JORNAL DE ITUPEVA
Ciência
17/02/2012 - 11h02m - Sexta-feira
17/02/2012 - 11h02m - Sexta-feira
Hepatite “ataca” também no carnaval
Divulgação
Especialista do Hospital de Transplantes do Estado alerta sobre importância da prevenção, como sexo seguro.
O Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo “Dr. Euryclides de Jesus Zerbini”, unidade da Secretaria de Estado da Saúde, faz um alerta sobre a necessidade de prevenção às hepatites, durante o Carnaval e durante todo o ano.
Os vírus A, B, ou C atacam o organismo de forma silenciosa e podem causar danos irreversíveis ao fígado durante anos, sem que a pessoa perceba. Para evitar o contato com a doença, é importante seguir algumas recomendações médicas começando pela vacinação de combate a hepatite B, disponível, gratuitamente, na rede pública de saúde para pessoas entre zero e 19 anos.
Segundo o médico hepatologista Carlos Baía, coordenador dos transplantes de fígado do Hospital de Transplantes, o uso de preservativo é fundamental para evitar a contaminação com o vírus do tipo B, que em 70% dos casos é transmitido em relações sexuais e chega a contagiar até 100 vezes mais do que o vírus da Aids.
“Sexo seguro deve ser feito com camisinha, seja durante o carnaval, ou ao longo do ano. O contágio com a hepatite B pode ocorrer em uma única relação sem proteção”, enfatiza Baía.
Também é importante ficar atento na hora das refeições. Alimentos e até mesmo água comercializados nas ruas ou em ambientes precários, sem que haja condições básicas de higiene, podem estar contaminados e servir de vetores para a hepatite A.
O ideal é evitar, inclusive, dividir copos, latinhas de cerveja e talheres, pois este tipo de vírus é transmitido, também, pelo contato pessoal.
“A troca de saliva pode transportar o vírus. Portanto, não compartilhar bebidas com desconhecidos, por exemplo, é uma forma simples de prevenção”, explica o especialista.
A hepatite C é a maior responsável pela cirrose hepática em todo Brasil e desencadeia cerca de 40% dos transplantes de fígado realizados no Estado. Transmitido pelo sangue contaminado, o vírus do tipo C sobrevive por várias horas ou até por alguns dias fora do corpo. “A maior preocupação em períodos de festa é com os usuários de drogas injetáveis, que costumam dividir seringas e, sem saber, acabam se contaminando”, destaca Carlos Baía.
A preparação para o carnaval também exige cuidados contra a hepatite C. Para as mulheres a dica é levar o seu próprio kit com alicate e outros instrumentos às manicures. Já os homens devem ficar atentos à higiene com tesouras e outros utensílios na ida ao barbeiro. E se a folia incluir, também, uma nova tatuagem no corpo, só vale se as agulhas do estúdio forem esterilizadas.
http://www.jornaldeitupeva.com.br/noticia.php?id=120217110221
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