29/09/2009 - 23h19m
*Da Redação, com informações do BATVredacao@portalibahia.com.br
No Hospital Roberto Santos funciona o único banco de olhos da Bahia
Quem precisa de um transplante de órgão ou tecidos, como ossos e pele, sabe: vai ter que esperar muito tempo na fila. Especialistas afirmam que em alguns casos, o número de transplantes poderia ser 20 vezes maior se o estado tivesse um banco de tecidos. Um problema que deve melhorar a partir do ano que vem.
Mas para aumentar o número de transplantes é preciso enfrentar outra barreira: conseguir a autorização da família do possível doador. No banco de córneas do estado, em 70% das vezes os médicos recebem resposta negativa.
No Hospital Roberto Santos funciona o único banco de olhos da Bahia. As córneas doadas são selecionadas e preparadas para transplante. Este ano, as doações ainda não chegaram a 200. Pouco para uma fila de espera com 1.800 pacientes de todo o estado.
‘Nossa resposta positiva [das famílias doadoras] é em torno de 20% a 30% só’, calcula Márcia Souza, coordenadora de banco de olhos.
Dona Amália ficou mais de um ano na fila, mas a espera foi compensada pelo sucesso da cirurgia. ‘Eu tenho sentimento de agradecimento de uma pessoa ter feito essa doação. Eu acho que é muito importante’, comemora a funcionária pública Amália Borges.
A situação de quem precisa de um transplante de pele, ossos ou válvulas cardíacas, por exemplo, é mais complicada. Como a maioria dos estados brasileiros, a Bahia não possui bancos que ofereçam essas partes do corpo. Os hospitais baianos são obrigados a mandar buscar esses tecidos em outras regiões do país.
Os transplantes de ossos são indicados para casos de câncer, quando há a necesssidade de retirar a parte afetada pela doença, e também para recompor ossos perdidos em acidentes ou substituir próteses de platina nos joelhos e quadris.
‘Eu acredito que o banco de ossos hoje funcionando nós teríamos em torno de dois mil a três mil transplantes por ano. Hoje nós realizamos em torno de 100 transplantes’, analisa o médico Gildásio Daltro.
Esperança - Um banco de tecidos deve ser inaugurado no estado até o meio do ano que vem. Na Bahia, quase quatro mil pacientes aguardam na fila por um transplante. Em Feira de Santana, profissionais da área de saúde estão sendo capacitados para convencer as famílias a fazer a doação.
Só em uma clínica particular de Feira de Santana, 380 pacientes sofrem de insuficiência renal. Trezentos e treze estão na lista estadual de espera do transplante.
‘Só confiando em Deus que um dia eu vou conseguir’, conta a lavradora Maria José Silva, paciente na fila de doações.
‘A gente tenta dar um suporte multiprofissional para eles na parte médica, enfermagem, nutricionista, psicólogos para que, de certa forma, eles tenham um bem estar e consigam suportar a diálise, que é um tratamento dispendioso’, afirma o médico Cassiano Braga.
A fila de transplantes não anda porque muitas famílias não permitem a doação de órgãos de pacientes com diagnóstico de morte encefálica. Só esse ano, no Hospital Geral Clériston Andrade, sete casos de morte encefálica foram registrados. Em nenhum desses casos a família permitiu a doação de órgãos.
Para discutir o assunto e capacitar profissionais, um seminário reuniu estudantes, enfermeiros, fisioterapeutas e médicos.
‘São essas pessoas que vão ter contato com a família para esclarecer o que é morte encefálica e qual a importância de doar’, explica a enfermeira Maristela Freitas.
Mas para aumentar o número de transplantes é preciso enfrentar outra barreira: conseguir a autorização da família do possível doador. No banco de córneas do estado, em 70% das vezes os médicos recebem resposta negativa.
No Hospital Roberto Santos funciona o único banco de olhos da Bahia. As córneas doadas são selecionadas e preparadas para transplante. Este ano, as doações ainda não chegaram a 200. Pouco para uma fila de espera com 1.800 pacientes de todo o estado.
‘Nossa resposta positiva [das famílias doadoras] é em torno de 20% a 30% só’, calcula Márcia Souza, coordenadora de banco de olhos.
Dona Amália ficou mais de um ano na fila, mas a espera foi compensada pelo sucesso da cirurgia. ‘Eu tenho sentimento de agradecimento de uma pessoa ter feito essa doação. Eu acho que é muito importante’, comemora a funcionária pública Amália Borges.
A situação de quem precisa de um transplante de pele, ossos ou válvulas cardíacas, por exemplo, é mais complicada. Como a maioria dos estados brasileiros, a Bahia não possui bancos que ofereçam essas partes do corpo. Os hospitais baianos são obrigados a mandar buscar esses tecidos em outras regiões do país.
Os transplantes de ossos são indicados para casos de câncer, quando há a necesssidade de retirar a parte afetada pela doença, e também para recompor ossos perdidos em acidentes ou substituir próteses de platina nos joelhos e quadris.
‘Eu acredito que o banco de ossos hoje funcionando nós teríamos em torno de dois mil a três mil transplantes por ano. Hoje nós realizamos em torno de 100 transplantes’, analisa o médico Gildásio Daltro.
Esperança - Um banco de tecidos deve ser inaugurado no estado até o meio do ano que vem. Na Bahia, quase quatro mil pacientes aguardam na fila por um transplante. Em Feira de Santana, profissionais da área de saúde estão sendo capacitados para convencer as famílias a fazer a doação.
Só em uma clínica particular de Feira de Santana, 380 pacientes sofrem de insuficiência renal. Trezentos e treze estão na lista estadual de espera do transplante.
‘Só confiando em Deus que um dia eu vou conseguir’, conta a lavradora Maria José Silva, paciente na fila de doações.
‘A gente tenta dar um suporte multiprofissional para eles na parte médica, enfermagem, nutricionista, psicólogos para que, de certa forma, eles tenham um bem estar e consigam suportar a diálise, que é um tratamento dispendioso’, afirma o médico Cassiano Braga.
A fila de transplantes não anda porque muitas famílias não permitem a doação de órgãos de pacientes com diagnóstico de morte encefálica. Só esse ano, no Hospital Geral Clériston Andrade, sete casos de morte encefálica foram registrados. Em nenhum desses casos a família permitiu a doação de órgãos.
Para discutir o assunto e capacitar profissionais, um seminário reuniu estudantes, enfermeiros, fisioterapeutas e médicos.
‘São essas pessoas que vão ter contato com a família para esclarecer o que é morte encefálica e qual a importância de doar’, explica a enfermeira Maristela Freitas.