Doação de órgão
Cearense transplantada é garota propaganda do Ministério da Saúde
03.09.2012
A partir do dia 27 deste mês, o Brasil irá conhecer a história de Nívia por meio da nova campanha do órgão
A menina cearense Nívia Maria Castro Alves, que completa 12 anos no próximo dia 27, gosta de navegar na internet e acompanhar as histórias de seus personagens favoritos das séries televisivas voltadas ao público adolescente. Seu maior sonho é se tornar pediatra. A história parece comum, mas só foi possível ser construída, graças a um transplante de coração, realizado quando Nívia tinha apenas quatro anos, no Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, também conhecido como Hospital de Messejana.
A menina cearense Nívia Maria Castro Alves, que completa 12 anos no próximo dia 27, gosta de navegar na internet e acompanhar as histórias de seus personagens favoritos das séries televisivas voltadas ao público adolescente. Seu maior sonho é se tornar pediatra. A história parece comum, mas só foi possível ser construída, graças a um transplante de coração, realizado quando Nívia tinha apenas quatro anos, no Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, também conhecido como Hospital de Messejana.
Em
2004, Nívia Castro se submeteu a um transplante de coração. Hoje, com
12 anos, a adolescente leva uma vida normal e sonha em ser pediatra
FOTO: RODRIGO CARVALHO
A partir de 27 de setembro, quando é
comemorado o Dia Nacional dos Transplantes, todo o Brasil irá conhecer a
história de Nívia, escolhida como garota propaganda da nova campanha de
doação de órgãos do Ministério da Saúde. Acompanhada da mãe e dona de
casa, Francisca Castro, a menina retornou de Brasília na noite da última
quinta-feira, 30, onde esteve para ser produzida e fotografada para a iniciativa.
Trajetória difícil
A
luta de Nívia Castro pela vida começou ainda no útero materno.
Francisca foi informada de que a filha tinha um grave problema cardíaco
na última consulta de pré-natal. Assim, a dona de casa precisou marcar
um parto de emergência, devido aos resultados do último ultrassom.
Após
o parto, as duas tiveram alta, mas, já aos oito dias de vida, foi
marcada para dali a três meses a primeira das cinco cirurgias que se
seguiriam para solucionar o problema cardíaco da menina, diagnosticado
como atresia da válvula tricúspide, malformação rara, que corresponde a
2,7% de todas as cardiopatias congênitas.
"Quando ela tinha dois anos, fez a última cirurgia antes do transplante para colocar um marca-passo e, assim, conseguir esperar pelo coração novo. A operação foi feita pelas costas, porque já não tinha como se fazer mais pelo peito", recorda a mãe.
A menina se submeteu ao transplante no dia 8 de junho de 2004 e, desde então, leva uma vida normal. "Eu sempre dizia que ela era de Deus e que eu iria aceitar se Ele decidisse a pegar de volta. Nunca desanimei, e de tanto contar o que ela passou, surgiu nela a vontade de ser pediatra, para ajudar outras crianças assim como ela foi ajudada", conta Francisca.
Sucesso reconhecido
O caso de Nívia Castro faz parte da relação dos 285 transplantes de coração realizados no Ceará desde 1998. Época em que foi implantada a Central de Transplantes do Estado. No primeiro ano de funcionamento da instituição, três pessoas receberam os seus novos corações. De lá pra cá, os números só crescem. Apenas neste ano, já foram realizados 20 transplantes de coração.
Segundo o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), no primeiro semestre deste ano, o Ceará ficou em segundo lugar no número de transplantes de coração no ranking nacional por milhão da população. Quando o órgão é o fígado, o Ceará assume a primeira posição, e no caso do pulmão, a terceira.
Esperança
20 transplantes de coração foram realizados, apenas neste ano, no Ceará. O Estado já conseguiu efetuar 285 procedimentos do tipo desde 1998
"Quando ela tinha dois anos, fez a última cirurgia antes do transplante para colocar um marca-passo e, assim, conseguir esperar pelo coração novo. A operação foi feita pelas costas, porque já não tinha como se fazer mais pelo peito", recorda a mãe.
A menina se submeteu ao transplante no dia 8 de junho de 2004 e, desde então, leva uma vida normal. "Eu sempre dizia que ela era de Deus e que eu iria aceitar se Ele decidisse a pegar de volta. Nunca desanimei, e de tanto contar o que ela passou, surgiu nela a vontade de ser pediatra, para ajudar outras crianças assim como ela foi ajudada", conta Francisca.
Sucesso reconhecido
O caso de Nívia Castro faz parte da relação dos 285 transplantes de coração realizados no Ceará desde 1998. Época em que foi implantada a Central de Transplantes do Estado. No primeiro ano de funcionamento da instituição, três pessoas receberam os seus novos corações. De lá pra cá, os números só crescem. Apenas neste ano, já foram realizados 20 transplantes de coração.
Segundo o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), no primeiro semestre deste ano, o Ceará ficou em segundo lugar no número de transplantes de coração no ranking nacional por milhão da população. Quando o órgão é o fígado, o Ceará assume a primeira posição, e no caso do pulmão, a terceira.
Esperança
20 transplantes de coração foram realizados, apenas neste ano, no Ceará. O Estado já conseguiu efetuar 285 procedimentos do tipo desde 1998
Ceará é o 2º do País em doadores efetivos
De
acordo com dados da Central de Transplantes do Ceará, nos últimos dez
anos, a quantidade de doadores aumentou 319%. Esse número expressivo
colaborou para que o Estado fosse classificado como o segundo do País
com relação a doadores efetivos por milhão de habitantes (20,8), no
primeiro semestre de 2012. O primeiro do ranking foi Santa Catarina, que
apresentou 26,6 doadores efetivos.
De janeiro a agosto deste ano, foram realizados 812 procedimentos. No Ceará, o fígado é o destaque entre os órgãos transplantados no primeiro semestre, com 19,4 procedimentos por milhão de habitantes, o que o faz assumir a primeira posição no Brasil. Em números absolutos, o Ceará é o segundo do País em transplantes de fígado, com 82 realizados. De janeiro até 29 de agosto, foram 110 transplantes.
De janeiro a agosto deste ano, foram realizados 812 procedimentos. No Ceará, o fígado é o destaque entre os órgãos transplantados no primeiro semestre, com 19,4 procedimentos por milhão de habitantes, o que o faz assumir a primeira posição no Brasil. Em números absolutos, o Ceará é o segundo do País em transplantes de fígado, com 82 realizados. De janeiro até 29 de agosto, foram 110 transplantes.
Doe de Coração
Em
2008.Com
papel decisivo no aumento dos transplantes no Estado, a Campanha Doe de
Coração, da Fundação Edson Queiroz, completa dez anos neste mês.
Setembro é mesmo época de comemorações para o Ceará, que está em segundo
lugar no ranking dos Estados com maior crescimento no número de
doações, e para a menina Nívia, que faz 12 anos no dia 21 e está viva
porque conseguiu um novo órgão graças à solidariedade dos pais de um
menino de 12 anos, que decidiram doar o órgão para que ela continuasse a
viver, em 2004.
A campanha Doe de Coração foi lançada em 2003, quando a Fundação Edson Queiroz começou uma ação efetiva de conscientização, realizada, anualmente, por meio da veiculação de peças publicitárias nos principais meios de comunicação, como TV, jornal, rádio e internet. A iniciativa sensibiliza milhares de pessoas e foi reconhecida pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), com o prêmio Amigo do Doador concedido à Fundação Edson Queiroz.
A campanha Doe de Coração foi lançada em 2003, quando a Fundação Edson Queiroz começou uma ação efetiva de conscientização, realizada, anualmente, por meio da veiculação de peças publicitárias nos principais meios de comunicação, como TV, jornal, rádio e internet. A iniciativa sensibiliza milhares de pessoas e foi reconhecida pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), com o prêmio Amigo do Doador concedido à Fundação Edson Queiroz.
KELLY GARCIA
REPÓRTER
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1177259
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