que, por não ser pediatra, não cuidaria dos filhos que um dia ela iria ter. Tempos mais tarde, ela engravidou e a sua filha nasceu com síndrome de down e um problema cardíaco congênito importante. Operei a menina e toda vez que encontro com ela, sadia e com o coração perfeito, tenho a certeza de que fiz a escolha certa.”

As cirurgias cardíacas, engenhosas, trabalhosas e longas, já haviam conquistado o coração da médica Luciana mas nada fazia pulsar tão forte como os transplantes de cardíacos que ela adorava assistir.

“Era admirável ver um órgão ser retirado de uma pessoa morta, olhar para ele em uma caixinha parado e colocar no peito de outro paciente, fazendo-o bater no ritmo certo. Era uma cirurgia que, de fato, trazia uma nova vida para alguém.”

Um belo dia, em 1998, Luciana que já havia participado de inúmeros transplantes foi escalada para ser a “maestrina” de uma operação. Seria a primeira mulher brasileira a comandar um transplante cardíaco. A paciente a ser operada, Edna, também era do sexo feminino. O coração doado, da mesma forma, saiu de uma mulher. Do lado de fora, uma menina, filha de Edna, esperava ansiosa pela recuperação da mãe que, se não transplantada imediatamente, não sobreviveria.

Pela primeira vez, um toque cor-de-rosa cobriu o mundo dos transplantes. “Terminamos a cirurgia e a equipe, toda muito jovem, bateu palmas, tiramos fotos, foi uma festa.”

Edna e os outros 22

Luciana encontrou Edna outras vezes e, de certa forma, Edna também sempre acompanhou Luciana nos 22 outros transplantes realizados pela cirurgiã.

Não tenho nenhum ritual antes da cirurgia, mas antes de transplantar, lembro de cada paciente que já operei. Como são poucos, perto de todas as outras cirurgias cardíacas, sei o nome de cada um e também de suas histórias”, diz.

Entre estes 23 transplantados por Luciana, o 4º submetido à cirurgia, foi o único que torceu o nariz ao ser informado que uma mulher seria a responsável por conduzir um procedimento tão complexo de delicado.

“Quando me apresentei, lembro que ele disse que não queria que fosse eu. Pediu para que o José Pedro (da Silva cirurgião cardíaco renomado e na época só professor de Luciana) fizesse o transplante. Ele não disse que a recusa era pelo fato de eu ser mulher. Mas senti, não sei explicar como, que o preconceito era sexista mesmo.”

A médica ficou bem frustrada naquele dia. Mas concentrou-se na cirurgia. O paciente saiu da mesa de operação bem e não teve complicações, trajetória de 20 dos 23 transplantados por Luciana. “Tenho três pacientes que não saíram vivos da UTI após o transplante”, lamenta.

Apesar do índice de mortalidade ser baixíssimo em pacientes submetidos ao transplante de coração, a médica virginiana e perfeccionista lembra deles de uma maneira especial antes de orquestrar os bisturis. “Refaço passo a passo destas operações.”

Excetuando seu 4º paciente, Luciana não consegue lembrar-se de nenhum outro preconceito – ainda que velado. “Se existiu, passei batido.”

Coração e maternidade

De tanto mexer com o coração dos outros, foi na constância de estar em mesas de cirurgia que Luciana teve o seu próprio coração tocado. O professor e ídolo José Pedro da Silva – aquele mesmo requisitado pelo 4º transplantado por Luciana – ganhou contornos que foram além da admiração. Em 2001, virou marido da médica. Em 2008, pai do seu filho.

“Nós temos uma parceria muito bacana, tanto na profissão quanto no ambiente familiar. Não é uma divisão igual de tarefas, é um entrosamento que levamos para a vida”, diz – derretida e quase suspirando – a médica.

Depois de se tornar mãe, a rotina ficou ainda mais apertada e algumas mudanças na conduta médica foram sentidas.

“Sempre tive uma atenção especial com a família dos pacientes, mas isso aflorou depois da maternidade. Tenho mais consciência sobre as angústias das mães que esperam suas crianças do lado de fora do centro cirúrgico. Elas também fazem parte deste processo todo, precisam ser tratadas com muita consideração.”

Esta preocupação materna com seus pacientes, se tudo der certo, deve ser novamente despertada em breve. Um menino de apenas 2 anos, acompanhado pela médica, está na fila de espera por um coração e internado na UTI. Dedos cruzados para que o 24º transplantado por Luciana da Fonseca tenha o mesmo final feliz que a maioria dos que entrou para o currículo desta cirurgiã pioneira no Brasil.

Saúde IG

Doador de órgão fica mais velho no Brasil


País bate recorde de transplantes em 2010. Veja o panorama nacional da cirurgia, fila de espera e evolução de operações

Fernanda Aranda, iG São Paulo


O novo perfil de doador de órgãos no País mostra que as vidas têm sido salvas por pessoas cada vez mais velhas. Em 2008, segundo os dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), 6% dos doadores tinham mais de 60 anos. A parcela subiu para 7% em 2009 e chegou ao índice de 10% no ano passado, um recorde histórico.

O envelhecimento da idade do doador é uma mistura de aumento da expectativa de vida do brasileiro atrelado aos avanços das tecnologias da medicina, que permitem agora conservar por mais tempo o coração, fígado, rim, pulmão ou pâncreas de uma pessoa mais velha, além de terem disponíveis técnicas que diagnosticam com mais eficiência a morte encefálica (situação exigida para a doação de órgãos).

Além do perfil do doador brasileiro, este infográfico especial do iG ainda mostra a fila de espera para cada órgão, os Estados que mais realizam as operações e a evolução do número de cirurgias nos últimos dez anos. Um outro diferencial é que o gráfico mostra em que situações você pode precisar de um transplante. Confira


http://saude.ig.com.br/minhasaude/doador+de+orgao+fica+mais+velho+no+brasil/n1596820983982.html Atenciosamente, Equipe do portal iG www.ig.com.br

quinta-feira, 24 de março de 2011

Notícias ATX-BA

FALTA MEDICAMENTOS PARA OS TRANSPLANTADOS


Apesar de todos os apelos que fizemos ainda está faltando os medicamentos para os transplantados.

Estes medicamentos são chamados de imunossupressores e  evitam a rejeição dos órgãos.

Pela imprensa a resposta da SESAB foram várias: vão fazer o pedido com seis meses de
antecedência, o problema foi com os laboratórios que fornecem estas medicações e finalmente deve chegar até o final do mês.

Isto não pode acontecer. Os transplantados não podem esperar, pois, não tomando a medicação diáriamente e no horário certo podem vir a perder o órgão transplantado e em alguns casos podem vir a falecer.

Lutamos pela vida e qualidade de vida. Depois de esperarmos anos em uma fila pela doação de um órgão ou tecido o mínimo que pode ser feito é termos a medicação para continuar a viver.

Na farmácia do Ana Neri falta a azatioprina para cerca de 300 transplantados. O mesmo acontece no interior do estado: Feira de Santana, Vitória da Conquista e Jacobina.

Em Jacobina (13ª DIRES) está faltando o tracolimos de 1mg (Prograf) há mais de dois meses e agora falta também a azatioprina, e o Myfortic (micofenolato mofetil sódico) de 360mg.

Em Feira de Santana (2ª DIRES) o tracolimos também está faltando há mais de dois meses. Já em Vitória da Conquista falta o tracolimos há mais de dois meses e no momento também está faltando a azatioprina.

As DIRES distribuem estes medicamentos para várias cidades do interior.
Os transplantados que pegam estas medicações no interior estão vindo para Salvador desesperados a procura de uma solução. É muito triste ver o sofrimento deles e suas famílias.

Queremos um compromisso de que tal fato não se repita.

ATX-BA

sexta-feira, 18 de março de 2011

NOTÍCIAS ATX-BA

FALTA MEDICAMENTOS PARA OS TRANSPLANTADOS NA BAHIA

Infelizmente mais uma vez falta medicamentos que impedem a rejeição dos órgãos transplantados (os imunossupressores).

Estes medicamentos não podem faltar nem por um dia ou pular o horário de tomar (de acordo com o SNT - Lei 9434/Lei 10.211).

Hoje vários pacientes da capital e do interior se dirigiram à Farmácia do Hospital Ana Neri para pegar AZATIOPRINA e a resposta foi" não temos nem um comprimido nem data de previsão para chegar, pois, ainda vão fazer a compra"


O pânico é geral pois estes pacientes mesmo que tivessem poder aquisitivo não podem comprar a maioria dos imunossupressores, pois, a venda é proibida.

Alguns voltam para o interior sem a medicação pondo em risco o órgão transplantado e a sua vida.

Em JACOBINA/BA (13ª DIRES) a situação é mais crítica, pois, falta há mais de dois meses o TRACOLIMUS de 1mg (PROGRAFF) e nada foi feito pela SESAB para fornecer o mesmo.

Ao ligarmos para DASF/SESAB no mês passado eles disseram que a medicação chegaria em 27.02.11.

Hoje ligamos para farmácia de JACOBINA e a farmacêutica nos informou que o estoque de vários imunossupressores estão zerados:
tracolimus 1mg. - estoque zero.
micofenolato mofetil de 360 mg. - estoque zero.
azatioprina 50 mg. - estoque zero.

Queira Deus que as outras DIRES não estejam na mesma situação.

Pedimos respeito pelas vidas destas pessoas que já sofreram muito em uma fila esperando pela doação de um órgão.
 
ATX-BA


quarta-feira, 16 de março de 2011

Folha.com

16/03/2011 - 12h46

Brasil registra número recorde de doações de órgãos em 2010


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Brasil registrou um número recorde de doações de órgãos em 2010. Segundo dados do ministério da Saúde, foram registrados 1.896 doadores contra 1.658 no ano anterior. O número de doadores efetivos cresceu 14% em apenas um ano.

Com isso, o país atingiu a marca histórica de 9.9 doadores por milhão de pessoas (pmp). A média nacional de doações teve um aumento de 13,8% em relação a 2009, quando o índice era de 8,7 pmp. Nos últimos sete anos, a média de crescimento anual foi de 7%.

Alguns Estados, como São Paulo e Santa Catarina, mantêm índices de doações próximos aos de países altamente desenvolvidos no setor, como Espanha e Canadá, que mantêm médias acima de 20 doadores pmp. Os índices de São Paulo e Santa Catarina são, respectivamente, de 21 pmp e 17 pmp.

O número de transplantes de órgãos sólidos --coração, fígado, pulmão, rim e pâncreas-- cresceu 7% em apenas um ano, seguindo a tendência de crescimento sustentado. No último ano, foram realizados 6.422 transplantes do tipo no Brasil, contra 5.999 em 2009.

Comparadas as quantidades de transplantes de órgãos sólidos realizadas em 2003 e 2010, o crescimento foi de 53,12%. Em 2003, foram realizados 4.194 procedimentos.

Já o total de transplantes, considerando órgãos sólidos, tecidos (córneas) e células (medula), subiu de 20.253 em 2009 para 21.040 no ano passado.

MEDULA

O número de transplantes de medula óssea apresentou um expressivo aumento: de 1.531 cirurgias em 2009 para 1.695 em 2010, um crescimento de 10,7% em um ano e de 74,38% desde 2003, quando foram registrados 972 transplantes.

O Brasil possui dois milhões de doadores cadastrados, sendo o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos EUA (5 milhões de doadores) e da Alemanha (3 milhões de doadores). Em 2003, o cadastro brasileiro contava com apenas 49,5 mil voluntários.

Endereço da página:
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/889467-brasil-registra-numero-recorde-de-doacoes-de-orgaos-em-2010.shtml

terça-feira, 15 de março de 2011

Band.com.br

JORNALISMO
Terça-feira, 15 de março de 2011 - 09h46

Chegam a 160 mil os casos de hepatite B no Rio Da BandNews FM RJ


A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro está preocupada com o aumento do número de casos de hepatite B no Estado. De acordo com a Secretaria, 160 mil pessoas tem a doença no Rio, mas apenas 2 mil infectados sabem que têm o vírus.

Para tentar frear o crescimento da Hepatite B, o Governo do Estado pede que as gestantes façam o teste da doença no pré-natal para evitar a transmissão para o bebê na hora do parto.

Segundo a coordenação do Programa de Hepatites do Estado, quando a mãe tem o vírus, o risco de transmissão para o bebê no parto é de até 90%, mas com o diagnóstico precoce, é possível evitar com vacinas e produtos biológicos o contágio em até 95% dos casos.

quarta-feira, 9 de março de 2011

ABTO - Diretrizes Básicas para Captação e Retirada de Múltiplos Órgãos e Tecidos

ABTO - RBT - Ano 2010
Causas da não efetivação da doação de órgãos e tecidos por estado 

 













  


















Coordenação Geral:Walter Antônio Pereira
Coordenação Executiva:Pono de Carvalho Fernandes
                                      Wangles de Vasconcelos Soler

quarta-feira, 2 de março de 2011

SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA


ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

4 de janeiro de 2011

BAHIA REGISTRA AVANÇOS NA ÁREA DE TRANSPLANTES

Os investimentos feitos pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) na área de transplantes durante o ano passado tiveram um impacto positivo, inclusive em municípios do interior, onde foram registradas as primeiras notificações de morte encefálica e as primeiras doações e captações de órgãos. Em Salvador, o Hospital do Subúrbio contabilizou a primeira captação de órgãos com apenas uma semana de funcionamento, e o Hospital da Criança, em Feira de Santana, realizou sua primeira captação com pouco mais de um mês de inaugurado.

Em todo o estado, a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) registrou, em 2010, um total de 57 doações de múltiplos órgãos, representando um aumento de 7,5% em relação ao ano anterior (2009), quando foram registradas 53 doações. Para o coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, Eraldo Moura, o número de doações ainda é muito baixo no estado em decorrência, principalmente, do elevado índice de negativa familiar - cerca de 50% das famílias de potenciais doadores não autorizam a doação.

Ampliação do número de leitos de UTI; promoção de cursos de capacitação para profissionais de saúde; desenvolvimento de ações educativas para difundir informações sobre o processo de doação junto à população em geral; estabelecimento de parcerias entre o Sistema Estadual de Transplantes e empresas de ônibus intermunicipais, possibilitando o transporte gratuito de material biológico, e o apoio constante da Casa Civil, disponibilizando transporte aéreo para equipes envolvidas na captação de órgãos foram alguns dos investimentos feitos pela Sesab durante o ano passado, com o objetivo de ampliar o número de transplantes na Bahia.

CAPACITAÇÕES E DIVULGAÇÃO

Um número significativo de profissionais de saúde que atua no Sistema Estadual de Transplantes e em unidades hospitalares públicas e privadas foi contemplado com cursos de capacitação durante o ano passado. O coordenador do Sistema Estadual de Transplante destaca a participação de 10 profissionais em treinamentos realizados nos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, em São Paulo, e a realização, em Salvador, do Curso de Comunicação de Más Notícias. O curso foi viabilizado através de parceria entre a Sesab e o Instituto Nacional de Ablacion e Implante (INCUCAI), instituição argentina que é referência na América Latina para a área de formação de profissionais de saúde em comunicação de más notícias - estratégias utilizadas para o acolhimento e comunicação humanizada de familiares de pacientes com doenças terminais, morte encefálica e outras situações que envolvem prognósticos não favoráveis. O treinamento, que pela primeira vez foi realizado no Norte/Nordeste do país, beneficiou 40 profissionais de saúde de diversos hospitais das redes públicas e privadas, além de profissionais que deverão atuar como multiplicadores.

Foram também promovidos cursos de capacitação em captação de córneas, em extração e perfusão de órgãos, em morte encefálica e de atualização em transplante de órgãos, este último em parceria com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), beneficiando 32 médicos intensivistas, coordenadores de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de hospitais públicos e privados de Salvador e municípios do interior.

O médico Eraldo Moura ressalta ainda a realização, no ano passado, do Curso Teórico Prático de Doppler Transcraniano, com o objetivo de capacitar médicos para a utilização do equipamento. O curso foi ministrado pela médica argentina Sílvia Curcurullo, referência na América Latina para a capacitação de profissionais, além de dois cursos para a capacitação de coordenadores de CIHDOTTs - Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, e um curso de Simulação Realística em Diagnóstico e Manutenção.

No que se refere às ações voltadas para a população em geral, o psicólogo Fabrício Góes, técnico do Sistema Estadual de Transplantes, menciona a participação da Sesab em eventos como a Ação Global, na CajaArte, iniciativa de lideranças comunitárias de Cajazeiras, do evento Senai Casa Aberta e de várias iniciativas do Sesc, sempre com a finalidade de divulgar informações sobre morte encefálica, doação e transplante de órgãos.

A Escola de Educação Percussiva Integral (EEPI) foi também um espaço importante para chamar a atenção para a doação de órgãos. Uma parceria firmada há cerca de seis meses entre a Sesab e EEPI levou aos alunos da escola informações sobre doação e transplante de órgãos. Segundo o coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, a parceria faz parte do projeto Educatransplante, que busca levar para estudantes informações sobre o assunto, além de como se prevenir de doenças que podem levar à necessidade de um transplante. "O aluno aprende sobre o tema e também leva a informação para seus familiares e amigos", comentou Eraldo Moura.

"AMIGO DO TRANSPLANTE"

Em 2010, mais uma vez a Sesab fez a entrega do Troféu "Amigo do Transplante", integrando a programação da Semana Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos, comemorada na última semana do mês de setembro, por iniciativa da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), Ministério da Saúde e secretarias estaduais de Saúde.

Em sua terceira edição, o troféu, que é uma homenagem a profissionais e instituições que se destacaram no incentivo à doação de órgãos e tecidos, foi entregue às empresas de ônibus Viação Águia Branca, Camurugipe, São Luis e Santana; aos médicos Jorge Bastos, Patrícia Marback, Carlos Marcílio e Margarida Dutra; ao diretor do Hospital Geral Ernesto Simões Filho, César Martins, e ao coronel Expedito Barbosa dos Santos, chefe da Casa Militar do Governo do Estado.

Em 2011, conforme Eraldo Moura, a Sesab deve continuar investindo em campanhas educativas, com o objetivo de conscientizar a população para a importância da doação de órgãos. "Vamos também continuar avançando no projeto de interiorização do programa de transplantes, que já vem rendendo bons frutos, a exemplo das primeiras notificações de morte encefálica em Irecê, Juazeiro, Porto Seguro e Teixeira de Freitas e das primeiras captações de órgãos em Alagoinhas, Santo Antônio de Jesus e Jequié", ressalta o médico.

A implantação da Organização de Procura de Órgãos (OPO) em unidades hospitalares de municípios do interior baiano é outro projeto do Sistema Estadual de Transplante que se encontra em andamento e poderá resultar na ampliação do número de captação de órgãos. As OPOs são equipes médicas responsáveis pela vigilância dos casos de morte encefálica nas unidades de terapia intensiva (UTI) de hospitais de determinada área de abrangência.

FILA DE ESPERA

Existem atualmente, na Bahia, 3.740 pessoas em fila de espera para transplante, sendo 2.621 de rim, 995 de córnea e 124 e fígado. Para Eraldo Moura, a falta de informações adequadas sobre o processo de doação e transplante de órgãos ainda é um dos principais obstáculos para a ampliação do número de transplantes e a consequente redução da fila de espera pelo procedimento. "A Bahia registra um grande índice de negativa familiar, mas é importante lembrar que uma doação pode salvar inúmeras vidas e que qualquer pessoa pode precisar de um transplante e, consequentemente de uma doação", finaliza o médico.

A.G. Mtb 696/Ba
Central de Transplante/balanço

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Folha OnLine

28/02/2011 - 10h58


Nos EUA, nova proposta para doação de rim favorece jovens
GARDINER HARRIS
DO "NEW YORK TIMES"

Pela proposta em estudo na rede norte-americana de órgãos para transplantes, pacientes jovens terão mais chances de conseguir melhores rins que os mais velhos.

Sistema de transplantes cria problemas de distribuição

A nova política substituiria o atual sistema de ordem de chegada (quem chega primeiro, recebe antes o órgão) e tem o objetivo de oferecer um ajuste melhor entre a expectativa de vida de quem recebe o órgão e a vida funcional do rim doado.

"Hoje, se você tem 77 anos e há a oferta de um rim de 18 anos, vai recebê-lo", disse Richard N. Formica, médico especialista em transplantes da Universidade Yale e membro do conselho que redigiu a proposta.

"O problema é que você vai morrer com esse rim ainda funcionando, enquanto alguém de 30 anos poderia ter ganhado esse órgão e vivido para ver os netos se formando na faculdade."

CLASSIFICAÇÃO

Segundo o projeto em discussão, pacientes e rins receberiam uma classificação por idade, e os 20% dos órgãos e das pessoas mais jovens e saudáveis seriam separados em um grupo. Os melhores rins seriam, então, doados para quem tem maior expectativa de vida.

Os 80% restantes dos pacientes ficariam em outra lista de espera de doadores, e a rede nacional de doação de órgãos tentaria garantir que a diferença de idade entre doadores e receptores não fosse maior que 15 anos.

A proposta não resolve as disparidades geográficas que fazem com que pacientes em Nova York e Chicago esperem por muito mais tempo do que os da Flórida.

Essa distribuição local é resultado não só da preocupação com o fato de que órgãos vindos de locais distantes não cheguem a tempo para a cirurgia, mas também das disputas entre os centros de transplante.

Lainie Friedman Ross, diretora do McLean Center para Ética na Clínica Médica, da Universidade de Chicago, disse se opor à nova política porque "o maior problema é a geografia, e não estão fazendo nada para resolvê-lo".

Ross disse que também se preocupa porque toda política que favoreça pacientes mais jovens com rins de doadores mortos pode reduzir a doação ou redirecionar para os mais velhos rins de doadores vivos, que não são tratados na proposta.

Estabelecer cotas médicas é comum nos Estados Unidos, mas isso em geral é feito extraoficialmente.

LISTA DE ESPERA

Propostas para sistematizar cotas raramente são adotadas, e Formica e os outros envolvidos fizeram um enorme esforço para explicar que o projeto não traria desvantagens para a maioria dos pacientes nas listas de espera.

No entanto, Formica admitiu que os pacientes mais velhos teriam maiores dificuldades sob a nova política.

Ross foi mais direta: "Com essa proposta, quem tem 65 anos pode ter que desistir antes de entrar na lista".

Arthur Caplan, diretor do Centro de Bioética da Universidade da Pensilvânia, disse que a política proposta é sensata. "Se a escolha é salvar o avô ou a neta, acredito que você salva a neta primeiro", disse Caplan.

Endereço da página:
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/882082-nos-eua-nova-proposta-para-doacao-de-rim-favorece-jovens.shtml


Links no texto:
Sistema de transplantes cria problemas de distribuição
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/882083-sistema-de-transplantes-cria-problemas-de-distribuicao


Sugerimos a todos que reflitam sobre está matéria, a fim de que seja encontrada a melhor alternativa.
O conteúdo desta matéria diz respeito a toda sociedade e não apenas àqueles que necessitam de doação de um órgão. Dê sua opinião sobre o assunto.

CORREIO DO ESTADO

Sistema de transplantes cria problemas de distribuição

FOLHA ONLINE 28/02/2011 13h19


"Eu só faço o transplante, quem define o critério é a sociedade", diz o nefrologista José Medina Pestana, chefe do setor de transplantes renais do Hospital do Rim da Unifesp.

Segundo ele, a discussão sobre a norma que deve prevalecer contrapõe duas visões filosóficas.

De um lado, uma visão utilitária, que vê no jovem a possibilidade de viver mais anos. De outro, uma visão humanista, que crê que os receptores mais velhos não podem ser preteridos depois de passarem anos contribuindo para a sociedade.

No Brasil, salvo quando o rim é de doador menor de 18 anos, a idade não define a preferência na fila de espera. Naquela hipótese, o rim do menor de idade é destinado a quem também tem menos de 18.

No caso dos rins, o que define a ordem do transplante é a compatibilidade; a ordem na fila é critério de desempate, o que permite a uma pessoa com mais de 60 receber o rim de um jovem e vice-versa.

Para o urologista William Nahas, chefe da unidade de transplante renal do Hospital das Clínicas, a proposta de adequar a doação à idade do receptor seria ideal, mas esbarra em problemas, como a necessidade de criar duas listas separadas.

"Isso poderia prejudicar a distribuição de rins. Teria que ser possível, mas sem quebrar o sistema."

Para Leonardo de Barros e Silva, coordenador do serviço de transplantes do Hospital das Clínicas, o problema é que, seja qual for o critério, há poucos rins para transplante.

"O ideal é que houvesse órgãos para todos, mas o número é pequeno. Alguém sempre sairá prejudicado. Não sei se esse seria o método mais justo."

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

ABTO - RBT ANUAL JAN/DEZ 2010

 ABTO - RBT JAN/DEZ 2010

DADOS GLOBAIS DA CAPTAÇÃO DE ÓRGÃOS POR ESTADO Anual - 2010
CAUSAS DA NÃO-EFETIVAÇÃO DA DOAÇÃO POR ESTADO - Anual - 2010

TRANSPLANTES REALIZADOS 2010 POR ESTADO 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Diário do Pará.com.br

Hepatite C atinge 8% de renais


A hepatite C é a que tem maior prevalência em todo o mundo. Estima-se, atualmente, que cerca de 3% da população mundial seja portadora de infecção crônica associada ao vírus, o que corresponde a aproximadamente 170 milhões de pessoas. No Brasil, de acordo com dados parciais do Inquérito Nacional de Hepatites Virais, em média 1 a 2% da população deve possuir a doença. O que mais chama a atenção, porém, é a maior vulnerabilidade dos pacientes renais crônicos que fazem hemodiálise. Eles possuem de 7 a 30 vezes mais chances de contrair a doença em relação à população geral. No Pará, segundo dados da Sespa, 109 das 1.547 pessoas que faziam hemodiálise em 2009 eram portadoras crônicas da infecção.

Pouca gente sabe, mas, de acordo com o último levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, 8% das pessoas que necessitam de hemodiálise possuem o vírus HCV, causador da hepatite C. Isso porque, segundo a médica Dauana Bastos, mestre em hepatologia, o vírus é transmitido principalmente por sangue e fluidos contaminados e os renais crônicos têm contato diário com sangue nas sessões de hemodiálise, onde as partículas do vírus podem ficar retidas no equipamento de diálise, assim como em superfícies expostas ao vírus.

“Existem poucos estudos na área sobre o assunto, mas os resultados nacionais apontam uma distribuição desigual no território brasileiro, com taxas que chegam a atingir 90% em alguns centros de hemodiálise”, explica a médica.

Em sua tese de mestrado, apresentada recentemente em São Paulo, ela alerta que o exame utilizado atualmente para o diagnóstico não é o mais eficaz e que, por isso, muitos doentes deixam de ter o vírus identificado e acabam passando também para outras pessoas durante a hemodiálise.

“A transmissão ocorre através do uso de máquina e equipamentos de diálise contaminados com o vírus e também pelo contato ambiental, ou seja, através de mãos ou objetos de pacientes portadores de hepatite C que entrem em contato com pacientes renais crônicos sem o vírus sem tomar medidas de prevenção, como o uso de luvas ou a lavagem periódica das mãos”. O que mais assusta, ainda, é que, das pessoas que entram em contato com o vírus, cerca de 80% acabam cronificando”, afirma Dauana Bastos.

COMO DETECTAR

Autora de capítulos publicados no livro Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar – Hepatologia, da Universidade Federal de São Paulo, a especialista explica que existem diferentes tipos de exames para detectar a presença do vírus, e que um é mais adequado do que o outro para os pacientes de hemodiálise.

“O problema é que esse exame é mais caro e indisponível no Brasil e, por isso, geralmente não é utilizado na rede pública do país. Para diminuir esse quadro, a melhor maneira seria dar mais atenção ao diagnóstico da doença, com implementação de testes rotineiros”, diz. (Diário do Pará)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

ESTADÃO.COM.BR

Estadão.com.br/Vida


Órgãos do papa não podem ser doados, diz Vaticano
04 de fevereiro de 2011 10h 03
REUTERS

CIDADE DO VATICANO (Reuters Life!) - O papa Bento 16 abriga no seu coração muito carinho pela causa da doação de órgãos, mas nenhuma parte do seu corpo poderá ser usada para salvar vidas após a sua morte, segundo o Vaticano.

Um médico da Alemanha tem usado o fato de o papa possuir um cartão de doador de órgãos, emitido por uma associação médica, para promover essa prática. O Vaticano diz que já pediu que ele pare com isso, mas o médico se recusa.

Para resolver a questão, o secretário particular do papa, monsenhor Georg Gaenswein, enviou uma carta ao médico, cujo teor foi noticiado no programa em alemão da Rádio do Vaticano.

"É verdade que o papa tem um cartão de doador de órgãos (...), mas, contrariando a opinião pública, o cartão emitido na década de 1970 na prática se tornou inválido com a eleição do cardeal (Joseph) Ratzinger para o pontificado", diz a carta.

Em 1999, seis anos antes de ser eleito papa, Ratzinger divulgou que sempre andava com o cartão de doador, e estimulou as doações como sendo "um ato de amor".

O Vaticano diz que, quando um papa morre, seu corpo pertence a toda a Igreja, e precisa ser sepultado intacto. Além do mais, se órgãos do pontífice fossem doados, eles se tornariam relíquias em outros organismos caso o papa seja declarado santo.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

SESAB

SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA


ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
24 de janeiro de 2011


DIRETOR DO HOSPITAL DO RIM E HIPERTENSÃO DE SÃO PAULO SE VISITA A SESAB

O diretor do Hospital do Rim e Hipertensão, o médico José Medina Pestana, esteve nesta segunda-feira (24) na Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) onde se reuniu com a diretora de Atenção Especializada, Ledívia Espinheira, e com o coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, Eraldo Moura. O médico veio apresentar como o sistema de transplantes está organizado no estado de São Paulo. José Medina falou da implantação da Organização de Procura de Órgãos (OPO) que é responsável pela identificação dos doares, dos receptores e também tem o papel de comunicar a família.

Segundo José Medina, um dos grandes problemas da doção de órgão é a recusa da família. O diretor do hospital afirma que um dos modos de se diminuir isso é organizando o sistema e fazendo com que a população tenha mais conhecimento de como se dá o processo da doação de órgão.

L.R. DRT 2.600/BA

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Página Einstein

A esperança de volta com o transplante de órgãos


Brasil se prepara para realizar o primeiro transplante multivisceral, em que os órgãos abdominais são transplantados juntos.

Ainda em 2010 poderá ser realizado no Brasil o primeiro transplante multivisceral, em que três ou mais órgãos abdominais – estômago, intestino delgado, pâncreas e fígado – são transplantados juntos, de uma só vez. Indicado nos casos de doenças extremamente graves do aparelho digestivo, esse procedimento é uma das únicas alternativas terapêuticas para pacientes com altíssima probabilidade de morte em curto prazo (dois ou três anos).

O pouco conhecimento das pessoas sobre esse tipo de transplante faz com que se confunda o transplante multivisceral com o de múltiplos órgãos. Na verdade, a única semelhança está no fato de que, em ambos, um mesmo receptor recebe vários órgãos. O multivisceral tem como diferencial técnico o transplante em bloco, enquanto o de múltiplos órgãos é realizado com o transplante de um órgão de cada vez.

Os primeiros transplantes em bloco de órgãos abdominais foram feitos na década de 80 nos Estados Unidos. Nos últimos 10 anos, com o avanço das técnicas cirúrgicas e o aprimoramento dos medicamentos contra rejeição, o procedimento passou a apresentar excelentes resultados. Levantamentos de centros médicos norte-americanos e ingleses mostram que, um ano após terem sido submetidos ao transplante multivisceral, 70% a 80% dos pacientes apresentam qualidade de vida muito boa.

Por ter indicações bastante específicas, o volume de transplantes multiviscerais é pouco representativo. Mesmo em países onde é praticado há anos, como os Estados Unidos e a Inglaterra, não são feitos mais do que 50 por ano. No Brasil, estima-se que 400 pessoas sejam elegíveis para esse tipo de procedimento. São portadores de problemas como obstrução de veias abdominais, doenças congênitas do aparelho digestivo e tumores envolvendo várias vísceras abdominais. Crianças com malformação intestinal ou que precisaram ter grande parte do intestino removida também são candidatas ao procedimento.

Centros médicos norte-americanos e ingleses mostram que, um ano após terem sido submetidos ao transplante multivisceral, 70% a 80% dos pacientes apresentam qualidade de vida muito boa.

Instituições de referência na realização de transplantes no Brasil vêm trabalhando com o Ministério da Saúde em prol da regulamentação dos transplantes multiviscerais. Com isso, o procedimento seria incluído no Programa Nacional de Transplantes, tornando-se acessível pelo Sistema Único de Saúde.

Para que essas instituições realizem o procedimento no Brasil com os mesmos índices de segurança e êxito dos países de referência, será necessária a implantação de uma infraestrutura complexa de tecnologia hospitalar, que vai além do treinamento das equipes – cirurgiões, anestesistas, profissionais de laboratórios, nutricionistas, etc. É preciso criar um sistema de acompanhamento pós-operatório, pois pacientes submetidos a esses transplantes devem realizar semanalmente um grande número de exames a fim de monitorar o sucesso do procedimento.

Mas, em se tratando de custo/benefício, não há dúvida de que a relação é amplamente compensadora. Afinal, não pode haver benefício maior do que oferecer a alguém com risco de morte iminente a possibilidade de uma sobrevida com qualidade.

Fonte:

http://www.einstein.br/pagina-einstein/Paginas/a-esperanca-de-volta-com-o-transplante-de-orgaos.aspx

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

ESTADÃO.COM.BR/Vida

Saúde estuda mudar remédio contra hepatite C
Ministério deve abrir licitação para compra de medicamento de apenas um fabricante; medida desagrada portadores
11 de janeiro de 2011 / 0h 00
Karina Toledo - O Estado de S.Paulo

Grupos de portadores de hepatite C vão entrar nesta semana com uma representação no Ministério Público Federal contra o Ministério da Saúde. O objetivo é obrigar a pasta a manter, na rede pública, o fornecimento de dois tipos de interferon peguilado - principal droga usada no tratamento da doença.

O SUS oferece atualmente o Interferon Alfa 2a - comercialmente conhecido como Pegasys e fabricado pela Roche - e o Interferon Alfa 2b - chamado Peg-Intron, da Merck Sharp & Dohme. O ministério estuda realizar uma licitação para comprar a droga de apenas um fabricante, a um custo mais baixo.

Embora tenham o mesmo princípio ativo, os dois medicamentos são metabolizados de forma diferente pelo organismo. "Existem pacientes que não respondem a uma droga e se curam com a outra. Portanto, é preciso manter as duas", afirma Francisco Martucci, do grupo C Tem Que Saber C Tem Que Curar.

Procurado pela reportagem, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde informou que as duas fórmulas continuarão disponíveis. "Uma das formulações abastecerá a necessidade nacional, enquanto a outra será adquirida especificamente para completar o tratamento dos pacientes em uso, evitando interrupções, e para atendimento de situações especiais", diz a nota do departamento.

"Claro que seria melhor se o médico pudesse escolher a fórmula mais indicada para cada paciente, mas não acredito que vai aumentar o número de mortes", afirma Juvencio Furtado, da Sociedade Brasileira de Infectologia. Para ele, mais importante é garantir tratamento para os quase 4 milhões de brasileiros portadores da doença, que mata 12 pessoas por dia no País.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Jornal do Comércio

Hepatites podem ser contraídas pelas unhas


Manicures e pedicures já integram o grupo prioritário para a vacinação
Jessica Gustafson, especial para o JC
ANA PAULA APRATO/JC


A esterilização do material usado é a melhor forma de prevenir a doença.Manter as unhas sempre bonitas é uma meta de quase todas as mulheres. O que muitas não sabem é que esse ato aparentemente inofensivo de ir à manicure pode vir a trazer sérios problemas. A transmissão do vírus da hepatite C e B pode estar relacionada com a má esterilização dos utensílios que entram em contato com as unhas dos clientes.

A Hepatite C é contraída pelo sangue contaminado e pode se tornar crônica, provocando cirrose e o hepatocarcinoma, proliferação celular anormal maligna do fígado. Já a Hepatite B é mais facilmente transmitida por este meio e também oferece risco de se tornar crônica, se apresentando de forma mais severa em pessoas com baixa imunidade.

“A transmissão ocorre na retirada da cutícula, quando um instrumento não esterilizado causa ferimento – a chamada transmissão vertical. O problema é que muitas vezes não se nota, pois pode não sangrar”, alerta Fabrício de Souza Campos, secretário-executivo da Sociedade Brasileira de Virologia. Segundo ele, a esterilização não se dá só com álcool, precisando o instrumento ficar 15 minutos em temperatura de 121 graus.

Hoje, a fiscalização ainda não é realizada nestes locais e nem padrões são definidos por lei. “O correto seria a inspeção. No momento, não há nenhuma lei que obrigue os estabelecimentos a seguirem estas recomendações”, finaliza Campos.

As manicures e pedicures já integram hoje o grupo prioritário para a vacinação contra a Hepatite B e as doses podem ser encontradas em qualquer posto de saúde durante o ano inteiro. Em 2009, uma pesquisa realizada em São Paulo constatou que 20% das manicures ouvidas no município tinham Hepatite B.

Segundo Eduardo Lutz, médico infectologista, a doença pode ser contraída até mesmo pelo sangue seco. “A Hepatite B sobrevive mais, porém a C é mais perigosa, apresentado apenas 40% de chance de cura”.

Atento a este problema, o Ministério Público do Estado lançou no ano passado a Cartilha Eletrônica de Prevenção das Hepatites Virais, explicando a doença, sua transmissão, prevenção e vacinação. O Ministério da Saúde também lançou uma cartinha instruindo os clientes a levarem seu próprio material aos salões de beleza.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Notícias ATX-BA

Mensagem

Nós, pacientes transplantados de coração, rim, fígado, medula óssea, pâncreas, córnea, associados da ATX-BA, queremos começar o ano de 2011 agradecendo:
- A “força maior” que faz com que a vida recomece através de um transplante;
- Ao doador de órgãos e tecidos que tem o privilégio de experimentar algo divino, dando a “vida” ao seu próximo através da doação;
- A todos que apoiaram a nossa luta dando uma oportunidade de viver com qualidade de vida, seja doando alimentos, medicamentos, nos abrigando numa nova sede, lutando pela “doação de órgãos e tecidos” e falando dela nas Câmaras de Vereadores ou Assembléias Legislativas de todo País;
- A imprensa pela divulgação da nossa luta através dos jornais, rádios, televisões;
- Àquele que nos abastece de amor e carinho através de um olhar, de uma palavra, da presença, nos dando a certeza que a nossa luta pela “vida” não é solitária e sim solidária.
                                                 
Este é o nosso desejo.
FELIZ ANO NOVO.
ATX-BA