Ministro da Saúde admite que Brasil vive uma
epidemia de sífilis
Ricardo Barros anunciou
estratégia para combater a doença, com ampliação de testes e tratamento de
gestantes
Lígia Formenti,
O Estado de S. Paulo
20 outubro 2016 | 17h23
BRASÍLIA - O ministro
da Saúde, Ricardo Barros, admitiu que o País vive uma epidemia de sífilis.
"Os casos subiram em número
significativo. Estamos tratando o problema como epidemia até para que
resultados da redução sejam mais expressivos possíveis", disse o ministro,
durante o anúncio de uma estratégia para combater a doença.
O pacto, conforme o Estado anunciou há duas semanas,
pretende mobilizar profissionais de saúde e a sociedade para tentar reduzir o
avanço da doença. Entre as medidas que serão adotadas está a ampliação de
testes rápidos para diagnóstico da sífilis e o tratamento da doença em gestantes,
até o primeiro trimestre da gestação.
Números antecipados
pelo Estado indicam que pelo menos 50% dos casos de sífilis em gestante são
diagnosticados no terceiro trimestre de gestação, quando as chances de se
proteger o bebê já são bem menores do que quando a terapia começa na primeira
fase da gestação.
Foto: Reuters
A taxa entre gestantes
aumentou de 3,7 para 11,2 a cada 1 mil nascidos vivos entre 2010 e 2015.
Um dos braços do programa de
enfrentamento prevê a realização de campanhas para que gestantes iniciem o
pré-natal ainda no primeiro trimestre.
De acordo com a diretora do programa de
DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, há ainda
uma falsa ideia de que as mulheres devem esperar a barriga crescer para
procurar o pré-natal.
FONTE:http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,ministro-da-saude-admite-que-brasil-vive-uma-epidemia-de-sifilis,10000083382
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