APELO VIRTUAL
Eu curto doar os órgãos
Campanha do Facebook quer conquistar doadores entre os mais de 37 milhões de usuários da rede social no Brasil
Publicado em 18/08/2012, às 15h15
Marcela Balbino
O estudante Renato Neves, 20, ressalta que a sinalização, embora não tenha valor de um documento oficial, vale apena para expressar a vontade do cidadão
Foto: Rodrigo Lobo / JC Imagem
Os motivos não são bem delineados. Uns se dizem doadores de órgãos por terem passado algum apuro familiar, outros são solidários à causa mesmo sem saber explicar o motivo. Prova de que a vontade de ajudar o próximo, mesmo que seja um desconhecido, ultrapassa as fronteiras da razão. Doadores de carteirinha, três jovens pernambucanos, todos com menos de 30 anos, usam uma ferramenta recém-lançada pelo Facebook para expressar publicamente a vontade.
“Acho que a doação é uma maneira de auxiliar alguém quando você não está mais presente, e ajudar é sempre necessário”, opina Nathalia, que vivenciou momentos de luta e apreensão enquanto esperava um transplante de rim para o tio do namorado. “Só quem passa por essa necessidade sabe a importância de ser doador.”
Para o estudante de letras Renato Neves, 20, que há duas semanas sinalizou a opção no Facebook, apesar de não ser oficial, a ferramenta é importante porque registra o desejo da pessoa. “Essa era uma escolha que poderia ficar no ar e pairar a dúvida, mas a função cria uma alternativa para deixar tudo registrado”, afirma. Além de deixar marcado na rede social, o jovem costuma conversar com a mãe sobre a decisão. “Ela também é totalmente favorável à doação de órgãos”, afirma.
Filha de enfermeira, Hanaty Mendonça, 24, sempre ouviu em casa histórias de pacientes e de familiares sobre mitos e medos sobre o tema. Receio de mutilar ou desfigurar o corpo, dificuldade para compreender o diagnóstico de morte encefálica e medo que os médicos não fizessem o possível para salvar a pessoa só para retirar os órgãos são algumas das histórias que a também enfermeira ouve até hoje pelos corredores do hospital onde trabalha.
“Ao mesmo tempo em que muito desses medos, que ouvia quando essa realidade nem fazia parte do meu dia a dia, ainda perduram, também é notória a forma como as pessoas estão mais flexíveis. Os discursos estão mudando e isso é bom. Hoje em dia também existem mais informações e campanhas para estimular a doação de órgãos, e um acolhimento maior por parte da equipe de saúde, com as famílias que perdem um ente”, afirma a enfermeira.
Os interessados em ativar a nova função devem acessar a sua linha do tempo, clicar em “evento cotidiano”, selecionar “saúde e bem-estar”, optar por “doador de órgãos”, escolher o grau de privacidade e salvar.
Embora não sirva como documento legal, visto que a decisão ainda passa pelas mãos da família, o recurso é mais um estímulo para salvar vidas, quebrar preconceitos e apoiar campanhas de transplante. A funcionalidade tem a missão de agregar e cadastrar possíveis doadores, entre os mais de 37 milhões de usuários da rede social no Brasil.
Ligada em tecnologia, a estudante de jornalismo Nathália Guimarães, 21 anos, cascavilhando sites na internet descobriu a função, que começou nos Estados Unidos, e recentemente, chegou ao Brasil. “Quando soube avisei logo aos amigos mais próximos. Sempre que alguém insere a escolha e publica que é doador de órgãos, dou uma curtida. É uma forma de estimular para que mais pessoas participem da corrente”, avalia a jovem.
Ligada em tecnologia, a estudante de jornalismo Nathália Guimarães, 21 anos, cascavilhando sites na internet descobriu a função, que começou nos Estados Unidos, e recentemente, chegou ao Brasil. “Quando soube avisei logo aos amigos mais próximos. Sempre que alguém insere a escolha e publica que é doador de órgãos, dou uma curtida. É uma forma de estimular para que mais pessoas participem da corrente”, avalia a jovem.
“Acho que a doação é uma maneira de auxiliar alguém quando você não está mais presente, e ajudar é sempre necessário”, opina Nathalia, que vivenciou momentos de luta e apreensão enquanto esperava um transplante de rim para o tio do namorado. “Só quem passa por essa necessidade sabe a importância de ser doador.”
Para o estudante de letras Renato Neves, 20, que há duas semanas sinalizou a opção no Facebook, apesar de não ser oficial, a ferramenta é importante porque registra o desejo da pessoa. “Essa era uma escolha que poderia ficar no ar e pairar a dúvida, mas a função cria uma alternativa para deixar tudo registrado”, afirma. Além de deixar marcado na rede social, o jovem costuma conversar com a mãe sobre a decisão. “Ela também é totalmente favorável à doação de órgãos”, afirma.
Filha de enfermeira, Hanaty Mendonça, 24, sempre ouviu em casa histórias de pacientes e de familiares sobre mitos e medos sobre o tema. Receio de mutilar ou desfigurar o corpo, dificuldade para compreender o diagnóstico de morte encefálica e medo que os médicos não fizessem o possível para salvar a pessoa só para retirar os órgãos são algumas das histórias que a também enfermeira ouve até hoje pelos corredores do hospital onde trabalha.
“Ao mesmo tempo em que muito desses medos, que ouvia quando essa realidade nem fazia parte do meu dia a dia, ainda perduram, também é notória a forma como as pessoas estão mais flexíveis. Os discursos estão mudando e isso é bom. Hoje em dia também existem mais informações e campanhas para estimular a doação de órgãos, e um acolhimento maior por parte da equipe de saúde, com as famílias que perdem um ente”, afirma a enfermeira.
Os interessados em ativar a nova função devem acessar a sua linha do tempo, clicar em “evento cotidiano”, selecionar “saúde e bem-estar”, optar por “doador de órgãos”, escolher o grau de privacidade e salvar.
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