Mudança no perfil de doadores de rins.
Pesquisa mostra que aumentou o número de operações com órgãos de pessoas falecidas, mas que troca entre vivos diminuiu.
Publicação: 17/08/2013 00:12 Atualização: 17/08/2013 07:11
Brasília – Levantamento divulgado ontem pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) revela que a quantidade de operações desse tipo aumentou no primeiro semestre de 2013 na comparação com o mesmo período do ano passado. Nas cinco modalidades analisadas – rim, coração, fígado, pâncreas e pulmão –, o número absoluto de procedimentos subiu de 4.437 para 7.457. Na cirurgia mais comum, a troca de rins, o estudo verificou uma mudança no perfil de doadores. De janeiro a julho, a quantidade de doadores falecidos aumentou 4,5% em relação ao mesmo período de 2012. Já o percentual de troca de rins entre pessoas vivas foi reduzido em 11,6%.
A queda tem sido registrada a cada ano, já que a pesquisa mostra que, na última década, os transplantes de rim feitos com doadores vivos diminuiu 27%. Para especialistas, o quadro se relaciona com uma sensibilização de famílias sobre a necessidade de doar órgãos de pessoas com morte cerebral, além do avanço na tecnologia que prolonga o tratamento do paciente renal e uma alteração no perfil da própria sociedade.
De acordo com o presidente da ABTO, José Medina Pestana, mais da metade das famílias de pacientes com morte cerebral concorda em fazer a doação. Há, ainda, pelo menos outros dois motivos que explicam a mudança nas características dos transplantes de rins: "As famílias estão cada vez menores, com menos filhos, então a possibilidade de ter um doador compatível diminuiu. Ao mesmo tempo, a qualidade das diálises (procedimento feito para filtrar o sangue) aumenta. Isso dá à pessoa a possibilidade de passar mais tempo esperando pelo órgão de um falecido", afirmou. Segundo ele, hoje 20 mil pacientes aguardam um doador no país. A coordenadora de transplantes no Distrito Federal, Daniela Salomão, afirma que a queda ocorre porque se tem conseguido mais doadores em morte encefálica e, por consequência, tem diminuído a necessidade de transplante intervivo (entre duas pessoas vivas).
Outros órgãos O levantamento da ABTO mostrou que a quantidade de transplantes extremamente complexos, como pulmão e fígado tiveram aumento em relação ao ano passado (veja quadro). O de pulmão, feito em apenas quatro estados, teve crescimento de 1,4%. No ano passado inteiro, foram feitos 69 procedimentos desse tipo e, neste ano, já foram realizados 42. "Nosso sistema de captação e distribuição de órgãos é muito avançado. Agora precisa haver mais eficiência e organização do projeto", afirmou o presidente da ABTO, José Medina Pestana.
A queda tem sido registrada a cada ano, já que a pesquisa mostra que, na última década, os transplantes de rim feitos com doadores vivos diminuiu 27%. Para especialistas, o quadro se relaciona com uma sensibilização de famílias sobre a necessidade de doar órgãos de pessoas com morte cerebral, além do avanço na tecnologia que prolonga o tratamento do paciente renal e uma alteração no perfil da própria sociedade.
De acordo com o presidente da ABTO, José Medina Pestana, mais da metade das famílias de pacientes com morte cerebral concorda em fazer a doação. Há, ainda, pelo menos outros dois motivos que explicam a mudança nas características dos transplantes de rins: "As famílias estão cada vez menores, com menos filhos, então a possibilidade de ter um doador compatível diminuiu. Ao mesmo tempo, a qualidade das diálises (procedimento feito para filtrar o sangue) aumenta. Isso dá à pessoa a possibilidade de passar mais tempo esperando pelo órgão de um falecido", afirmou. Segundo ele, hoje 20 mil pacientes aguardam um doador no país. A coordenadora de transplantes no Distrito Federal, Daniela Salomão, afirma que a queda ocorre porque se tem conseguido mais doadores em morte encefálica e, por consequência, tem diminuído a necessidade de transplante intervivo (entre duas pessoas vivas).
Outros órgãos O levantamento da ABTO mostrou que a quantidade de transplantes extremamente complexos, como pulmão e fígado tiveram aumento em relação ao ano passado (veja quadro). O de pulmão, feito em apenas quatro estados, teve crescimento de 1,4%. No ano passado inteiro, foram feitos 69 procedimentos desse tipo e, neste ano, já foram realizados 42. "Nosso sistema de captação e distribuição de órgãos é muito avançado. Agora precisa haver mais eficiência e organização do projeto", afirmou o presidente da ABTO, José Medina Pestana.
FONTE: em.com.br