terça-feira, 22 de junho de 2010

ADOTE IMPRENSA

A atriz Drica Moraes vai se submeter a um transplante de medula óssea

22.06.2010
Drica Moraes fará transplante de medula amanhã

A atriz Drica Moraes, 40, será submetida amanhã a um transplante de medula óssea, informou o hospital Israelita Albert Einstein, na zona sul de São Paulo. O procedimento estava previsto para hoje, mas foi adiado.

A atriz, que sofre de leucemia, está internada no hospital desde o dia 14 passado.
Segundo o hospital, o transplante em Moraes irá curá-la definitivamente.

Foto: Renato Rocha Miranda/TV Globo/Divulgação
Leia mais no link http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/755188-drica-moraes-fara-transplante-de-medula-amanha.shtml

Notícias ATX-BA

Você não faz parte do problema, mas pode fazer parte da solução. Doe Órgãos.

A Associação de Pacientes Transplantados da Bahia tem desenvolvido um programa de trabalho representado pela doação de alimentos, doação de medicamentos, cursos profissionalizantes, grupo de artesanato, apoio psicológico e jurídico, encaminhamento e orientação do paciente para realização de transplante aqui e em outro Estado, quando necessário, orientação dos direitos do transplantado junto a Previdência Social (auxílio doença, aposentadoria, amparo assistencial, tratamento fora de domicílio), campanhas educativas sobre doação de órgãos/tecidos, transplantes e prevenção das hepatites, na mídia escrita e falada, através de outdoor, palestras em escolas, empresas, universidades, igrejas, hospitais, etc., geração de emprego e renda para os transplantados e seus familiares através do artesanato mineral.
A Associação Brasileira de Transplantadores de Órgãos (ABTO) publicou no Registro Brasileiro de Transplantes (veículo oficial da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos), estatísticas sobre a captação de órgãos e transplantes, em cada estado. A meta estabelecida para captação de órgãos por milhão de pessoas em 2009 foi de 8,7 doadores pmp.

Nesse ano, o RBT aparece com duas novidades, a primeira, muito importante e dependente da informação das equipes de transplante, é a apresentação sucinta dos resultados, através da medida da sobrevida. A outra, mais pontual, é a utilização da nomenclatura que será recomendada pela organização Mundial de Saúde, para as categorias de doador: potencial (quando abre o protocolo de morte encefálica e comunica à Central de Transplante), elegível (quando o protocolo de morte encefálica é completado), efetivo (quando inicia a cirurgia de remoção) e com órgãos utilizados.

Nesse primeiro trimestre, novamente, foram atingidos os objetivos propostos pela ABTO para a taxa de doação no país (10 doadores pmp). Destacando-se São Paulo (22,6 pmp), Ceará (19,1 pmp), Distrito Federal (18,0 pmp) e Espírito Santo (17,0 pmp), com elevadas taxas de doação e, também, Paraíba e Rio Grande do Norte pelo importante crescimento. Entretanto, devemos estar alertas, pois em apenas oito estados e no Distrito Federal houve aumento nas taxas de doação, em treze houve diminuição e em quatro nunca foram obtidos órgãos de doadores falecidos. As situações comentadas no editorial anterior agravaram-se neste trimestre. Praticamente não se obteve doadores na região norte (um doador no Pará) e houve diminuição nas taxas de doação do Rio de Janeiro (2,8 pmp) e Bahia (2,0 pmp).

Transplantes realizados no período de janeiro/maio 2010 na Bahia de acordo com a Coordenação de Transplantes (COSET)



segunda-feira, 21 de junho de 2010

Procura-se um coração

FTD

Romance Procura-se um Coração, editado pela FTD, trata acerca da doação e transplantes de órgãos
Parte dos direitos autorais da autora Lucia Seixas será revertida à ONG Adote


A jornalista e escritora Lucia Seixas desmistifica de forma sensível e brilhante a doação de órgãos no seu mais novo romance Procura-se um Coração, dedicado ao público juvenil. O tratamento gráfico da capa faz um trocadilho com o título e leva o leitor atento à outra leitura: Cura-se coração. Uma solução simples e eficiente para passar uma mensagem, já que o assunto só se torna a bola da vez na vida das pessoas quando passam pela situação.
“Não é necessário viver o problema para depois se tomar uma posição”, comenta o professor Vitor, um dos personagens da obra que coloca o assunto como tema de pesquisa e discussão para que os alunos desenvolvam uma redação. O que Vitor não sabia é que Manuela, uma de suas alunas, anda angustiada desde que descobriu que sua mãe precisará de um transplante de coração e a única coisa que aparentemente pode fazer por ela é animá-la até que a fila do transplante ande e possa então receber o novo órgão.
Também lhe resta torcer para que a doença não se agrave e o transplante seja feito a tempo.
Até descobrir o problema, Manuela e Pedro eram somente dois irmãos adolescentes que não levavam mais a sério o papo de que os pais iriam se separar, uma vez que o vai e volta dos dois era interminável. Com esta família como pano de fundo para a obra, Lucia também discorre sobre os desafios, preocupações e a força dos adolescentes. Pedro, de 15 anos, queria ficar com Dani, amiga de Lela, um ano mais velha. Mas será que Dani ia querer um pirralho? Lela e sua amiga Júlia, por sua vez, só falavam da paixão de Júlia por Biel, um cara prá lá de convencido e cujo investimento da amiga era pura perda de tempo na visão de Manuela.
Se não bastassem os problemas conjugais, a escola e as dificuldades de relacionamento de cada um, a dupla de irmãos se deparou com um problema que não tinham como lidar ou mudar. Bateu um sentimento de impotência, mas a reação de Lela foi contrária.
Ela quis saber tudo sobre doação de órgãos e transplantes e fez altas pesquisas na internet com sua avó. Descobriu a importância dos grupos sanguíneos na hora de doar um órgão e que nos países desenvolvidos há 40 doadores por milhão de habitantes contra 3,7 doadores por milhão de habitantes no Brasil. O país não alcança nem 10% dos doadores de outras potências. Soube inclusive que no Sudeste e Sul do país é mais fácil ter hospitais especializados e que o Norte e Nordeste do país estão bem carentes de infra-estrutura para doações.
Lela também conheceu melhor uma colega de classe que era desprezada pela turma e graças à nova amiga ampliou muito sua visão sobre o assunto. Das descobertas nasceu algo muito maior: a sala de aula se envolve no assunto e promove uma campanha pela doação de órgãos. Preparam camisetas, criam frases, vão para a rua, distribuem panfletos e conscientizam pessoas. Se Lela e Pedro poderão fazer algo por sua mãe eles ainda não tem certeza, mas se muitas vidas poderão ser poupadas com a iniciativa, tudo valerá a pena.
Apesar da dureza do tema, a autora consegue nesse romance tratar o problema de frente, de forma leve e direta e aproveita para mostrar que as relações podem ficar mais estreitas, o carinho aflorar, as prioridades da vida são revistas e muita coisa boa pode acontecer quando uma família e amigos se unem para driblar um problema e curar corações.
Sobre a autora
Lucia Seixas é jornalista, com atuação nas áreas de cultura, meio ambiente e comportamento. Publicou cinco livros de temática médica em parceria com especialistas. Uma carreira que já tem mais de 25 anos, iniciada no jornal O Fluminense, de Niterói, onde nasceu e vive até hoje. Este é seu primeiro romance. Por sua decisão, parte dos direitos autorais pelas vendas desta obra será destinada à ONG Adote.
A Ilustradora
Sônia Magalhães nasceu em Araçatuba, interior de São Paulo. Hoje, vive na capital paulista. Faz ilustrações para livros e revistas e está começando a escrever histórias para crianças e adultos. Desde pequena, é fascinada por tesouras, e assim não demorou para se identificar com a colagem. E é com essa técnica que realiza seus trabalhos, de forma manual ou digital.
Serviço

Procura-se um coração
Autora: Lucia Seixas
Ilustradora: Sônia Magalhães
Páginas: 128
Preço sugerido: sob consulta
Editora FTD – SAC 0800-158555

Mais Informações à imprensa:
Jô Ribes Comunicação
Kelly Queiroz - kelly@joribes.com.br
Caroline Canazart – carol@joribes.com.br
55 (11) 3721-3232
www.joribes.com.br

sábado, 19 de junho de 2010

Agência de Notícias da Aids

Ao som de vuvuzelas, manifestantes protestam contra problemas na distribuição de medicamentos durante abertura dos Congressos sobre DST, Aids e Hepatites Virais em Brasília

16/06/2010 - 22h30

O evento de abertura do VIII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids e I Congresso Brasileiro de Prevenção das Hepatites Virais corria conforme manda o protocolo.
Representantes dos movimentos sociais que lutam contra essas doenças falaram.
O representante da Unesco no Brasil, Vincent Defourny, reforçou a importância do encontro. Membros do governo, entre eles a ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nicéia Freire, destacaram os esforços políticos contra a doença.
Mas quando o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, pegou o microfone para se pronunciar, vários ativistas levantaram e, ao som de vuvuzelas – as populares cornetas usadas pelos torcedores na Copa – chamaram a atenção das cerca de 3 mil pessoas presentes no local sobre os recentes desabastecimentos de medicamentos antirerretrovirais na rede pública.

“Desculpe-nos, sr. Ministro, desrespeitá-lo nesse momento, mas é também desrespeitados que nós, pessoas vivendo com HIV e aids e que precisamos dos medicamentos antirretroviais, estamos nos sentindo”, disse Beto Volpe, do Grupo Hipupiara, de São Vicente, litoral de São Paulo.

Um dos principais líderes do ato, Beto acrescentou ao Ministro que a “atual gestão nacional de distribuição de medicamentos contra a aids é desastrosa.”

Nos primeiros meses deste ano, um problema na documentação da compra do antirretroviral abacavir provocou a falta nacional do produto. Outros importantes medicamentos contra a aids, como o tenofovir, o biovir e a lamivudina também foram distribuídos em menor quantidade por conta de atrasos dos fabricantes.

Segundo Beto, a distribuição fracionada dos medicamentos, ou seja, quando são distribuidos aos poucos para evitar a falta do produto, fez com que alguns remédios fossem entregues aos pacientes, pelos técnicos das farmácias dispensadoras, em saquinhos de chup-chup.

Ele ressaltou ao Ministro que o tema do evento “Viver Direitos” (Acesso, equidade e cidadania) não tem sentido, já que as pessoas com HIV e aids não sabem "nem direito se irão viver", devido ao recente desabastecimento de medicamentos.

Com faixas que traziam frases como “Tolerência Zero para a falta de medicamentos", os manifestantes deixaram o local do evento em protesto.

Temporão ouviu todas as críticas e disse que os manifestantes “exerceram seus direitos”, mas lamentou a saída dos ativistas, porque, segundo ele, na democracia é preciso também saber ouvir. O chefe da pasta da Saúde continuou seu discurso, ainda quando os manifestantes estavam saindo, com uma homenagem ao trabalho feito pela Diretora do Programa de DST, Aids e Hepatites Virais, Mariângela Simão, nas áreas de assistência e prevenção.

Quando foi chamada para compor a mesa de abertura, Mariângela foi uma das mais aplaudidas.

Fora da cerimônia de abertura dos congressos, o Presidente do Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo, Rodrigo Pinheiro, disse que a sociedade civil organizada não vai mais aceitar desculpas para o desabastecimento de medicamentos. “Vamos protestar e ir às ruas sempre que necessário”, comentou.

O Presidente do Fórum de ONG/Aids do Rio Grande do Sul, Rubens Raffo, ressaltou que a falta de medicamentos ocorreu porque não há um bom estoque do produto por parte do Ministério da Saúde.

Abertura do evento

Antes da manifestação, a ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nicéia Freire, pediu para que durante os três dias de evento não deixassem de ser discutidas ações para que as mulheres vivendo com HIV possam ter mais autonomia nos seus direitos sexuais e reprodutivos.

Ela ressaltou que “das 400 pessoas que participaram do primeiro Congresso Brasileiro de Aids, em Salvador, no ano de 1986, passamos hoje para mais de 4 mil”. Segundo Nicéia, isso representa uma multiplicidade de intervenções que estão sendo feitas nacionalmente contra a doença.

O representante da sociedade civil de luta contra as hepatites virais, Jeová Pessin Fragoso, elogiou a iniciativa de unir, num mesmo Departamento do Ministério da Saúde, as DST/Aids e as hepatites. “Esse evento que estamos aqui, hoje, é a prova de que toda a experiência obtida no combate da aids no Brasil pode ser usada também para o combate das hepatites”, comentou.

Antônio Lisboa, representante das pessoas vivendo com HIV, criticou o mau uso do dinheiro destinado ao enfrentamento da aids por parte de algumas secretarias municipais de saúde. “Sabemos que ainda é comum em muitas cidades a aplicação de fundos contra o HIV e aids no mercado financeiro”, finalizou.

Os Congressos Brasileiros de Prevenção das DST, Aids e das Hepatites Virais ocorrem até sábado, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

Lucas Bonanno, de Brasília

A Agência Aids cobre o evento com apoio da Female Health Company / SUPPORT

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Globo

São Paulo ganha primeiro hospital público do país especializado em transplantes
Plantão Publicada em 15/06/2010 às 21h32m
Agência Brasil

Comentários
SÃO PAULO - A partir desta terça-feira, o estado de São Paulo passou a contar com o primeiro hospital público do país especializado em transplantes de tecidos e órgãos. Com capacidade para realizar até 636 cirurgias anuais, a unidade contará com 80 médicos que realizarão transplantes de córnea, rim, pâncreas, fígado e medula óssea.

Além disso, o antigo Hospital Brigadeiro - agora rebatizado como Hospital Dr. Euryclides de Jesus Zerbini - também irá atender casos de alta complexidade em áreas como hematologia, oftalmologia, urologia e neurocirurgia. A reforma do antigo hospital consumiu quase dois anos e exigiu cerca de R$ 37 milhões de investimentos em obras e equipamentos.

Além do valor inicial, a Secretaria estadual de Saúde garante que, somente este ano, irá destinar cerca de R$ 45 milhões para custear as atividades hospitalares e o Centro de Referência em Saúde do Homem, que funcionará no prédio anexo. Está prevista também a instalação de um laboratório de anatomia patológica que, de acordo com a secretaria, se tornará referência nacional para biópsia de rim, capaz de avaliar a qualidade dos órgãos doados e realizar o acompanhamento dos pacientes transplantados.

Embora afirme não ser possível precisar o tempo em que os pacientes à espera de um órgão compatível serão atendidos, o superintendente do hospital, o médico Nacime Salomão Mansur, garante que as novas instalações terão um "impacto brutal para a população".

- Queremos ser [em breve] o principal transplantador de fígado, córnea, medula óssea e pâncreas e, em curto espaço de tempo, esperamos fazer praticamente a metade do número de transplantes renais que o Hospital do Rim faz hoje. Agora, a queda no tempo de espera vai depender dos doadores e do aumento da captação de órgãos - disse Mansur durante a inauguração do hospital.

O superintendente afirmou que o hospital continuará atendendo a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) de outros estados (hoje, um em cada cinco tranplantados nos hospitais paulistas é morador de outros estados) e que a triagem e o encaminhamento dos pacientes continuará sendo feito pelos ambulatórios especializados. Constatada a necessidade de transplante, o paciente é inscrito em uma lista de espera, cujo tempo de atendimento depende do órgão necessário e do estágio da doença.

Segundo Mansur, em São Paulo já não há mais fila para o transplante de córneas e a pior situação seria a dos que necessitam de um novo fígado.

- É um procedimento muito complexo e há poucas equipes especializadas, além de haver poucos doadores.

sábado, 5 de junho de 2010

Planeta Universitário

PUCRS lança Campanha para incentivar a doação de sangue, órgãos e medula óssea
Sex, 04 de Junho de 2010 12:55

A PUCRS lança na próxima segunda-feira, 7 de junho, a campanha "Doe Esperança", iniciativa permanente para mobilizar a comunidade acadêmica para a doação de sangue, órgãos e medula óssea. Um show com a dupla Claus e Vanessa marcará a data, a partir das 19h, no Largo da Solidariedade, em frente ao prédio 15 do Campus (avenida Ipiranga, 6681- Porto Alegre), com entrada franca.

Serão três eventos anuais, relativos a cada um dos temas, aproveitando as mais de 30 mil pessoas que interagem diretamente com o Campus, entre alunos, professores, técnicos administrativos e fornecedores. A primeira ação será no dia 18 de junho.

Entre os prédios 11 e 30, das 9h às 12h e das 13h30min às 16h, o ônibus do hemocentro do Rio Grande do Sul fará coleta de amostra de sangue para o cadastro de doadores de medula óssea. A promoção é da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários, Gerência de Recursos Humanos e Hospital São Lucas da Universidade.

Programação:
18/6 - Enfoque: Doação de Medula Óssea - Ação: Coleta de amostra de sangue para cadastro
25/9 - Enfoque: Doação de Órgãos e Tecidos - Ação: Entrega de folder explicativo
25/11 - Enfoque: Doação de Sangue - Ação: Entrega de folder explicativo

Saiba mais sobre a doação de medula óssea

O que é Medula Óssea?
A medula óssea é o tecido encontrado no interior dos ossos, também conhecido popularmente por "tutano", que tem a função de produzir as células sanguíneas: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.

Quem precisa de Transplante de Medula Óssea?
O Transplante de Medula Óssea é indicado principalmente para o tratamento de doenças que comprometem o funcionamento da medula óssea, como doenças hematológicas, onco-hematológicas, imunodeficiências, doenças genéticas hereditárias, alguns tumores sólidos e doenças autoimunes.

Como se tornar um doador?
A pessoa precisa ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante). Ela deve cadastrar-se em um dos centros habilitados para isso, onde será feito um cadastro com dados pessoais e realizada a coleta de uma pequena amostra de sangue. A partir disso, seus dados constarão do Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome). Se, um dia, houver algum paciente no Brasil (e mesmo em outros países) com características genéticas semelhantes às suas, o doador será convidado a realizar novos testes e doar efetivamente a medula se houver compatibilidade.

Como é feita a doação de medula óssea?
Esta é retirada do interior de ossos da bacia por meio de punções com agulhas e seringas. Além dessa, existe outra forma de doar as células progenitoras ou células-mãe da medula óssea: é a aférese, em que o doador é ligado a uma máquina pela qual o sangue de suas veias circula enquanto as células progenitoras vão sendo separadas. O material colhido pode ser utilizado imediatamente ou ser congelado para utilização posterior.

Existe risco para o doador?
Os riscos para o doador são praticamente inexistentes. A medula se recompõe em apenas 15 dias. Até hoje não há relato de nenhum acidente grave devido a esse procedimento.

Como é feito o transplante?
O transplante só será realizado quando o paciente estiver pronto para recebê-lo, resolução que cabe ao médico que o está acompanhando. O procedimento é simples: após um tratamento que elimina todas as células da medula óssea do paciente, aquelas colhidas do doador são infundidas em uma veia, como se fossem uma transfusão de sangue. Com o passar do tempo, essas células vão se fixar na medula óssea vazia e se multiplicar até recomporem-na novamente.

Como são feitas as buscas do doador?
O doador compatível deve ser procurado em primeiro lugar, na família, entre irmãos do mesmo pai e da mesma mãe. Esse não sendo encontrado, o médico do paciente deverá inscrevê-lo no banco nacional de receptores de medula óssea (Rereme) para realização da busca de um doador compatível voluntário cadastrado no registro brasileiro de doadores de medula óssea (Redome).
Assessoria de Comunicação Social - PUCRS / ASCOM

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Zero Hora

01 de junho de 2010 N° 16353
SEJA SOLIDÁRIO
Por que diminuem as doações
Ministério Público lança campanha de conscientização para reverter queda no número de órgãos oferecidos para transplante.

O Rio Grande do Sul, que já foi o número um em transplantes no país – respeitada a proporção em relação à população –, está agora em terceiro lugar nessa delicada modalidade de cirurgia, atrás de São Paulo e do Paraná. E esta não é a pior notícia do momento. O número de doações de órgãos concretizadas vem caindo ano a ano, desde 2007, no Estado. Neste período, a redução foi de 8,5% no número de doadores e 14% no de transplantes concretizados.

Enquanto em 2007 ocorreram 147 doações efetivamente transformadas em transplantes, no ano passado apenas 126 foram bem-sucedidas. E a tendência continua de queda nos procedimentos, a se julgar pelos 34 transplantes concretizados no primeiro trimestre no Rio Grande do Sul – a se manter o ritmo, o número ao final de 2010 vai no máximo empatar com o do ano passado.

Mas o que está provocando a redução? Um estudo da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, integrada pelas centrais de doações espalhadas pelo Brasil afora, aponta que mais da metade das doações no Rio Grande do Sul (60%) não se concretizou porque os familiares do doador em potencial não autorizaram a cirurgia. Os 40% restantes de doações não efetuadas ocorreram porque havia contraindicação médica.

– Aumentou o número de UTIs no Interior e isso talvez salve vidas e diminua o número de doadores. Mas, se agilizarmos o treinamento dessas equipes para diagnosticar mortes, voltaremos a ter mais doações – aposta o coordenador da Central de Transplantes-RS, Eduardo Elsade.

É para reverter essa redução no número de transplantes que o Ministério Público Estadual lançou ontem o programa Abra as Portas do seu Coração, Doe +, Doação de Órgãos e Tecidos + Vidas. Os promotores assinaram um termo de cooperação com a Federação das Associações dos Municípios do RS (Famurs) e a Fundação de Economia e Estastística (FEE) para levantar dados relativos à captação e à doação de órgãos. A ideia é verificar as causas da redução no número de doações.

Há 22 mil gaúchos à espera de um transplante

Para dar exemplo, a própria procuradora-geral de Justiça, Simone Mariano da Rocha, doou sangue que será cadastrado num banco de transplantes de medula óssea. A doação foi feita no saguão da sede do MP em Porto Alegre. A iniciativa deu certo. Apenas ontem, 108 pessoas doaram sangue no mesmo local.

– Existem em torno de 2,2 mil gaúchos aguardando por um transplante e, ao mesmo tempo, uma redução no número de doadores. Temos de agir de forma coordenada, articulando ações públicas – justificou a procuradora.

No país, o quadro é oposto. O número de doações aumenta a cada ano. Cresceu 18%, enquanto o de transplantes aumentou 44%. Mesmo assim, a performance média do Estado é melhor. Em território gaúcho, uma em cada três doações em potencial de órgãos se concretiza. No país, apenas uma em cada quatro vira realidade.

humberto.trezzi@zerohora.com.br
HUMBERTO TREZZI