18/03/15 às 09h16 - Atualizado em 18/03/15 às 11h28
OPINIÃO! Varela critica a falta de medicação para transplantados
na Bahia
Falta de medicamento específico pode
levar pacientes à morte
Gabriela
Gidi
gabriela@varelanoticias.com.br
gabriela@varelanoticias.com.br
Na
manhã desta quarta-feira (18), o apresentador Raimundo Varela, criticou,
durante o programa Balanço Geral, a falta de medicamentos para alguns pacientes
transplantados no estado. O apresentador chamou a atenção do governador da
Bahia e do secretário de saúde, Fábio Vilas Boas, para que esse problema seja
imediatamente sanado.
Segundo
Varela, que é bitransplantado, a falta desse medicamento específico, pode
acarretar na rejeição do órgão, pelo corpo do paciente, e assim, o
transplantado acaba morrendo. O apresentador fez
um comentário esclarecendo esse fato, leia a seguir:
“Queria chamar a atenção do governador Rui Costa, do secretário de
Saúde do Estado, Fábio Vilas Boas, porque na Bahia tem mais de mil pessoas na
fila esperando transplante renal.
Mas antes de conseguir o doador compatível, o
paciente tem que enfrentar hemodiálise, em média três vezes por semana, eu
passei por isso.
Depois do transplante, o uso de medicamento contínuo é para
mantê-lo vivo, se não tomar, morre. Eu estou fazendo uma confissão aqui. Se
faltar para mim meu medicamento, acabou Varela. Meu organismo vai rejeitar meus
órgãos novos e eu vou pro ‘beleléu’. Todo mundo vai um dia, mas não tenho
pressa.
Na Bahia, a falta de medicamentos distribuídos gratuitamente na
rede pública, preocupa os transplantados e a família deles. Eu sou o oitavo
bitransplantado brasileiro e posso falar disso com autoridade. Para mim, nunca
faltou, não vou aqui falar bobagem.
Agora, a questão, viu doutor Fábio Vilas Boas, é suprimento. O
senhor já ouviu falar disso? Qual é a média mensal de consumo desse
medicamento, qual é o prazo de entrega do laboratório? Quanto o senhor precisa
de estoque mínimo desse medicamento? Isso é como leite, pão, café, arroz e
feijão. Não pode faltar. Se não, o corpo expulsa os órgãos que foram colocados.
Não é que não deva faltar. Não pode! Porque cada medicamento que
faltar, o Estado, a União, serão responsabilizados pela morte desse paciente. E
esses erros não tem perdão.
Chamar a atenção do secretário de saúde para
priorizar isso. Que assim, o senhor vai se dar mal. Cadê a medicação? Eu sou
formado em suprimento, posso dizer como fazer.
Primeiro, tem a estatística. Veja quantos pacientes tem, tem que
manter estoque mínimo para, no mínimo, seis meses. Será que ele sabe o que é
estoque mínimo? Será que sabe o que é média de custo? Tem que fazer conta: isso
não pode faltar! Pode faltar tudo, menos isso. Até porque, essa medicação você
não compra em farmácia. É proibida a venda. Esse medicamento é da verba da
saúde do governo federal, e é responsabilidade dos estados e municípios a
distribuição.”
FONTE: http://varelanoticias.com.br/opiniao-varela-critica-a-falta-de-medicacao-para-transplantados-na-bahia/