EDITORIAL ANO DE 2009
ESTAMOS NO RUMO CERTO
A excelente notícia é o aumento de 20% na taxa de doadores efetivos nesse semestre atingindo 8,6 por milhão de população (pmp) em relação ao ano passado (7,2 pmp), e é importante destacar que o crescimento foi obtido em 14 estados. Seis estados e o Distrito Federal venceram a barreira dos 10 doadores pmp. São Paulo (16,9 pmp) e Santa Catarina (16,8 pmp) ultrapassaram o objetivo previsto para esse ano (15 pmp), enquanto que o Rio Grande do Sul, que tinha a mesma projeção, novamente apresentou queda (11,2 pmp) e deve reestruturar-se para retornar a sua posição de destaque de anos anteriores.
A ABTO está a disposição para apoiar os cinco estados que ainda não obtiveram nenhum doador (Amazonas, Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins).
Observamos que 54% das equipes cadastradas para transplante de órgãos, não realizaram nenhum transplante nesse semestre, sendo essa constatação mais significativa com as equipes e transplante de pâncreas (74%), pulmão (73%) e coração (64%). A proposição da ABTO é que esse fato deve analisado no recadastramento que é realizado a cada dois anos.
Comparado com o ano de 2008, o número de transplantes cardíacos foi igual, houve diminuição no número de transplantes de pulmão (6%), de pâncreas (5%) e de córneas (2%) e aumento no número de transplantes de rim (9%) e de fígado (14%). A taxa de transplantes hepáticos atingiu a marca de sete pmp e a renal aproximou-se dos 22 pmp.
No transplante renal houve uma redução de 3% com doador vivo (42%) e um aumento de 20% com doador falecido (58%), confirmando uma tendência observada nos últimos três anos. A taxa de transplantes com doador vivo não parente cônjuge (11,3%) não se alterou e a taxa com outros doadores não parentes (6,6%) caiu 6%, o que é bom. São Paulo (42,8 pmp) e Santa Catarina (38,6 pmp) foram os destaques no transplante renal.
Com doador vivo, apenas São Paulo (19,1 pmp) e Paraná (18,2 pmp) realizaram mais do que 15 transplantes pmp, que é objetivo a ser alcançado com esse doador no país.
Com doador falecido, Santa Catarina obteve 30,7 transplantes pmp e São Paulo 23,6 pmp. Com o crescimento que obteve nesse semestre, São Paulo foi responsável por 43% dos transplantes renais do país, entretanto, a taxa de aproveitamento dos rins, no transplante isolado ou com pâncreas (25,9 pmp) foi baixa (77%), inferior a de fígado (88%) nesse estado.
A taxa de transplante hepático com doador vivo vem apresentando uma queda desde 2002 (22%), sendo primeira vez, desde então, inferior a 10% (9,6%), e 64% desses foram realizados em crianças, sendo 50% menores de cinco anos. Rio de Janeiro (31,3%) e Paraná (21,6%) apresentaram as maiores taxas com doador vivo. A taxa de transplante hepático com doador vivo não parente não cônjuge (12%) foi superior a do transplante renal. O transplante hepático com doador falecido aumentou 14,8%, tendo-se destacado São Paulo (14,9 pmp), seguido por Santa Catarina (11.9 pmp), Ceará (9,6 pmp) e Pernambuco (9,5 pmp). Em São Paulo foram realizados 52% dos transplantes de fígado no país.
Os transplantes pulmonares, como de hábito, realizados praticamente apenas no Rio Grande o Sul (3,1 pmp) e em São Paulo (0,3 pmp), enquanto que nos transplantes cardíacos, Ceará (2,6 pmp) e Paraná (2,5 pmp) receberam a companhia de São Paulo (2,5 pmp).
As taxas de transplante de córneas do Distrito Federal (144 pmp) e de São Paulo (143 pmp) são muito superiores a necessidade estimada (90 pmp), a qual é obtida por Pernambuco (96 pmp). O destaque negativo é o Rio de Janeiro (6,7 pmp), seguido pela Bahia (15 pmp) e Pará (17 pmp).
Em conclusão, crescemos 53% em dois anos, desde o apagão dos transplantes de julho de 2007 (5,6 doadores pmp), principalmente com medidas organizacionais e educacionais com atuação da ABTO, de centrais estaduais, de OPOs, de hospitais, da mídia e de ONGs. Entretanto, o caminho é longo e essas medidas devem ser aprimoradas e acompanhadas de medidas de financiamento e de aprimoramento na legislação.
Valter Duro Garcia
Editor RBT
A ABTO está a disposição para apoiar os cinco estados que ainda não obtiveram nenhum doador (Amazonas, Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins).
Observamos que 54% das equipes cadastradas para transplante de órgãos, não realizaram nenhum transplante nesse semestre, sendo essa constatação mais significativa com as equipes e transplante de pâncreas (74%), pulmão (73%) e coração (64%). A proposição da ABTO é que esse fato deve analisado no recadastramento que é realizado a cada dois anos.
Comparado com o ano de 2008, o número de transplantes cardíacos foi igual, houve diminuição no número de transplantes de pulmão (6%), de pâncreas (5%) e de córneas (2%) e aumento no número de transplantes de rim (9%) e de fígado (14%). A taxa de transplantes hepáticos atingiu a marca de sete pmp e a renal aproximou-se dos 22 pmp.
No transplante renal houve uma redução de 3% com doador vivo (42%) e um aumento de 20% com doador falecido (58%), confirmando uma tendência observada nos últimos três anos. A taxa de transplantes com doador vivo não parente cônjuge (11,3%) não se alterou e a taxa com outros doadores não parentes (6,6%) caiu 6%, o que é bom. São Paulo (42,8 pmp) e Santa Catarina (38,6 pmp) foram os destaques no transplante renal.
Com doador vivo, apenas São Paulo (19,1 pmp) e Paraná (18,2 pmp) realizaram mais do que 15 transplantes pmp, que é objetivo a ser alcançado com esse doador no país.
Com doador falecido, Santa Catarina obteve 30,7 transplantes pmp e São Paulo 23,6 pmp. Com o crescimento que obteve nesse semestre, São Paulo foi responsável por 43% dos transplantes renais do país, entretanto, a taxa de aproveitamento dos rins, no transplante isolado ou com pâncreas (25,9 pmp) foi baixa (77%), inferior a de fígado (88%) nesse estado.
A taxa de transplante hepático com doador vivo vem apresentando uma queda desde 2002 (22%), sendo primeira vez, desde então, inferior a 10% (9,6%), e 64% desses foram realizados em crianças, sendo 50% menores de cinco anos. Rio de Janeiro (31,3%) e Paraná (21,6%) apresentaram as maiores taxas com doador vivo. A taxa de transplante hepático com doador vivo não parente não cônjuge (12%) foi superior a do transplante renal. O transplante hepático com doador falecido aumentou 14,8%, tendo-se destacado São Paulo (14,9 pmp), seguido por Santa Catarina (11.9 pmp), Ceará (9,6 pmp) e Pernambuco (9,5 pmp). Em São Paulo foram realizados 52% dos transplantes de fígado no país.
Os transplantes pulmonares, como de hábito, realizados praticamente apenas no Rio Grande o Sul (3,1 pmp) e em São Paulo (0,3 pmp), enquanto que nos transplantes cardíacos, Ceará (2,6 pmp) e Paraná (2,5 pmp) receberam a companhia de São Paulo (2,5 pmp).
As taxas de transplante de córneas do Distrito Federal (144 pmp) e de São Paulo (143 pmp) são muito superiores a necessidade estimada (90 pmp), a qual é obtida por Pernambuco (96 pmp). O destaque negativo é o Rio de Janeiro (6,7 pmp), seguido pela Bahia (15 pmp) e Pará (17 pmp).
Em conclusão, crescemos 53% em dois anos, desde o apagão dos transplantes de julho de 2007 (5,6 doadores pmp), principalmente com medidas organizacionais e educacionais com atuação da ABTO, de centrais estaduais, de OPOs, de hospitais, da mídia e de ONGs. Entretanto, o caminho é longo e essas medidas devem ser aprimoradas e acompanhadas de medidas de financiamento e de aprimoramento na legislação.
Valter Duro Garcia
Editor RBT
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