Associação Brasileira de Transplante de Órgãos – ABTO
EDITORIAL Ano de 2008
Finalmente, após três anos, sendo dois de queda seguido por um de estagnação, observa-se um crescimento significativo nas taxas de doação (15%) e de transplante no país, embora a taxa de doadores efetivos (7,2 pmp) tenha apenas se aproximado daquela obtida em 2004 (7,3 pmp). Entretanto, alguns recordes foram obtidos e devem ser devidamente salientados, o mais significativo foi que pela primeira vez um estado ultrapassou a barreira dos 15 doadores pmp (Santa Catarina com 16,7 pmp), também, de forma inédita foram realizados mais do que 3.500 transplantes renais e com doador falecido, foram superados os 2.000 transplantes de rim e os 1.000 de fígado.
Houve aumento de 9,2% nos transplantes renais, as custas principalmente do emprego de doador falecido (16,1%) com mínimo aumento do transplante com doador vivo (2,2%) e de 15,8% nos transplantes hepáticos, com incremento de 21,7% nos transplantes com doador falecido e queda de 18,8% nos com doador vivo, o quenão é de se lamentar. Também, ocorreu aumento nos transplantes de coração (25%), de pulmão (15,2%) e combinado de rim e pâncreas (9,8%), entretanto, a taxa desses transplantes é desproporcionalmente pequena quando analisada em relação ao número de doadores efetivos. Está havendo uma queda nos transplantes de pâncreas isolado, revelando um critério mais restrito para a indicação dessa modalidade de transplante, o que é louvável, tendo sido realizados apenas 166 transplantes, a grande maioria em São Paulo.
Em relação aos estados, observou-se um acréscimo nas taxas de doação no Espírito Santo (65%), Pernambuco (44%), Minas Gerais (39%), São Paulo (29%), Goiás (27%), Ceará (19%), Rio Grande do Norte (18%), Paraíba (17%). Santa Catarina (13%), Pará (13%), Distrito Federal
(5%) e Bahia (2%), e queda no Mato Grosso (33%), Paraná (15%), Rio de Janeiro (13%), Maranhão (9%), Rio Grande do Sul (10%) e Mato Grasso do Sul (10%).
No transplante renal, Santa Catarina (37,3 pmp) e São Paulo (37,1 pmp) se destacaram, mas ao analisar os transplantes com doador vivo, São Paulo (19,4 pmp) e Paraná (17,9 pmp) foram os mais ativos, muito acima da média do Brasil (9,5 pmp) e próximos da meta para o país em 10 anos (20 pmp), enquanto que com doador falecido os estados mais atuantes foram Santa Catarina (29,5 pmp) e Rio Grande do Sul (19,7 pmp), muito superiores que a média do Brasil (11 pmp) e Santa Catarina quase atingindo o objetivo previsto em 10 anos (35 pmp).
No transplante hepático destacaram-se Santa Catarina (15,5 pmp) e São Paulo (13,2 pmp), sendo que em São Paulo foram realizados 11,2 pmp com doador falecido e 2,0 pmp com doadror vivo, sendo o mais ativo nessa modalidade de transplante, seguido pelo Rio de Janeiro (1,8 pmp).
No transplantes de coração destacam-se como no ano passado, apenas invertendo a ordem, o Ceará (3,8 pmp) e o Paraná (3,3 pmp), distante dos demais estados e da média brasileira (1,1 pmp), enquanto que os transplantes pulmonares são realizados, na prática, apenas no Rio Grande do Sul (2,5 pmp) e em São Paulo (0,6 pm).
Os transplantes simultâneos de rim e pâncreas são realizados principalmente em São Paulo (2,2 pmp) e Paraná (1,8 pmp).
Com relação aos transplantes de córneas houve um crescimento de 12% e a taxa obtida (72,4 pmp) é em torno de 82% da prevista para atender a necessidade do país (90 pmp). São Paulo (153 pmp), Distrito Federal (146 pmp), Minas Gerais (102 pmp) e Paraná (97 pmp) realizaram mais transplantes que a necessidade prevista, entretanto, apenas São Paulo está se aproximando da “lista zero”. Devem ser analisadas detidamente nesse ano o grande número de pacientes em lista de espera, desproporcional ao número de transplantes realizados e à necessidade prevista e, principalmente, a baixa taxa de efetivação de transplantes em relação ao número de córneas removidas em alguns estados.
Enfim, 2008 foi um ano positivo para os transplantes no país, e a ABTO está consciente de que participou dessa retomada, assim como outras entidades, pois atuou efetivamente em 14 estados através de seus programas educacionais, e nesse ano propoe-se a atuar em pelo menos 20 em estados, que buscarem o seu apoio, para obter no final de 2009 o seu objetivo (8,5 doadores pmp).
Valter Duro Garcia
Editor RBT
Associação Brasileira de Transplante de Órgãos – ABTO • www.abto.org.br
Houve aumento de 9,2% nos transplantes renais, as custas principalmente do emprego de doador falecido (16,1%) com mínimo aumento do transplante com doador vivo (2,2%) e de 15,8% nos transplantes hepáticos, com incremento de 21,7% nos transplantes com doador falecido e queda de 18,8% nos com doador vivo, o quenão é de se lamentar. Também, ocorreu aumento nos transplantes de coração (25%), de pulmão (15,2%) e combinado de rim e pâncreas (9,8%), entretanto, a taxa desses transplantes é desproporcionalmente pequena quando analisada em relação ao número de doadores efetivos. Está havendo uma queda nos transplantes de pâncreas isolado, revelando um critério mais restrito para a indicação dessa modalidade de transplante, o que é louvável, tendo sido realizados apenas 166 transplantes, a grande maioria em São Paulo.
Em relação aos estados, observou-se um acréscimo nas taxas de doação no Espírito Santo (65%), Pernambuco (44%), Minas Gerais (39%), São Paulo (29%), Goiás (27%), Ceará (19%), Rio Grande do Norte (18%), Paraíba (17%). Santa Catarina (13%), Pará (13%), Distrito Federal
(5%) e Bahia (2%), e queda no Mato Grosso (33%), Paraná (15%), Rio de Janeiro (13%), Maranhão (9%), Rio Grande do Sul (10%) e Mato Grasso do Sul (10%).
No transplante renal, Santa Catarina (37,3 pmp) e São Paulo (37,1 pmp) se destacaram, mas ao analisar os transplantes com doador vivo, São Paulo (19,4 pmp) e Paraná (17,9 pmp) foram os mais ativos, muito acima da média do Brasil (9,5 pmp) e próximos da meta para o país em 10 anos (20 pmp), enquanto que com doador falecido os estados mais atuantes foram Santa Catarina (29,5 pmp) e Rio Grande do Sul (19,7 pmp), muito superiores que a média do Brasil (11 pmp) e Santa Catarina quase atingindo o objetivo previsto em 10 anos (35 pmp).
No transplante hepático destacaram-se Santa Catarina (15,5 pmp) e São Paulo (13,2 pmp), sendo que em São Paulo foram realizados 11,2 pmp com doador falecido e 2,0 pmp com doadror vivo, sendo o mais ativo nessa modalidade de transplante, seguido pelo Rio de Janeiro (1,8 pmp).
No transplantes de coração destacam-se como no ano passado, apenas invertendo a ordem, o Ceará (3,8 pmp) e o Paraná (3,3 pmp), distante dos demais estados e da média brasileira (1,1 pmp), enquanto que os transplantes pulmonares são realizados, na prática, apenas no Rio Grande do Sul (2,5 pmp) e em São Paulo (0,6 pm).
Os transplantes simultâneos de rim e pâncreas são realizados principalmente em São Paulo (2,2 pmp) e Paraná (1,8 pmp).
Com relação aos transplantes de córneas houve um crescimento de 12% e a taxa obtida (72,4 pmp) é em torno de 82% da prevista para atender a necessidade do país (90 pmp). São Paulo (153 pmp), Distrito Federal (146 pmp), Minas Gerais (102 pmp) e Paraná (97 pmp) realizaram mais transplantes que a necessidade prevista, entretanto, apenas São Paulo está se aproximando da “lista zero”. Devem ser analisadas detidamente nesse ano o grande número de pacientes em lista de espera, desproporcional ao número de transplantes realizados e à necessidade prevista e, principalmente, a baixa taxa de efetivação de transplantes em relação ao número de córneas removidas em alguns estados.
Enfim, 2008 foi um ano positivo para os transplantes no país, e a ABTO está consciente de que participou dessa retomada, assim como outras entidades, pois atuou efetivamente em 14 estados através de seus programas educacionais, e nesse ano propoe-se a atuar em pelo menos 20 em estados, que buscarem o seu apoio, para obter no final de 2009 o seu objetivo (8,5 doadores pmp).
Valter Duro Garcia
Editor RBT
Associação Brasileira de Transplante de Órgãos – ABTO • www.abto.org.br
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