quarta-feira, 12 de junho de 2013

ATX-BA - MANIFESTO APOIANDO O MINISTRO DA SAÚDE - ENFRENTAMENTO DAS HEPATITES

ONGs de enfrentamento das hepatites divulgam manifesto apoiando Ministro da Saúde
 
 
11/06/2013 - 16h30 - Redação da Agência de Notícias da Aids
Dezoito ONGs brasileiras de combate às Hepatites Virais assinaram e divulgaram, nesta terça-feira, 11 de junho, um manifesto de apoio à atuação do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, especialmente no que diz respeito à exoneração de funcionários do Departamento de DSTs, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

No texto, as ONGs afirmam que têm queixas antigas sobre o tratamento dado a elas pelo Departamento e que poucas delas foram atendidas. Para os ativistas, agora é um bom momento para promover mudanças na estratégia de enfrentamento das Hepatites B e C. Os assinantes do manifesto pedem ainda uma audiência pública para debater estratégias de enfrentamento às hepatites.

Confira a nota na íntegra:

Prezado Ministro Padilha,

As ONGs que lutam pelas hepatites virais abaixo assinadas apóiam o Senhor, independente do assunto ou mérito na decisão de exonerar a cúpula do Departamento DST/AIDS/Hepatites, ficando solidários com vossa atuação.

Em diversas oportunidades as ONGs de hepatites levaram queixas e reclamações sobre a forma como éramos tratados no Departamento. Lamentavelmente poucas delas foram ouvidas e atendidas, mas consideramos que chegou o momento propicio para promover mudanças na estratégia de enfrentamento das hepatites B e C, uma epidemia que afeta aproximadamente até cinco milhões de brasileiros, número impressionante de infectados cronicamente, sete vezes mais que na AIDS.

Compreenda que para poder enfrentar a epidemia de hepatite C será necessário quebrar paradigmas no referente ao tratamento, diagnostico, médicos especialistas e interiorização da medicina de qualidade nos estados. São estratégias que raramente poderão partir de um modelo estratificado que pretende copiar a mesma estratégia empregada nas últimas décadas no enfrentamento da AIDS. Especialmente a hepatite C por ser uma doença diferente no seu tratamento, que atinge público diferente, por tanto, se empregada a mesma estratégia estará condenada ao fracasso, tal qual aconteceu na paralisia comprovada dos últimos quatro anos com o número de pacientes tratados no SUS.

Caro ministro, entendemos que o movimento social das hepatites deve ter o compromisso social e ético de participar de mudanças efetivas no grave cenário das hepatites virais no nosso país e estamos a total disposição para contribuir.

Para tal sugerimos agendar logo, o mais rápido possível, uma audiência na qual apresentaremos diversas estratégias que podem ser implementadas no enfrentamento das hepatites, estratégias essas desenhadas e pensadas pelos seus maiores interessados, os próprios infectados.


 


 
ONGs de Hepatite se mobilizam contra "campanha da prostituta"
 
10/06/2013 – 12h30 – Maxpress - Sala de imprensa
 
Depois do escândalo referente à campanha com imagem e depoimento da “prostituta” e a queda do diretor do Departamento DST-Aids e de Hepatites Virais, líderes das ongs de Hepatite C exigem que a doença tenha espaço separado da Aids , no Ministério da Saúde.

O anúncio do Ministério da Saúde com os cartazes de prostitutas dizendo “sou feliz por ser prostituta”, que gerou a ira do Ministro Alexandre Padilha e terminou na exoneração do diretor da pasta DST-Aids, Dirceu Greco, causou também a indignação dos representantes de portadores da doença, após declaração.

Para Humberto Silva, presidente da ABPH – Associação Brasileira de Portadores de Hepatite, “é um absurdo que a Hepatite C, que não tem nada a ver com sexo (pois já ficou constatado que não é sexualmente transmissível), fique representada pela imagem de uma profissional do sexo. Não que tenhamos nada contra essa profissão, muito pelo contrário, mas não se pode gastar dinheiro público espalhando uma conotação totalmente enganosa , que só gera preconceito aos portadores da doença.

Sobre a queda de Dirceu Greco, Silva também opina que “a culpa não é do Padilha. Este senhor (referindo-se a Dirceu Greco) foi um entrave no combate à Hepatite C, no Brasil. Acreditamos que o ministro Alexandre Padilha seja um homem bem-intencionado e que queira engajar-se nesta causa, mas ele foi mal assessorado – prova disso é o último episódio- dos banners - e tanto os portadores como as ongs de Hepatite C comemoram a saída dele e esperam que se possa ter um espaço no Ministério da Saúde, compatível com a gravidade da doença”.

E o presidente da ABPH completa, “o ministro muitas vezes leva a culpa pela maneira como seus assessores trabalham. O país é imenso e cheio de problemas sociais. É impossível que se tenha controle sobre tudo. A atitude de Padilha renova a confiança que temos no Ministério. Mas é urgente que a Hepatite C seja merecedora de um espaço exclusivo seu, dentro do Ministério, para o combate a essa doença”, que:

1- Atinge 3 milhões de brasileiros;
2- Mata mais do que a Aids;
3- É a maior responsável por cânceres de fígado;
4- É a maior responsável por transplantes de fígado;
5- Precisa de divulgação em massa, pois 95% de seus portadores não sabem que têm a doença e,
6- É considerada a pior epidemia da humanidade, hoje, pela Organização Mundial de Saúde.

As ongs farão um manifesto, por escrito, oficialmente, solicitando a SEPARAÇÃO DO DST-AIDS para a causa da Hepatite C. “Afinal, não podemos ser representados por “uma prostituta” (com todo respeito à profissão delas)”, declara Humberto Silva, presidente da ABPH.

HUMBERTO SILVA: É presidente da Associação Brasileira de Portadores de Hepatite. Fundou a entidade após descobrir que estava infectado com o vírus já há 38 anos, sem saber. Hoje, sua associação - a ABPH - promove testagens e informações gratuitos à população do Brasil, a fim de salvar os 3 milhões de pessoas que têm o vírus, sem conhecimento
 
 

ATX-BA - INFORMANDO - DADOS DO MINITÉRIO DA SAÚDE - DOAÇÃO DE ÓRGÃOS NO BRASIL





Sergipe realizou 166 transplantes no ano passado
07/02/2013



(Foto Ilustrativa/Arquivo Portal Infonet)
 Dados do Ministério da Saúde revelam que Sergipe realizou 166 transplantes em 2012, o que representa 15% a mais em relação a 2011. Por órgão transplantado, o resultado mostra que o estado fez 144 cirurgias de transplante de córnea, 20 de medula óssea e dois de rim. Em toda a região Nordeste, o total chegou a 4.706, incremento de 20% no mesmo período avaliado. Em todo país, o aumento geral foi de 2,6% em 2012, quando o total de cirurgias chegou a 23,9 mil.

Em 2012, o Brasil superou seu próprio recorde mundial de ser o país que mais faz transplantes totalmente públicos e gratuitos. Mas o que mais comemoramos é o crescimento de 47% na região Norte e 20% na Nordeste. Com isso, estamos conseguindo levar essa cirurgia tão complexa para perto das pessoas, salvando vidas nas regiões que menos realizavam transplantes”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Com a tendência de aumento nos transplantes e de doadores, houve redução no número de pessoas que estão na lista de espera por uma cirurgia. No país, 26.662 pessoas aguardam por transplantes – redução de 4,2 em relação a 2011 (27.827).

Além do Nordeste, o Norte também apresentou aumento percentual de 47%, com a realização de 613 cirurgias – em 2011 o total foi de 416. O Centro-Oeste passou de 1.812 cirurgias, em 2011, para 2.160, no ano passado, o que representa crescimento de 19% no período.

 Em números absolutos, São Paulo se destaca com 8.585 transplantes realizados, sendo a maior parte de córnea (5.541). O segundo estado com volume maior de transplantes é Minas Gerais – 2.179, seguido pelo Paraná (1.721), Pernambuco (1.678) e Rio Grande do Sul (1.673).

No ano passado, estados de Ceará, Pernambuco, Acre, Mato Grosso do Sul, Paraná, Espirito Santo, Distrito Federal e São Paulo já eliminaram a lista de espera para o transplante de córnea.

SNT - O Brasil é referência mundial no campo dos transplantes. Atualmente, 95% das cirurgias no país são realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS). O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) é gerenciado pelo Ministério da Saúde, pelos estados e municípios.

A seleção dos potenciais receptores de órgãos é feita através de critérios clínicos, de acordo com cada órgão ou tecido, além da avaliação do tipo sanguíneo e o tempo de espera. O Brasil realiza transplantes de órgãos sólidos (coração, fígado, pulmão, rim e pâncreas), tecido ocular (córnea) e células (medula óssea).

Para atender a quantidade de pacientes e cirurgias de transplantes, existem no país 25 centrais de notificação, captação e distribuição de órgãos, sendo 11 delas sub-regionais; 11 câmaras técnicas nacionais; 748 serviços distribuídos em 467 centros; 1.047 equipes de transplantes; além de 62 Organizações de Procura por Órgãos (OPO), no Brasil. O trabalho exige profissionais de várias áreas da saúde e afins, como psicologia, assistência social e policial.

 Com relação à medula óssea, o Brasil conta com o 3º maior registro mundial de doadores voluntários. Atualmente, são mais de 2,9 milhões de doadores cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) - em 2000 eram 12 mil voluntários inscritos. O salto se deve em grande parte a campanhas publicitárias e ações de sensibilização do Ministério, estados e municípios.


Fonte: Agência Saúde
 
 

 
 
Fonte: ABTO - RBT - primeiro trimestre 2013