ONG de combate à hepatite C faz 10 anos pedindo mais medicamentos
Ao entregar relatório de atividades, ONG "C Tem que Saber, C Tem que Curar" diz que pacientes têm dois grandes empecilhos na luta contra a doença: falta de informação e burocracias na liberação dos medicamentos.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A organização não-governamental de combate à hepatite "C Tem que Saber, C Tem que Curar" divulgou um relatório de atividades para marcar os 10 anos da entidade, comemorados neste mês de setembro.
Segundo a ONG, 300 mil pessoas com o vírus da hepatite já foram encaminhadas à rede pública de saúde para tratamento e procedimentos médicos. A maioria destes pacientes não sabia que tinha o vírus.
Prevenção e Controle
De acordo com Chico Martucci, presidente da ONG "C Tem que Saber C Tem que Curar", a hepatite é uma doença silenciosa, e os pacientes têm que estar atentos para fazer a prevenção e o controle, uma vez que o tempo é fundamental na luta contra a doença.
"Quem pertence ao grupo de risco? Aquelas pessoas que receberam o sangue até 1993. Quem compartilhou pelo menos uma vez na vida de substância lícita ou ilícita na veia. Quem vai à manicure sem levar seu estojo próprio. Quem tem antecedente de outras hepatites. Quem teve acidente com material pérfuro-cortante. Lembrando que a rota do vírus C sempre passa pelo sangue contaminado. O contato é sangue, sangue."
Prateleira
Martucci contou à Rádio ONU que os pacientes de hepatite enfrentam dois grandes empecilhos na hora de combater a doença: a falta de informação e casos de burocracia que impedem que os remédios cheguem a quem precisa, com a urgência necessária.
"Os desafios de hoje são que muitas pessoas têm o tratamento negado pelo Estado aqui no Brasil. Eles precisam da terapia tripla que é um remédio novo que chegou que são os inibidores de protease. Eles estão na prateleira do Ministério da Saúde desde fevereiro. O Ministério efetuou uma compra tem o remédio lá. Chamas-se inibidor de protease."
De acordo com a ONG, a hepatite C é uma doença que mata, na maioria dos casos, pessoas com 50 anos ou um pouco mais, que convivem com o vírus há várias décadas e não sabiam da existência do problema até as complicações começarem.
Um outro desafio é a fila do transplante no Brasil. Segundo a ONG, há quatro fígados por milhão de habitante. E 95% dos pacientes falecem à espera do fígado.
FONTE: Notícias e Mídia - Rádio ONU
A ATX-BA parabeniza a C Tem que Saber, C Tem que Curar", na pessoa de seu presidente, Chico Matucci, pelo belo trabalho que eme desenvolvendo nestes 10 anos.
Márcia Chaves
Presidente ATX-BA