segunda-feira, 5 de abril de 2010

Jornal O Dia - RJ

07 DE ABRIL
Dia Mundial da Saúde

Só esqueceram de avisar aos nossos gestores...





Sem transplante, sem remédio

Além de enfrentarem a paralisação de médicos do Hospital de Bonsucesso, que não estão recebendo pagamento, pacientes que precisam de doação de fígado só conseguem medicamento do SUS se entrarem na Justiça


Rio - Não é só a paralisação da equipe de transplantes de fígado do Hospital Geral de Bonsucesso (HGB) que põe em risco a vida de quem está na fila por um órgão. A falta de medicamentos na grade de distribuição gratuita do Sistema Único de Saúde (SUS) também é uma dificuldade para os que estão em tratamento. Quem necessita dos medicamentos para sobreviver deve entrar na Justiça para obtê-los. Mesmo assim, não é garantido que vá realmente receber o produto.

É o caso de Raphael do Amaral, 16, que, desde setembro de 2009, não recebe os remédios para seu tratamento. A mãe do rapaz, Maria da Penha, que é deficiente visual, conta que entrou na Justiça em fevereiro de 2008, pouco depois de receber a notícia de que o filho sofria de colangite esclerosante e teria que aguardar por um transplante de fígado.

Na sentença, foi definido que governos do estado e do município deveriam fornecer os remédios para o tratamento: Ursacol 300mg, Propanolol 10mg, Sulfato Ferroso 109mg, Omeoprazol 20mg e ácido fólico 5mg. Juntos, eles custam cerca de R$ 460 por mês.

“Pior é quando falta o Ursacol, que custa R$ 130 a caixa. Raphael precisa de três por mês. Já gastei R$ 2.730. Não tenho esse dinheiro, peço emprestado. A última vez que fui na central, dia 25, disseram para aguardar um telefonema, e, até hoje, nada”, lamentou.

O desespero de Raphael e de mais 358 pacientes que aguardam por transplante de fígado não para por aí.

Como O DIA noticiou dia 26/03, transplantes de fígado do HGB estão parados: médicos deixaram de fazer as cirurgias fora do horário de expediente por não receberem o Adicional por Plantão Hospitalar (APH) do Ministério da Saúde, previsto por lei em vigor desde fevereiro de 2009. Para a lei funcionar, falta um decreto ser assinado e regulamentado. Até lá, transplantes só serão realizados no horário do expediente.

O Ministério da Saúde informou que o decreto que regulamenta o APH passa por análise do Ministério do Planejamento e será encaminhado à Casa Civil essa semana. Mas o assessor de imprensa do Planejamento, Orestino Amurim, informou ontem, por telefone, que não há prazo para o decreto ser encaminhado à Casa Civil. Ele recusou-se a explicar o assunto a O DIA por nota e disse ser ‘comum’ a demora para assinatura de decretos.

A Secretaria estadual de Saúde informou que os medicamentos estão à disposição do paciente na Central de Mandados. Já a municipal afirmou que a entrega está agendada para quarta-feira.

Sindicância para apurar perda de R$ 15,6 milhões

O estado abriu sindicância ontem para apurar o desperdício de R$ 15,6 milhões em medicamentos, insumos e materiais médico-hospitalares. Conforme O DIA mostrou com exclusividade em 1º de março, o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) constatou que os produtos perderam a validade entre julho e novembro do ano passado na Central Geral de Abastecimento (CGA), em Niterói.

A sindicância deve ser concluída em 30 dias, mas pode ser prorrogada por mais 30 dias, segundo publicação do Diário Oficial que cita as matérias de O DIA.

O desperdício noticiado deixou doentes e parlamentares indignados. O Ministério Pública Federal decidiu dar prosseguimento à ação civil pública contra a Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil para que o órgão normalize o fornecimento dos remédios. Há dois anos, a ação havia sido suspensa porque o estado assinara Termo de Ajustamento de Conduta se comprometendo a regularizar o fornecimento e inaugurar farmácia com condições de armazenar remédios. O termo, no entanto, não foi cumprido.

Jornal O Dia - Pâmela Oliveira e Clarissa Mello
Roberto Pereira
Centro de Educação Sexual - CEDUS
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A Tarde On Line

BRASIL

05/04/2010 às 07:37 ATUALIZADA às 10:10

Doenças crônicas que devem ser observadas para vacinação contra gripe A
A TARDE On Line

Os pacientes idosos portadores de enfermidades crônicas também devem se vacinar durante a campanha do Ministério de Saúde em datas definidas em cronograma. No entanto, devem ter atenção e consultar o médico antes de tomar a vacina contra a gripe A para esclarecer dúvidas e receber orientações. Confira quais são as doenças crônicas listadas pelo Ministério da Saúde.
- Pessoas com grande obesidade (Grau III), incluídas atualmente nos seguintes parâmetros:
crianças com idade igual ou maior que 10 anos com índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 25;
criança e adolescente com idade maior de 10 anos e menor de 18 anos com IMC igual ou maior que 35;
adolescentes e adultos com idade igual ou maior que 18 anos, com IMC maior de 40 ;
Indivíduos com doença respiratória crônica desde a infância (ex: fibrose cística, displasia broncopulmonar);
Indivíduos asmáticos (portadores das formas graves, conforme definições do protocolo da Sociedade Brasileira de Pneumologia);
Indivíduos com doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (ex: distrofia neuromuscular);
Pessoas com imunodepressão por uso de medicação ou relacionada às doenças crônicas;
Pessoas com diabetes;
Pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e outras doenças respiratórias crônicas com insuficiência respiratória crônica (ex: fibrose pulmonar, sequelas de tuberculose, pneumoconioses);
Pessoas com doença hepática: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral;
Pessoas com doença renal: insuficiência renal crônica, principalmente em doentes em diálise;
Pessoas com doença hematológica: hemoglobinopatias;
Pessoas com terapêutica contínua com salicilatos, especialmente indivíduos com idade igual ou menor que 18 anos (ex: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki);
Pessoas portadoras da síndrome clínica de insuficiência cardíaca;
Pessoas portadoras de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica: Hipertensão arterial pulmonar, Valvulopatia;
Pessoas com cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular (fração de ejeção do ventrículo esquerdo [FEVE] menor do que 0.40);
Pessoa com cardiopatia hipertensiva com disfunção ventricular [FEVE] menor do que 0.40;
Pessoa com cardiopatias congênitas cianóticas;
Pessoas com cardiopatias congênitas acianóticas, não corrigidas cirurgicamente ou por intervenção percutânea;
Pessoas com miocardiopatias
(Dilatada, Hipertrófica ou Restritiva);
Pessoas com pericardiopatias.

CRONOGRAMA DE VACINAÇÃO DOS GRUPOS PRIORITÁRIOS

22/03 a 23/04 - Doentes crônicos (Idosos com doenças crônicas serão vacinados em data diferente, durante a campanha anual de vacinação contra a gripe sazonal)

22/03 a 23/04 - Crianças de seis meses a menores de dois anos

05/04 a 23/04 - População de 20 a 29 anos

CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO DO IDOSO

24/04 a 07/05 - Pessoas com mais de 60 anos vacinam-se contra a gripe comum. Aqueles com doenças crônicas também serão vacinados contra a gripe pandêmica

10/05 a 21/05 - População de 30 a 39 anos