terça-feira, 21 de julho de 2009

Doação de órgãos em São Paulo aumentou 63% no 1º semestre
20/07 - 11:27 , atualizada às 12:47 20/07 - Agência Estado

Um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo revelou que as doações de órgãos cresceram 63,7% nos primeiros seis meses do ano.
Segundo o balanço, foram registradas pela Central de Transplantes 352 doações no primeiro semestre de 2009, contra 215 no mesmo período do ano passado
.
O número de transplantes também cresceu, 54,3% no primeiro semestre em comparação com os seis meses iniciais do ano passado, informou a pasta.O aumento das doações, de acordo com a secretaria, é fruto de aprimoramento na captação e da implantação de projeto de coordenadores internos de transplantes em 31 hospitais estaduais.
Neste ano, de janeiro a junho, houve no Estado 55 cirurgias de coração, 60 de pâncreas, 560 de rim, 295 de fígado e 13 de pulmão. Já no primeiro semestre de 2008 foram contabilizados 36 transplantes de coração, 47 de pâncreas, 344 de rim, 189 de fígado e 13 de pulmão.

sábado, 18 de julho de 2009

Sexta-feira, 17 de julho de 2009
Ministério da Saúde capacitará profissionais
O Ministério da Saúde e o Hospital Sírio-Libanês fecharam parceria que possibilitará o desenvolvimento dos Centros de Transplantes de Órgãos em 16 estados do Brasil onde o número deste tipo de cirurgias ainda é baixa. O curso da Rede Nacional de Transplantes (RENTRANS) capacitará cerca de 40 profissionais de saúde até o próximo ano em temas que vão desde a captação de órgãos, passando pela distribuição, até a realização efetiva dos procedimentos.
Com a iniciativa, o governo contribuirá para facilitar o acesso de pacientes aos transplantes em áreas onde essa cobertura ainda é frágil, o que reforça a assistência nos níveis mais altos de complexidade. A abertura do curso foi realizada nesta segunda-feira (13), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Nessa primeira turma, sete médicos de seis estados (veja quadro abaixo) farão o estágio presencial em São Paulo num período que vai de dois meses a um ano, no Hospital do Rim, na Central de Transplantes da Secretaria Estadual de Saúde, na Organização de Procura de Órgãos (OPO) da Santa Casa de São Paulo e no próprio Hospital Sírio-Libanês, dependendo da modalidade de treinamento. Quando retornarem aos seus estados, eles atuarão numa área cujos serviços de saúde atendem cerca de 60 milhões de pessoas. O investimento no curso será de R$ 3,5 milhões até o próximo ano.
REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES – O curso busca diminuir as desigualdades regionais por meio da transferência de conhecimento e tecnologia para os estados mais distantes do eixo Rio de Janeiro – São Paulo. Para a coordenadora do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde, Rosana Nothen, cursos como esse contribuem para a promoção do nivelamento entre as regiões e reduzem a perda de oportunidades de doação e transplante. “Alguns órgãos estão condicionados ao tempo possível de preservação e, muitas vezes, não resistem ao transporte para lugares distantes. Assim, havendo doador, se o estado não puder realizar o procedimento, o órgão se perde”, disse Rosana.
O Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, explicou que as desigualdades na oferta de serviços têm relação com o desenvolvimento econômico de cada região. Assim, reforçou ele, além de levar o conhecimento para esses estados, o desafio é multiplicá-lo junto aos demais profissionais de saúde para aperfeiçoar a rede. “Começamos com 40 alunos, mas o projeto não para aqui. Há um longo caminho pela frente. Vamos criar uma massa crítica dentro dos hospitais e centrais de transplantes e transferir tecnologia para a realização dos procedimentos”, destacou Beltrame.
O superintendente de Estratégia Corporativa do Hospital Sírio-Libanês e responsável pela área de transplante de fígado infantil do curso do Projeto RENTRANS, Paulo Chapchap, afirmou que os projetos filantrópicos do HSL envolvem 1,3 mil colaboradores em seu corpo docente. Segundo ele, muitos trabalham sem remuneração, o que aumenta a capacidade de multiplicação do conhecimento por todo o Brasil. “Apenas uma parcela pequena da população tem acesso a serviços de excelência. Treinando profissionais, o nosso desafio é que os serviços de saúde de qualidade sejam acessados por muito mais pessoas”, disse Chapchap.
Segundo dados do Ministério da Saúde, dos 18.989 transplantes realizados em todo o país, apenas 16,4% foram nos estados participantes do curso – Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina e Distrito Federal. Juntos, esses estados fizeram apenas 3.126 cirurgias em 2008. Esse número é menor do que a soma dos procedimentos realizados em Minas Gerais e no Paraná.
CAPTAÇÃO ATIVA
– Coordenador do curso, o professor aposentado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Silvano Raia, observou que, além de ensinar as técnicas, a iniciativa formará coordenadores intra-hospitalares de transplante que serão responsáveis pela captação de órgãos nos seus respectivos estados. A exemplo do modelo já testado na Espanha, esses profissionais aprenderão a identificar pacientes com quadro clínico sugestivo de morte cerebral e mantê-lo em boas condições de internação.
Caso a morte seja diagnosticada, esse plantonista saberá como sensibilizar a família e, obtendo autorização, avisar a família e encaminhar o processo para a Central de Transplantes. “É uma nova especialidade que demanda conhecimento sobre aspectos legais e sobre como notificar as secretarias de saúde, entre outros. É um projeto inovador que transferirá um acervo técnico e cultural para o desenvolvimento desses estados”, afirmou Raia. “Não basta ter um transplantador se não houver alguém que saiba abordar a família”, reforçou Beltrame.
Na avaliação do diretor do Hospital do Rim, José Medina, a capacitação é um passo para melhorar o atendimento em todo o país. “A demanda por transplantes está crescendo muito no Brasil. Por isso, precisamos formar cada vez mais pessoas”, analisou Medina. Além do estágio presencial, a capacitação inclui outras duas ações dirigidas: manutenção e atualização das futuras equipes de transplantes. A previsão é que a manutenção seja realizada por meio de uma remuneração adicional, a ser definida, para as comissões intra-hospitalares, que trabalharão na captação de órgãos.
A atualização, por sua vez, será realizada por meio de uma rede de telecomunicações entre os estados participantes. Os profissionais participarão de discussões de casos semanalmente por meio de teleconferência. Para a estruturação dessa rede, a RENTRANS buscará parcerias com instituições privadas.
Fonte: Rede Notícia - www.redenoticia.com.br.

quinta-feira, 16 de julho de 2009


salvador 15.07.2009 - 15h26
Centro de Biotecnologia vai ser inaugurado em hospital particular
Redação CORREIO
Será inaugurado nesta sexta-feira (17), no Hospital São Rafael, em Salvador, o Centro de Biotecnologia. Dez milhões de dólares, o equivalente a trinta milhões de reais, foram investidos na compra de equipamentos e na construção da nova unidade que levou mais de um ano para ficar pronta.
Cerca de 30 profissionais vão atuar, entre médicos, biólogos, farmacêuticos, bioquímicos e veterinários. O desafio da equipe é colaborar com as pesquisas que envolvem o uso de células-tronco no tratamento de problemas como doença de Chagas, Acidente Vascular Cerebral, epilepsia e cirrose.
Além das pesquisas, o Centro vai fornecer células-tronco para os hospitais Espanhol e Santa Izabel, em Salvador, e para outros estados que já desenvolvem esse procedimento.
Hoje o método usado é o embrionário, que consiste na retirada de células-tronco da medula óssea, da placenta e do cordão umbilical. Essas células são isoladas em laboratório e introduzida no órgão afetado pela doença. Como tem a capacidade de se dividir e se transformar em outras células, elas conseguem recuperar a área atingida, representando uma nova esperança para os pacientes.
Na Bahia, as pesquisas com células-tronco começaram em 2001. Em 2002, os primeiros pacientes com doença de Chagas iniciaram o tratamento. Hoje, entre 100 e 200 pessoas estão sendo submetidas à terapia celular no estado.
‘Agora a gente está terminando um projeto a nível nacional em doença de Chagas de terapia que envolve 16 centros diferentes. Outra coisa que a Bahia é pioneira é no tratamento de doenças crônicas no fígado... de cirrose hepática, pacientes que estavam na fila de transplante... não que vá resolver essa doença crônica, mas pelo menos para aumentar a sobrevida desse paciente, para permanecerem mais tempo na lista e terem chance de receber um órgão para transplante’, explica o coordenador do Centro de Biotecnologia Renato Ribeiro.
(com informações da TV Bahia)

terça-feira, 14 de julho de 2009

Médicos de seis estados começam curso em São Paulo sobre transplante de órgãos
Flávia Albuquerque Agencia Brasil
Sete médicos de seis estados do país começaram hoje (13) a participar de um curso realizado pela Rede Nacional de Transplantes (Rentrans), do Ministério da Saúde, em parceria com o Hospital Sírio-Libanês, que tem o objetivo de capacitar 40 profissionais sobre captação de órgãos, distribuição, cirurgias e outros temas relacionados com a área.
Com o curso, o ministério pretende reduzir as desigualdades regionais transferindo conhecimento e tecnologia para os estados mais distantes de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Os alunos farão estágios, que variam de dois meses a um ano, no Hospital do Rim, na Central de Transplantes da Secretaria Estadual de Saúde, na Organização de Procura de Órgãos da Santa Casa de São Paulo e no Hospital Sírio-Libanês.
Segundo o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, apesar de o número de transplantes ter crescido 15% ao ano no país, entretanto a distribuição dos transplantes no país é desigual, com estados com números altos e outros que fazem poucos transplantes.
Muitos desses estados fazem apenas transplantes intervivos e a ideia é fazer também transplantes com doadores cadáver. Queremos levar os transplantes para mais próximo das pessoas especialmente nesses estados, disse Beltrame.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, dos 18.989 transplantes realizados no país, 16,4% ocorreram nos 16 estados participantes do curso (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina e Distrito Federal).
Em 2008, esses estados, juntos, realizaram 3.126 cirurgias, enquanto Minas Gerais e Paraná, juntos, fizeram 3.622 transplantes, e São Paulo 8.694.
Beltrame destacou que o baixo número de transplantes nessas regiões acontece porque o processo é complicado e essas localidades não têm a cultura do transplante.
O que estamos fazendo com esse projeto é levar a cultura do transplante para esses locais usando tecnologias de informação, treinamento, acompanhamento e tentar habilitar todas as fases do processo, desde a identificação do doador até o transplante e a distribuição das centrais.
O curso será ministrado em São Paulo, porque o estado tem uma rede mais estruturada do que os outros estados.
Isso está vinculado a questões históricas, não só para o transplante, mas para toda área de serviços de saúde. Segundo ele, a fila do transplante em São Paulo é grande porque há uma quantidade de serviços e equipes muito grande também.
O problema não é a fila, é o tempo de espera dos pacientes. Com o trabalho que temos desenvolvido no Sistema Nacional de Transplantes, a ideia é reduzir ao máximo o tempo que essas pessoas têm que esperar. Para isso, precisamos aumentar a captação de órgãos e criar uma infraestrutura melhor para obter esses órgãos, disse Beltrame.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

bahia 12.07.2009 - 15h54
Hospital São Rafael inicia pesquisa com células-tronco adultas
Mariana Rios Redação CORREIO

Fazer o coração do ente voltara bater sadio ou que um paraplégico levante e ande. O que parece milagre está em experimentação na Bahia. Credenciado ao Ministério da Saúde (MS), será inaugurado na sexta-feira o primeiro centro do Norte-Nordeste para estudos de células-tronco, cuja chancela segue um sistema de garantia de qualidade.

As células-tronco são conhecidas pelo grande potencial de multiplicação e pela capacidade de se diferenciar em qualquer outra célula - tanto do coração como do fígado, por exemplo.

Entre os destaques do centro está a estrutura para cultura de célula, que vai permitir que os pesquisadores “cultivem” as amostras. Antes, o transplante das células-tronco-colhidas, por exemplo, da médula óssea - tinha que ser feito imediatamente no órgão lesionado. “Agora, temos tecnologia que permite cultivar as células- tronco emelhorar a capacidade dessa célula, tornando a terapia mais eficaz”, explicou a coordenadora do centro baiano de biotecnologia e terapia celular, Milena Soares, pontuando que, além de terapiacelular, o centro possui estrutura para desenvolvimento de medicamentos.

Segundo Soares, já foram iniciados estudos em cães e gatos com lesões na médula que, após o tratamento, tiveram ganho de movimento. “Para ampliarmos os estudos para pacientes paraplégicos, dependemos dessa estrutura do centro, ou seja, adequada para a cultura das células- troncos”.
Os pesquisadores baianos não trabalham com células-tronco embrionárias - que, como diz o próprio nome, são retiradas de embriões humanos. 'Apostamos no potencial terapêutico da célula-tronco adulta. Dos oito centros de terapia celular que estão sendo estruturados pelo Ministério da Saúde, dois serão dedicados à célula-tronco embrionária, em São Paulo e no Rio de Janeiro”, afirmou Soares.

O centro baiano vai funcionar no Hospital São Rafael, no bairro de Pau da Lima.

Tempo

Em geral, as células- tronco adultas são retiradas da medula óssea do próprio paciente - o que anula o risco de rejeição. Elas são capazes de originar alguns tecidos e ajudam na recuperação delesões. Mas,para aplicarem humanos a cura guardada no próprio organismo, serão necessários anos de pesquisa e desenvolvimento.“São várias etapas para concluir um estudo e o resultado varia de doença para doença. Fica difícil precisar quando acontecerá a aplicação do tratamento para fins terapêuticos” explicou Soares.

Mesmo sem prazo, o anúncio deixa esperançosos pacientes e especialistas. “A terapia celular traz esperança para qualquer doente. Éumaárea estratégica,que pode beneficiar do paciente dependente da insulina ao doente de Chagas”, reforça o diretor da Fiocruz Bahia, Mitermayer Galvão.
A Fiocruz desenvolve desde 2001 pesquisas em terapia celular no Hospital Santa Isabel. O ideal, segundo os pesquisadores, seria utilizar as células dos próprios pacientes para a recuperação de um órgão lesado, sem a necessidade de transplante. Mas já seria um benefício retardar lesões e ganhar tempo para a espera por um transplante, por exemplo.
Para a presidente da Associação de Pacientes Transplantados da Bahia, Márcia Chaves, mais núcleos e centros de pesquisa envolvidos aumentam as chances de descobrir um tratamento menos invasivo. “Assistimos a uma nova evolução após os transplantes: a busca pela cura através de nossas próprias células”. Para a construção do centro, foram investidos R$4,5milhões. Juntos,governo do estado e Fiocruz aplicaram R$5 milhões - outros R$3 milhões são aguardados como aporte do Ministério da Saúde.(Notícia publicada na edição de 12/07/2009 do CORREIO)

terça-feira, 7 de julho de 2009

6/7/2009 19h40

Projeto
Doação de órgãos pode tornar-se matéria escolar

O deputado Bispo Gê Tenuta (DEM-SP) apresentou o Projeto de Lei 5054/09, que inclui no currículo dos ensinos fundamental e médio uma disciplina complementar relativa à doação de órgãos e tecidos.
O autor argumenta que a falta de informação e de conscientização da população sobre os transplantes é a principal causa, no Brasil, do longo tempo de espera dos pacientes por uma doação de órgãos ou tecido humano.
Difusão de transplantes"A inclusão da disciplina vai difundir os transplantes a toda uma geração de meninos e meninas, que no futuro serão os agentes modificadores da sociedade brasileira", prevê Bispo Gê Tenuta.Na avaliação do parlamentar, a disciplina vai também "trazer à tona a importância de doar solidariedade, respeitando a ética profissional, a ciência e a moral da doação".Tramitação Sujeito à apreciação conclusiva, o projeto foi distribuído às comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Reportagem - Luiz Claudio PinheiroEdição - Newton Araújo(Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara')Agência CâmaraTel. (61) 3216.1851/3216.1852Fax. (61) 3216.1856E-mail:agencia@camara.gov.br