05/06/2012 21h07
- Atualizado em
05/06/2012 21h16
SUS terá de tratar paciente com câncer em até 60 dias, decide Câmara
Prazo começa a contar a partir do diagnóstico, segundo projeto aprovado.
Como sofreu modificações, texto voltará ao Senado antes de ir à sanção.
A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (5) projeto
de lei que prevê prazo máximo de 60 dias, a partir do diagnóstico, para o
início do tratamento de pacientes com câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Como tem origem no Senado e sofreu alterações na Câmara, a proposta
volta para análise dos senadores antes de ir à sanção presidencial.
“O paciente com neoplasia maligna (câncer) tem direito de se submeter
ao primeiro tratamento junto ao Sistema Único de Saúde, no prazo de até
60 dias contados a partir do dia em que for firmado o diagnóstico em
laudo patológico ou em prazo menor, conforme a necessidade terapêutica
do caso registrado no prontuário único”, diz o projeto aprovado pelos
deputados.
O texto
estabelece como início do tratamento a realização de cirurgia, início
da quimioterapia ou da radioterapia, conforme o tratamento indicado para
o tipo de câncer diagnosticado no paciente.
Segundo o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) uma paciente com câncer
de mama pode levar, atualmente, até seis meses para iniciar o
tratamento. "Nesse período, o que era um nódulo já avançou para uma fase
mais grave, e a chance de cura cai de 80% para 10%", disse.
O projeto aprovado pelo plenário prevê ainda que os pacientes com
câncer “acometidos por manifestações dolorosas” terão acesso “gratuito e
privilegiado” a analgésicos derivados do ópio e “correlatos”, como a
morfina.O texto afirma também que os estados onde houver regiões sem serviços especializados em oncologia deverão produzir “planos regionais de instalação dos mesmos, para superar a situação”.
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/06/sus-tera-de-tratar-paciente-com-cancer-em-ate-60-dias-decide-camara.html
Governo anuncia R$ 505 milhões para tratamento de câncer pelo SUS
Verba será usada para melhorar infraestrutura e acesso à radioterapia.
Saúde também anunciou acordo para produzir remédio contra leucemia.
O Ministério da Saúde anunciou na manhã desta quarta-feira (18) o
investimento de R$ 505 milhões nos próximos cinco anos, nas redes de
unidades para tratamento de câncer no Sistema Único de Saúde (SUS). De
acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o governo também vai
estimular a produção nacional de medicamentos de tratamento e combate ao
câncer.
Segundo o ministério, R$ 325 milhões serão usados para melhorar a
infraestrutura de 32 hospitais que já tratam a doença e para construir
48 novas unidades.
Além disso, R$ 180 milhões vão para comprar 80 aceleradores lineares, que são usados para a radioterapia -- um dos tratamentos contra o câncer.
“Vamos adquirir 80 aceleradores nucleares para radioterapia no período de cinco anos”, informou Padilha. Conforme o ministro, a medida vai aumentar o acesso à radioterapia no país, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, para mais 28.800 pacientes.
Medicamentos
Além do investimento em radioterapia e infraestrutura, o ministério anunciou também uma parceria entre laboratórios públicos e privados para produção de um medicamento usado contra a leucemia mieloide crônica -- uma doença que atinge mais adultos, mas que é muito agressiva nos raros casos infantis. O remédio é o mesilato de imatinibe, que tem um custo que pode chegar a R$ 11 mil por caixa (com 30 comprimidos).
Segundo o acordo, os laboratórios particulares EMS, Laborvida, Cristália, Globe Química e Alfa Rio vão transferir tecnológica para os públicos Farmanguinhos e Instituto Vital Brasil.
Além disso, R$ 180 milhões vão para comprar 80 aceleradores lineares, que são usados para a radioterapia -- um dos tratamentos contra o câncer.
“Vamos adquirir 80 aceleradores nucleares para radioterapia no período de cinco anos”, informou Padilha. Conforme o ministro, a medida vai aumentar o acesso à radioterapia no país, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, para mais 28.800 pacientes.
Medicamentos
Além do investimento em radioterapia e infraestrutura, o ministério anunciou também uma parceria entre laboratórios públicos e privados para produção de um medicamento usado contra a leucemia mieloide crônica -- uma doença que atinge mais adultos, mas que é muito agressiva nos raros casos infantis. O remédio é o mesilato de imatinibe, que tem um custo que pode chegar a R$ 11 mil por caixa (com 30 comprimidos).
Segundo o acordo, os laboratórios particulares EMS, Laborvida, Cristália, Globe Química e Alfa Rio vão transferir tecnológica para os públicos Farmanguinhos e Instituto Vital Brasil.
Segundo Padilha, sete mil brasileiros são portadores da doença. Destes,
seis mil recebem atendimento na rede pública com medicamentos
importados. Com a parceria, o governo deve economizar R$ 70 milhões ao
ano.
Http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/04/governo-anuncia-r-505-milhoes-para-tratamento-de-cancer-pelo-sus.html
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