Sinal
vermelho
A queda do número de transplantes do país neste primeiro trimestre de 2014 preocupa bastante.
O esforço de todos os envolvidos (ABTO, SNT, CNCDOs, OPOs, CIHDOTT e equipes de transplante) deve ser redobrado neste ano atípico (copa do mundo, eleições, protestos?) para que possamos recuperar as taxas de doação e transplante previstas e, principalmente, salvar centenas de vidas. Veja os números abaixo.
Neste trimestre, embora a taxa de notificação (46,4 pmp) tenha se mantido estável (queda de 0,2%), observou-se uma queda de 3,0% na taxa de doadores efetivos (12,8 pmp) e de 4,8% na de doadores com órgãos transplantados (11,9 pmp), à custa da diminuição de 3,5% na taxa de efetivação da doação (27,6%). Esse resultado torna extremamente difícil a obtenção da meta de 15 doadores efetivos pmp para este ano. O esforço para se aproximar dessa meta deve ser redobrado.
O dado digno de nota é o resultado obtido pelo Ceará (29,3 doadores pmp) obtendo a melhor taxa do país, que era de Santa Catarina nos últimos anos. Entretanto em alguns estados (RR, AP e TO) não foram iniciadas as atividades de doação e em outros (SE, RO e MT), embora tenham ocorrido notificações, não foram efetivadas doações neste trimestre.
O transplante renal (27,0 pmp) diminuiu 5,4%, com queda de 5,5% na taxa com doador falecido e de 5,3% na taxa com doador vivo. A taxa de 6,9 transplantes renais com doador vivo pmp é a mais baixa dos últimos anos, e a taxa dos estados que mais utilizam o doador vivo, PR (14,9 pmp) e SP (13,5 pmp) é menor do que a meta prevista para o Brasil em 2017 de 15 transplantes com doador vivo pmp. São Paulo (47,9 pmp) e Distrito Federal (46,7 pmp) realizaram mais do que 40 transplantes pmp.
O transplante hepático (8,5 pmp) diminuiu 5,7%, com aumento de 7,3% no transplante com doador vivo e queda de 6,7% no com doador falecido. Esta é a primeira vez que há diminuição no transplante hepático desde a retomada desse transplante em 1984. Apenas o CE (26,5 pmp) ultrapassou a barreira dos 20 transplantes pmp.
O transplante cardíaco aumentou 3,3%, o que é importante, pois ocorreu mesmo com a diminuição do número de doadores. Apenas o Distrito Federal (7,8 pmp) apresentou taxa superior a cinco transplantes pmp.
Deve-se salientar o contínuo crescimento do Ceará e do Distrito Federal (com suas particularidades), tanto nas taxas de doação, quanto nas de transplante, juntando-se a Santa Catarina, na vanguarda. Um alerta para alguns estados tradicionais, como o Rio Grande do Sul e o Paraná, que apresentaram queda em torno de 33% nas taxas de doação no trimestre, estando o Rio Grande do Sul com o agravante de não ter realizado transplantes de coração e de pâncreas.
Diretoria e Conselho Consultivo - ABTO/ RBT/JAN a MAR 2014
COMPARANDO O TRIMESTRE DE JAN A MAR DE 2014 COM O DE 2013:
TRANSPLANTE DE RIM - ABTO/RBT - JAN A MAR 2014
BAHIA: DOADORES VIVOS:9
DOADORES FALECIDOS: 27 TOTAL: 36 (igual ao mesmo trimestre de 2013).
TRANSPLANTE DE FÍGADO - ABTO/RBT - JAN A MAR 2014
BAHIA : DOADOR FALECIDO: 19 TOTAL: 19 (igual ao mesmo trimestre de 2013).
TRANSPLANTE DE CÓRNEA - ABTO/RBT - JAN A MAR 2014
BAHIA : DOADOR FALECIDO: 81 TOTAL: 81
(caiu em relação ao mesmo trimestre de 2013 - total: 119).
FONTE: ABTO/RBT
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