Novo
medicamento curou 95% dos pacientes com hepatite C
Por Elioenai
Paes - enviada especial a Salvador* | 22/07/2014 12:42 - Atualizada às 22/07/2014 12:43
Droga está em fase de aprovação pela Anvisa;
medicamento apresentou alta taxa de eficácia e efeitos colaterais mínimos
Estudos publicados no periódico científico New England Journal
of Medicine traz esperanças para portadores do vírus da hepatite C: um novo
medicamento testado em 2.300 pacientes promete curar até 95% das pessoas com
hepatite C. A droga foi submetida para aprovação da agência reguladora
brasileira, a Anvisa.
Resultado do uso de moléculas inovadoras e cerca de dez anos de
pesquisas, o medicamento – que ainda não tem nome – foi considerado mais eficaz
do que os outros que já estão no mercado, como interferon e boceprevir (usado
quando o interferon não tem sucesso).
Os
princípios ativos em aprovação precisam de cerca de 12 semanas para fazer o
efeito completo. Em pessoas com cirrose hepática, quando o fígado está
fibrosado, ele pode ser usado por 24 semanas (contra 48 semanas dos
medicamentos atuais). E o melhor: os efeitos colaterais são pequenos e foram
bem tolerados pelos pacientes. O relatado foram cefaleia, cansaço e fadiga,
contra anemias e distúrbios psiquiátricos (incluindo tendência ao suicídio) dos
outros medicamentos disponíveis, o que faz com que parte dos que fazem
tratamento abandonem a terapia.
Os
estudos foram feitos em vários países e, no Brasil, uma espécie de teste em
doentes terá andamento em 15 centros de pesquisa que ainda não foram
divulgados, pois estão em fase de aprovação.
É
importante saber, no entanto, que o novo medicamento não regride a doença. “Alguns
estudos dizem que, se a pessoa tiver cirrose, a doença vai regredir um pouco.
Outros estudos dizem que não, então é controverso ainda”, explica José Eduardo
Neres, diretor médico da farmacêutica Abbvie, sinalizando a importância do
diagnóstico precoce.
Histórico silencioso, mas
massivo
No
mundo, há 160 milhões de pessoas com o vírus. No Brasil, isso representa 2% da
população. Adquirida pelo sangue em transfusões, seringas contaminadas,
manicures, tratamentos odontológicos, tatuagem ou em qualquer outro local em
que não houver uma esterilização de materiais eficaz, a hepatice C é
silenciosa.
Ao
adquirir a doença, a maioria das pessoas tem um quadro viral comum, como uma
gripe: dores no corpo e febre. O problema é que, depois disso, até 85% das
pessoas não conseguem eliminar o vírus naturalmente, tornando-se pacientes
crônicos. E, silenciosamente, o vírus ataca o fígado e o lesa. Em uma média de
20 anos, pacientes podem chegar a um grau alto de cirrose hepática, dependendo
de transplante de fígado.
*
A repórter viajou a convite da Sociedade Brasileira de Hepatologia para
participar da 17.ª Edição do Congresso Hepatologia do Milênio.
Fonte: http://saude.ig.com.br/minhasaude/2014-07-22/novo-medicamento-curou-95-dos-pacientes-com-hepatite-c.html
HEPATOLOGIA DO MILÊNIO 2014 (23 a 25 de julho 2014)
MENSAGEM:
Prezados,
Já está tudo pronto para a XVII
Hepatologia do Milênio em 2014. Este programa de
educação médica em Hepatologia com ênfase nas Hepatites virais já está
consolidado no calendário dos eventos médicos da Gastroenterologia, Hepatologia
e Infectologia. Seremos fieis ao nosso modelo pedagógico de problematização,
todavia ampliaremos o escopo das atividades durante os três dias de imersão em
hepatologia.
Além das tradicionais mesas, da discussão interativa de casos
clínicos, dos simpósios patrocinados e dos simpósios satélites, teremos também
os jantares científicos e o café da manhã com especialista. Este último, com
uma proposta mais intimista, aproxima os nossos expertos da comunidade de
Hepatologistas Latino-Americanos para discutir temas específicos que ainda são
controversos.
Durante todo o evento teremos as sessões interativas com a
participação dos senhores e de todos aqueles que estiverem na plateia,
decidindo as condutas que serão adotadas por a os nossos pacientes.
A maior novidade será o encontro monotemático da Sociedade
Brasileira de Hepatologia na forma de diretrizes. O tema não poderia ser outro
que não a Avaliação dos Métodos Não Invasivos para estadiamento de fibrose
hepática em diversas doenças do fígado.
A ALEH, Associação Latino-Americana para o Estudo do Fígado
divulgará as suas recomendações terapêuticas para Hepatite C.
Mais uma vez teremos uma excelente oportunidade de convivência e troca
de experiência entre colegas de todos Estados do Brasil, juntamente com os
colegas que virão também de outros países Latino-Americanos para esses três
dias de intensa imersão multidisciplinar na hepatologia com ênfase nas
Hepatites Virais e doenças relacionadas.
Raymundo Paraná
Fonte: Fonte: http://www.hepatologiadomilenio.com.br/mensagem/
Para:
Ministro da Saúde
Anvisa, Presidência
Ministro da Saúde, Ministro
Por favor, acelerem a aprovação e incorporação no SUS dos novos medicamentos para tratamento e cura da hepatite C. Precisamos muito da ajuda de vocês para que haja uma rápida aprovação, licitação, compra e distribuição dos medicamentos Sofosbuvir e Simeprevir que trarão CURA da Hepatite C para os brasileiros.
Os Estados Unidos, Comunidade Européia, Japão e Canadá já estão utilizando os novos medicamentos de uso oral, livres de interferon. São 10 mil novos casos por ano, de acordo com o Ministério da Saúde. Cerca de três milhões de pessoas, no Brasil, possuem a doença, a maioria delas sem saber que tem. Silenciosa, ela destrói o fígado e pode provocar em longo prazo cirrose e tumores.
Atenciosamente,
ATX-BA
PS: enviem este apelo ao ministro da saúde.