Transplantes crescem 10% no Brasil em 2008 - 29/01/2009
Ministério da Saúde divulga balanço com procedimentos realizados no ano anterior quando se constata o aumento de doadores e a maior captação de órgãos O Ministério da Saúde (MS) realizou 19.125 transplantes entre janeiro e dezembro de 2008 – o que representa crescimento de cerca de 10% no número de procedimentos em relação a 2007, quando foram feitos 17.428 transplantes. O aumento no número geral de transplantes realizados no Brasil se deve a uma série de fatores, entre eles, as campanhas de sensibilização feitas pelo MS, a elevação no número de doadores vivos e a melhora na captação nacional de órgãos, com o apoio de um número maior de famílias que passaram a autorizar doações.Outro fator importante é o incremento no número de centros para a realização dos transplantes. Em 2007, o Sistema Nacional de Transplantes contava com 892 unidades em funcionamento. Em 2008, 50 novos centros foram habilitados, elevando para 942 centros transplantadores no país. De acordo com Alberto Beltrame, secretário de atenção à saúde, do Ministério da Saúde, a estrutura brasileira para realização de transplantes no Brasil é grande e tem capacidade de crescer ainda mais. “O volume de doações está aumentando e este é o grande determinante para aumentar o número de transplantes. A captação de órgãos é parte de um trabalho complexo, que demanda tempo e que não basta apenas recursos financeiros, mas sobretudo de recursos humanos. E é um desafio não só do MS, mas sobretudo das Secretarias estaduais de Saúde e da própria rede hospitalar brasileira”, afirma Beltrame. O Brasil tem o maior programa público de transplantes de órgãos e tecidos do mundo. Cerca de 95% dos transplantes são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que também subsidia todos os medicamentos imunossupressores para os pacientes. A agilidade nos transplantes depende de vários fatores, como um diagnóstico rápido de morte encefálica, uma captação eficiente, maior compatibilidade entre doador e receptor, além do número de pacientes em lista de espera. Por esse motivo é tão importante aumentar o número de doadores. Por órgão – O transplante de coração foi o que apresentou o maior aumento percentual entre 2007 e 2008, com 29%; seguido pelo fígado (14%), pela córnea (12%) e pelo rim/pâncreas (9%).
Transplantes realizados
Órgãos 2005 2006 2007 2008
Coração 181 155 159 205
Coração 181 155 159 205
Córnea 9.970 10.382 11.419 12.825
Fígado 939 978 971 1.110
Pâncreas 112 88 78 43
Pulmão 42 55 50 53
Rim 2.903 2.961 3.040 3.154
Rim/pâncreas 108 125 116 127
Fígado/Rim 8 12 33 26
Medula óssea 1.307 1.349 1.562 1.582
Total Geral 15.570 16.105 17.428 19.125
Crescimento** 3,44% 8,21% 9,74%
*Mês de Dezembro projetado
ANO Medula Coração Córnea Fígado Pulmão Fígado/Rim Pâncreas Rim Rim/Pâncreas
2007 1.562 159 11.419 971 50 33 78 3.040 116
2008 1.582 205 12.825 1.110 53 26 43 3.154 127
% 1% 29% 12% 14% 6% -21% -45% 4% 9%
Fígado 939 978 971 1.110
Pâncreas 112 88 78 43
Pulmão 42 55 50 53
Rim 2.903 2.961 3.040 3.154
Rim/pâncreas 108 125 116 127
Fígado/Rim 8 12 33 26
Medula óssea 1.307 1.349 1.562 1.582
Total Geral 15.570 16.105 17.428 19.125
Crescimento** 3,44% 8,21% 9,74%
*Mês de Dezembro projetado
ANO Medula Coração Córnea Fígado Pulmão Fígado/Rim Pâncreas Rim Rim/Pâncreas
2007 1.562 159 11.419 971 50 33 78 3.040 116
2008 1.582 205 12.825 1.110 53 26 43 3.154 127
% 1% 29% 12% 14% 6% -21% -45% 4% 9%
Situação nos estados – Os estados que realizaram o maior número absoluto de transplantes foram São Paulo (8.687), Minas Gerais (2.097) e Paraná (1.544). Outros estados também merecem destaque. O Acre realizou, em 2008, seus dois primeiros transplantes de rim. Rondônia (1400%), Alagoas (400%) e Espírito Santo (75%) apresentaram o maior crescimento na realização de transplantes entre 2007 e 2008. Veja abaixo:
2007 2008 Crescimento
Acre 0 2 200%
Alagoas 15 75 400%
Amapá 0 0 0%
Amazonas 103 139 35%
Bahia 284 363 28%
2007 2008 Crescimento
Acre 0 2 200%
Alagoas 15 75 400%
Amapá 0 0 0%
Amazonas 103 139 35%
Bahia 284 363 28%
Ceará 627 739 18%
Espírito Santo 133 233 75%
Goiás 561 499 -11%
Maranhão 95 126 33%
Mato Grosso 148 170 15%
Mato Grosso do Sul 232 222 -4%
Minas Gerais 1.548 2.097 35%
Pará 117 123 5%
Paraíba 127 152 20%
Paraná 1.371 1.544 13%
Pernambuco 811 1.051 30%
Piauí 76 67 -12%
Rio de Janeiro 523 430 -18%
Rio Grande do Norte 182 153 -16%
Espírito Santo 133 233 75%
Goiás 561 499 -11%
Maranhão 95 126 33%
Mato Grosso 148 170 15%
Mato Grosso do Sul 232 222 -4%
Minas Gerais 1.548 2.097 35%
Pará 117 123 5%
Paraíba 127 152 20%
Paraná 1.371 1.544 13%
Pernambuco 811 1.051 30%
Piauí 76 67 -12%
Rio de Janeiro 523 430 -18%
Rio Grande do Norte 182 153 -16%
Rio Grande do Sul 1.282 1.213 -5%
Rondonia 2 30 1400%
Roraima 0 0 0%
Santa Catarina 580 597 3%
São Paulo 8.205 8.687 6%
Sergipe 79 71 -10%
Tocantins 0 0 0%
Total 17.428 19.125 10%
Lista de espera – Atualmente, a lista de espera é de 58.634 pacientes. Desse total, 36.095 dos indivíduos esperam por órgãos sólidos, 20.275 aguardam por um transplante de córnea e 2.264 estão na lista por um doador de medula óssea.
Roraima 0 0 0%
Santa Catarina 580 597 3%
São Paulo 8.205 8.687 6%
Sergipe 79 71 -10%
Tocantins 0 0 0%
Total 17.428 19.125 10%
Lista de espera – Atualmente, a lista de espera é de 58.634 pacientes. Desse total, 36.095 dos indivíduos esperam por órgãos sólidos, 20.275 aguardam por um transplante de córnea e 2.264 estão na lista por um doador de medula óssea.
Lista de Espera (ativos e semi-ativos) 2008
Córnea Fígado Pâncreas Pulmão Rim Rim/pâncreas Medula óssea Total
20.275 4.514 300 182 30.630 469 2.264 58.634
Córnea Fígado Pâncreas Pulmão Rim Rim/pâncreas Medula óssea Total
20.275 4.514 300 182 30.630 469 2.264 58.634
Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes ¿ Em setembro de 2008, o Ministério da Saúde anunciou um conjunto de medidas para elevar o número de doações de órgãos e de transplantes no país. Entre elas, estão o reajuste dos valores pagos às equipes de transplantes dos hospitais, bonificação de 100% para os procedimentos que resultem efetivamente em transplante, criação de Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), padronização do gerenciamento de transplantes em todo o Brasil, por meio da implantação de software para administrar as listas de espera nacional e regionais e estabelecimento de mecanismos de controle.Criado há 11 anos, o Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes foi revisto com o objetivo de padronizar critérios de organização do Sistema Nacional de Transplantes, melhorar a articulação entre os órgãos gestores, organizar a procura de órgãos, contemplar as novas técnicas e tecnologias. O regulamento passou por consulta pública e está em fase de conclusão. A previsão é que o novo regulamento será publicado em 30 dias. Outras informações Atendimento à Imprensa (61) 3315 3580 e 3315 2351
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