domingo, 22 de março de 2009


21/03/2009 16:10
Pais doam órgãos de menino de cinco anos

Viviane Martins

Pais doam órgãos de menino de cinco anos, que teve sua morte anunciada na quinta-feira (19) pelos médicos da Santa Casa de Campo Grande. João Vitor Pacheco de Souza, 5 anos, caiu na escola em Corumbá, na quarta-feira (18), e foi encaminhado para hospital da cidade, com traumatismo craniano. Na quinta-feira (19) ele veio para a Santa Casa de Campo Grande, e a noite o médico diagnosticou sua morte.
A família autorizou a doação de seus órgãos para o hospital. De acordo com a enfermeira Adriana Bottaro, a família se propôs ajudar desde o início. “Em momento nenhum houve a recusa da doação. O desejo da família é de ajudar.”
Mas apenas hoje (21) que começaram os transplantes de seus órgãos. O fígado e os rins foram doados para Santa Casa de São Paulo. O médico Wangler Vasconcelos, chegou hoje (21) por volta 10h20, e participou da retirada do fígado. “Já temos uma criança de dois anos e meio aguardando este fígado, ela tem taxa de hepatite fulminante aguda, ou opera ou morre.”
De acordo com Adriana, esta é a primeira vez que um órgão doado em Mato Grosso do Sul é encaminhado para outro estado. Em Mato Grosso do Sul, não tem uma equipe específica para transplantes e retirada de fígado e nem fila de espera para o órgão.
O coração não pode ser aproveitado, pois segundo Vasconcelos, este órgão tem tempo de preservação de duas a quatro horas, e seria um risco, pois, são 1h30 de viagem e mais trinta minutos de trânsito na capital de São Paulo. O que levaria muito tempo para conversar o órgão. Já a duração do fígado é de 18 horas.
Para os rins de acordo com o médico Vasconcelos já existem duas crianças aguardando.
Também está em operação para a retirada de duas córneas. “Provavelmente será para duas crianças, mas não impede que o receptor seja um adulto. Estes são os únicos órgãos a ficarem em Campo Grande”, explica Adriana.
iniciaCorpo.
Morre capixaba na fila de transplante: ele era o primeiro da fila no país
21/03/2009 - 18h45 ( Gazeta-Online/Da Redação Multimídia)

Uma delicada situação que se faz presente em milhares de famílias mundo a fora e que também está presente em várias famílias capixabas. A falta de doadores de órgãos é uma realidade que incomoda. Para a família de Paulo Vítor Silva Souza, de 26 anos, o que incomoda agora é a falta dele junto a família.
Paulo esteve internado desde o último dia 12, vítima de uma hepatite, no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam). O se estado inspirava tanto cuidado que o fez entrar na fila nacional para transplante de fígado com prioridade de atendimento. Mesmo assim, depois de dias em busca de um doador, nesta tarde de sábado, veio a notícia que ninguém queria receber: a morte cerebral do rapaz foi anunciada.

Procurado pela equipe da Redação Multimídia, um outro paciente que viveu de perto a mesma situação até bem pouco tempo, o presidente da Associação de Apoio aos Pacientes da Fila de Transplantes de Órgãos e os Transplantados do Espírito Santo, Adauto Vieira de Almeida - que é transplantado de fígado e acompanhava a busca por doares para Paulo Vítor - informou que Paulo estava em coma, respirando com ajuda de aparelhos, com febre e com princípios de hemorragia.

"O caso dele era grave, não sabemos se ele aguentaria um transplante, mas nunca deixamos de ter esperança". Paulo Vítor conseguiu ter prioridade no Centro de Captação de Órgãos do Espírito Santo, que tendo acionado a Central Nacional de Captação de Órgãos garantia ao jovem prioridade, caso fosse encontrado algum doador compatível em qualquer lugar do Brasil. Mas infelizmente esse doador na apareceu em tempo hábil. Ainda segundo Adauto, muitos pacientes que tem morte encefálica no Estado, mas o que falta é informação. "Há muitos casos de morte encefálica no Espírito Santo, mas se a família não está bem orientada muitas vidas deixam de ser salvas com as doações", afirma.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) afirmou em nota, que Paulo Vítor foi cadastrado imediatamente após a solicitação do médico que o acompanhava, como urgência máxima, pela Central de Captação de Órgãos do Estado. Além da prioridade na lista, a Secretaria efetuou buscas nos hospitais estaduais, que foram também alertados para notificar, junto à Central, o aparecimento de um doador, sem sucesso.