segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Jornal Agora

Saúde - 26-02-2012 - 19h27min

Número de transplantes no Brasil mais que dobra em 10 anos

O Brasil atingiu a marca de 23.397 transplantes em 2011, um novo recorde no setor. 
Em uma década, o país mais que dobrou o número de cirurgias – o aumento foi de 124% em relação a 2001, quando foram realizados 10.428 procedimentos. Acompanha este crescimento o número de doações de órgãos. Foram registradas 2.207 doações no ano passado, um avanço de 16,4% em um ano – a maior variação em quatro anos.
Em 2011, o Brasil teve o maior aumento anual em números de transplantes da década, com 2.357 cirurgias a mais que em 2010. A média de acréscimo na década foi de 1.200 procedimentos por ano. 
O SUS oferece assistência integral ao paciente transplantado, incluindo exames periódicos e os medicamentos pós-transplante. “Queremos atingir, até 2015, a meta de 15 doadores por milhão de população. Hoje, a marca é de 10 doadores”, destaca o ministro da saúde, Alexandre Padilha.
O Sistema Nacional de Transplantes, coordenado pelo Ministério da Saúde, conta com rede integrada em 25 estados e Distrito Federal, onde funcionam Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos. O investimento na manutenção e crescimento dessa rede em 2011 foi de R$ 1,3 bilhão – quatro vezes mais que o total de recursos alocados para o setor em 2003, quando foram destinados R$ 893 milhões.
http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=6&n=24632

ATX-BA INFORMANDO
Dados ABTO (Associação Brasileira de  Transpalntes de Órgãos) / RBT ( Registro Brasileiro de Transplantes ) - Janeiro a dezembro de 2011

EDITORIAL
TRANSPLANTES 2011
Apresentamos o RBT relativo ao ano 2011, disponibilizando as mesmas informações das edições pregressas,mas em formatação mais condensada. Iniciamos com o cronograma de coleta de dados a cada trimestre, e dados gerais sobre o número de transplantes do ano. Três páginas com dados referentes ao desempenho estadual nacaptação de órgãos, seguida pelos dados evolutivos anuais relativos a cada órgão, agrupados em uma mesma página.
Por fim, os dados referentes a cada equipe e às suas respectivas instituições, bem como a relação das coordenações nacionais e estaduais. Todos estes gráficos e dados estão no site da ABTO, disponíveis para download pelos associados. Divulgamos estes dados em ação conjunta com o Ministério da Saúde, durante coletiva para a imprensa em Brasília. 
Nessa oportunidade, discutimos com o Ministro da Saúde e membros de sua equipe, a sustentabilidade dos programas de transplantes e a busca pela correção das disparidades geográficas relativas ao número de transplantes em cada estado da federação. Foi bastante enfatizada a necessidade de correção na tabela de remuneração dos procedimentos, particularmente nas internações por complicações pós-transplante.
Outros aspectos discutidos:
1. Enquanto o Brasil chegou próximo de 11 doadores por milhão de habitantes, o estado de Santa Catarina alcançou 25 doadores efetivos por milhão de habitantes, sendo esse o melhor resultado já alcançado por um Estado brasileiro. Esse resultado depende de estímulos dos setores públicos locais, como o governo estadual, na solução de uma sequência de pequenos entraves na logística do processo de identificação do doador até a realização dos transplantes, que também depende de relação harmônica entre as equipes e uma coordenaçãomuito empenhada e motivada, como a personalizada pelo Dr. Joel de Andrade. Acentuado progresso ocorreu nos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte, entre outros.
2. A principal causa de óbito dos potenciais doadores foi acidente vascular cerebral, sendo que em alguns estados ainda predominou o trauma crânio encefálico como diagnóstico. A idade média dos doadores cresceu nos últimos 10 anos para acima de 40 anos devido à mudança no perfil dos doadores, a maioria devido a acidente vascular.
3. O número de transplantes de rim e fígado cresceu pouco mais de 5%, enquanto o número de transplantes de coração, pâncreas e pulmão mantiveram-se próximos às mesmas cifras dos anos anteriores. A discrepância geográfica pode ser contextualizada em relação ao transplante renal, sendo que três estados realizam mais de 40 transplantes por milhão de habitantes, enquanto oito estados realizam menos de dez.
4. Em relação ao número de transplantes de tecidos: foram realizados em 2011 mais de 23 mil transplantes de tecido ósseo, principalmente utilizados por dentistas e fornecidos por cinco Bancos (SP 3, PR, RJ); mais de 14 mil transplantes de córneas, sendo que a lista de espera para este tecido está diminuindo, já tendo zerado em alguns estados, conforme recentemente reportado no Rio Grande do Norte. 
Apenas quatro estados não realizaram transplantes de córnea no ano: Rondonia, Roraima, Amapa e Tocantins. Transplantes de pele foram realizados em 21 pacientes.
Vamos em frente.
Diretoria e Conselho ABTO

  www.abto.org.br

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