Tia Eron defende passe livre intermunicipal a transplantados
Crédito: Valdemiro Lopes Projeto de indicação amplia extensão do benefício concedido a portadores de deficiência
Com a aprovação unânime pela Assembleia Legislativa da Bahia do Projeto de Lei nº 19.585, que garante a gratuidade no transporte intermunicipal (rodoviário, ferroviário, aquaviário e metroviário) para pessoas com deficiência, a vereadora Tia Eron (PRB) pretende estender o benefício aos transplantados do estado baiano. Por isso, apresentou na Câmara Municipal de Salvador o Projeto de Indicação nº 206/2010, motivada pela lei estadual do Passe Livre Intermunicipal para Pessoa com Deficiência, sancionada pelo governador Jaques Wagner.
Para Tia Eron, a proposta visa o bem-estar daqueles que passaram por algum tipo de transplante. A vereadora explica que na década de 60 iniciaram-se as atividades de transplantes no Brasil, em São Paulo, estendendo-se, ao longo do tempo, por todo o território brasileiro.
Existe um número gritante, em nosso país, de aproximadamente 100.000 mil pessoas que compõem a população de transplantados de coração, córnea, fígado, pâncreas, rim e rim e pulmão, assinala Tia Eron. A vereadora destaca que a sobrevida do transplantado ultrapassa 85%.
O aumento dessa expectativa de vida faz surgir nos transplantados o anseio de se inserir no ambiente ativo de trabalho e no engajamento social, que é importantíssimo para a sua superação, diz Tia Eron. Em sua indicação, ela justifica a necessidade do passe livre para essas pessoas, em virtude do custo pessoal, bastante oneroso, já que o tratamento é constante e exige o uso de medicamento específico, imunossupressor, para evitar a rejeição do órgão transplantado, o que de certa forma limita a disponibilidade do cumprimento das atividades rotineiras.
Tia Eron cita algumas das reações adversas causadas pelo uso do imunossupressor, chamando a atenção para o sofrimento vivido por um transplantado: febre, calafrios, diminuição de apetite, vermelhidão da pelé, perda de cabelo, aftas, dores articulares, retinopatia, falta de ar, pressão baixa e reações de hipersensibilidade.
Além desse sofrimento, em virtude do medicamento, o transplantado também é vítima do preconceito que deve ser combatido com ações que criem oportunidades e condições especiais para a sua participação ativa como cidadão em assuntos e circunstâncias sociais, políticas e, notadamente, no mercado de trabalho, afirma a vereadora.