10/11/2009 às 00:00:00 - Atualizado em 09/11/2009 às 22:35:49
Homem recebe o primeiro coração artificial do Paraná
Leonardo Coleto
Um procedimento inédito na medicina paranaense, realizado pela equipe cardiológica do Hospital Milton Muricy, em Curitiba, trouxe mais esperança para uma família.
O fato aconteceu na última quarta-feira, quando um homem de 30 anos foi surpreendido por uma inflamação no coração denominada miocardite, doença que compromete rapidamente o funcionamento do órgão.
Para continuar vivo, o paciente tinha apenas um caminho: receber um coração artificial, tratamento raro e considerado de alto custo no Brasil. Foi o que aconteceu.
Em todo o País apenas dez pessoas já foram dependentes do aparelho, que é importado dos Estados Unidos e indicado para casos extremos de assistência cardíaca terminal.
Homem recebe o primeiro coração artificial do Paraná
Leonardo Coleto
Um procedimento inédito na medicina paranaense, realizado pela equipe cardiológica do Hospital Milton Muricy, em Curitiba, trouxe mais esperança para uma família.
O fato aconteceu na última quarta-feira, quando um homem de 30 anos foi surpreendido por uma inflamação no coração denominada miocardite, doença que compromete rapidamente o funcionamento do órgão.
Para continuar vivo, o paciente tinha apenas um caminho: receber um coração artificial, tratamento raro e considerado de alto custo no Brasil. Foi o que aconteceu.
Em todo o País apenas dez pessoas já foram dependentes do aparelho, que é importado dos Estados Unidos e indicado para casos extremos de assistência cardíaca terminal.
No entanto, segundo o coordenador de cirurgia cardiovascular do hospital, Vinicius Woitowicz, pacientes que são submetidos ao coração artificial podem ficar assim apenas durante um ano.
“Quanto mais tempo ele permanecer ligado à máquina, mais debilitada sua saúde vai ficar. Por isso, após essa implantação existem dois caminhos para seguir. Um deles é manter o paciente ligado ao coração até que a inflamação diminua ou, caso isso não aconteça, partir para o transplante de coração, alternativa mais indicada”, explica.
“Quanto mais tempo ele permanecer ligado à máquina, mais debilitada sua saúde vai ficar. Por isso, após essa implantação existem dois caminhos para seguir. Um deles é manter o paciente ligado ao coração até que a inflamação diminua ou, caso isso não aconteça, partir para o transplante de coração, alternativa mais indicada”, explica.
Antes de receber o coração artificial, Woitowicz explica que o paciente passou por vários procedimentos que não trouxeram sucesso ao caso. “Tratamos inicialmente com medicamentos, mas não houve melhoras. Depois optamos pelo balão intraórtico, que diminuiu a inflação, mas não trouxe evolução. Por isso escolhemos o coração artificial”, diz.
Segundo o especialista, a miocardite não apresenta sintomas. “É uma fatalidade, não podemos prever essa inflamação”, admite Woitowicz.
Doação
Para trazer uma solução não apenas para o caso desse paciente, mas para o de inúmeras pessoas que estão na fila à espera de um transplante de órgão, o cirurgião cardiovascular Luiz Cesar Guarita, que também participou do procedimento inédito no Estado, alerta para a conscientização em se tornar um doador.
“A doação de órgãos só traz vantagens para a sociedade, pois representa a possibilidade de recuperar a vida daqueles debilitados”, diz.
“A doação de órgãos só traz vantagens para a sociedade, pois representa a possibilidade de recuperar a vida daqueles debilitados”, diz.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), atualmente existem 75 pessoas na fila à espera de um coração.
Em 2008, 35 pessoas passaram pelo transplante e receberam um novo órgão. Em 2009 foram 18.
Além de Woitowicz e Guarita, foram responsáveis pelo procedimento o coordenador de cardiologia Rubens Darwich e o cardiologista Francisco Pupo, ambos ligados ao hospital Milton Muricy. O nome do paciente não foi informado por questões éticas.
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