sexta-feira, 28 de setembro de 2012

ATX-BA - Moção de congratulação e aplausos pelo Dia Nacional do Doador de Órgãoss





                               MOÇÃO Nº 14.725/2012


"A Assembléia Legislativa do Estado da Bahia faz inserir na ata de seus trabalhos esta moção de congratulação e aplausos pelo Dia Nacional de Incentivo a Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes".


O Dia Nacional do Doador de Órgãos é celebrado, nesta quinta-feira, 27 de setembro, através da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), Ministério da Saúde e secretarias estaduais do setor. A data tem o maior objetivo de disseminar informações estreitamente vinculadas á doação de órgãos, além de conscientizar a sociedade no geral sobre a importância do gesto que salva vidas.

Conforme relata o Coordenador do Sistema Estadual de Transplante,  Eraldo Salustiano Moura, o transplante depende do entendimento da sociedade para autorizar a doação o que envolve mudança de cultura e entendimento do processo. Moura lembrou que a doação no país só é permitida mediante a autorização de parentes de primeiro e segundo grau do doador, e destacou a possibilidade de cada cidadão necessitar de transplante em qualquer etapa da vida. 

Outra dificuldade citada pelo coordenador é ainda o desconhecimento dos profissionais da saúde em relação ao diagnóstico de morte encefálica - etapa crucial para o processo doação-transplante.  

Conforme relata a presidente da Associação de Pacientes Transplantados da Bahia, Márcia Chaves, uma série questões tem atrapalhado a captação de órgãos no Estado da Bahia, tais como: a falta de informação sobre a doação de órgãos, abordagem familiar não coerente, provocando a negativa familiar, que já totaliza em 63% em todo o Brasil.

Por isso, a Bahia tem investido na contratação de profissionais da saúde para atuarem especificamente na área de doação de órgãos, cursos e seminários sobre o processo doação-transplante para estudantes do setor, treinamentos para profissionais das áreas como: diagnóstico de morte encefálica, manutenção do potencial doador de órgãos, comunicação de más notícias e entrevista familiar para doação de órgãos.

Nesse sentido, vale destacar, que graças às ações desempenhadas pelo Estado o número de doadores e de transplantes vem crescendo na Bahia. A confirmação é demonstrada através de dados da Central de Transplantes. No ano de 2011, até o mês de setembro foram realizados 253 transplantes e em 2012, no mesmo período foram executados 417, havendo, assim um aumento de cerca de 85%. 

Dê-se ciência desta moção de congratulação e aplausos para o para Ilustríssimo Coordenador do Sistema Estadual de Transplante, Eraldo Salustiano de Moura e a presidente da Associação de Pacientes Transplantados da Bahia, Márcia Chaves.
 

 


Sala das Sessões, 27 de setembro de 2012


Deputado José de Arimatéia



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

ATX-BA - Informando - Jornal do Brasil

 Hoje dia 27 de Setembro ,dia Nacional do Doador de Órgãos e Tecidos, em nome de meu pai que em vida me doou um rim aos 75 anos, faço uma homenagem a todos o doadores vivos e falecidos e suas famílias que em momentos de dor autorizaram a doação de órgãos e tecidos de seus entes queridos.

Obrigado a todos por dar VIDA e qualidade de VIDA a milhares de pessoas.

Seja um doador, informe a sua família.

Márcia Chaves

ATX-BA

País


Burocracia atrapalha sistema público de transplantes do Brasil

Agência Brasil
Apesar de contar com o maior sistema público de transplantes do mundo, “dificuldades burocráticas” comprometem a melhoria dos índices no Brasil, disse o coordenador do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, Heder Murari.
Segundo ele, a pasta deve apresentar em 2013 um novo sistema de informação dentro da rede de transplantes, capaz de gerenciar uma lista única de receptores de órgãos, utilizando uma plataforma tecnológica mais moderna. A atualização dos dados dos pacientes, por exemplo, poderá ser feita pelo profissional de saúde por meio de um smartphone.
Durante evento para marcar o Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos - lembrado hoje (27) - Murari destacou que a legislação brasileira atual exige o laudo de dois neurologistas para atestar casos de morte encefálica (quadro caracterizado pela perda definitiva e irreversível das funções cerebrais e que abre caminho para a doação de órgãos do paciente).
De acordo com o coordenador, há uma proposta de autoria do Conselho Federal de Medicina (CFM) para que a exigência, em caso de morte encefálica, passe a ser o laudo de dois médicos com qualificação em terapia intensiva, e não mais em neurologia.
“Vamos aproveitar para adequar o decreto à proposta do CFM, que é quem determina o critério de morte encefálica pela lei brasileira e, ao mesmo tempo, modernizar uma série de itens”, explicou. A previsão é que as alterações sejam encaminhadas à Casa Civil até o fim deste ano.
Segundo Murari, o ministério deve anunciar hoje uma portaria que trata da capacitação em transplantes. O texto, segundo ele, vai instituir a atividade de tutoria em transplantes e prevê o repasse de recursos para instituições definidas como tutoras.
“Vamos institucionalizar o ensino do processo de doação de órgãos e de transplantes”, disse. “Vai acabar  a necessidade de pessoas jurídicas se organizarem para dar cursos em estados menos desenvolvidos”, completou.
Dados do governo federal indicam que alguns estados, como o Rio Grande do Norte, já conseguiram zerar a fila de transplantes. O termo é utilizado quando o tempo médio de espera por um órgão não ultrapassa 30 dias. A expectativa da pasta é que, até 2015, todos os estados brasileiros tenham zerado suas filas.
Outra meta definida pelo governo é contabilizar 15 doadores de órgãos para cada 1 milhão de habitantes – o melhor índice na América Latina. Nos primeiros quatro meses de 2012, o número registrado no país foi 13 doadores para cada 1 milhão de habitantes.
 http://www.jb.com.br/pais/noticias/2012/09/27/burocracia-atrapalha-sistema-publico-de-transplantes-do-brasil/

terça-feira, 25 de setembro de 2012

ATX-BA - Informando - Ig - Minha Saúde

63% das famílias recusam doar órgãos

Associação de transplantes lança campanha para diminuir as seis recusas diárias de doação registradas no Brasil

Fernanda Aranda , iG São Paulo |


Todos os dias, seis famílias dizem “não” para a doação de órgãos. Os dados são da Associação Nacional de Transplantes (ABTO) que lança hoje uma campanha para reverter as recusas que somam 63% entre os potenciais doadores do Brasil.
Saiba mais sobre transplantes
 
Segundo os dados divulgados, entre janeiro e junho deste ano, os hospitais de todo País identificaram 4.073 pacientes com diagnóstico de morte cerebral, que poderiam doar coração , pulmão , rim, fígado e pâncreas para salvar a vida das mais de 23.863 pessoas que estão na fila de espera. Deste total, somente 1.217 se tornaram doadores efetivos.

Para ser um doador de órgãos hoje, basta manifestar esse desejo aos familiares, sem a necessidade de um registro formal no RG ou CNH.

Segundo o mapeamento feito pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde os principais motivos de morte dos doadores são as causas externas (acidentes de carro, tiros, quedas) e os acidentes vasculares cerebrais (AVC) de pessoas jovens, com menos de 40 anos. Na análise dos especialistas, o fato de serem mortes inesperadas surpreende a família, pois não há tempo para refletir sobre o tema e optar pela decisão de doar os órgãos de um ente querido.
Além disso, o conceito de morte cerebral não é totalmente compreendido. O coração continua batendo, mas não há chance da pessoa recuperar as funções cognitivas, a fala, a respiração e a interação com meio. Em poucas horas, os batimentos cardíacos da vítima param, mas a espera inviabiliza a retirada do coração ou de qualquer outro órgão para o transplante em outro paciente.

Foram 1.073 recusas,  uma média de seis por dia. Segundo o presidente da ABTO, José Medina Pestana, a recusa da família ainda é a principal barreira para a doação: Para combater esse cenário foi lançada a campanha "Doar não é um tabu. Conte para sua família. Conte com sua família".

De torneiro mecânico a recordista em transplantes

José Medina passou por três profissões até chegar à medicina e colocou o Brasil entre os campeões mundiais de doação de órgãos 

Fernanda Aranda, iG São Paulo |



Edu Cesar/Fotoarena
José Osmar Medina Pestana começou a trabalhar aos 8 anos, depois virou torneiro mecânico e, por fim, o médico recordista em transplante
José Osmar Medina Pestana venceu a infância pobre para deixar suas digitais na história dos transplantes brasileiros.
Entre uma ponta e outra desta trajetória, passaram três instrumentos de trabalho por suas mãos: tijolos, peças industriais e rins.
Isso porque, a transformação do menino Zé Osmar em Doutor Medina foi formada pelas profissões ajudante de pedreiro, torneiro mecânico e, por fim, nefrologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Ele acaba de assumir a presidência da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) e, no primeiro ato como presidente, no início de fevereiro, divulgou um novo recorde de cirurgias do tipo no cenário nacional.

Mais uma vez, os transplantes renais foram os mais numerosos, a maior parte deles feita no Hospital do Rim da Unifesp, unidade idealizada e administrada por Medina. O médico acumula 10 mil pacientes transplantados, quase a população total de Ipaussu, cidade do interior paulista onde ele nasceu (são 13 mil habitantes segundo o Censo 2010) e escolheu que “queria cuidar de gente” quando fosse gente grande.
O sonho da carreira, inclusive, foi construído simultaneamente à construção (literal) de casas. Ajudar o pai pedreiro foi seu primeiro ofício, assumido aos 8 anos, para melhorar a renda da família e, de quebra, alimentar a possibilidade de conseguir um diploma na área da saúde.

Metas
Minha mãe era costureira, meu pai pedreiro e tínhamos uma vida simples, mas eu não sentia tantas privações. Só não gostava de ter de abdicar das minhas férias para ajudar papai com o cimento e a construção. Mas sabia que isso era necessário”, lembra Medina. 
Mais velho de cinco irmãos, craque na bola de gude e no futebol “pé na terra”, ele foi o primeiro a ser incentivado pelos pais a estudar e fazer um curso técnico. “Minha mãe, apesar de pouco estudo, era muito sábia. Ela logo me orientou que esta era a melhor forma de, ao mesmo tempo, ter acesso à educação e a um trabalho.”
Por isso, aos 15 anos de idade, o pai dos Medina Pestana perdeu seu melhor ajudante. Com diploma de torneiro mecânico, ele passou a trabalhar em fábricas, com peças automotivas, e fazer seu pé de meia.
Nesta época, já gostava de passear na Santa Casa de Ipaussu e observar o seu primeiro herói da infância. “Doutor Rafael tinha um talento para tratar nosso povo. Não eram só cuidados médicos. Eram ouvidos atentos para as reclamações de toda sorte, retribuídas com conselhos para todas as áreas da vida”, lembra.
Aquele médico que circulava por todas as casas, comércios, praças e bailes da cidade implantou na cabeça de Zé Osmar uma meta audaciosa. Antes de completar 20 anos, ele deixaria Ipaussu, trabalharia um ano na capital paulista, juntaria dinheiro. “Precisava fazer um ano de cursinho e então entraria na faculdade de medicina”, finalizava com esta frase os seus pensamentos.
Rotinas
Aos 19 de idade, o jovem fez as malas, deu um beijo na testa da mãe e mudou para a cidade grande. Trabalhou na Volks (com os seus conhecimentos de torneiro mecânico) e como auxiliar de escritório. Doze meses depois, dormindo em um quartinho emprestado na casa do tio no ABC Paulista, ele fez a matrícula em um curso preparatório para o vestibular. E se preparou para mais 12 meses de maratona.
Edu Cesar/Fotoarena
Ele veio para São Paulo, deixou a família em Ipaussu, fez cursinho por um ano e entrou na Unifesp
A rotina de 12 horas de trabalho foi substituída por 12 horas de estudo. Em dezembro de 1974 encontrou seu nome entre os aprovados para ingressar na Escola Paulista de Medicina (Unifesp), instituição pública, um alívio para o “bolso apertado” do estudante.
“Estava na hora de voltar a trabalhar. Não precisaria pagar os estudos, mas ainda tinha que me sustentar em São Paulo.”
O novo emprego foi no laboratório da própria Unifesp, catalogando os pacientes que chegavam à emergência. O horário, das 16h às 23h permitia dedicação aos estudos médicos entre 7h e 15h. E ainda servia de aperitivo das muitas especialidades médicas que José Osmar Medina poderia escolher.
Rins
Ele flertou com a ortopedia, mas por sugestão de um professor escolheu os rins como foco de atuação. Já tinha deixado a casa do tio, agora morava em uma república com outros seis estudantes. Por influência dos colegas, adotou definitivamente o nome Medina como sua identidade. A nefrologia, ele definiu como seu destino.
Zé Osmar ficava para trás, mas o Medina também gostava de metas audaciosas. Em 1987, já formado, casado (com a primeira namorada de Iapussu) e decidido, ele foi para o exterior fazer especialização em transplante. Quando voltou ao Brasil decidiu organizar uma unidade com fluxo para cirurgia de transplante renal, ainda inexistente em SP.
Não tínhamos integração, procedimento, profissionais especializados. Em equipe, fomos formando tudo isso”, lembra. Em menos de uma década, aquele embrião do Hospital do Rim virou uma potência mundial. Os 15 transplantes renais anuais viraram 500 cirurgias por ano em 2004, um recorde no mundo, que rendeu novas chances de vida para milhares de pacientes e homenagens em vários idiomas ao doutor Medina. Hoje já são quase 700 transplantes a cada 12 meses só nesta unidade.
Dez mil
O auxiliar de pedreiro, torneiro mecânico e médico que moram em Medina trabalham em uma espécie de sintonia na hora dos transplantes. É preciso arquitetar a cirurgia, parte por parte, como a construção de um um novo organismo; depois encaixar todas as peças precisamente em um tipo de esquema industrial. Para em sequência, cuidar a vida toda daquele ser humano que ganhou um novo órgão.
“É a oportunidade que nós médicos temos de unir os dois extremos da medicina. Desde os cuidados mais simples, como medir a pressão, colocar a mão no paciente, até a mais alta complexidade cirúrgica”, explica. “É mágico”, define Medina que, para homenagear o seu herói Daniel, duas vezes por ano volta a Ipaussu e trabalha por duas semanas, de forma voluntária, na Santa Casa. Ouvindo queixas de toda sorte e dando conselhos sobre tudo. 
Siga lendo

INFOGRÁFICO: Veja o panorama de transplante no País e quanto tempo é necessário para a retirada dos órgãos serem efetivas
O envelhecimento da idade do doador é uma mistura de aumento da expectativa de vida do brasileiro atrelado aos avanços das tecnologias da medicina, que permitem agora conservar por mais tempo o coração, fígado, rim, pulmão ou pâncreas de uma pessoa mais velha, além de terem disponíveis técnicas que diagnosticam com mais eficiência a morte encefálica (situação exigida para a doação de órgãos).
Além do perfil do doador brasileiro, este infográfico especial do iG ainda mostra a fila de espera para cada órgão, os Estados que mais realizam as operações e a evolução do número de cirurgias nos últimos dez anos. Um outro diferencial é que o gráfico mostra em que situações você pode precisar de um transplante. 

 http://saude.ig.com.br/minhasaude/2012-09-25/63-das-familias-recusam-doar-orgaos.html

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

ATX-BA - Palestra sobre Transplante e Doações de Órgãos

Palestra

A Fundação Lar Harmonia promove no dia 22, às 19h, uma palestra pública com o tema “Transplante de Órgãos: Aspectos Jurídicos, Bioéticos, Médicos e Espirituais, onde haverá um debate como forma de estimular o aumento das doações, à luz da bioética, medicina, direito e espiritualidade, com o psicólogo Adenáuer Novaes, médico Sheldon Menezes, o advogado Sergio Nogueira Reis e a Presidente da Associação dos Pacientes Transplantados, Márcia Chaves.

 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

ATX-BA - Utilidade Pública - Globo Ciências

01/09/2012 06h24 - Atualizado em 01/09/2012 06h24

Brasil tem o terceiro maior registro de doadores de medula óssea do mundo

Redome é gerenciado pelo INCA e tem cerca de 3 milhões de pessoas na lista de voluntários, perdendo apenas para os Estados Unidos e a Alemanha


Medula Óssea (Foto: Divulgação) 
Número de doadores de Medula Óssea cresce: Brasil é o terceiro maior registro do mundo (Foto: Divulgação)

O Brasil possui o terceiro maior registro de doadores de medula óssea do mundo. Perde apenas para os Estados Unidos e para a Alemanha. Os quase 3 milhões de voluntários dispostos a doar células-tronco da medula óssea estão cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, idealizado em 1993. Gerenciado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), com sede no Rio de Janeiro, o Redome teve um aumento de 16.000% no número de cadastros desde 2000.
“Antes do Redome, a alternativa era procurar o doador na família. E isso limitava bastante. Geralmente, é possível encontrar compatibilidade entre irmãos. Cada um tem cerca de 25% de chance de ser compatível. Hoje em dia, com o Redome, a chance inicial é de 70%”, compara o hematologista e diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do Inca Luís Fernando Bouzas. Hoje, 1.050 pessoas estão à procura de um doador compatível de medula óssea no país.
Para ser doador de medula óssea, em casos  não aparentados, é preciso se cadastrar no Redome. Para isso, é preciso ter entre 18 e 55 anos, e dirigir a um dos hemocentros do país. Depois de preencher o cadastro, os interessados assistem a uma palestra onde especialistas irão orientar e tirar possíveis dúvidas. Em seguida, será coletada uma pequena amostra de sangue para fazer um rastreamento de doenças transmissíveis pelo sangue como toxoplasmose, HIV ou doenças como anemia congênita e câncer, mas também para identificar o complexo principal de histocompatibilidade (MHC).
Luís Fernando Bouzas: Medula Óssea (Foto: Divulgação) 
Hematologista do Inca, Luís Fernando Bouzas:
Medula Óssea (Foto: Divulgação)
O MHC é um grupo de genes encontrado no cromossomo 6 com papel fundamental no sistema imune e autoimune dos seres humanos. “Lembra quando se fala de rejeição? Pois, então, quando se rejeita um órgão transplantado é porque esses genes do doador não são compatíveis com o da pessoa transplantada. São eles que rejeitam o órgão”, explica Luís Fernando Bouzas. "Muitos confundem a compatibilidade ao tipo sanguíneo e até mesmo com o sexo ou raça. Não é bem assim. A compatibilidade ou não entre paciente e doador de transplante está no Complexo Principal de Histocompatibilidade", continua.
Do outro lado, do lado do paciente, o médico o inscreve em outra lista, o Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea. Assim, os dados do Roreme e do Redome são cruzados. Ao identificar o doador, o Redome entra em contato com a pessoa para que se comece uma batelada de testes para complementar as informações do exame de sangue feito lá no início. “Uma pessoa pode ficar muito tempo na lista de doador. Ele pode até ter desistido”, explica. Entre os testes, são feitos exames para saber se há doenças infecciosas, hepatite, problemas cardíacos, entre outros possíveis riscos. É fundamental que o doador esteja em boa saúde e não tenha doenças do coração.
São necessários de três a quatro meses entre exames e esperas para saber se o doador é realmente compatível. Nos dias que antecedem a cirurgia, não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. A doação é feita em centro cirúrgico, sob anestesia, e tem duração de aproximadamente duas horas. São realizadas múltiplas punções, com agulhas, nos ossos posteriores da bacia onde é aspirada a medula. “A doação tradicional é feita com anestesia, porque a punção dói. Mas o único risco para o paciente está na anestesia”, explica o hematologista do Inca.
Durante o transplante, retira-se de 10 a 15% da medula do doador e 15 dias após a doação, a pessoa terá a reposição completa do tecido líquido-gelatinoso. O doador ainda poderá fazer outra doação, caso seja do seu interesse, depois de seis meses da última cirurgia.
O Redome faz parte de uma rede internacional de mais de 20 milhões de possíveis doadores. Por isso, é possível fazer busca na Bone Marrow Donors Worldwide (BMDW) e em minutos ter a comprovação de compatibilidade com doadores de outras partes do mundo.
Mas o transplante de células-tronco hematopoéticas da medula óssea não é o único meio para se ajudar um paciente. Há também o sangue do cordão umbilical placentário e o transplante haploidêntico, para o caso de o doador não ser totalmente compatível com o paciente. O sangue do cordão umbilical e placentário é uma rica fonte de células progenitoras. Ele vem sendo utilizado como modelos terapêuticos onde é indicado o transplante de medula óssea. No entanto, a quantidade de células-tronco é suficiente para transplantar em pessoas com até 50 quilos. Para adultos, um cordão umbilical não basta. Se houver mais de uma pessoa compatível e número de células suficiente, é possível realizar o transplante dessas células progenitoras em adultos.
Vanderson Rocha: Medula Óssea (Foto: Divulgação/Hospital Sírio-Libanês) 
Vanderson Rocha: medula óssea
(Foto: Divulgação/Hospital Sírio-Libanês)
“Quando o doador não é compatível com o paciente, os linfócitos do doador atacam as células do paciente. E isso é mortal. Com algumas técnicas do transplante haploidêntico, podemos selecionar células que não queremos transplantar – como os linfócitos, por exemplo. As células passam por uma seleção para escolhermos as células tronco hematopoéticas”, explica o coordenador da Unidade de Transplante de Medula Óssea do Hospital Sírio-Libanês Vanderson Rocha. Mas as técnicas são experimentais e pode haver risco de infecção para o paciente. “É preciso todo o tipo de cuidado com as infecções e com a doença do enxerto-contra-hospedeiro”, explica Vanderson Rocha, complicação comum em transplantes de medula óssea. Por isso, em algumas técnicas, o médico aumenta o coquetel de drogas imunossupressoras ou é feito o uso da ciclofosfamida depois do transplante.
“Hoje, com as novas técnicas e tecnologias, o problema não está mais em encontrar doador, mas, sim, leitos disponíveis para se fazer os transplantes”, explica o médico.
Roreme: medula óssea (Foto: Divulgação/Inca) 
Número de transplantes realizados por busca do Roreme: medula óssea (Foto: Divulgação/Inca)
 
http://redeglobo.globo.com/globociencia/noticia/2012/09/brasil-tem-o-terceiro-maior-registro-de-doadores-de-medula-ossea-do-mundo.html

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

ATX-BA - CONVITE Lar HArmonia

A Fundação Lar Harmonia convida você para a
 Palestra  Pública:
Transplante de Órgãos: Aspectos Jurídicos, 
Bioéticos, Médicos e Espirituais, tendo como  
Focalizadores: 
Adenáuer Novaes, Sérgio Nogueira Reis e Sheldon Menezes. 
Participação Especial: Márcia Chaves  
Presidente 
da  Associação de Pacientes 
Transplantados da Bahia - ATX-BA. 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

ATX-BA - Utilidade Pública - G1 São Paulo

11/09/2012 12h36 - Atualizado em 11/09/2012 13h06

Campanha estimula a doação de órgãos em SP

Tribunal de Justiça lançou o programa 'Doar é Legal'.
Em 2011, mais de 2 mil transplantes foram feitos no estado.

Do G1 SP
Comente agora
O Tribunal de Justiça de São Paulo lançou nesta terça-feira (11) o programa “Doar é Legal” para estimular a doação de órgãos. Em 2011, mais de 2,2 mil transplantes foram feitos no estado.
Para ser doador, basta preencher seus dados na página do programa. A certidão não terá validade jurídica, mas permitirá que a pessoa deixe anotado o desejo de ser doador.
A recomendação da Secretaria de Estado da Saúde para quem deseja ser doador de órgãos é deixar esta intenção bem clara aos familiares, pois somente a família pode autorizar ou não a retirada de órgãos para transplante no caso de morte encefálica.
 http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/09/campanha-estimula-doacao-de-orgaos-em-sp.html

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

ATX-BA - Informando - SEGS

09Set2012

Cerca de 20% dos transplantes de córnea podem ser menos invasivos

 
Atenção: Este mês, o dia 27 de setembro é marcado na agenda nacional para sensibilizar pessoas ao fato de que as filas de transplante serão reduzidas na medida em que houver mais doadores e uma infraestrutura de captação dinâmica e atualizada no Brasil. É o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. 
 
Cerca de 20% dos transplantes de córnea realizados atualmente, no Brasil, podem ser menos invasivos e garantir recuperação visual total para o paciente no período de um mês com a técnica de transplante endotelial.
 
De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), em 2011, foram realizados 14.182 transplantes de córnea no País.
 
Pouco conhecida no Brasil, a técnica de transplante endotelial da córnea trouxe benefícios a media em que somente a parte doente do tecido é transplantada e não a sua totalidade, explica o especialista em transplantes do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), oftalmologista Gilherme Rocha.
 
Interna - Esta técnica de transplante é válida para pacientes que estão com a camada mais interna da córnea doente, o endotélio.
 
Segundo o médico do HOB, a substituição desta camada de córnea faz-se necessária, porque quando o endotélio deixa de executar sua função com competência, permite que o humor aquoso (líquido transparente localizado entre a córnea e o cristalino) penetre nas camadas mais superficiais fazendo com que a córnea inche, doa e formem-se bolhas que “comprometem a visão a ponto de uma pessoa com esses sintomas não conseguir enxergar”. A córnea perde transparência quando o endotélio está doente e a luz que forma imagens no cérebro não penetra adequadamente nos olhos, assinala Rocha. “A função do endotélio é a de manter a transparência da córnea”, sublinha.
 
Causas - São basicamente duas as causas que levam ao desencadeamento de problemas no endotélio e são capazes de exigir um transplante. A distrofia de Fuchs que, segundo o médico do HOB, é uma desordem genética hereditária que acelera a perda de células do endotélio e, com o tempo, leva esta camada da córnea a perder sua funcionalidade.
 
A ceratopatia bolhosa é como outra causa que leva à perda de células do endotélio, destaca Rocha.
 
A título de ilustração, o especialista em transplantes de córnea informa que um adulto jovem tem em média 2.800 células endoteliais na córnea. “Menos do que este volume, consideramos a córnea frágil e o risco de uma disfunção do endotélio é real, porque há uma descompensação na córnea”, assinala.
 
Ganhos - A técnica do transplante endotelial foi desenvolvida há alguns anos, mas ainda é pouco difundida no Brasil apesar das vantagens que oferece ao paciente, pondera Rocha. Entre os ganhos, está a recuperação visual total em um mês, quando o transplante penetrante ou convencional que substitui toda a córnea, exige de seis meses a um ano do paciente.
 
Como a incisão feita na córnea para a substituição do endotélio doente é mínima, cerca 5 mm, a cicatrização também é mais rápida.
 
Rocha destaca, porém, que não é todo o paciente de transplante de córnea que é candidato ao procedimento endotelial. “Às vezes, constatamos que a córnea é frágil, e não resistiria a essa técnica, ou a descompensação do endotélio começou a ser tratada tardiamente, quando as outras camadas já estavam comprometidas”, explica o médico ao destacar que essas são algumas análises que o oftalmologista precisa fazer antes de planejar o transplante.
 
Realidade - Apesar dos avanços no processo de captação e de transplantes de córneas ainda há obstáculos para que o País chegue às condições ideais de atendimento à população de acordo com a demanda.
 
Guilherme Rocha diz que a situação dos transplantes de córnea de Brasília não reflete a realidade do Brasil. “Aqui, o paciente fica em média dois a três meses na fila, em outras localidades, o período é maior, chega a ser contado em anos. Mas o ideal seria não haver fila”, comenta.
 
Curiosidades – Algumas curiosidades sobre o cenário dos transplantes de córnea no País de acordo com o CBO:
 
- Aproximadamente 90% das córneas doadas são aceitas para transplantes
- A córnea pode ser preservada por até 15 idas após a retirada
- A taxa de êxito de transplante de córnea é de 90%
 
Sensibilização - Dia 27 de setembro é o Dia Nacional de Doação de Órgãos, marcado na agenda para sensibilizar pessoas para o fato de que as filas de transplante serão reduzidas na medida em quem houver mais doadores e uma infraestrutura de captação dinâmica e atualizada no Brasil.
 
Diante de um diagnóstico de necessidade de transplante de córnea, o paciente deve:
 
1)    Solicitar ao médico a indicação sobre onde encontrará o formulário para se inscrever no banco de olhos como receptor;
2)    Preenchido o formulário em instituição credenciada e assinado por médico também credenciado, o paciente deve levar o documento ao banco de olhos de seu estado e inscrever-se como candidato a receptor de córnea. A fila é única para cada estado;
3)    Uma vez inscrito e integrante da fila, o paciente deve aguardar o banco de olhos avisar ao hospital ou instituição de saúde que encaminhou a solicitação. Esta instituição é que irá avisar o paciente quando chegar a sua vez de realizar o transplante diante da disponibilidade de córnea.
 
http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=89205:cerca-de-20-dos-transplantes-de-cornea-podem-ser-menos-invasivos&catid=47:cat-saude&Itemid=328

domingo, 9 de setembro de 2012

ATX-BA - Utilidade Pública - Jornal A Cidade

Editorias \ Brasil & Mundo
Sábado, 08 de Setembro de 2012 - 10h02

Saúde-Doações: Mais de 80 mil brasileiros se declararam doadores de órgãos pelo Facebook

FolhaPress

SÃO PAULO, SP, 8 de setembro (Folhapress) - Mais de 80 mil brasileiros já se declararam doadores de órgãos por meio de uma ferramenta na rede social Facebook, de acordo com levantamento divulgado na última quinta-feira pelo Ministério da Saúde. A parceria foi firmada em julho deste ano, com o objetivo de ampliar o número de doadores no Brasil. As informações são da Agência Brasil.

Segundo a pasta, 40 milhões de pessoas no país são usuárias da rede social. Os internautas podem adicionar em sua linha do tempo a opção de ser um doador de órgãos e compartilhar com parentes e amigos.
Em 2011, o Brasil bateu recorde ao registrar 2.207 doadores no Sistema Nacional de Órgãos 63% a mais que em 2008, conforme dados do governo. Atualmente, 95% dos transplantes são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Para expressar no Facebook o desejo de ser um doador de órgãos, basta ir na Linha do Tempo e clicar em Evento Cotidiano, escolher a opção Saúde e Bem-Estar e clicar em doador de órgãos. Ainda assim, a doação só poderá acontecer após autorização da família.
A supervisora de Marketing Lucinda Ulhoa, 33 anos, utilizou a ferramenta poucos dias após a parceria. "O que eu puder fazer para ajudar os outros a não sentirem a dor que senti quando perdi meu pai, vou fazer", explicou. Ela também se cadastrou como doadora em um banco de medula óssea. "Ninguém merece perder um ente querido, mas é preciso ter cautela. Só divulguei no Facebook para ver se estimulo as pessoas a fazerem o mesmo", completou.

Vivian Murbach, 33 anos, decidiu ser doadora de órgãos ainda na adolescência. Quando a ferramenta foi disponibilizada pelo Facebook, a servidora pública optou por compartilhar a informação. "Cheguei à essa decisão pelo simples fato de ajudar alguém que precisa muito com algo que é meu e que não vou precisar mais. É simples assim", disse. Ela garante que amigos, o noivo e a família sabem do desejo dela de ser doadora. "Quando faço algum procedimento cirúrgico, aviso novamente a família e o médico."
Já o estudante de antropologia Alexandre Branco, 23 anos, declarou-se doador de órgãos, mas não havia comunicado oficialmente a família e os amigos. "Apesar de as pessoas próximas a mim terem um conhecimento [sobre a vontade dele], achei que uma declaração explícita era o mais recomendável", contou, ao se referir à ferramenta no Facebook.

"Além do fato de você poder ter uma comunicação expressa do seu desejo, acho que a publicidade dessa informação para as pessoas que não refletiram sistematicamente sobre o assunto pode permitir esse processo", disse. "As pessoas, quando confrontadas com a informação de que outras pessoas próximas são potenciais doadoras, podem refletir e decidir a respeito", concluiu.

http://www.jornalacidade.com.br/editorias/brasil-e-mundo/2012/09/08/saude-doacoes-mais-de-80-mil-brasileiros-se-declararam-doadores-de-orgaos-pelo-facebook.html

terça-feira, 4 de setembro de 2012

ATX-BA - Informando - Diário do Nordeste

Doação de órgão

Cearense transplantada é garota propaganda do Ministério da Saúde

03.09.2012

A partir do dia 27 deste mês, o Brasil irá conhecer a história de Nívia por meio da nova campanha do órgão

A menina cearense Nívia Maria Castro Alves, que completa 12 anos no próximo dia 27, gosta de navegar na internet e acompanhar as histórias de seus personagens favoritos das séries televisivas voltadas ao público adolescente. Seu maior sonho é se tornar pediatra. A história parece comum, mas só foi possível ser construída, graças a um transplante de coração, realizado quando Nívia tinha apenas quatro anos, no Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, também conhecido como Hospital de Messejana.


Em 2004, Nívia Castro se submeteu a um transplante de coração. Hoje, com 12 anos, a adolescente leva uma vida normal e sonha em ser pediatra FOTO: RODRIGO CARVALHO

A partir de 27 de setembro, quando é comemorado o Dia Nacional dos Transplantes, todo o Brasil irá conhecer a história de Nívia, escolhida como garota propaganda da nova campanha de doação de órgãos do Ministério da Saúde. Acompanhada da mãe e dona de casa, Francisca Castro, a menina retornou de Brasília na noite da última quinta-feira, 30, onde esteve para ser produzida e fotografada para a iniciativa.

Trajetória difícil

A luta de Nívia Castro pela vida começou ainda no útero materno. Francisca foi informada de que a filha tinha um grave problema cardíaco na última consulta de pré-natal. Assim, a dona de casa precisou marcar um parto de emergência, devido aos resultados do último ultrassom.

Após o parto, as duas tiveram alta, mas, já aos oito dias de vida, foi marcada para dali a três meses a primeira das cinco cirurgias que se seguiriam para solucionar o problema cardíaco da menina, diagnosticado como atresia da válvula tricúspide, malformação rara, que corresponde a 2,7% de todas as cardiopatias congênitas.
"Quando ela tinha dois anos, fez a última cirurgia antes do transplante para colocar um marca-passo e, assim, conseguir esperar pelo coração novo. A operação foi feita pelas costas, porque já não tinha como se fazer mais pelo peito", recorda a mãe.
A menina se submeteu ao transplante no dia 8 de junho de 2004 e, desde então, leva uma vida normal. "Eu sempre dizia que ela era de Deus e que eu iria aceitar se Ele decidisse a pegar de volta. Nunca desanimei, e de tanto contar o que ela passou, surgiu nela a vontade de ser pediatra, para ajudar outras crianças assim como ela foi ajudada", conta Francisca.
Sucesso reconhecido
O caso de Nívia Castro faz parte da relação dos 285 transplantes de coração realizados no Ceará desde 1998. Época em que foi implantada a Central de Transplantes do Estado. No primeiro ano de funcionamento da instituição, três pessoas receberam os seus novos corações. De lá pra cá, os números só crescem. Apenas neste ano, já foram realizados 20 transplantes de coração.
Segundo o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), no primeiro semestre deste ano, o Ceará ficou em segundo lugar no número de transplantes de coração no ranking nacional por milhão da população. Quando o órgão é o fígado, o Ceará assume a primeira posição, e no caso do pulmão, a terceira.

Esperança

20 transplantes de coração foram realizados, apenas neste ano, no Ceará. O Estado já conseguiu efetuar 285 procedimentos do tipo desde 1998

Ceará é o 2º do País em doadores efetivos
De acordo com dados da Central de Transplantes do Ceará, nos últimos dez anos, a quantidade de doadores aumentou 319%. Esse número expressivo colaborou para que o Estado fosse classificado como o segundo do País com relação a doadores efetivos por milhão de habitantes (20,8), no primeiro semestre de 2012. O primeiro do ranking foi Santa Catarina, que apresentou 26,6 doadores efetivos.
De janeiro a agosto deste ano, foram realizados 812 procedimentos. No Ceará, o fígado é o destaque entre os órgãos transplantados no primeiro semestre, com 19,4 procedimentos por milhão de habitantes, o que o faz assumir a primeira posição no Brasil. Em números absolutos, o Ceará é o segundo do País em transplantes de fígado, com 82 realizados. De janeiro até 29 de agosto, foram 110 transplantes.

Doe de Coração

Em 2008.Com papel decisivo no aumento dos transplantes no Estado, a Campanha Doe de Coração, da Fundação Edson Queiroz, completa dez anos neste mês. Setembro é mesmo época de comemorações para o Ceará, que está em segundo lugar no ranking dos Estados com maior crescimento no número de doações, e para a menina Nívia, que faz 12 anos no dia 21 e está viva porque conseguiu um novo órgão graças à solidariedade dos pais de um menino de 12 anos, que decidiram doar o órgão para que ela continuasse a viver, em 2004.
A campanha Doe de Coração foi lançada em 2003, quando a Fundação Edson Queiroz começou uma ação efetiva de conscientização, realizada, anualmente, por meio da veiculação de peças publicitárias nos principais meios de comunicação, como TV, jornal, rádio e internet. A iniciativa sensibiliza milhares de pessoas e foi reconhecida pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), com o prêmio Amigo do Doador concedido à Fundação Edson Queiroz.

KELLY GARCIA
REPÓRTER

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1177259