08/12/2013 - Carlos Varaldo - WWW.HEPATO.COM
Temos agora a disposição dois novos medicamentos no tratamento da hepatite C, os quais, se combinados (em utilização "off-label, isto é, ainda não aprovado pelo FDA) já permitem um tratamento totalmente oral e livre de interferon.
Apresento então, resumidamente, os resultados... obtidos nas diversas pesquisas e ensaios clínicos que foram apresentados no Congresso Americano de Fígado, o AASLD 2013.
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1 - SOFOSBUVIR (SOVALDI®)
Eficácia do Sofosbuvir (Sovaldi®) no tratamento da hepatite C - Dados da fases 2 e 3 dos ensaios clínicos apresentados no AASLD 2013
Foi aprovado no dia 7 de dezembro pelo FDA nos Estados Unidos para ser comercializado com o nome de (Sovaldi®).
A aprovação foi dada para os seguintes esquemas de tratamento:
Genótipo 1 ou 4 - Sofosbuvir (Sovaldi®) combinado com o interferon peguilado e ribavirina - Tratamento com 12 semanas de duração.
Genótipo 2 - Sofosbuvir (Sovaldi®) combinado com ribavirina (sem interferon) - Tratamento de 12 semanas de duração.
Genótipo 3 - Sofosbuvir (Sovaldi®) combinado com ribavirina (sem interferon) - Tratamento de 24 semanas de duração.
Diversos estudos foram realizados com Sofosbuvir (Sovaldi®) e os dados finais das fases 2 e 3 apresentados durante o AASLD 2013 mostram a resposta terapêutica (possibilidade de cura) dos pacientes infectados com os genotipos 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
1 - Estudo NEUTRINO em pacientes infectados com genótipos 1, 4, 5 e 6 nunca anteriormente tratados com interferon. 327 pacientes receberam Sofosbuvir (Sovaldi®), interferon peguilado e ribavirina durante 12 semanas. A cura no total dos pacientes foi de 90%.
2 - Estudo FISSION em pacientes infectados com genótipos 2 e 3 nunca anteriormente tratados com interferon. 256 pacientes receberam sofosbuvir e ribavirina, sem interferon, durante 12 semanas.
No genótipo 2, 98% dos pacientes com fibrose F1, F2 ou F3 obtiveram a cura. Entre os cirróticos (F4) a cura foi de 80%.
No genótipo 3, 61% dos pacientes com fibrose F1, F2 ou F3 obtiveram a cura. Entre os cirróticos (F4) a cura foi de 43%.
3 - Estudo POSITRON em pacientes infectados com genótipos 2 e 3 nunca anteriormente tratados com interferon. 207 pacientes receberam Sofosbuvir (Sovaldi®) e ribavirina, sem interferon, durante 12 semanas.
No genótipo 2, a cura foi obtida por 100% dos pacientes com fibrose F0, por 95% do pacientes com fibrose F1 ou F2, por 100% dos pacientes com fibrose F3 e por 92% dos pacientes com cirrose (F4).
No genótipo 3, a cura foi obtida por 60% dos pacientes com fibrose F0, por 82% do pacientes com fibrose F1 ou F2, por 53% dos pacientes com fibrose F3 e por 38% dos pacientes com cirrose (F4).
4 - Estudo FUSION em pacientes infectados com genótipos 2 e 3 não respondedores a um tratamento anterior com interferon peguilado. 103 pacientes receberam Sofosbuvir (Sovaldi®) e ribavirina, sem interferon, durante 16 semanas.
No genótipo 2, 100% dos pacientes com fibrose F1, F2 ou F3 obtiveram a cura. Entre os cirróticos (F4) a cura foi de 78%.
No genótipo 3, a cura foi obtida por 100% dos pacientes com fibrose F0, por 75% do pacientes com fibrose F1 ou F2, por 40% dos pacientes com fibrose F3 e por 64% dos pacientes com cirrose (F4).
Todos os pacientes realizaram antes do tratamento uma biopsia ou um Fibroscan ou o teste APRI para determinar o grau de fibrose ou cirrose.
5 - Estudo LONESTAR-2 em pacientes infectados com os genotipos 2 e 3 não respondedores a um tratamento anterior com interferon e metade deles com cirroses foram tratados durante 12 semanas com Sofosbuvir (Sovaldi®), interferon peguilado e ribavirina. Os infectados com o genótipo 2 obtiveram 96% de possibilidade de cura e os infectados com o genótipo 3, 83% de possibilidade de cura.
6 - Estudo VALENCE em pacientes infectados com os genotipos 2 e 3 nunca antes tratados ou não respondedores a um tratamento anterior com interferon receberam tratamento durante 12 semanas com Sofosbuvir (Sovaldi®) e ribavirina, sem interferon se infectados com o genótipo 2 e por 24 semanas se infectados com o genótipo 3. Os infectados com o genótipo 2 obtiveram entre 88% e 100% possibilidade de cura e os infectados com o genótipo 3, entre 60% e 94% de possibilidade de cura.
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2 - SIMEPREVIR - (GALEXOS®)
Eficácia do Simeprevir (Galexos®) no tratamento da hepatite C - Dados da fases 2 e 3 dos ensaios clínicos apresentados no AASLD 2013
Uma pílula a uma vez ao dia utilizado em combinação com o interferon peguilado e ribavirina no tratamento da hepatite C.
Aprovado no Japão, Canada e Estados Unidos apresenta potencial beneficio do tratamento dos genotipos 1, 2, 4, 5 e 6 da hepatite C.
Nos estudos PILLAR e no ASPIRE obteve a cura entre 81% e 86% dos pacientes que recebiam tratamento pela primeira vez e entre 68% e 80% dos pacientes em retratamento fracassados a um tratamento anterior.
Nos estudos QUEST-1, QUEST-2 e PROMISE a cura chegou aos 80% dos pacientes tratados pela primeira vez e aos 79% dos pacientes em retratamento. Nesses estudos existiam grupos controle que receberam o tratamento tradicional de interferon peguilado e ribavirina (sem simeprevir) e a resposta alcançada foi bem menor, de somente 50% dos tratados pela primeira vez e de 37% nos sometidos a retratamento, demonstrando a superioridade na resposta ao se utilizar o simeprevir.
Entre os pacientes difíceis de tratar, os que possuíam um IL28B com resultado "TT", 61% resultaram curados e entre os cirróticos a cura chegou aos 60%. No grupo controle que foi tratado com interferon peguilado e ribavirina, sem simeprevir, a cura foi de somente 21% entre os que apresentavam um IL28B com resultado "TT" e de somente 24% entre os cirróticos, mostrando uma eficácia muito superior ao se utilizar o simeprevir.
O estudo PROMISE que foi realizado com pacientes não respondedores a um tratamento anterior com interferon peguilado e ribavirina mostra, também, que o simeprevir atua com a mesma eficácia em qualquer grau de fibrose. Entre os pacientes com fibrose F0, F1 e F2 a cura foi de 89,5%, entre os infectados com fibrose avançada (F3) a cura foi de 85,7% e entre os pacientes com cirrose (F4) a cura foi de 76,7%.
Resistencia ao Polimorfismo Q80K poderá ser um problema para alguns infectados já que estando presente diminui o efeito terapêutico do Simeprevir (Galexos®). Conforme diversos estudos esse polimorfismo atinge 34,4% dos infectados nos Estados Unidos, 6,1% dos infectados na Europa e 3,3% dos infectados da América Latina. O polimorfismo Q80K se encontra em geral nos infectados com o genótipo 1-a, sendo praticamente inexistente nos infectados com o genótipo 1-b.
Poucos efeitos adversos e colaterais foram relatados. Entre os mais comuns temos a fadiga , dor de cabeça e sintomas de gripe, sintomas esses associados ao interferon peguilado e a ribavirina. Nas primeiras 12 semanas, em estudos de fase 3, erupções cutâneas (incluindo fotossensibilidade) foram relatados em 28 % que utilizaram simeprevir, contra 20 % dos que só utilizaram somente interferon peguilado e ribavirina . O prurido também foi mais comum entre aos pacientes tratados com simeprevir (22% vs 15%), 1 % dos pacientes interromperam o tratamento por causa de uma erupção cutânea.
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3 - Combinação do sofosbuvir com o simeprevir
Ainda não aprovado pelo FDA ou por qualquer agencia reguladora, mas o estudo COSMOS que realizou um tratamento totalmente oral, sem interferon peguilado, empregando os medicamentos sofosbuvir e simeprevir obteve resultados muito animadores.
Foram selecionados quatro grupos de pacientes divididos em dois sub-grupos, sendo um deles de não respondedores a um tratamento anterior com fibrose mínima ou moderada (F0,F1 e F2) e um segundo sub-grupo com paciente nunca antes tratados ou não respondedores com fibrose elevada ou cirrose (F3 e F4).
Os resultados obtidos foram os seguintes:
1 - Tratamento de 24 semanas com sofosbuvir, simeprevir e ribavirina (sem interferon peguilado).
O sub-grupo de pacientes respondedores nulos a um tratamento anterior com fibrose F0, F1 e F2 obteve 79,2% de cura.
O sub-grupo de pacientes nunca antes tratados ou respondedores nulos a um tratamento anterior com fibrose F3 ou F4 obteve 100% de cura, conforme dados provisórios da semana 4 após o final do tratamento, que ainda se encontra em acompanhamento.
2 - Tratamento de 24 semanas com sofosbuvir e simeprevir (sem interferon peguilado ou ribavirina).
O sub-grupo de pacientes respondedores nulos a um tratamento anterior com fibrose F0, F1 e F2 obteve 93,3% de cura.
O sub-grupo de pacientes nunca antes tratados ou respondedores nulos a um tratamento anterior com fibrose F3 ou F4 obteve 100% de cura, conforme dados provisórios da semana 4 após o final do tratamento, que ainda se encontra em acompanhamento.
3 - Tratamento de 12 semanas com sofosbuvir, simeprevir e ribavirina (sem interferon peguilado).
O sub-grupo de pacientes respondedores nulos a um tratamento anterior com fibrose F0, F1 e F2 obteve 96,3% de cura.
4 - Tratamento de 12 semanas com sofosbuvir e simeprevir (sem interferon peguilado ou ribavirina).
O sub-grupo de pacientes respondedores nulos a um tratamento anterior com fibrose F0, F1 e F2 obteve 92,9% de cura.
Carlos Varaldowww.hepato.com
Temos agora a disposição dois novos medicamentos no tratamento da hepatite C, os quais, se combinados (em utilização "off-label, isto é, ainda não aprovado pelo FDA) já permitem um tratamento totalmente oral e livre de interferon.
Apresento então, resumidamente, os resultados... obtidos nas diversas pesquisas e ensaios clínicos que foram apresentados no Congresso Americano de Fígado, o AASLD 2013.
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1 - SOFOSBUVIR (SOVALDI®)
Eficácia do Sofosbuvir (Sovaldi®) no tratamento da hepatite C - Dados da fases 2 e 3 dos ensaios clínicos apresentados no AASLD 2013
Foi aprovado no dia 7 de dezembro pelo FDA nos Estados Unidos para ser comercializado com o nome de (Sovaldi®).
A aprovação foi dada para os seguintes esquemas de tratamento:
Genótipo 1 ou 4 - Sofosbuvir (Sovaldi®) combinado com o interferon peguilado e ribavirina - Tratamento com 12 semanas de duração.
Genótipo 2 - Sofosbuvir (Sovaldi®) combinado com ribavirina (sem interferon) - Tratamento de 12 semanas de duração.
Genótipo 3 - Sofosbuvir (Sovaldi®) combinado com ribavirina (sem interferon) - Tratamento de 24 semanas de duração.
Diversos estudos foram realizados com Sofosbuvir (Sovaldi®) e os dados finais das fases 2 e 3 apresentados durante o AASLD 2013 mostram a resposta terapêutica (possibilidade de cura) dos pacientes infectados com os genotipos 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
1 - Estudo NEUTRINO em pacientes infectados com genótipos 1, 4, 5 e 6 nunca anteriormente tratados com interferon. 327 pacientes receberam Sofosbuvir (Sovaldi®), interferon peguilado e ribavirina durante 12 semanas. A cura no total dos pacientes foi de 90%.
2 - Estudo FISSION em pacientes infectados com genótipos 2 e 3 nunca anteriormente tratados com interferon. 256 pacientes receberam sofosbuvir e ribavirina, sem interferon, durante 12 semanas.
No genótipo 2, 98% dos pacientes com fibrose F1, F2 ou F3 obtiveram a cura. Entre os cirróticos (F4) a cura foi de 80%.
No genótipo 3, 61% dos pacientes com fibrose F1, F2 ou F3 obtiveram a cura. Entre os cirróticos (F4) a cura foi de 43%.
3 - Estudo POSITRON em pacientes infectados com genótipos 2 e 3 nunca anteriormente tratados com interferon. 207 pacientes receberam Sofosbuvir (Sovaldi®) e ribavirina, sem interferon, durante 12 semanas.
No genótipo 2, a cura foi obtida por 100% dos pacientes com fibrose F0, por 95% do pacientes com fibrose F1 ou F2, por 100% dos pacientes com fibrose F3 e por 92% dos pacientes com cirrose (F4).
No genótipo 3, a cura foi obtida por 60% dos pacientes com fibrose F0, por 82% do pacientes com fibrose F1 ou F2, por 53% dos pacientes com fibrose F3 e por 38% dos pacientes com cirrose (F4).
4 - Estudo FUSION em pacientes infectados com genótipos 2 e 3 não respondedores a um tratamento anterior com interferon peguilado. 103 pacientes receberam Sofosbuvir (Sovaldi®) e ribavirina, sem interferon, durante 16 semanas.
No genótipo 2, 100% dos pacientes com fibrose F1, F2 ou F3 obtiveram a cura. Entre os cirróticos (F4) a cura foi de 78%.
No genótipo 3, a cura foi obtida por 100% dos pacientes com fibrose F0, por 75% do pacientes com fibrose F1 ou F2, por 40% dos pacientes com fibrose F3 e por 64% dos pacientes com cirrose (F4).
Todos os pacientes realizaram antes do tratamento uma biopsia ou um Fibroscan ou o teste APRI para determinar o grau de fibrose ou cirrose.
5 - Estudo LONESTAR-2 em pacientes infectados com os genotipos 2 e 3 não respondedores a um tratamento anterior com interferon e metade deles com cirroses foram tratados durante 12 semanas com Sofosbuvir (Sovaldi®), interferon peguilado e ribavirina. Os infectados com o genótipo 2 obtiveram 96% de possibilidade de cura e os infectados com o genótipo 3, 83% de possibilidade de cura.
6 - Estudo VALENCE em pacientes infectados com os genotipos 2 e 3 nunca antes tratados ou não respondedores a um tratamento anterior com interferon receberam tratamento durante 12 semanas com Sofosbuvir (Sovaldi®) e ribavirina, sem interferon se infectados com o genótipo 2 e por 24 semanas se infectados com o genótipo 3. Os infectados com o genótipo 2 obtiveram entre 88% e 100% possibilidade de cura e os infectados com o genótipo 3, entre 60% e 94% de possibilidade de cura.
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2 - SIMEPREVIR - (GALEXOS®)
Eficácia do Simeprevir (Galexos®) no tratamento da hepatite C - Dados da fases 2 e 3 dos ensaios clínicos apresentados no AASLD 2013
Uma pílula a uma vez ao dia utilizado em combinação com o interferon peguilado e ribavirina no tratamento da hepatite C.
Aprovado no Japão, Canada e Estados Unidos apresenta potencial beneficio do tratamento dos genotipos 1, 2, 4, 5 e 6 da hepatite C.
Nos estudos PILLAR e no ASPIRE obteve a cura entre 81% e 86% dos pacientes que recebiam tratamento pela primeira vez e entre 68% e 80% dos pacientes em retratamento fracassados a um tratamento anterior.
Nos estudos QUEST-1, QUEST-2 e PROMISE a cura chegou aos 80% dos pacientes tratados pela primeira vez e aos 79% dos pacientes em retratamento. Nesses estudos existiam grupos controle que receberam o tratamento tradicional de interferon peguilado e ribavirina (sem simeprevir) e a resposta alcançada foi bem menor, de somente 50% dos tratados pela primeira vez e de 37% nos sometidos a retratamento, demonstrando a superioridade na resposta ao se utilizar o simeprevir.
Entre os pacientes difíceis de tratar, os que possuíam um IL28B com resultado "TT", 61% resultaram curados e entre os cirróticos a cura chegou aos 60%. No grupo controle que foi tratado com interferon peguilado e ribavirina, sem simeprevir, a cura foi de somente 21% entre os que apresentavam um IL28B com resultado "TT" e de somente 24% entre os cirróticos, mostrando uma eficácia muito superior ao se utilizar o simeprevir.
O estudo PROMISE que foi realizado com pacientes não respondedores a um tratamento anterior com interferon peguilado e ribavirina mostra, também, que o simeprevir atua com a mesma eficácia em qualquer grau de fibrose. Entre os pacientes com fibrose F0, F1 e F2 a cura foi de 89,5%, entre os infectados com fibrose avançada (F3) a cura foi de 85,7% e entre os pacientes com cirrose (F4) a cura foi de 76,7%.
Resistencia ao Polimorfismo Q80K poderá ser um problema para alguns infectados já que estando presente diminui o efeito terapêutico do Simeprevir (Galexos®). Conforme diversos estudos esse polimorfismo atinge 34,4% dos infectados nos Estados Unidos, 6,1% dos infectados na Europa e 3,3% dos infectados da América Latina. O polimorfismo Q80K se encontra em geral nos infectados com o genótipo 1-a, sendo praticamente inexistente nos infectados com o genótipo 1-b.
Poucos efeitos adversos e colaterais foram relatados. Entre os mais comuns temos a fadiga , dor de cabeça e sintomas de gripe, sintomas esses associados ao interferon peguilado e a ribavirina. Nas primeiras 12 semanas, em estudos de fase 3, erupções cutâneas (incluindo fotossensibilidade) foram relatados em 28 % que utilizaram simeprevir, contra 20 % dos que só utilizaram somente interferon peguilado e ribavirina . O prurido também foi mais comum entre aos pacientes tratados com simeprevir (22% vs 15%), 1 % dos pacientes interromperam o tratamento por causa de uma erupção cutânea.
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3 - Combinação do sofosbuvir com o simeprevir
Ainda não aprovado pelo FDA ou por qualquer agencia reguladora, mas o estudo COSMOS que realizou um tratamento totalmente oral, sem interferon peguilado, empregando os medicamentos sofosbuvir e simeprevir obteve resultados muito animadores.
Foram selecionados quatro grupos de pacientes divididos em dois sub-grupos, sendo um deles de não respondedores a um tratamento anterior com fibrose mínima ou moderada (F0,F1 e F2) e um segundo sub-grupo com paciente nunca antes tratados ou não respondedores com fibrose elevada ou cirrose (F3 e F4).
Os resultados obtidos foram os seguintes:
1 - Tratamento de 24 semanas com sofosbuvir, simeprevir e ribavirina (sem interferon peguilado).
O sub-grupo de pacientes respondedores nulos a um tratamento anterior com fibrose F0, F1 e F2 obteve 79,2% de cura.
O sub-grupo de pacientes nunca antes tratados ou respondedores nulos a um tratamento anterior com fibrose F3 ou F4 obteve 100% de cura, conforme dados provisórios da semana 4 após o final do tratamento, que ainda se encontra em acompanhamento.
2 - Tratamento de 24 semanas com sofosbuvir e simeprevir (sem interferon peguilado ou ribavirina).
O sub-grupo de pacientes respondedores nulos a um tratamento anterior com fibrose F0, F1 e F2 obteve 93,3% de cura.
O sub-grupo de pacientes nunca antes tratados ou respondedores nulos a um tratamento anterior com fibrose F3 ou F4 obteve 100% de cura, conforme dados provisórios da semana 4 após o final do tratamento, que ainda se encontra em acompanhamento.
3 - Tratamento de 12 semanas com sofosbuvir, simeprevir e ribavirina (sem interferon peguilado).
O sub-grupo de pacientes respondedores nulos a um tratamento anterior com fibrose F0, F1 e F2 obteve 96,3% de cura.
4 - Tratamento de 12 semanas com sofosbuvir e simeprevir (sem interferon peguilado ou ribavirina).
O sub-grupo de pacientes respondedores nulos a um tratamento anterior com fibrose F0, F1 e F2 obteve 92,9% de cura.
Carlos Varaldowww.hepato.com