sexta-feira, 14 de março de 2014

ATX-BA URGENTE: FALTA AZATIOPRINA DE 50MG PARA OS TRANSPLANTADOS DA BAHIA.

Desde o dia 11.03.2014 está faltando a AZATIOPRINA de 50MG na farmácia do Hospital Ana Nery. Hoje já é sexta feira e amanhã a farmácia não abre!!!!
A farmácia nos informou que não há previsão para chegar  este medicamento.
Pela legislação o paciente não pode pular dia ou hora de acordo com a prescrição médica, sob pena de perder o órgão transplantado ou mesmo vir a falecer
 
O problema da falta dos imunossupressores (MEDICAMENTOS QUE EVITAM A REJEIÇÃO DO ÓRGÃO TRANSPLANTADO) para estes pacientes já é crônico no Estado da Bahia faltando por vários anos e em vários período do ano.

Cerca de 500 pacientes pegam AZATIOPRINA na farmácia do Hospital Ana Nery.

A falta de responsabilidade do gestor público na Bahia em relação a estes pacientes é enorme. Não existe um estoque regulador para as medicações que  estes pacientes utilizam.
 
De acordo com a PORTARIA SAS N.º 221, DE 2 DE ABRIL DE 2002, o Secretário de Assistência à Saúde, no uso de suas atribuições legais, 
Resolve:
 
 
Art. 1.º Aprovar o PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS – TRANSPLANTADOS RENAIS – DROGAS IMUNOSSUPRESSORAS – Ciclosporina, Azatioprina, Tacrolimus, Micofenolato Mofetil, Sirolimus, Anticorpo Monoclonal Murino Anti-CD3 (OKT3), Basiliximab, Daclizumab, Globulina Antilinfocitária, Globulina Antitimocitária, Metilprednisolona, Prednisona, na forma do Anexo desta Portaria.
 
Lutamos pela vida e qualidade de vida. Depois de esperarmos anos em uma lista pela doação de um órgão ou tecido o mínimo que pode ser feito pelo gestor público é fornecer a medicação para continuarmos a viver.
ATX-BA

 

domingo, 9 de março de 2014

ATX-BA: COMO AJUDAR A SALVAR VIDAS.


A ATX-BA através de seu grupo de apoio ao paciente que deseja se candidatar a um transplante seja de fígado, coração, pâncreas, córneas, medula óssea e rim, vem observando as grandes dificuldades que estes pacientes tem tido para tomar conhecimento dos seus direitos e como chegar até a sua inscrição da "lista" para transplante.

No caso do paciente portador de insuficiência renal crônica que esta realizando hemodiálise, ouvimos diversos relatos de pacientes que após vários anos em hemodiálise ainda não estavam inscritos na fila para transplante de rim, não tinham conhecimento desta possibilidade e sequer foram consultados, baseado na RDC nº 154 que estabelece o Regulamento Técnico para o funcionamento dos Serviços de Diálise, onde fica claro no regimento no artigo  4.6 que " No prazo de 90 (noventa) dias após o início do tratamento dialítico, o serviço deve, obrigatoriamente, apresentar ao paciente apto ou ao seu representante legal, a opção de inscrição na Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) local ou de referência. "

Há menos de quinze dias recebi em um sábado à noite uma ligação pedindo ajuda para uma paciente que estava em hospital público de Salvador precisando realizar uma hemodiálise com urgência e não tinha local de imediato para fazê-la.

Ao fazermos uma reflexão o que nos ocorre é que se as vagas para hemodiálise são insuficientes para população do Estado da Bahia, por que há tantos pacientes que fazem hemodiálise não são inscritos na "lista" para transplante de rim pelas clínicas onde realizam o tratamento e que levaria à disponibilização de mais vagas para hemodiálise?

De acordo com o RBT da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO/2013) temos apenas 400 pacientes ativos na Lista de espera para transplante de rim.

De acordo a Coordenação de Transplantes do Estado da Bahia, existem 1027 pacientes inscritos na lista esperando por um transplante de rim, 889 de córnea e 60 de fígado.  

Por que só 400 pacientes estão ativos (aptos para o transplante) na "lista" para transplante de rim. Qual o problema com os 627 que estão na "lista" e não estão ativos?

O que fazer para  solucionar a situação dos pacientes que não estão ativos e pensam que estão concorrendo a um transplante só porque estão na "lista" durante anos?

Atualmente pacientes que precisam de hemodiálise estão falecendo sem ter acesso ao tratamento. Precisamos que toda sociedade participe desta reflexão.