Segunda - 19/04/10 07h39, atualizado em 19/04/10 07h04
Mais de 200 pessoas esperam por transplante de fígado
O recadastramento promovido para quem está na fila para fazer um transplante em Pernambuco começou nesta segunda-feira (19). A medida é necessária porque o Ministério da Saúde iniciou o processo de mudança do sistema de informação responsável pela lista de espera por doador de órgão para transplante. O novo sistema, criado em São Paulo, estará disponível para acesso de profissionais de saúde, pacientes e centrais de transplante via Internet.
“O paciente que está em lista deve procurar o médico que o inscreveu, com a cópia do CPF e comprovante de endereço, para que o médico faça uma reavaliação e o recadastramento. O novo sistema traz o benefício da transparência, porque estará disponível na internet. Vai ter recursos de informática para conferir o pós-transplante, e vai otimizar e facilitar muito a rapidez e a garantia da informação. Em, aproximadamente, 30 dias poderemos estar rodando o novo sistema”, falou a coordenadora da Central de Transplantes em Pernambuco, Zilda Cavalcanti .
Para que cada paciente da lista tenha acesso a informações sobre sua posição, basta acessar à página do sistema com o seu número de registro no Sistema Nacional de Transplantes e o número do seu CPF. De acordo com a Central, a nova ferramenta aumenta o controle social sobre os transplantes no País e dá mais credibilidade ao sistema.
Atualmente, mais de 200 pessoas estão na fila do transplante à espera de um fígado em Pernambuco. Nos últimos 10 anos, foram realizados 400 transplantes de fígado no hospital Oswaldo Cruz e no Jayme da Fonte, no Recife, mas o objetivo da equipe médica é aumentar ainda mais o número de cirurgias.
Há um ano e oito meses, Samira Pereira vive com um novo fígado. O transplante foi a única saída para recuperar a saúde abalada por causa de uma hepatite. “Você tem uma qualidade de vida. Agora eu me alimento bem, respiro bem”, disse.
Ela foi uma das pacientes da unidade de transplantes de fígado que funciona há 10 anos no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no bairro de Santo Amaro. No início, eram feitos apenas 10 transplantes por ano.
O médico que coordena a equipe responsável pelo serviço, Cláudio Lacerda, diz que em 2010 a meta é chegar a 100 transplantes. De acordo com ele, o aumento das cirurgias foi possível graças à melhoria do esquema montado para captar os órgãos em vários estados do país. “Com alguma frequência, o governo do Estado tem disponibilizado um avião para a gente ir buscar fígados. Também já há toda uma experiência adquirida”, falou.
A ordem de chamada é feita com base em um índice de gravidade da doença, ou seja: quanto maior o risco de morte mais adiantada se torna a posição na fila. ”Não existe a menor chance de qualquer forma de privilégio na fila”, afirmou Cláudio.
José Divino sofre de hepatite B e está há nove meses a espera de um transplante. Ele tem crises constantes por causa do mau funcionamento do fígado e precisa vir de Maceió para ficar internado no Recife. “Não tem coisa mais ansiosa do que esperar um fígado novo”, contou.
A dificuldade é que, no Brasil, a cada ano, são feitas, em média, oito doações de fígado para cada um milhão de habitantes. Na Espanha, por exemplo, são 35 doadores por milhão de habitantes. Quem precisa ou já precisou da doação sabe a falta que faz esse gesto de solidariedade. “Eu agradeço a Deus, em segundo ao meu doador, e terceiro aos médicos”, concluiu Samira.
De acordo com a Central de Transplantes, 272 pessoas estão aguardando a doação. Também existem os pacientes que precisam de outros órgãos como coração, rins, córneas e medula. E nesta fila de espera, existem 3.277 pessoas, atualmente. O telefone da Central, para outras informações, é o 0800 281 21 85.
Mais de 200 pessoas esperam por transplante de fígado
O recadastramento promovido para quem está na fila para fazer um transplante em Pernambuco começou nesta segunda-feira (19). A medida é necessária porque o Ministério da Saúde iniciou o processo de mudança do sistema de informação responsável pela lista de espera por doador de órgão para transplante. O novo sistema, criado em São Paulo, estará disponível para acesso de profissionais de saúde, pacientes e centrais de transplante via Internet.
“O paciente que está em lista deve procurar o médico que o inscreveu, com a cópia do CPF e comprovante de endereço, para que o médico faça uma reavaliação e o recadastramento. O novo sistema traz o benefício da transparência, porque estará disponível na internet. Vai ter recursos de informática para conferir o pós-transplante, e vai otimizar e facilitar muito a rapidez e a garantia da informação. Em, aproximadamente, 30 dias poderemos estar rodando o novo sistema”, falou a coordenadora da Central de Transplantes em Pernambuco, Zilda Cavalcanti .
Para que cada paciente da lista tenha acesso a informações sobre sua posição, basta acessar à página do sistema com o seu número de registro no Sistema Nacional de Transplantes e o número do seu CPF. De acordo com a Central, a nova ferramenta aumenta o controle social sobre os transplantes no País e dá mais credibilidade ao sistema.
Atualmente, mais de 200 pessoas estão na fila do transplante à espera de um fígado em Pernambuco. Nos últimos 10 anos, foram realizados 400 transplantes de fígado no hospital Oswaldo Cruz e no Jayme da Fonte, no Recife, mas o objetivo da equipe médica é aumentar ainda mais o número de cirurgias.
Há um ano e oito meses, Samira Pereira vive com um novo fígado. O transplante foi a única saída para recuperar a saúde abalada por causa de uma hepatite. “Você tem uma qualidade de vida. Agora eu me alimento bem, respiro bem”, disse.
Ela foi uma das pacientes da unidade de transplantes de fígado que funciona há 10 anos no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no bairro de Santo Amaro. No início, eram feitos apenas 10 transplantes por ano.
O médico que coordena a equipe responsável pelo serviço, Cláudio Lacerda, diz que em 2010 a meta é chegar a 100 transplantes. De acordo com ele, o aumento das cirurgias foi possível graças à melhoria do esquema montado para captar os órgãos em vários estados do país. “Com alguma frequência, o governo do Estado tem disponibilizado um avião para a gente ir buscar fígados. Também já há toda uma experiência adquirida”, falou.
A ordem de chamada é feita com base em um índice de gravidade da doença, ou seja: quanto maior o risco de morte mais adiantada se torna a posição na fila. ”Não existe a menor chance de qualquer forma de privilégio na fila”, afirmou Cláudio.
José Divino sofre de hepatite B e está há nove meses a espera de um transplante. Ele tem crises constantes por causa do mau funcionamento do fígado e precisa vir de Maceió para ficar internado no Recife. “Não tem coisa mais ansiosa do que esperar um fígado novo”, contou.
A dificuldade é que, no Brasil, a cada ano, são feitas, em média, oito doações de fígado para cada um milhão de habitantes. Na Espanha, por exemplo, são 35 doadores por milhão de habitantes. Quem precisa ou já precisou da doação sabe a falta que faz esse gesto de solidariedade. “Eu agradeço a Deus, em segundo ao meu doador, e terceiro aos médicos”, concluiu Samira.
De acordo com a Central de Transplantes, 272 pessoas estão aguardando a doação. Também existem os pacientes que precisam de outros órgãos como coração, rins, córneas e medula. E nesta fila de espera, existem 3.277 pessoas, atualmente. O telefone da Central, para outras informações, é o 0800 281 21 85.
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