A presidente da Associação de Pacientes Transplantados da Bahia, ATX-BA), Márcia Chaves, a convite da Ouvidoria da Câmara Municipal de Salvador, compôs a mesa da Audiência Pública promovida pela presidente da ouvidoria da Câmara, Vereadora Olívia Santana, cujo tema abordado foi "A População Negra e a Política de Transplantes de Órgãos e Doação de Medula Óssea", no dia 28.07.2011, no Centro de Cultura da Câmara.
O objetivo era esclarecer sobre a doação de medula óssea e os resultados da pesquisa do IPEA sobre transplantes de órgãos, sensibilizando a comunidade negra de Salvador para a importância do tema, com base nos dados oficiais que apontam as dificuldades enfrentadas pelas instituições que atuam na área.
A ATX-BA foi convidada para falar sobre as demandas e os problemas enfrentados pelos pacientes transplantados.
Em um levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica (IPEA) foi demons-trado que: "Não é apenas como receptor de órgãos que a população negra é minoritária. Ao que tudo indica como doador também. Na Bahia, o estado com maior população negra e mestiça do país, por exemplo, as pessoas que se declaram negras, no momento de doar um órgão, representam apenas 1,48% para 98,52% que se dizem de outras raças".
Fonte: Eliezer Cesar_247 - www.bahia247.com.br
Em entrevista dada no dia 30.07.2011 ao Jornal A Tarde o Diretor do HEMOBA, Roberto Schlindwein, fala que mais que se preocupar com a questão racial - que, para ele, não tem nenhuma relação com a problemática dos transplantes - é preciso de mais equipes especializadas para fazer o procedimento no Estado. "Órgãos captados na Bahia estão sendo levados para outros estados, como aconteceu recentemente com rins doados a um transplantado do Rio Grande do Sul", sinaliza Schlindwein.
Na mesma entrevista ao Jornal A Tarde a presidente da ATX-BA, Márcia Chaves, comenta "Sem recorte dos estados, a pesquisa não tem utilidade prática". Falando ainda do tema a presidente diz " Não tem como burlar a fila porque a ordem é cronológica e controlada por computador. A questão do transplante não tem nenhuma relação com cor, raça ou gênero, É avaliada a genética do paciente".
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