sábado, 28 de março de 2009

Doar órgãos é um ato solidário e salva vidas
Ministério da Saúde - Notícias

A doação de órgãos é um ato pelo qual você manifesta a vontade de que, a partir do momento de sua morte, uma ou mais partes do seu corpo (órgãos e tecidos), em condições de serem aproveitadas para transplante, possam ajudar outras pessoas.
Hoje, no Brasil, para ser doador de órgãos não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta comunicar a família do desejo de doação. A doação de órgão só acontece após autorização familiar. Cerca de 1% de todas as pessoas que morrem são doadores em potencial. Entretanto, a doação pressupõe certas circunstâncias especiais que permitam a preservação do corpo para o adequado aproveitamento dos órgãos para doação.
Para o enfermeiro e tutor do Portal Educação, Alisson Daniel, “a doação de órgãos é um ato de solidariedade, salva vidas, trazendo esperança às pessoas que recebem estes órgãos”.
Enfermeiros e profissionais da saúde têm a oportunidade de aprofundar os seus conhecimentos no curso de Enfermagem em Doação e Transplante de Órgãos do Portal Educação. O investimento é de R$ 157,57 com uma carga-horária de 60 horas. Para saber sobre o conteúdo programático completo, certificado, formas de pagamento e outras informações, acesse o site do Portal Educação ou ligue para 0800 707 4520 (ligação gratuita).

terça-feira, 24 de março de 2009

CONVITE

Prezado Senhor (a).
É com grande alegria e orgulho que a Associação de Pacientes Transplantados da Bahia (ATX-BA) vem comunicar a outorga do Título de Cidadão de Salvador ao Dr. José Osmar Medina de Abreu Pestana.
Contamos com a presença de todos para essa merecida homenagem.

“Aos 18 anos ele saiu de Ipassu, município de 13 mil habitantes no interior de São Paulo. Aos 53, José Osmar Medina Pestana ultrapassou a marca de 6 mil transplantes na capital e em outras partes do mundo. Graduado pela Escola Paulista de Medicina, atual Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em 1979, dez anos depois concluía o pós-doutorado em Oxford, Inglaterra. Há dois anos, recebeu das mãos de seu orientador, Peter Morris, o título de fellow honorary do Royal College of Surgeons of England. Professor titular da Disciplina de Nefrologia da Unifesp, dirigiu o Hospital São Paulo de 1993 a 1999. Presidiu a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos de 2001 a 2003, entidade que completou 20 anos em dezembro e na qual continua como presidente do Conselho Consultivo. Em meio aos 15 transplantes por semana, ainda preside a Sociedade Latino-Americana de Transplantes, é delegado da AMB e suplente da Comissão de Transplantes de Órgãos e Tecidos desde 2003”. (Jamb – JAN/FEV 2007)


ATX-BA


CONVITE

A Câmara municipal da Cidade do Salvador tem a honra de convidar V. Exa. para a solenidade de outorga do Título de Cidadão da Cidade do Salvador ao Dr. José Osmar Medina de Abreu Pestana, nos termos da Resolução n.º 1.848/08, requerida pela Vereadora Eron Vasconcelos, a ser realizada no dia 26 de março, às 19 horas no Centro Cultural da Prefeitura da Cidade do Salvador.

Centro Cultural, março de 2009

Alan Sanches
Presidente




domingo, 22 de março de 2009


21/03/2009 16:10
Pais doam órgãos de menino de cinco anos

Viviane Martins

Pais doam órgãos de menino de cinco anos, que teve sua morte anunciada na quinta-feira (19) pelos médicos da Santa Casa de Campo Grande. João Vitor Pacheco de Souza, 5 anos, caiu na escola em Corumbá, na quarta-feira (18), e foi encaminhado para hospital da cidade, com traumatismo craniano. Na quinta-feira (19) ele veio para a Santa Casa de Campo Grande, e a noite o médico diagnosticou sua morte.
A família autorizou a doação de seus órgãos para o hospital. De acordo com a enfermeira Adriana Bottaro, a família se propôs ajudar desde o início. “Em momento nenhum houve a recusa da doação. O desejo da família é de ajudar.”
Mas apenas hoje (21) que começaram os transplantes de seus órgãos. O fígado e os rins foram doados para Santa Casa de São Paulo. O médico Wangler Vasconcelos, chegou hoje (21) por volta 10h20, e participou da retirada do fígado. “Já temos uma criança de dois anos e meio aguardando este fígado, ela tem taxa de hepatite fulminante aguda, ou opera ou morre.”
De acordo com Adriana, esta é a primeira vez que um órgão doado em Mato Grosso do Sul é encaminhado para outro estado. Em Mato Grosso do Sul, não tem uma equipe específica para transplantes e retirada de fígado e nem fila de espera para o órgão.
O coração não pode ser aproveitado, pois segundo Vasconcelos, este órgão tem tempo de preservação de duas a quatro horas, e seria um risco, pois, são 1h30 de viagem e mais trinta minutos de trânsito na capital de São Paulo. O que levaria muito tempo para conversar o órgão. Já a duração do fígado é de 18 horas.
Para os rins de acordo com o médico Vasconcelos já existem duas crianças aguardando.
Também está em operação para a retirada de duas córneas. “Provavelmente será para duas crianças, mas não impede que o receptor seja um adulto. Estes são os únicos órgãos a ficarem em Campo Grande”, explica Adriana.
iniciaCorpo.
Morre capixaba na fila de transplante: ele era o primeiro da fila no país
21/03/2009 - 18h45 ( Gazeta-Online/Da Redação Multimídia)

Uma delicada situação que se faz presente em milhares de famílias mundo a fora e que também está presente em várias famílias capixabas. A falta de doadores de órgãos é uma realidade que incomoda. Para a família de Paulo Vítor Silva Souza, de 26 anos, o que incomoda agora é a falta dele junto a família.
Paulo esteve internado desde o último dia 12, vítima de uma hepatite, no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam). O se estado inspirava tanto cuidado que o fez entrar na fila nacional para transplante de fígado com prioridade de atendimento. Mesmo assim, depois de dias em busca de um doador, nesta tarde de sábado, veio a notícia que ninguém queria receber: a morte cerebral do rapaz foi anunciada.

Procurado pela equipe da Redação Multimídia, um outro paciente que viveu de perto a mesma situação até bem pouco tempo, o presidente da Associação de Apoio aos Pacientes da Fila de Transplantes de Órgãos e os Transplantados do Espírito Santo, Adauto Vieira de Almeida - que é transplantado de fígado e acompanhava a busca por doares para Paulo Vítor - informou que Paulo estava em coma, respirando com ajuda de aparelhos, com febre e com princípios de hemorragia.

"O caso dele era grave, não sabemos se ele aguentaria um transplante, mas nunca deixamos de ter esperança". Paulo Vítor conseguiu ter prioridade no Centro de Captação de Órgãos do Espírito Santo, que tendo acionado a Central Nacional de Captação de Órgãos garantia ao jovem prioridade, caso fosse encontrado algum doador compatível em qualquer lugar do Brasil. Mas infelizmente esse doador na apareceu em tempo hábil. Ainda segundo Adauto, muitos pacientes que tem morte encefálica no Estado, mas o que falta é informação. "Há muitos casos de morte encefálica no Espírito Santo, mas se a família não está bem orientada muitas vidas deixam de ser salvas com as doações", afirma.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) afirmou em nota, que Paulo Vítor foi cadastrado imediatamente após a solicitação do médico que o acompanhava, como urgência máxima, pela Central de Captação de Órgãos do Estado. Além da prioridade na lista, a Secretaria efetuou buscas nos hospitais estaduais, que foram também alertados para notificar, junto à Central, o aparecimento de um doador, sem sucesso.

quarta-feira, 18 de março de 2009


Vida e Saúde
Terça, 17 de março de 2009, 17h32 Atualizada às 18h29


Entenda a morte cerebral e as regras para doação de órgãos

Últimas de Vida e Saúde

Depois de uma série de exames ao longo do dia, como o doppler transcraniano - que mede o fluxo de sangue no cérebro do paciente -, a equipe médica do Hospital Santa Lúcia, em Brasília (DF), confirmou a morte cerebral do deputado Clodovil Hernandes (PR-SP).

Agora, as autoridades de saúde do DF deverão avaliar as condições de alguns órgãos de Clodovil, como coração e rins, para verificar a possibilidade de encaminhá-los para a doação.

Mesmo que o paciente manifeste em vida o desejo de doar, cabe à família autorizar ou não a retirada de órgãos e tecidos. Mas, como o estilista não tem parentes próximos, amigos dizem que ele teria uma autorização judicial para o procedimento.

A notícia é rodeada por um forte impacto emocional especialmente porque aborda três assuntos que ainda geram muitas dúvidas e polêmicas entre os brasileiros: morte cerebral, doação e transplantes de órgãos.

Para tentar esclarecer algumas das questões mais freqüentes e derrubar alguns mitos, o Terra entrevistou Rogério Carballo Afonso, médico cirurgião da Equipe de Transplante de Fígado do Hospital Israelita Albert Einstein e membro da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

Entre outras respostas que mostram o quanto o assunto é polêmico, por exemplo, o especialista garante que a família precisa autorizar a doação e que desconhece qualquer documento por escrito que garanta o procedimento.

Terra:É possível deixar algum documento escrito para comprovar a vontade de doar? Isso não garantiria a doação, independentemente da opinião dos familiares?
Rogério Carballo Afonso: Pela legislação brasileira, para ocorrer a doação de órgãos e tecidos é obrigatória a consulta aos familiares, até o 2º grau de parentesco (irmãos, pai, mãe, avós, netos) e maiores de 18 anos. Se não houver parentes para dar essa autorização, a doação não é feita.

Terra: Toda pessoa que morre pode ser considerada um potencial doador ou só em caso de morte encefálica?
RCA: A doação de órgãos - com exceção das doações feitas em vida - só pode ser feita com a detecção da morte encefálica, ou morte cerebral, como é mais conhecida. A morte por parada cardíaca possibilita apenas a retirada de tecidos, como córneas, pele, ossos e cartilagens. Em alguns países, são retirados órgãos de mortos por parada cardíaca, mas isso não ocorre no Brasil.
Terra: Em quais situações é determinada a morte cerebral (ou encefálica)?
RCA: Quando há a parada total e irreversível das funções cerebrais. Nesse caso, os outros órgãos do paciente, como o coração, continuam funcionando por meio de aparelhos. Para comprovar a morte encefálica, é preciso o diagnóstico clínico feito por, pelo menos, dois médicos diferentes, em um intervalo - normalmente a cada seis horas - que varia para cada faixa etária. Por último, é feito um exame complementar que comprove a ausência de atividade cerebral, seja ela atividade elétrica, metabólica ou ausência de circulação sangüínea.
Terra: É verdade que o Brasil é o campeão em doação de rim?
RCA: O Brasil é o segundo país em número de transplantes, em geral. O primeiro lugar fica com os Estados Unidos. No entanto, considerando a dimensão da população brasileira ainda estamos muito atrás.
Terra: Qual o tipo de doação mais freqüente no Brasil e a menos freqüente?
RCA: A doação de córneas é a mais realizada no País, porque é a mais simples no que diz respeito à técnica para realização do transplante. Além disso, este tecido pode ser retirado de doadores com morte cardíaca. No Estado de São Paulo, por exemplo, não há fila para o transplante de córneas. É preciso esperar apenas alguns dias para a cirurgia. Já os transplantes menos realizados são os de pulmão e coração, porque, mesmo com a intenção de doar, é mais difícil manter a qualidade desses órgãos.
Terra: Como estão as filas de transplantes hoje no Brasil? Continuam enormes ou a situação melhorou?
RCA: A desproporção é cada vez maior. Infelizmente, a fila de espera por transplantes ainda cresce muito mais que a quantidade de órgãos e tecidos doados.
Terra: A família pode escolher para quem o órgão será doado? Em que casos essa escolha pode ser feita?
RCA: A escolha só pode ser feita em caso do doador vivo. Já a família do doador falecido não pode direcionar os órgãos, que são oferecidos à lista de espera.
Terra: O que a lei diz sobre as famílias do doador e do receptor? Eles podem se conhecer?
RCA: Este não é um encontro estimulado para que o processo seja o mais isento possível. Caso o receptor ou sua família deseje saber quem foi o doador, a equipe que realizou a cirurgia de transplante não pode informá-los, até mesmo porque, em algumas situações, nem mesmo os médicos sabem a procedência do órgão.
Terra: Uma das principais dúvidas é sobre como fica o corpo da pessoa que doou os órgãos e tecidos. Há riscos de deformação?RCA: Esta é uma preocupação levada a sério pelas equipes responsáveis pela remoção de órgãos e tecidos. É respeitado todo o procedimento como em uma cirurgia normal. Ficam cortes, como em toda intervenção cirúrgica, mas que não são perceptíveis no velório, por exemplo, já que o corpo é velado com roupas. Não é possível identificar se um determinado corpo foi ou não doador.
Terra: Todos os hospitais no País estão preparados para fazer um transplante?
RCA: Pela lei (uma portaria assinada no dia 27 de setembro de 2005 pelo então ministro da Saúde, Saraiva Felipe), todos os hospitais públicos, privados e filantrópicos com mais de 80 leitos devem ter uma Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT). A função da comissão é identificar possíveis doadores e viabilizar a remoção dos órgãos, assim que for autorizada pela família do doador. Na prática, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do País ou em cidades afastadas dos grandes centros, nem todos os hospitais possuem esse recurso ou nem sempre a comissão funciona da maneira que deveria. Terra: Quais os obstáculos que hoje dificultam o transplante no Brasil?
RCA: Claro que ainda faltam muitas equipes, principalmente fora das regiões Sul e Sudeste. Mas é preciso também esclarecer as dúvidas e mostrar que a retirada de órgãos é algo seguro e feito por profissionais preparados. Outro fator muito importante é deixar claro para as famílias o desejo de ser um doador. Não deixe essa decisão para um momento em que não é fácil racionalizar. Se um pai ou um filho sabe do desejo do parente, fica mais fácil ele autorizar a doação, até mesmo como uma forma de última homenagem.
Redação Terra

quinta-feira, 12 de março de 2009

12/03/2009 19h28 Saúde
Campanha alerta para prevenção de doenças renais
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A Sociedade Brasileira de Nefrologia lançou, nesta quinta-feira, Dia Mundial do Rim, a campanha Previna-se, contra doenças renais. Foram programados mais de 400 mutirões em todos os estados para fazer gratuitamente exames de urina e de creatinina no sangue, que ajudam a detectar a doença no estágio inicial.
O objetivo da campanha é alertar as pessoas sobre os riscos da doença que cresce cerca de 8% ao ano no Brasil. De acordo com a SBN, cerca de 10 milhões de pessoas são vítimas de complicações renais no país. Desse total, 2 milhões sofrem com doenças renais crônicas e 60% não sabem que têm o problema. Nos casos mais graves, as complicações nos rins podem levar à perda do órgão e à morte.
Em 2007, foram feitos no Brasil 3.397 transplantes de rins, contra 3.281 em 2006, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. Segundo a associação, atualmente os estados com mais pessoas na fila do transplante são: São Paulo (9.583), Minas Gerais (3.931), Rio de Janeiro (3.537), Paraná (2.471) e Bahia (2.345). Ao todo, a SBN calcula que o país já realizou 25 mil transplantes de rins.
Uma pesquisa feita pela SBN em 546 unidades de diálise do Brasil revelou ainda um aumento de 72% no número de pessoas que fazem esse tipo de tratamento entre janeiro de 2000 e o mesmo mês de 2009. A diálise é um processo destinado a repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo.
Segundo o presidente da SBN, Emmanuel Burdmann, atualmente 87 mil pessoas fazem diálise no Brasil. “Existem cerca de 600 hemocentros, no país, o que é insuficiente para atender a demanda. Além disso, o quadro de especialistas não é suficiente para tratar todo mundo.”
O médico disse que que a doença atinge com mais freqüência três grupos de pessoas: pessoas que têm diabetes (doença metabólica caracterizada por um aumento anormal da glicose ou açúcar no sangue), hipertensos (pessoas que têm pressão arterial elevada) e pessoas com mais de 50 anos.
Burdmann explicou que os sintomas mais comuns da doença renal são: inchaços no corpo, mau hálito, palidez e coceiras. “É difícil as pessoas ligarem esses sintomas à doença renal. Existem várias doenças com os mesmos sintomas, e isso prejudica o diagnóstico precoce. Por isso, quando a pessoa chega para fazer o exame, 50% do rim já está com o funcionamento prejudicado.”
Da Agência Brasil

domingo, 1 de março de 2009




Saúde - S. J. do Rio Preto
HB de Rio Preto faz 2º transplante de coração em 8 dias
28/02/2009 - 18:00:00 - Diário da Região
O Hospital de Base (HB) de Rio Preto fez ontem o segundo transplante de coração do ano. Os dois procedimentos foram realizados em oito dias, uma conquista inédita no HB, segundo o médico responsável pelo setor, Reinaldo Bestetti. “Tivemos sorte de ter dois órgãos disponíveis em um período de tempo tão curto. Isso é raro”, disse. O doador do transplante de ontem é o pintor Paulo Bertholazo, 33 anos, vítima de um aneurisma cerebral no último sábado. Após ficar quatro dias em coma no HB, a morte cerebral foi confirmada no fim da manhã de anteontem. Poucas horas depois a família autorizou a doação dos órgãos de Bertholazo. O receptor do coração é um homem de Mirassol, vítima da doença de Chagas, que ataca o órgão. A cirurgia durou cerca de três horas. Segundo Bestetti, o receptor passa bem. O vidraceiro Jair Bertholazo, 42 anos, diz que a família autorizou a doação dos órgãos baseada na vontade do próprio irmão. “Ele expressou o desejo de doar todos os órgãos, caso morreresse, num churrasco familiar há quatro meses. Decidimos cumprir sua última vontade”, afirmou o irmão. O fígado de Paulo foi enviado para Ribeirão Preto. Até às 20h de ontem, a Central de Transplante ainda não havia definido o destino dos rins e das córneas. O primeiro coração transplantado em 2009 foi doado pela dona de casa Luciana Patrícia Salles Sabino, também vítima de aneurisma, no último dia 19. A família acusa a Secretaria Municipal de Saúde e o Hospital de Base (HB) de Rio Preto de negligência médica. Ânimo A segunda cirurgia no prazo de duas semanas anima a equipe de Bestetti, que no ano passado fez apenas quatro transplantes, contra sete em 2007. Desde o início do programa, em 2000, foram 68 transplantes cardíacos. “Este ano devemos alcançar um número um pouco maior, embora a tendência seja de queda no número anual de procedimentos”, diz. Segundo Bestetti, a queda se deve ao envelhecimento do doador. “No início da década, a maioria dos doadores era de jovens na faixa etária entre 25 e 35 anos. Agora, a maioria tem mais de 40, com um coração nem tão saudável”, afirma. Outra dificuldade do HB tem sido a falta de estrutura para captar órgãos vindos de fora do Noroeste Paulista. “Precisamos ter uma equipe maior, com dedicação exclusiva, para poder pegar o órgão em outras cidades do interior paulista com disponibilidade constante, como Ribeirão Preto, Araraquara, São Carlos, Araçatuba.” A equipe de transplante cardíaco do HB é formada por seis médicos, sem contar os auxiliares. A estruturação do setor passa pela aquisição de um ventrículo artificial, para dar maior sobrevida ao paciente durante o transplante. “Diferente do transplantado de rim e de fígado, o de coração não sai da mesa de cirurgia enquanto o transplante não for concluído. O equipamento nos daria um tempo maior para um procedimento”, diz. O problema do ventrículo, que não é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é o alto custo: US$ 500 mil. No Estado, apenas o Incor, na Capital, dispõe do equipamento.