quinta-feira, 27 de agosto de 2009

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Quinta, 27/8/2009
Paciente tem alta de hospital com coração novo
*Da Redação, com informações do BATVredacao@portalibahia.com.br
Anderson Adrian, 31 anos, comemora boa recuperação após cirurgia

Três mil setecentas e setenta e sete pessoas na Bahia ainda esperam por um órgão na fila de doações. Este ano, 187 doações foram feitas no estado. Um número considerado baixo, mas que ajudou a salvar a vida de pessoas como a do auxiliar administrativo Anderson Adrian, que nesta quarta-feira (26), deixou o Hospital Santa Izabel, em Salvador, com um coração novo.
Estado terá dois novos centros de transplantes. Estado realiza segundo implante de pele artificial
Anderson Adrian, de 31 anos, passou quase um mês no Hospital Santa Izabel se recuperando da cirurgia. Liberado hoje para voltar para casa, o paciente disse que já se sente muito melhor. 'Com tão pouco tempo de transplantado, eu já ando, eu já como, eu já faço atividades tal qual eu não conseguia fazer antes. Agora eu tenho a certeza de que tudo vai dar certo, já está dando', comenta confiante.
O jovem é o primeiro caso bem sucedido de transplante de coração depois que a Bahia passou 16 anos sem realizar esse tipo de cirurgia. Segundo o coordenador da Central de Transplantes do Estado, o maior problema era a falta de estrutura das unidades de saúde. Situação que, aos poucos, vem sendo mudada.
'O estado tem toda infraestrutura, os estabelecimentos hospitalares, para realizar todos os transplantes. Nós estamos realizando transplantes de coração, transplante de fígado, transplante de rim e transplante de córnea. Estamos começando transplante de medula no Hospital das Clínicas... até o final do ano, a gente pretende estar começando o transplante de medula. E o transpante de pâncreas, que vai ser realizado no Hospital Ana Nery. No próximo ano, a gente esperar começar com o transplante de pulmão, daí a gente vai realizar todos os transplantes hoje que são realizados em qualquer local do mundo', explica Eraldo Moura.
Em 2008, foram realizados 363 transplantes de órgãos no estado - um aumento de 27,82% em relação ao ano anterior. Este ano, até agora, foram 223 cirurgias.
O número poderia ser maior se mais pessoas doassem órgãos. Segundo a Central de Transplantes do Estado, a Bahia tem um potencial doador por dia, mas registra apenas três a quatro doações por mês. O grande problema ainda é a falta de conscientização. Cinquenta e cinco por cento das famílias baianas ainda negam a doação.
'O que reforça a necessidade de uma política de educação da população para que as pessoas entendam que a doação é um processo que tem como objetivo ajudar a própria sociedade', completa Eraldo Moura.
Três mil setecentas e setenta e sete pessoas na Bahia ainda esperam na fila por um órgão. Este ano, até agora foram 187 doações.
O Ministério da Saúde autorizou dois hospitais baianos a atuar como central de transplantes. A portaria publicada na Portaria do Diário Oficial da União credenciou o Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães e a Santa Casa de Misericórdia. Os dois em Itabuna..
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