domingo, 25 de novembro de 2012

ATX-BA _ UTILIDADE PÚBLICA - Ministério da Saúde realiza mobilização para testagem de HIV, HEPATITE B E C

Ministério da Saúde realiza mobilização para testagem de HIV      

Durante 10 dias, todas as pessoas que desejarem saber sua condição podem procurar as unidades da rede pública e os Centros de Testagem e Aconselhamento – CTA, em todo o país. A estratégia faz parte das ações que marcam o Dia Mundial de Luta contra a Aids, lembrado em 1º de dezembro.

Cerca de 70% dos pacientes com aids, que recebem medicamentos pelo SUS, apresentam cargas virais indetectáveis, ou seja, estão vivendo cada vez mais
O Ministério da Saúde, em parceria com estados, municípios e sociedade civil, irá realizar uma mobilização nacional para testagem de sífilis, HIV e hepatites virais (B e C). Durante 10 dias, todas as pessoas que desejarem saber sua condição podem procurar as unidades da rede pública e os Centros de Testagem e Aconselhamento – CTA, em todo o país. A estratégia faz parte das ações que marcam o Dia Mundial de Luta contra a Aids, lembrado em 1º de dezembro, e que foi apresentada nesta terça-feira (20) pelo ministro da Saúde Alexandre Padilha.

Entre as ações, está o lançamento do novo boletim epidemiológico, que traz, como novidade, a inclusão de informações sobre monitoramento clínico dos pacientes, carga viral, contagem de CD4 (situação do sistema imunológico) e tratamento. A ampliação da testagem no pré-natal é um dos destaques. Estudo do Ministério da Saúde com parturientes indica que, em 2004, 63% das mulheres gestantes realizaram o teste. Entre 2010 e 2011, esse índice foi de 84%, um aumento de 21 pontos percentuais.
O boletim mostra ainda queda de 12% no coeficiente de mortalidade padronizado (número de óbitos para cada 100 mil habitantes utilizando-se uma população padrão). A taxa de 6,3 óbitos por 100 mil habitantes em 2000 caiu para 5,6 em 2011.
Cerca de 70% dos pacientes que vivem com aids no Brasil, e que estão em terapia antirretroviral, apresentam cargas virais indetectáveis. Isso significa que as pessoas que têm a infecção e recebem medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão vivendo cada vez mais. "O Ministério da Saúde considerou como prioridade trabalhar, não apenas o dia de combate à Aids, como também essa ação de mobilização. A campanha serve para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce, com ampliação do acesso da população aos testes rápidos nas unidades básicas de saúde”, frisou o ministro da Saúde Alexandre Padilha.
FIQUE SABENDO - A partir dessa quinta-feira até 1º de dezembro – as unidades da estratégia de mobilização “Fique Sabendo” estarão em todas os estados do país, oferecendo a testagem para HIV/aids, sífilis e hepatites Be C. Com apenas uma gota de sangue colhida, o resultado do teste rápido sai em 30 minutos. A pessoa recebe aconselhamento antes e depois do exame, e em caso positivo, é encaminhada para o serviço especializado.
“O diagnóstico precoce produz dois impactos positivos: o individual e o coletivo. Primeiro, é importante que o paciente saiba que está infectado, isso possibilita um tratamento eficaz e mais rápido, reduzindo os riscos e melhorando a qualidade de vida. Segundo, reduz a carga viral negativa. Viver com HIV não é simples, mas saber é muito melhor", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

TESTE RÁPIDO- Desde a sua implantação em 2005, foi registrado aumento de 340% no número de testes ofertados (de 528 mil, 2005, para 2,3 milhões, em 2011). De janeiro a setembro deste ano, já foram distribuídas 2,1 milhões de unidades do exame. A expectativa é fechar 2012 com a remessa de cerca de 2,9 milhões, apenas para detecção do HIV.
Para a Mobilização Nacional, o Ministério da Saúde enviou às capitais, 386.890 testes rápidos para HIV, 182.500 para sífilis, 93 mil para hepatite B e 93 mil para a C. No total, foram 755.390 unidades de insumos, conforme a solicitação de cada estado. Os testes rápidos para diagnóstico de HIV/aids, hepatites virais e sífilis estão disponíveis, gratuitamente, em toda a Rede Pública de Saúde.
“A política de acesso aos testes tem mostrado estar no caminho certo. Segundo Pesquisa de Comportamentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira (PCAP), a realização de testagem de HIV passou de 20%, em 1998, para quase 40% na população adulta brasileira, em 2008”, observao diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco.
A realização do teste é recomendada para toda a população, especialmente para alguns grupos populacionais em situação de maior vulnerabilidade para a infecção pelo HIV, como homens que fazem sexo com homens (HSH) (54%), mulheres profissionais do sexo (65,1%) e usuários de drogas ilícitas (44,3%). Isso porque a epidemia no Brasil é concentrada e o país focaliza, prioritariamente, as ações de prevenção do governo federal nessas populações.
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS – A taxa de incidência de aids no Brasil tem se mantido nos mesmos patamares, nos anos recentes, embora apresente diferenças regionais. Esses e outros dados epidemiológicos da aids serão destaques do Boletim Epidemiológico que será lançado no dia 1 de dezembro, com números atualizados até junho de 2012. Os dados apontam que a taxa de incidência da aids no Brasil, em 2011, foi de 20,2 por 100.000 habitantes. Nesse ano, foram registrados 38,8 mil casos novos da doença. O maior volume de casos continua concentrado nos grandes centros urbanos.
A região Sudeste apresenta redução nas taxas de incidência de aids de 27,5 casos (para cada 100 mil) - em 2002 - para 21,0 em 2011. Nas regiões Sul, Norte e Nordeste, há leve tendência de aumento. O Centro-Oeste apresenta comportamento similar ao Brasil, ou seja, a epidemia continua no mesmo patamar.
A taxa de prevalência (percentual de pessoas infectadas pelo HIV), em 2010, foi estimada em 0,42%. Em relação à mortalidade por aids, o país apresentou média de 11.300 óbitos por ano na última década. O coeficiente de mortalidade padronizado (número de óbitos para cada 100 mil habitantes utilizando-se uma população padrão) vem apresentando queda. Enquanto em 2000, era de 6,3, em 2011 o número registrado foi 5,6, o que representa redução de 12%. O diagnóstico precoce seguido do acesso, em tempo oportuno, à terapia antirretroviral explica a queda de óbitos em decorrência da aids.
MONITORAMENTO - O aumento do diagnóstico tem se refletido no crescimento da proporção de indivíduos HIV positivos que são identificados precocemente. Em 2006, 32% dos pacientes chegavam ao serviço de saúde com contagem de CD4 superior a 500 células por mm3, o que indica que o sistema imunológico do paciente ainda não está comprometido. Em 2010, esse percentual subiu para 37%.
A incorporação de novos medicamentos no tratamento contra a aids também tem contribuído para diminuir as estatísticas de óbitos em consequência da infecção. Em 2010, a etravirina passou a ser oferecida no SUS para pacientes com resistência aos outros antirretrovirais. Já o tipranavir foi incluído no rol de medicamentos disponíveis no país, desde o ano passado. É o primeiro antirretroviral de resgate terapêutico que poderá ser utilizado por crianças de 2 a 6 anos de idade.
Em outubro desse ano, o Ministério da Saúde assinou acordo com os laboratórios Farmanguinhos, Fundação Ezequiel Dias e Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco para a fabricação da dose fixa combinada (uma só pílula) dos antirretrovirais tenofovir, lamivudina e efavirenz, o chamado tratamento 2.0. A iniciativa vai facilitar a adesão do paciente ao tratamento da aids, seguindo tendência mundial de simplificar os esquemas de terapia. A expectativa é que o comprimido único já esteja disponível no SUS em 2013.
O Ministério também está incorporando, como parte do arsenal terapêutico de medicamentos de terceira linha (esquemas de resgate para pacientes que não responderam satisfatoriamente aos de primeira e de segunda linha), o maraviroque. O antirretroviral pertence a uma nova classe de medicamentos e, inicialmente, irá beneficiar 300 pacientes no país, a partir de próximo ano. Será o quinto antirretroviral de terceira linha disponibilizado pelo governo.
CAMPANHA – O tema da campanha pelo Dia Mundial de Luta contra a Aids deste ano irá destacar a importância de se realizar o teste, tendo como porta-vozes pessoas que vivem com HIV/aids. A estratégia prevê veiculação de mensagens de promoção ao diagnóstico de HIV, com base nos direitos humanos e no combate ao estigma e preconceito. A divulgação nacional será feita em TV, rádio, salas de cinema e internet.
As mensagens irão mostrar que o teste é um processo seguro, sigiloso e acessível na rede pública. Os protagonistas da campanha, que vivem com HIV e descobriram sua sorologia por meio do teste, irão incentivar a realização do exame. A campanha terá a seguinte abordagem: “Eu vivo com HIV e sei disso. A diferença entre nós é que você pode ter o vírus e não saber. Vá à unidade de saúde e faça o teste de aids”.
Das 530 mil pessoas que vivem com HIV no Brasil atualmente, 135 mil desconhecem sua situação e cerca de 30% dos pacientes ainda chegam ao serviço de saúde tardiamente.
O público alvo é a população em geral, especialmente a que vive em situação de maior vulnerabilidade, como homens que fazem sexo com homens (HSH), travestis e profissionais do sexo. A campanha também incentiva os profissionais de saúde a recomendarem a testagem aos pacientes, independente de gênero, orientação sexual, comportamento ou contextos de maior vulnerabilidade.
Assessoria de Imprensa - MS
(61) 3315.3580/7610

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

ATX-BA - INFORMANDO - DIA 23.11.12 FUNCIONÁRIOS DA FONTE NOVA PODERÃO SABE SE TEM HEPATITE C

NA SEXTA,FUNCIONÁRIOS DO ARENA FONTE NOVA PODERÃO SABER SE TEM HEPATITE C
O estádio Arena Fonte Nova terá um dia diferente na próxima sexta dia 23/11, das 9 as 17 Hs. Os funcionários responsáveis pela construção do novo estádio serão mobilizados para fazerem gratuitamente o teste rápido da Hepatite C, doença que não apresenta sintomas ,ataca o fígado e que possui cerca de 3 milhões de brasileiros contaminados, uma prevalência 5 vezes maior do que o HIV.
O resultado sai na hora e os casos positivos serão encaminhados de imediato para tratamento, tudo de graça, pelo sistema único de saúde. A maioria das pessoas nem desconfiam que estão contaminadas pela Hepatite C por conta da ausência de sintomas .
Esse evento no estádio que vai sediar jogos da Copa do Mundo, é promovido pela Associação de Pacientes formada por Portadores de Hepatite C , chamada C TEM QUE SABER C TEM QUE CURAR (www.ctemquesaber.com.br) EM PARCERIA COM A ASSOCIAÇÃO DE PACIENTES TRANSPLANTADOS DA BAHIA/ATX-BA (www.atxbahia.com.br) em Salvador, tendo o apoio da Janssen Farmacêutica e da Odebrecht Infra Estrutura.

A ONG C TEM QUE SABER C TEM QUE CURAR está realizando campanhas de prevenção e de detecção precoce das Hepatites B e C nos estádios de futebol e praças esportivas que estão em obras no Brasil. O Projeto tem o nome “Bola começa com B e Campeonato começa com C . Além divulgar para a mídia a causa das Hepatites que tem considerável prevalência e raras campanhas no Brasil,essa ação social visa prevenir as pessoas contra novas contaminações e também detectar precocemente portadores de Hepatite C e orientar a encaminhamentos para eventual tratamento no caso de indicação médica.

Os eventos estão acontecendo em parceria com as construtoras das obras e tem como objetivo envolver os seus colaboradores nessa questão de saúde pública.

Os estádios do Nova Arena, do Palmeiras em São Paulo e do Arena Pernambuco, em Recife já fizeram o evento.

Já o Itaquerão, estádio em obras do Corinthians ,irá fazer no próximo dia 30 de outubro.

Em novembro, dia 23, será a vez do estádio Arena Salvador, na Bahia em parceria com Associação dos Pacientes Transplantados da Bahia (ATX-BA)  e nesse mesmo mês, dias 12 e 13, o evento ocorrerá na Cidade Olímpica, obra que está sendo construída para alojar os atletas de todo o mundo que vão disputar as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

A ONG continua convidando todos os estádios em obras a participarem desta ação social que mostra ao pais o alto impacto social que as hepatites C são responsáveis.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

ATX-BA - UTILIDADE PÚBLICA - FUNCIONÁRIOS DA FONTE NOVA PODERÃO SABER SE TEM HEPATITE C

NA SEXTA,FUNCIONÁRIOS DO ARENA FONTE NOVA PODERÃO SABER SE TEM HEPATITE C
O estádio Arena Fonte Nova terá um dia diferente na próxima sexta dia 23/11, das 9 as 17 Hs. Os funcionários responsáveis pela construção do novo estádio serão mobilizados para fazerem gratuitamente o teste rápido da Hepatite C, doença que não apresenta sintomas ,ataca o fígado e que possui cerca de 3 milhões de brasileiros contaminados, uma prevalência 5 vezes maior do que o HIV.
O resultado sai na hora e os casos positivos serão encaminhados de imediato para tratamento, tudo de graça, pelo sistema único de saúde. A maioria das pessoas nem desconfiam que estão contaminadas pela Hepatite C por conta da ausência de sintomas .
Esse evento no estádio que vai sediar jogos da Copa do Mundo, é promovido pela Associação de Pacientes formada por Portadores de Hepatite C , chamada C TEM QUE SABER C TEM QUE CURAR (www.ctemquesaber.com.br) EM PARCERIA COM A ASSOCIAÇÃO DE PACIENTES TRANSPLANTADOS DA BAHIA/ATX-BA (www.atxbahia.com.br) em Salvador, tendo o apoio da Janssen Farmacêutica e da Odebrecht Infra Estrutura.
O projeto visa atingir os doze estádios que vão sediar o Mundial de 2014 e já foi realizado no Arena Pernambuco em setembro e no Arena Corinthians em outubro. A prevalência média encontrada no grupo de risco é de 1,3% ou seja, 13 em cada 1.000 pessoas testadas.E ninguém desconfia estar infectado por essa grave doença.
Caso se interessem pela sugestão de pauta , estamos a disposição para informações adicionais .
Francisco Martucci
Presidente ONG C TEM QUE SABER C TEM QUE CURAR
 (14) 3841- 1172 (14) 9671- 2424
Márcia Chaves
Presidente ATX-BA
(71) 3261-1334/9125-8581

terça-feira, 20 de novembro de 2012

ATX-BA - UTILIDADE PÚBLICA - HEPATITE C

A ATX-BA é filiada a ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO - AIGA - Aliança Brasileira pelos Direitos Humanos e o Controle Social nas Hepatites(www.aigabrasil.org)
 
Temos atuado em conjunto com  grupos e ONGs  em vários estados do Brasil realizando
campanhas preventivas e educativas sobre hepatites B e C, além de orientar o paciente em todas áreas.
 Abaixo temos alguns esclarecimentos sobre o tema feito pelo  presidente do        Grupo  Otimismo.                     
Enfrentamento da epidemia de hepatite no mundo - Como o Brasil fica na foto?

Regressando de dois grandes congressos, o de Controvérsias na Hepatite C, em Berlim, e o Americano de Fígado, AASLD 2012 em Boston é possível realizar uma analise critica sobre a situação do enfrentamento da epidemia das hepatites no Brasil.

Essa analise comparativa com outros países resulta numa espécie de fotografia para melhor retratar como nos encontramos em diversas questões. Para melhor entender falarei de três "fotografias" nas quais em uma estamos muito mal, em outra muito bem e em uma terceira a nossa imagem está meio fora de foco.

Vamos então explicar
uma por uma.
CONSENSOS E PROTOCOLOS - SOCIEDADES MÉDICAS E GOVERNO

Passado já um ano e meio de uso dos inibidores de proteases boceprevir e telaprevir nos Estados Unidos e Europa, os médicos desses países não entendem como ainda o Brasil não possui nenhum consenso de tratamento ou protocolo para poder guiar os médicos no tratamento com tais medicamentos.

Fui questionado sobre isso numa reunião em Boston, já que observam uma grande quantidade de brasileiros nos congressos e não entendem a falta de consensos científicos para guiar os médicos na forma de tratar. Tive que explicar que também eu não entendia o motivo da paralisia e o silencio das Sociedades de Hepatologia e de Infectologia, expliquei que aparentemente estão aguardando o governo publicar o protocolo para tratamento no serviço público para somente depois emitir os seus consensos, talvez para evitar publicações em desacordo ou conflitantes com aquilo que quer o ministério da saúde.

Comentaram que geralmente são as sociedades médicas que primeiro emitem os consensos para assim guiar seus associados e somente depois é que os governos emitem seus protocolos de atendimento no serviço público, esses protocolos em geral são mais restritivos no acesso que os consensos das sociedades médicas. Não tive resposta e nem tentei explicar para não passar vergonha sobre como a coisa funciona no nosso belo país.

Perguntaram como sem existir um consenso ou protocolo já existem aproximadamente 1.400 pacientes tratados ou em tratamento com os inibidores de proteases. Expliquei que nesse sentido os medicamentos estão aprovados para comercialização desde final de 2011 e que, portanto o que vale para interpretação é a bula, sendo a mesma muito mais "facilitadora" que qualquer consenso. Na bula não existem restrições sobre o grau de fibrose para utilizar os medicamentos. Assim, os pacientes em qualquer situação clínica procuram na via judicial o tratamento, sendo imediatamente atendidos pelos Juízes já que a Constituição Federal garante o acesso à saúde. A bula é muito melhor para se aceder via judicial que qualquer consenso ou protocolo. É por isso que falamos que o Judiciário é o melhor dos hospitais, o mais sensível aos pacientes.

Lamentavelmente alguns médicos ao não ter uma guia de tratamento (consenso das sociedades) ou um protocolo do governo, podem errar na indicação de tratamento, pois a única informação sobre como tratar é aquela recebida pelos laboratórios fabricantes. Isso é ruim para os pacientes, mas quem tem cirrose ou fibrose muito avançada se esperar pelos consensos ou protocolos no Brasil, eles podem chegar tarde demais, quando o paciente já estiver descompensado ou morto.

Conclusão:
Estamos muito mal nesta fotografia.

 
TESTES RÁPIDOS


Em Boston participei de uma reunião com associações de pacientes dos Estados Unidos. A maioria das associações presentes trabalham com redução de danos, em geral distribuindo seringas e preservativos entre usuários de drogas, populações de rua e profissionais de sexo.
Na apresentação da "Citiwide Harm Reduction" de New York, os quais com orçamento de 3,5 milhões de dólares (90% recursos do governo) realizam um excelente trabalho de acolhimento de infectados e advocacy para os direitos humanos. Possuem uma bela sede, farmácia, atendimento médico, psicólogos, nutricionistas, enfermagem, advogados, etc.. Estão agora realizando testes rápidos tendo realizado neste ano aproximadamente 620 testes de hepatite C, encontrando 32% de infectados e com dois pacientes em tratamento.

Quando perguntado sobre a testagem rápida no Brasil não queriam acreditar que em 2012 devemos realizar entre fabricantes e associações de pacientes uns 400.000 testes e o governo outros 1,8 milhões. O tamanho dos olhos, totalmente assombrados dos participantes da reunião foi motivo pessoal de orgulho. Fiquei feliz de mostrar como estamos adiantados na aplicação da testagem rápida. Devemos ter orgulho da atuação nesse sentido.
Nenhum país do mundo realiza tal quantidade de testes rápidos. Esclareci que no Brasil empregamos o teste rápido feito com uma gota de sangue, ao preço de aproximadamente 1,5 dólares cada, contra o teste oral empregado nos Estados Unidos, de custo aproximado de 26 dólares. Tal vez seja essa a explicação do porque estamos dando um exemplo ao mundo sobre a forma de campanhas de testagem rápida.
Conclusão: Estamos muito bem nesta fotografia, aparecemos como os melhores do mundo.
NÚMERO DE TRATAMENTOS NA HEPATITE C
 

Um estudo apresentado no congresso da AASLD 2012 (AASLD 1012 - Abstract 1750 - The number of treated HCV infected patients in the Americas, Europe, and Asia Pacific in 2004-2010 - H. Razavi; C. Estes; K. Pasini; A. Levitch; - Center for Disease Analysis, Louisville, CO, United States) com dados que acredito são aproximados, pois alguns deles não refletem a realidade que observamos e os próprios pesquisadores admitem isso no texto, mostra os tratamentos realizados comparando os anos de 2004 e 2010 em 45 países analisando as unidades de interferon peguilado vendidas pelos fabricantes, ajustando as mesmas aos tratamentos dos diferentes genótipos e considerando as interrupções.
Nos três continentes de América (Norte, Central e Sul), em 2004 estimam que foram realizados 160.000 tratamentos, mas se observa uma diminuição paulatina e constante, ficando em 2010 com uma estimativa de 100.000 tratamentos. Seguindo o mesmo analise a maior redução aconteceu nos Estados Unidos, onde em 2004 foram estimados 145.000 tratamentos, caíndo para 63.000 tratamentos em 2010.
Os pesquisadores colocam que o Brasil ajudou a compensar a queda nos números, passando de 10.000 tratamentos em 2004 para 25.000 tratamentos em 2010. Pessoalmente concordo com a aproximação no número de tratamentos em 2004, mas acho totalmente errada a estimativa de tratamentos realizados em 2010. No sistema público foram tratados 11.628 pacientes e se consideramos mais uns 2.000 de forma privada ficamos em aproximadamente 15.000 tratamentos e não nos 25.000 estimados pelos pesquisadores. Os pesquisadores não analisaram os tratamentos realizados e sim o faturamento das empresas, sendo que uma entrega ao sistema público referente ao consumo de 2011, entregue no final de 2010, foi contabilizada como se fossem tratamentos realizados em 2010. O número correto a ser considerado é aproximadamente de 15.000 tratamentos.
Entre os países asiáticos a estimativa é de 100.000 tratamentos em 2010, ficando o Japão na frente com 40.000 tratamentos, enquanto na Europa a França, Alemanha e Itália realizaram cada um deles uma media de 10.000 tratamentos em 2010. O Egito realizou em 2010 uns 20.000 tratamentos e a Austrália uns 12.000 no mesmo ano.
Concluem os autores que a capacidade de tratamento pode ter sido atingida nos países em que o tratamento da hepatite C foi estabelecido antes de 2004 e por isso a diminuição acontecida no número de tratamentos ao se comparar com 2004. Diferente naqueles países em que o tratamento teve maior oferta por parte dos governos após 2004, o que explicaria o aumento substancial.

Conclusão:
Se avaliamos o Brasil pelo número de tratamentos realizados em 2010 ficamos muito bem nesta fotografia, pois estaríamos em quarto lugar, atrás somente dos Estados Unidos, Japão e do Egito. Mas se analisamos os números em função da população do país e do número de infectados em relação percentual a quantos tiveram acesso ao tratamento, então a nossa posição cai para um lugar entre a 15ª e 20ª colocação, assim, nesta fotografia estamos meio fora de foco.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

ATX-BA - UTILIDADE PÚBLICA - Anemia Falciforme

 Saúde da população negra é abordada em Comissão


O presidente da Comissão de Saúde e Saneamento da Assembleia Legislativa da Bahia, José de Arimateia (PRB), - integrado as Comissões Especial de Igualdade Racial e Direitos Humanos e Segurança Pública da Casa Legislativa - promove, com programação especial, nesta terça-feira (20), o Dia da Consciência Negra.
O evento acontece na Sala Eliel Martins, do Edifício Luiz Eduardo Magalhães, ás 9h, com a realização de duas palestras. A primeira contará com a presença da Drª Ângela Zanette, referência na Bahia no tratamento da Anemia Falciforme, que atinge os afrodescendentes brasileiros. Em seguida, o colegiado será contemplado com informações relacionadas ao Programa de Saúde da População Negra de Salvador, através de esclarecimentos da Drª Silvia Augusto. 
"O predomínio da Anemia Falciforme chega a 5,5% no estado da Bahia. É uma situação preocupante. O evento é uma alternativa para encontrarmos formas de democratizar as informações sobre a doença entre a população negra, e ressaltar a importância de se realizar os exames preventivos”, esclareceu Arimatéia.

sábado, 17 de novembro de 2012

ATX-BA - Utilidade Pública -Como saber se estou com diabetes

Afetando mais de 300 milhões de pessoas ao redor do planeta, a diabetes mellitus pode ser classificada como uma coletânea de distúrbios metabólicos que acarretam o aumento dos níveis da glicose sanguínea a valores acima de 125 miligramas por decilitro. Esse evento patológico, que aos olhos de um leigo pode parecer trivial, é capaz gerar conseqüências graves para a saúde de uma pessoa e por isso deve ser sistematicamente prevenido.





Infelizmente, os atuais estilos de vida, alimentação e comportamento das pessoas favorece cada vez mais o aparecimento desta doença. Aparecimento este que na maioria nas vezes ocorre de forma silenciosa, com através de sintomas sutis, e que só são relacionados a diabetes quando começa a trazer conseqüências mais sérias.
 
Por isso, neste Como saber se estou com diabetes, Comofas te ensina a reconhecer e prevenir esta doença.

Tipos de diabetes

Antes de tudo é preciso entender como funciona a doença que basicamente é dividida em dois subtipos. Diabetes Mellitus tipo 1 e tipo 2, a apresentação dos sintomas é basicamente a mesma mas a diferença do mecanismo de desenvolvimento das duas é fundamental para o correto tratamento e prevenção de seqüelas.

Diabetes mellitus tipo 1



Trata-se de uma doença auto-imune, ou seja, há uma produção de anticorpos (proteínas que defendem nosso organismo contra invasores como vírus e bactérias) que reconhecem as células do nosso corpo como agentes agressores. No caso deste tipo de diabetes, a células agredidas são justamente as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Sendo a insulina o hormônio/proteína responsável pela entrada de glicose na célula, a sua falta invibializa tal entrada aumentando assim os níveis de glicemia no indivíduo. Normalmente manifesta-se em pessoas jovens, abaixo dos 35 anos, e seu tratamento é feito, basicamente, pela injeção intramuscular de insulina.

Diabetes mellitus tipo 2


Na diabetes tipo dois, ao contrário da 1, normalmente, não há problemas com a produção insulina pelo pâncreas, ao contrário, sua produção é continuada. O problema é a chamada resistência periférica à insulina, que diz respeito à incapacidade de interação desta com as células adiposas e musculares. Ou seja, há a produção do hormônio, porém este, devido a problemas genéticos e alguns outros como obesidade se sedentarismo, não consegue levar a glicose para o interior das células, resultando, novamente, no quadro de hiperglicemia.

Trata-se de uma condição mais comum que a observada no tipo um, e atinge principalmente pessoas acima de 40 anos. Seu tratamento geralmente é feito combinando-se reeducação alimentar, exercícios físicos, medicamentos hipoglicemiantes orais e, em casos mais pronunciados, a combinação de todos os outros com a utilização de insulina.
 
Os principais sintomas dos dois tipos de diabetes são:



  • Sede intensa
  • Fome intensa
  • Vontade de ir urinar muitas vezes, principalmente durante a noite
  • Dores nas articulações dos membros inferiores
  • Aumento de susceptibilidade à infecções
  • Problemas visuais
  • Dificuldades de cicatrização
  • Emagrecimento sem motivo aparente, mesmo com a alimentação aumentada
  • Fraqueza e fadiga
  • Irritabilidade aumentada
  • Mudanças súbitas de humor
  • Naúseas e vômitos
  • Impotência sexual
Apresentando mais três ou mais dos sintomas acima, procure imediatamente um médico ou uma unidade de saúde para medir sua glicemia.

Não deixe de ver também nosso artigo sobre Como cuidar da saúde bucal se você tem diabetes.


http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=79549907569708075#editor/target=post;postID=1931658066028337534
Mais informações em: http://www.diabetes.org.br/

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

ATX-BA - UTILIDADE PÚBLICA - DIA MUNDIAL DA DIABETE


O Dia Mundial do Diabetes foi comemorado na quarta-feira  (14.11) e, para marcar a data e alertar sobre a importância da prevenção e do tratamento da doença, uma série de eventos foram programados. No Rio, por exemplo, o Cristo Redentor foi iluminado de azul, a cor que representa mundialmente a data.
DiabeteNet.Com.Br
Informações sobre a doença
Dra. Denise Franco - Endocrinologista
Diabetes Mellitus é um distúrbio metabólico decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade desta de agir adequadamente. A insulina é o hormônio produzido nas células Beta das ilhotas de Langerhans do pâncreas, que possibilita a entrada de glicose (nossa fonte de energia) dentro das células, sua falta promove o aumento do nível de glicose no sangue (hiperglicemia) alterando também o metabolismo das proteínas e gorduras.
O Diabetes Mellitus é um dos maiores problemas de saúde pública, a incidência do DM tipo I, faixa etária de 0 a 15 anos, é de 7,8% da população e do tipo II, faixa etária de 30 a 69 anos, a incidência é de 7,6 % e vem aumentando de forma explosiva, sendo que metade desses portadores não sabem que tem a doença.

Acometem pessoas de qualquer idade. Os riscos são maiores em pessoas com excesso de peso e histórico familiar de diabetes
Tipos de Diabetes

O Diabetes é classificado em dois tipos mais freqüentes:
Diabetes Tipo 1: Surge mais freqüentemente em crianças e adultos jovens. Ocorre a destruição das células Beta, geralmente ocasionando deficiência absoluta de insulina, necessitando fazer uso de insulina diariamente. É de natureza auto-imune.
Diabetes tipo 2: é a forma clássica com graus variados de resistência a ação da insulina e uma deficiência relativa de insulina, geralmente está associado a obesidade. A prevalência maior era entre os mais velhos mas com o aumento de crianças obesas tem-se observado uma incidência maior em faixas etárias mais baixas. O tratamento inicial inclui dieta e quando necessário medicação oral.

A Diabetes Gestacional surge em mulheres grávida que não eram diabéticas, ocorre alteração da tolerância a glicose em graus diversos diagnosticado durante a gestação. Geralmente, desaparece quando esta termina. Podem futuramente desenvolver o Diabetes tipo 2.
Outros tipos específicos inclui as várias formas de diabetes do jovem MODY ( Maturity-Onset Diabetes of the Young ).
São situações raras de ocorrer e são causadas por: Defeitos genéticos funcionais das células Beta e na ação da insulina;
Doenças do Pâncreas;
Endocrinopatias;
Induzidos por fármacos e agentes químicos;
Infecções;
Formas incomuns de diabetes imuno-mediado;
Outras síndromes genéticas associadas ao diabetes.
VALORES REFERÊNCIA DE GLICEMIA O Valor de Glicemia normal de 70 a 110mg/dl em jejum oral de 8 horas.
Os Valores intermediários entre 110-126 mg/dl devem ser melhor investigados com outros testes para afastar o diagnóstico de diabetes.
É aceitável a glicemia pós-prandial (após refeição ) de 140mg/dl.
Pacientes acima de 45 anos com história de obesidade e alteração de colesterol e parentes com diabetes devem realizar o teste de glicemia de jejum pelo menos entre 1 a 3 anos.
Sintomas Causados Diabetes Tipo 1 Aumento do número de vezes de urinar - Poliúria
Sede excessiva - Polidipsia
Excesso de fome - Polifagia
Perda rápida de peso
Fadiga, cansaço de desanimo
Irritabilidade


Diabetes Tipo 2 Além de poder apresentar os mesmos sintomas que o Diabetes Tipo 1, freqüentemente menos intenso, o Diabetes Tipo 2 ainda apresenta os seguintes sintomas:

Infecções freqüentes
Alteração visual (visão embaçada)
Dificuldade na cicatrização de feridas
Formigamento no pés
Furunculose

Formas de Tratamento
O tratamento do Diabetes tipos 1 e 2 inclui as seguintes estratégias:
Educação de Modificação do Estilo de Vida que se baseiam em:

Reorganização dos hábitos alimentares
(alimentação equilibrada e orientada por nutricionista);
Atividade física;
Tratamento medicamentoso
(insulina e/ou hipoglicemiante oral)
ALIMENTAÇÃO A alimentação é um dos pontos fundamentais no tratamento do Diabetes. Ela deve ser individualizada levando em consideração o estado nutricional do paciente e hábitos de vida, possibilitando o melhor controle metabólico. Seus objetivos são:

Contribuir para a normalização da Glicemia;
Diminuir os fatores de riscos Cardiovascular;
Fornecer calorias suficientes para obtenção e/ou manutenção do peso corpóreo saudável;
Prevenir complicações agudas e crônicas.
ATIVIDADE FÍSICA A atividade física é de fundamental importância e deve estar integrada na vida do paciente diabético devido aos benefícios do exercício à ação da insulina.

Ela contribui para a redução da glicemia e da necessidade de insulina e medicamentos, pois ela melhora a captação de glicose pelas células.

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Os portadores de Diabetes tipo 1 têm que aplicar insulina diariamente o que envolve o uso de seringa e agulha, caneta de insulina, ou pode ser fornecida por uma bomba de insulina.

Bombas de insulina são usadas junto ao corpo em um cinto ou no bolso. Elas liberam insulina por meio de um tubo que a conecta a uma agulha colocada sob a pele e quantidades extras de insulina necessárias antes das refeições, dependendo do nível de glicose no sangue e da refeição.

A necessidade de insulina é diferente para cada pessoa e deve ser adequada ao estilo de vida e tipo de atividade física.

A TERAPIA DEVE SER MONITORADA PELO PACIENTE ATRAVÉS DE TESTES DE GLICEMIA COM APARELHOS – GLICOSÍMETROS E COM O TRATAMENTO INTENSIVO COM VÁRIAS DOSES DE INSULINA AO DIA, SEGUINDO ORIENTAÇÃO DE UM MÉDICO ENDOCRINOLOGISTA.
O paciente portador de diabetes tipo 2 faz o tratamento medicamentoso quando necessário. Esses medicamentos podem agir aumentando a secreção de insulina ou melhorando a ação da insulina e deve ser individualizado.

Usam-se hipoglicemiantes orais e, eventualmente haverá necessidade de introdução de insulina nos casos em que o tratamento não está sendo eficaz em atingir os objetivos de glicemia adequada.
O CONTROLE DA GLICEMIA É FUNDAMENTAL NA BOA QUALIDADE DE VIDA E PARA EVITAR O APARECIMENTO DE COMPLICAÇÕES FUTURAS.

ATX-BA - informando - ABTO


Continuamos mantendo a rota

EDITORIAL


Estamos  próximos  da  metade  do  tempo  planejado  de  10 anos, até 2017,  os objetivos propostos em 2007 estão sendo atingidos.  Comparado  com  o  ano  anterior,  obtivemos  um aumento de 15% na taxa de notificação (43,6 pmp), de 21% na taxa de doadores efetivos (12,9 pmp), de 16% na taxa de doadores efetivos com órgãos transplantados (12,3 pmp) e de 5% na taxa de efetivação da doação. (29,7%).


Houve um crescimento de 9,4% na taxa de transplantes renais (28,5 pmp) e de 10,5% na taxa de transplantes hepáticos e uma queda de 13,1% na de transplante de pâncreas. Deve- se comemorar o aumento expressivo da taxa de transplantes cardíacos (39%) e pulmonares (34%), ressaltando, entretanto, que  esses  números  estão  muito  abaixo  do  esperado  em relação a taxa de doadores do país e a necessidade estimada de transplantes.

Os transplantes de córneas cresceram 6,8% (82,1pmp) e estão muito próximos de atingirem a necessidade estimada (90 a 95 pmp), a chamada ”fila zero. Cinco estados e o Distrito Federal já realizam mais transplantes que a necessidade: DF (188 pmp), GO (161 pmp), SP (140 pmp), PE (119 pmp), PR (102 pmp) e ES (92 pmp). A lista de espera, de acordo com o crescimento no número de transplantes, vem caindo sendo atualmente de 6.451 pacientes.

Um aspecto que deve ser melhor avaliado é o número de pacientes em lista de espera para transplante de órgãos. A diminuição dos pacientes em lista para o transplante de rim, atualmente de 20.005, não deve ser creditada ao aumento dos transplantes (ainda insuficiente), mas a talvez um pequeno ingresso em lista (no RS grande dificuldade dos pacientes do SUS marcarem consulta de investigação para ingresso em lista de espera por problemas burocráticos) e por inativação por  vários  motivos dos  pacientes  em  lista  de  espera  (soro vencido, recusas de transplante, etc).   O número esperado em lista de espera para o transplante renal seria em torno de 30.000 a 35.0000.   também uma diminuição no número de pacientes em  lista de espera para transplante hepático (1.351) e um persistentemente pequeno número de pacientes em lista de espera para transplante de coração (192) e de pulmão (152).


Em  relação  a  taxa  de  doadores  efetivos  destacaram-se  SC (25,6 pmp), CE (22,1 pmp), DF (20,8 pmp) e SP (19,1 pmp), seguidos pelo RS (17,0 pmp), RN (15,6 pmp), ES (15,2 pmp) e RJ (15,0 pmp).   A negativa familiar foi responsável por 27,4% das causas de não efetivação da doação, mas 45% das famílias entrevistadas  recusaram a doação (1.178 de 2.617), sendo as taxas mais elevadas observadas no MA (80%), AC ( 75%), PB (67%), MS (60%) e BA (60%), sugerindo que se deveria trabalhar de  forma  mais  aprofundada  esse  tema  nesses  estados.    A morte  encefálica  não  pode  ser  confirmada  em  522  casos (8%), sendo os estados com maior dificuldade RO (50%), AC (48%), PB (32%) e ES (32%), também nesses estados se deveria atuar mais nesse aspecto. a parada cardíaca, que ocorreu em   895 casos (14%), com maior frequência no MS (45%) e em GO (45%), não está apenas relacionada a  problemas de manutenção  do  potencial  doador,  mas  também  a  demora no diagnóstico de ME ou outras situações.  Também se está utilizando doadores mais idosos, em torno de 14% tinham acima de 60 anos de idade.
No transplante renal destacaram-se RS (50,5 pmp), SP (47,7 pmp) e PR (41 pmp). O RS é o único estado que realiza mais do 40 transplantes pmp com doador falecido (42,1 pmp), graças ao projeto de receber rins não utilizados em outros estados, enquanto que PR (15,8 pmp) e SP (14,4 pmp) são ainda os únicos estados que realizam mais do que 10 transplantes renais com doador vivo pmp.  A queda no número de transplantes com  doador  vivo  persiste,  sendo  responsável  por  apenas 26,7% dos transplantes renais, quando era em torno de 50% há cinco ou seis anos. A taxa de doador vivo não parente e não cônjuge, está caindo (5,1%).
No transplante hepático, a taxa com doador vivo foi de 7,9%, e está diminuindo de forma mais lenta que no  transplante renal., sendo realizado de forma consistente, apenas em SP (2,2 pmp), RJ (1,2 pmp) e PR (0,8  pmp). Destacaram-se CE (20,2 pmp), SC (18,1 pmp), PE (15,9 pmp) e DF (15,6 pmp) nessa modalidade de transplante.

O transplante cardíaco foi realizado em nove estados e o DF (6,7 pmp) e o CE (3,6 pmp) apresentaram o melhor desempenho, enquanto que o transplante pulmonar foi realizado em somente três estados, RS (2,9 pmp), SP (0,8 pmp) e CE (0,5 pmp).

Apenas sete estados realizaram transplante de pâncreas, sendo PR (2 pmp) e SP (2 pmp) os mais ativos, seguidos por MG (1,4 pmp) e CE (1,4 pmp). O transplante simultâneo de rim e pâncreas foi a modalidade mais empregada (76,4%), seguido do transplante de pâncreas após rim (16,2%) e do transplante isolado de pâncreas (7,4%).

Portanto, apesar de dificuldades como portarias de imunossupressãoo não condizentes com a realidade atual, dificuldades burocráticas para o ingresso de pacientes do SUS em lista de espera, em pelo menos um estado, que devem ser revertidas, as novidades são positivas com reajustes nos valores de remoção de órgãos e de transplantes (falta o reajuste do ambulatório, há 14 anos com o mesmo valor) e com as tutorias e os resultados obtidos refletem o trabalho das equipes de transplante, das  coordenações hospitalares e OPOs, das Centrais Estaduais, da Central Nacional e do SNT, com a atuação da ABTO. Entretanto, o desafio é grande e não podemos baixar a guarda.
Dretoria e Conselho da ABTO