A ATX-BA continuando com suas ações para comemorar o Dia Internacional das Hepatites, hoje em parceria com a Associação Cristo Rei e do Presidente da Juventude PRB em Simões Filho, Antony Cordeiro, estaremos realizando testes rápidos para hepatite C durante esta semana, além de distribuição de folders informativos sobre a prevenção das hepatites B e C.
Hoje Antony Cordeiro deu uma entrevista na Rádio 93.1 Sucesso FM em Simões Filho, onde abordou a importância do teste rápido para hepatite C e o encaminhamento das pessoas para os Centros de Tratamento e Acompanhamento quando o teste for positivo. Além falar da campanha que está coordenando.
Continuando a informar:
A hepatite C está sendo
considerada como uma doença de proporções epidêmicas em todo o mundo, com uma
estimativa de 3% da população mundial infectada, segundo a Organização Mundial
da Saúde - OMS. Isto representa entre 170 e 200
milhões de indivíduos infectados, e que devido a sua periculosidade
passou a ser o maior desafio da história para os serviços de saúde pública.
Estamos frente a um universo de contaminados entre cinco e sete vezes
superiores aos infectados pelo HIV/AIDS. No Brasil,
a estimativa aceita oficialmente pelo Ministério da Saúde, e que 2,6% da nossa
população já esteja infectadas, o que representa 4,5 milhões de brasileiros
doentes, dos quais 95% deles não foram ainda detectados.
A detecção deste infectados e de extrema importância, por que:
A hepatite C atinge 2,6% da população brasileira, sendo que atinge índices próximos de 4% - na população acima de 50 anos.
A hepatite C atinge 2,6% da população brasileira, sendo que atinge índices próximos de 4% - na população acima de 50 anos.
- Na população brasileira estima-se que existam cerca de 4,5 milhões de infectados pela hepatite C.
- A hepatite C atinge a todos, adultos e crianças, homens e mulheres, ricos e pobres, qualquer raça ou credo, sem distinção.
- Entre 90 e 95% das pessoas infectadas pela hepatite C não sabem da sua condição, uma vez que nos defrontamos com uma doença que geralmente evolui silenciosamente, sem produzir sintomas de maior intensidade, podendo ser identificado fisicamente somente quando surgir uma de suas complicações crônicas.
- Grande parte da população infectada com hepatite C contraiu o vírus nas décadas de 70 e 80, numa transfusão de sangue ou recebendo um produto derivado de sangue, ou compartilhando agulhas com usuários de droga que eram infectados com hepatite C.
Antes de 1990, não havia como testar
o sangue à procura do vírus da hepatite C.
- Quase 95% da população infectada não faz nenhum tratamento ou controle para diminuir a progressão do dano hepático.
- O tratamento das complicações das cirroses ou do câncer no fígado possuem um custo muito superior ao tratamento da hepatite C, sem consideramos ainda os custos com perda de capacidade produtiva do individuo e gastos com aposentadoria.
- A qualidade do tratamento atual
está muito aquém do desejável, o que indica necessidade urgente de adoção de
medidas educativas, tanto para os profissionais de saúde, como para a
comunidade.
A hepatite C não detectada, tratada ou mal controlada é responsável por várias complicações agudas e crônicas, conforme mostram os dados abaixo:
- As mortes causadas pelas
hepatites virais e suas complicações ultrapassam as decorrentes do HIV/AIDS.
- Estudo realizado pela FIOCRUZ
mostra que a cirrose hepática é a sétima causa de redução de anos de vida entre
os homens e a 12° entre as mulheres, em ambos os sexos à frente da AIDS.
- A hepatite C e
responsável por 70% das indicações para transplante de fígado.
- 25% dos infectados evoluem para
a cirrose ou o câncer no fígado após duas décadas de infectados.
- Os infectados pela hepatite C têm chances superiores de desenvolver
doenças relacionadas à infecção, entre elas doenças autoimunes, complicações renais e diabetes, entre outras.
Em face de estes dados, fica plenamente justificada, do ponto de vista médico-social, a prioridade que a detecção dos atuais infectados e a boa assistência ao paciente com hepatite C deve ter na definição das políticas federais, estaduais e municipais de saúde.
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