Atualidades
06/04/2010
Nefrologistas fazem apelo ao Ministério da Saúde para garantir sobrevivência dos doentes renais crônicos
Associações reúnem-se com representante do Governo em prol de soluções para a atual crise no atendimento aos pacientes
Nesta terça-feira, 06 de abril, o presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Dr. Emmanuel A. Burdmann, e o presidente da Associação Brasileira de Clínicas de Diálise e Transplante (ABCDT), Dr. Paulo Luconi, reúnem-se com o Secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame. O objetivo do encontro é buscar soluções para reverter a crise que compromete o tratamento e a sobrevivência dos pacientes renais crônicos no Brasil.
A doença renal crônica acomete 13 milhões de brasileiros. Considerando-se os dados mundiais, mais de 100 mil pacientes com doença renal crônica deveriam estar em tratamento de diálise no Brasil. No entanto, dados do Censo 2009 da SBN demonstram que, atualmente, apenas 77 mil pacientes fazem diálise, cerca de 10 mil a menos do que em 2008. O levantamento também constatou que os índices de mortalidade vêm aumentando em torno de 1% por ano nos últimos quatro anos, chegando a 17,1%, um índice que preocupa os nefrologistas de todo o país.
Segundo Dr. Burdmann, muitos pacientes provavelmente estão morrendo sem mesmo terem acesso a serviços de diálise. A falta de investimento do Governo no setor não estimula a abertura de novas unidades e leva a deterioração das existentes. "Muitas clínicas estão em estado de pré-falência. Se nada for feito urgentemente pessoas vão morrer por falta de tratamento", ressalta Burdmann.
"Além disso, os dados da SBN sugerem que, em 2009, no mínimo 30 mil brasileiros podem ter morrido sem ao menos ter tido acesso ao tratamento", afirma. Finalmente, o presidente da SBN pondera que "Nos últimos quatro anos não houve modificação significativa no perfil dos pacientes, dos médicos e profissionais que deles cuidam. Este aumento da mortalidade reflete a situação crescente de penúria enfrentada pelas clínicas que atendem aos pacientes pelo SUS".
A situação é tão preocupante que a ABCDT entregou ao Ministério da Saúde uma relação de custos e gastos com diálise que demonstra a escassez de investimentos públicos no setor. Para o Dr. Luconi, a solução do problema está na resolução da asfixia financeira das clínicas, o que permitiria a continuidade do tratamento e a sobrevivência dos pacientes em diálise.
Entre os temas abordados na reunião estão a viabilização econômica dos procedimentos de diálise, incluindo a readequação dos valores de 2009, o aumento dos honorários médicos em Diálise Peritoneal e Hemodiálise e o problema do atraso no repasse dos pagamentos, e a realização de campanha nacional para detecção e tratamento precoce da DRC, para diminuir a necessidade de diálise e transplante renal.
Sobre a doença Renal Crônica: Segundo a SBN - Sociedade Brasileira de Nefrologia, 1 em cada 10 brasileiros apresenta algum grau de doença renal e 90% dos pacientes não sabem que estão doentes, porque os sintomas só aparecem quando o rim já perdeu grande parte da sua função. Nos últimos 8 anos, os casos de pacientes que precisam de diálise no país aumentaram em 84%.
Fonte: Burson-Marsteller
06/04/2010
Nefrologistas fazem apelo ao Ministério da Saúde para garantir sobrevivência dos doentes renais crônicos
Associações reúnem-se com representante do Governo em prol de soluções para a atual crise no atendimento aos pacientes
Nesta terça-feira, 06 de abril, o presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Dr. Emmanuel A. Burdmann, e o presidente da Associação Brasileira de Clínicas de Diálise e Transplante (ABCDT), Dr. Paulo Luconi, reúnem-se com o Secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame. O objetivo do encontro é buscar soluções para reverter a crise que compromete o tratamento e a sobrevivência dos pacientes renais crônicos no Brasil.
A doença renal crônica acomete 13 milhões de brasileiros. Considerando-se os dados mundiais, mais de 100 mil pacientes com doença renal crônica deveriam estar em tratamento de diálise no Brasil. No entanto, dados do Censo 2009 da SBN demonstram que, atualmente, apenas 77 mil pacientes fazem diálise, cerca de 10 mil a menos do que em 2008. O levantamento também constatou que os índices de mortalidade vêm aumentando em torno de 1% por ano nos últimos quatro anos, chegando a 17,1%, um índice que preocupa os nefrologistas de todo o país.
Segundo Dr. Burdmann, muitos pacientes provavelmente estão morrendo sem mesmo terem acesso a serviços de diálise. A falta de investimento do Governo no setor não estimula a abertura de novas unidades e leva a deterioração das existentes. "Muitas clínicas estão em estado de pré-falência. Se nada for feito urgentemente pessoas vão morrer por falta de tratamento", ressalta Burdmann.
"Além disso, os dados da SBN sugerem que, em 2009, no mínimo 30 mil brasileiros podem ter morrido sem ao menos ter tido acesso ao tratamento", afirma. Finalmente, o presidente da SBN pondera que "Nos últimos quatro anos não houve modificação significativa no perfil dos pacientes, dos médicos e profissionais que deles cuidam. Este aumento da mortalidade reflete a situação crescente de penúria enfrentada pelas clínicas que atendem aos pacientes pelo SUS".
A situação é tão preocupante que a ABCDT entregou ao Ministério da Saúde uma relação de custos e gastos com diálise que demonstra a escassez de investimentos públicos no setor. Para o Dr. Luconi, a solução do problema está na resolução da asfixia financeira das clínicas, o que permitiria a continuidade do tratamento e a sobrevivência dos pacientes em diálise.
Entre os temas abordados na reunião estão a viabilização econômica dos procedimentos de diálise, incluindo a readequação dos valores de 2009, o aumento dos honorários médicos em Diálise Peritoneal e Hemodiálise e o problema do atraso no repasse dos pagamentos, e a realização de campanha nacional para detecção e tratamento precoce da DRC, para diminuir a necessidade de diálise e transplante renal.
Sobre a doença Renal Crônica: Segundo a SBN - Sociedade Brasileira de Nefrologia, 1 em cada 10 brasileiros apresenta algum grau de doença renal e 90% dos pacientes não sabem que estão doentes, porque os sintomas só aparecem quando o rim já perdeu grande parte da sua função. Nos últimos 8 anos, os casos de pacientes que precisam de diálise no país aumentaram em 84%.
Fonte: Burson-Marsteller